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DOENÇA CARDIOVASCULAR

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DOENÇA CARDIOVASCULAR
DIETOTERAPIA II
Profa. Daniela Augusta Cabral
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O termo doença cardiovascular engloba uma série de doenças diferentes:
Doença Arterial Coronariana;
Hipertensão Arterial Sistêmica;
Acidente Vascular Cerebral;
Angina Pectoris (dor no peito, resultante de isquemia);
Infarto do Miocárdio, entre outras.
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Processo complexo de espessamento e estreitamento das paredes das artérias causado pelo acúmulo de lipídeos, principalmente colesterol oxidado, na camada íntima ou interna, em combinação com tecido conjuntivo e calcificação.
ATEROSCLEROSE
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FATORES DE RlSCO PARA DOENÇA CARDIOVASCULAR 
FATORES DE RISCO ENDÓGENOS
IDADE: Fator de Risco dominante e irreversível, se pronuncia a partir da 4ª década de vida.
SEXO: maior propensão para homens a partir dos 45 anos ?, mulheres a partir do climatério, ação do Estrogênio.
HEREDITARIEDADE: Diversas patologias envolvidas
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FATORES DE RISCO EXÓGENOS
SEDENTARISMO : A atividade física promove a melhora nos níveis de lipídeos; PA, obesidade, aumenta a sensibilidade à Insulina.
TABAGISMO : Aumenta LDL, TG, Agregação Plaquetária, PA, FC, Resistência à insulina, o monóxido lesa a parede arterial .
DIETAS EQUIVOCADAS: Gordura Trans-isomérica, fibras insuficientes, gordura saturada, contaminantes químicos e biológicos.
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FATORES DE RISCO MISTOS
OBESIDADE: A obesidade acelera o processo aterosclerótico antes dos 50 anos de idade. Atentar para a obesidade centrípeta ou andróide.
 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: Gera o estresse mecânico sobre as células endoteliais em pontos específicos, de alta pressão na árvore arterial, gerando assim lesões crônicas que irão favorecer a aterogênese.
DISLIPDEMIA: Os lipídes plasmáticos têm sido considerados fatores de risco quando se encontram aumentados, é verificado uma correlação entre o aumento do colesterol total , LDL-c , e Triglicérides com o avanço da idade, em contra partida o HDL-c diminui em ambos os sexos.
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CONDUTA NUTRICIONAL
Controle das dislipidemias;
Menor ingestão de gord. Saturada, colesterol e trans;
Aumentar consumo de alimentos fontes de vit. do complexo B: cereais integrais, frutas, leguminosas, peixes, 
Aumentar consumo de ácido fólico: leguminosas, cereais integrais, vegetais folhosos verde- escuros.
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A dieta deve ser balanceada, promovendo perda de peso se necessário (redução de 10% do peso corporal em 6 meses).
Fazer uso dos alimentos funcionais;
Demais orientações para dislipidemias. 
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INSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVA 
Síndrome clínica ou estado patológico complexo em que o coração tem sua função de bombeamento sanguíneo insuficiente para a demanda metabólica dos tecidos, ou o faz por elevada pressão de enchimento.
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ICC
A ICC possui na sua fisiopatologia inúmeros fatores relacionados a alterações bioquímicas, histológicas e metabólicas. 
O processo de remodelação miocárdica (hipertrofia e dilatação) conduz a disfunção ventricular e alterações sistêmicas.
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Causas da Insuficiência Cardíaca
Obesidade; Hipertensão; 
Aterosclerose;	IAM; 	Alterações das Válvulas; 
Anemia; 	
Embolia pulmonar; 	
Cardiopatias imunológicas; 	
Cardiopatias infecciosas;
 Fatores de risco 
hipertrofia ventricular Esquerda
doenças coronarianas; diabetes mellitus;
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Sintomas
Dispnéia; Cianose; Palpitação; Síncope; Fadiga;
Edema cardíaco, em geral se inicia nos pés e tornozelos, diminui ou desaparece após repouso noturno, nos acamados é evidenciado na região sacral, em crianças e jovens pode ocorrer edema facial.
Ascite; Plenitude abdominal; Anorexia, má absorção, constipação; Hepatomegalia;
Confusão mental; Tonturas;
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Caquexia Cardíaca
A evolução clínica dos pacientes com IC, via de regra , caminha para quadros variáveis de desnutrição, chegando a caquexia cardíaca.
Estima-se que 50% dos portadores de IC exibem sinais evidentes de desnutrição, devido à grande incidência de complicações que podem estar associadas a desnutrição e a imobilidade que ela irá desencadear, é considerada um mau prognóstico nos pacientes cardiopatas crônicos.
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CAQUEXIA CARDÍACA (perda maciça de massa muscular)
Observada geralmente em quadros clínicos prolongados, onde a perda de massa corpórea irá afetar o metabolismo em geral (nutrientes e eletrólitos).
Caracteriza-se pela perda de aