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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM AULA 3 - ANÁLISE DAS CAUSAS DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Prezado (a) aluno (a), As causas das dificuldades de aprendizagem podem ser complexas e multifatoriais, envolvendo uma combinação de fatores genéticos, neurológicos, ambientais e educacionais. Embora cada caso seja único, algumas causas comuns são frequentemente citadas na literatura, desta forma, teremos duas aulas sobre o assunto. Entender as causas das dificuldades de aprendizagem é fundamental para oferecer o suporte apropriado. É importante que profissionais da área educacional, profissionais de saúde e famílias trabalhem juntos para identificar as causas específicas em cada caso e desenvolver estratégias adequadas para superar as dificuldades e promover um ambiente de aprendizagem inclusivo. Nesta aula abordaremos as causas que estão diretamente ligadas à danos causados no cérebro como: desequilíbrios químicos, hereditariedade e influências ambientais. Bons estudos! 3. CAUSAS DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Como vimos na aula anterior, as dificuldades de aprendizagem podem ser influenciadas por uma variedade de fatores. Nesta aula analisaremos outros tópicos incluindo desequilíbrios químicos, hereditariedade e influências ambientais. Esses elementos desempenham papéis importantes na compreensão das causas das dificuldades de aprendizagem e na busca de estratégias de apoio adequadas. Desequilíbrios químicos, também conhecidos como neuroquímicos, podem afetar o funcionamento adequado do cérebro e interferir no processo de aprendizagem. Substâncias químicas como neurotransmissores desempenham um papel crucial na transmissão de informações entre os neurônios, e alterações nos níveis ou na atividade desses neurotransmissores podem afetar a capacidade de aprendizagem. Por exemplo, desequilíbrios nos níveis de dopamina, serotonina ou noradrenalina foram associados a dificuldades de atenção, memória e processamento de informações. A hereditariedade também pode desempenhar um papel nas dificuldades de aprendizagem. Certas condições, como a dislexia, a discalculia ou o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), têm uma base genética. Isso significa que há uma maior probabilidade de uma pessoa desenvolver essas dificuldades se tiver parentes próximos com a mesma condição. No entanto, é importante ressaltar que a genética não é o único fator determinante e que outros elementos ambientais também podem influenciar o desenvolvimento e a expressão dessas dificuldades. As influências ambientais também desempenham um papel significativo nas dificuldades de aprendizagem. Experiências negativas na infância, como negligência, abuso, instabilidade familiar ou exposição a toxinas ambientais, podem afetar o desenvolvimento cognitivo e emocional de uma criança, prejudicando suas habilidades de aprendizagem. Além disso, fatores como a qualidade da educação recebida, a disponibilidade de recursos educacionais e o suporte emocional e acadêmico fornecido pelo ambiente escolar e familiar podem impactar a capacidade de uma pessoa superar as dificuldades de aprendizagem. É importante destacar que esses fatores não atuam isoladamente, mas muitas vezes interagem e se influenciam mutuamente. Desequilíbrios químicos podem ser influenciados por fatores genéticos ou ambientais, por exemplo. Compreender essas diferentes influências e suas interconexões é essencial para abordar as dificuldades de aprendizagem de maneira abrangente e proporcionar o suporte necessário para os indivíduos enfrentarem esses desafios de forma eficaz. 3.1 Desequilíbrios químicos As células cerebrais, também conhecidas como neurônios, se comunicam entre si por meio de substâncias químicas chamadas neurotransmissores. Esses neurotransmissores desempenham um papel fundamental na transmissão de sinais e na regulação das funções cerebrais. Qualquer alteração no equilíbrio químico do cérebro pode interferir nesses neurotransmissores e afetar negativamente a capacidade do cérebro de funcionar adequadamente. Um exemplo de perturbação química no cérebro ocorre quando uma pessoa está intoxicada pelo álcool. O álcool provoca uma alteração temporária na química cerebral, afetando a comunicação entre os neurônios. Isso se manifesta por meio de distúrbios na fala, na coordenação motora e na capacidade de resolver problemas. Além disso, um corpo crescente de evidências sugere que desequilíbrios neuroquímicos podem contribuir para alguns transtornos de aprendizagem, especialmente aqueles que envolvem dificuldades relacionadas à atenção, impulsividade, hiperatividade, organização e planejamento. Um exemplo notável é o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH). Crianças com TDAH frequentemente apresentam comportamentos agitados, desatentos, dispersos e desorganizados. Elas também podem ser excessivamente falantes, ter problemas de coordenação e ser tão ativas que acabam esgotando aqueles que cuidam delas. Essas crianças têm dificuldade em se concentrar em tarefas, prestar atenção aos detalhes, manter-se alertas e concentradas, além de lidar adequadamente com suas emoções. Embora seu comportamento possa não parecer significativamente diferente em casa, essas crianças são facilmente identificadas na sala de aula devido à sua incapacidade de ficarem sentadas, quietas e concentradas durante as aulas. Essas dificuldades estão relacionadas a desequilíbrios nos neurotransmissores do cérebro, o que influencia a maneira como as informações são processadas e transmitidas entre os neurônios. A compreensão dos mecanismos neuroquímicos subjacentes a esses transtornos é crucial para o desenvolvimento de estratégias de tratamento e intervenção adequadas. Conforme Smith e Strick (2012), há uma variedade de irregularidades no cérebro de pessoas com TDAH. Uma visão geral da pesquisa sugere que, nesses indivíduos, os circuitos cerebrais que comandam a atenção, a impulsividade e o controle motor são hipoativos, particularmente nos lobos frontais. Já na década de 1930, foi observado que as medicações estimulantes – que estimulam os níveis dos neurotransmissores que regulam tais circuitos – normalizam temporariamente o comportamento de pessoas que são hiperativas e têm problemas em se concentrarem. Nos últimos 20 anos, o número de drogas (tanto estimulantes quanto não estimulantes) disponíveis para o tratamento do TDAH aumentou enormemente, assim como o número de crianças e jovens que estão fazendo uso delas. A medicação também tem sido utilizada para regular a função cerebral em crianças hipoativas. Essas crianças são letárgicas e demasiadamente concentradas nos detalhes; elas ponderam demais sobre os problemas e tem dificuldade para tomar decisões. Na escola, parecem lentas e desmotivadas porque completam seu trabalho vagarosamente e fazem poucas perguntas. De acordo com Smith e Strick (2012), é notório que esses estudantes às vezes “acordam” quando tomam sedativos. Os especialistas supõem que os medicamentos sedativos regulam o sistema neurotransmissor hiperativo que está inibindo anormalmente a atividade cerebral, tornando os estudantes alheios a grande parte do que está acontecendo. Entretanto, esses medicamentos podem produzir efeitos colaterais desagradáveis, de modo que a decisão de utilizá-los deve ser tomada com cautela. Enquanto isso, é importante lembrar que o medicamento raramente é uma solução total para os problemas da criança. Em primeiro lugar, ele pode somente melhorar a capacidade de uma criança de tirar proveito das oportunidades educacionais; não é um substituto para uma programação educacional adequada e para o ensino proficiente. Como esclarece Smith e Strick (2012), muitasdas crianças com TDAH tem problemas adicionais de aprendizagem que devem ser abordados, e praticamente todas elas precisarão de apoio contínuo em casa e na escola para que desenvolvam estratégias de aprendizagem efetivas e mantenham um comportamento apropriado. Como os estudantes com TDAH em geral têm problemas com relacionamentos interpessoais, o ensino de habilidades sociais também é muito importante. Esse tipo de auxílio tem como recompensa a melhor aceitação por colegas e a capacidade para fazer amigos – que são tão importantes quanto a aprendizagem para a sobrevivência escolar e a autoestima saudável. 3.2 Hereditariedade De acordo com Osti (2012), a hereditariedade desempenha um papel significativo na determinação do desenvolvimento de dificuldades de aprendizagem, mais do que se acreditava anteriormente. Estudos realizados em famílias com crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem revelaram uma incidência mais alta do que a média de problemas semelhantes de aprendizagem entre pais, irmãos e outros parentes. Especificamente em relação ao TDAH, as crianças com esse transtorno têm maior probabilidade de compartilhar o problema com um ou mais membros da família, o que sugere que os desequilíbrios neuroquímicos que contribuem para esse transtorno podem ter uma origem genética. Além disso, Navarro (2016), acrescenta que existem evidências substanciais de que a hereditariedade influencia a capacidade de processamento de sons, memória visual e velocidade de absorção de novas informações nas crianças. Os meninos são mais propensos a herdar deficiências nessas áreas em uma proporção de dois para um em comparação com as meninas. Esses achados sugerem que fatores genéticos desempenham um papel importante na predisposição para dificuldades de aprendizagem e transtornos relacionados, como o TDAH. No entanto, é importante ressaltar que a hereditariedade não é o único determinante desses problemas e que fatores ambientais e interações complexas entre genes e ambiente também desempenham um papel na manifestação desses transtornos. Conforme Osti (2012), quando os resultados dos testes atestam que a criança tem uma dificuldade de aprendizagem, as pais frequentemente comentam: “Mas eu também não consigo fazer isso!”. Pais como esses em geral tiveram dificuldades na escola, mas já́ que raramente eram identificadas na geração passada, elas podem jamais ter sido suspeitas de ser um problema neurológico. Embora alguns pais pareçam gratos pela existência de outra explicação que a “estupidez” para sua própria história de problemas de aprendizagem, outros consideram insuportável a ideia de que há algo errado com eles e com seu filho. Os pais que sentem que suas próprias vidas foram mais difíceis como um resultado de fracassos educacionais podem sentir- se particularmente perturbados diante da perspectiva de seus filhos enfrentarem obstáculos semelhantes. O incentivo é muito importante; ajudar uma criança com tarefas que fizeram os pais sentirem-se derrotados na escola exige um tipo especial de coragem e motivação. Quando existe uma história familiar de dificuldades de aprendizagem, os pais também precisam do mesmo apoio que é oferecido às crianças, tanto por parte dos profissionais quanto por parte de outros membros da família. 3.3 Influências ambientais As influências ambientais desempenham um papel significativo no desenvolvimento de dificuldades de aprendizagem. O ambiente em que uma criança cresce e é exposta pode afetar sua capacidade de aprender e se desenvolver adequadamente. Alguns dos principais fatores ambientais que podem contribuir para as dificuldades de aprendizagem incluem: Experiências educacionais: A qualidade da educação recebida pela criança é fundamental. A falta de recursos educacionais adequados, programas de ensino individualizados, apoio e estímulo por parte dos professores e estratégias de ensino apropriadas podem afetar negativamente o aprendizado. Ambiente familiar: O ambiente familiar desempenha um papel crucial no desenvolvimento da criança. Fatores como a disponibilidade de estímulos cognitivos, a qualidade da interação entre os membros da família, o apoio emocional, a consistência e as expectativas educacionais dos pais podem influenciar o desempenho acadêmico. Exposição a toxinas e substâncias prejudiciais: A exposição a substâncias tóxicas, como chumbo, mercúrio e poluentes ambientais, pode ter efeitos negativos no desenvolvimento do cérebro e na capacidade de aprendizado. Estresse e adversidades: Altos níveis de estresse e experiências adversas na infância, como abuso, negligência, instabilidade familiar ou econômica, podem afetar negativamente o funcionamento cognitivo e emocional da criança, interferindo em suas habilidades de aprendizado. Acesso a serviços de saúde: A falta de acesso a cuidados médicos adequados, incluindo avaliações de saúde mental e intervenções apropriadas, pode dificultar a identificação e o tratamento de dificuldades de aprendizagem. É importante reconhecer que as dificuldades de aprendizagem são multifatoriais e resultam de uma interação complexa entre fatores genéticos e ambientais. Compreender e abordar as influências ambientais negativas pode ajudar a minimizar o impacto das dificuldades de aprendizagem e criar ambientes mais propícios ao sucesso educacional das crianças. Além desta, você verá a baixo como algumas dessas influências acarretam as dificuldades de aprendizagem. 3.3.1. O ambiente doméstico De acordo com Navarro (2016), o ambiente doméstico desempenha um papel crucial na determinação do sucesso ou insucesso no aprendizado de uma criança. Diversas pesquisas têm comprovado que um ambiente doméstico estimulante e encorajador gera estudantes com facilidade de adaptação e uma disposição genuína para aprender, mesmo quando a saúde ou a inteligência da criança tenham sido comprometidas de alguma forma. Pereira (2021), explica que o QI de crianças que apresentam algum tipo de transtorno, que foram adotadas por famílias de inteligência normal, subia notavelmente, enquanto a inteligência daquelas que permaneciam nas instituições na verdade declinava com o passar dos anos. Enquanto o grupo institucionalizado permanecia com uma educação insatisfatória e com subempregos, a maior parte das crianças adotadas terminava o ensino médio (e um terço delas avançavam até a universidade). Além disso, as crianças que recebem um incentivo carinhoso durante toda a vida tendem a ter atitudes positivas, tanto sobre a aprendizagem quanto sobre si mesmas. Seu espírito de “Eu posso fazer isso,” as ajudam a enfrentar os desafios e superar os obstáculos. Essas crianças buscam e encontram modos de contornar as dificuldades, mesmo quando estas são graves. Por outro lado, é importante ressaltar que crianças que foram privadas de um ambiente estimulante nos primeiros anos de vida enfrentam desafios desanimadores, mesmo quando não apresentam dificuldades específicas. Esses jovens geralmente apresentam um ritmo mais lento na aquisição das habilidades cognitivas básicas. Além disso, eles podem não utilizar plenamente suas habilidades intelectuais em seu próprio benefício e podem demonstrar pouco interesse ou curiosidade em aprender. Essas dificuldades colocam as crianças em um risco constante ao longo de todos os anos escolares. Conforme Pereira (2021), os alunos saudáveis emocionalmente e socialmente ao iniciar a pré-escola, é comum que crianças que foram expostas a um ambiente estimulante desde cedo apresentem um desempenho acadêmico inicialmente mais alto em comparação com aquelas que têm atrasos sociais e cognitivos significativos. Essas crianças que tiveram uma base sólida de estímulos e apoio tendem a permanecer próximas ao topo de suas classes ao longo da escolarização, enquantoas que tiveram prejuízo na estimulação e atrasos sociais, provavelmente sempre precisarão de ajuda, principalmente nos primeiros anos de vida escolar. É importante ressaltar que crianças em desvantagem social e educacional enfrentam maiores dificuldades para obter os recursos necessários para superar os déficits neurocognitivos. Alunos com dificuldades de aprendizagem geralmente utilizam suas áreas mais fortes para compensar aquelas em que são mais fracas, porém, aqueles que não tiveram níveis adequados de estímulo e apoio em casa possuem menos áreas de recursos às quais podem recorrer. Além disso, esses estudantes costumam ser menos persistentes do que outras crianças quando encontram problemas. Existem diversos aspectos do ambiente doméstico que podem prejudicar a capacidade de aprendizagem de uma criança. Por exemplo, crianças que não recebem nutrição alimentar adequada ou não têm sono suficiente enfrentam dificuldades em se concentrar e absorver informações de maneira eficiente. O mesmo ocorre com crianças que estão frequentemente enfermas devido à pouca higiene ou a cuidados médicos abaixo do aceitável. As crianças criadas por pais ou responsáveis que falam mal o idioma e aquelas que assistem muito à televisão tendem a ter atraso no desenvolvimento da língua; isso afeta a sua capacidade para se expressar e compreender seus professores. Os alunos cujas famílias não conseguem lhes proporcionar os materiais escolares, um horário previsível para a realização das tarefas em casa e um local relativamente tranquilo para o estudo precisam estar excepcionalmente motivados para aprender; o mesmo ocorre com crianças que vivem com pouco encorajamento e baixas expectativas. Qualquer um desses fatores pode reduzir de modo significativo as chances de uma criança superar uma dificuldade de aprendizagem. 3.4 O ambiente na escola Para que as crianças alcancem progresso intelectual, é essencial que estejam prontas e capacitadas para aprender, mas também é fundamental que tenham oportunidades adequadas de aprendizagem. Caso o sistema educacional não ofereça tais oportunidades, os alunos podem nunca desenvolver plenamente suas habilidades, tornando-se efetivamente "deficientes" mesmo sem apresentar problemas neurológicos. Infelizmente, muitos estudantes enfrentam condições abaixo do ideal em escolas ao redor do país, tendo que lutar para dar o melhor de si. É evidente que salas de aula superlotadas, professores sobrecarregados ou com pouca formação, e a falta de materiais didáticos adequados comprometem a capacidade de aprendizagem dos alunos. Além disso, muitas práticas amplamente aceitas não oferecem variações normais nos estilos de aprendizagem. Por exemplo, um aluno cuja orientação é predominantemente visual e exploratória precisa ver e tocar as coisas para compreendê-las. Esse estudante não se sairá bem com professores que o tempo todo fazem uso de aulas expositivas, não importando o quanto possam ser brilhantes e interessados em suas matérias. Da mesma forma, uma criança cuja abordagem da aprendizagem é basicamente reflexiva – isto é, que precisa de tempo para considerar todos os aspectos de um problema antes de tentar uma solução – irá se sair muito mal em uma sala de aula onde os alunos são levados apressadamente de uma tarefa para outra de acordo com os ditames de um currículo rígido. E quanto ao imigrante recente que não participa das discussões porque não possui confiança em seu vocabulário na língua do novo país, ou porque suas noções de respeito o proíbem de dar qualquer informação sem ser solicitado? Quando estudantes como esses vão mal na escola, é correto dizer que o problema é exclusivamente deles? Infelizmente, é uma realidade que muitos alunos com dificuldades de aprendizagem são vítimas da falta de capacidade das escolas em se adaptarem às diferenças individuais e culturais. Quando essas crianças não conseguem progredir de acordo com o padrão estabelecido, às vezes as autoridades escolares optam por culpar os alunos, em vez de examinar suas próprias deficiências ou falhas nos programas educacionais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PEREIRA, V. A. et al. Dificuldades de aprendizagem no contexto escolar: possibilidades e desafios. Revista Científica Novas Configurações – Diálogos Plurais, Luziânia, v. n. 2021. OSTI, A. Dificuldades de aprendizagem, afetividade e representações sociais: reflexões para a formação docente. Jundiaí: Paco Editorial, 2012. SMITH, C; STRICK, L. Dificuldades De Aprendizagem de A – Z. Guia completo para educadores e pais. Tradução: Magda França Lopes. Porto Alegre: Penso, 2012. NAVARRO, L; et.al. A Dificuldade de Aprendizagem e o Fracasso Escolar. 2016.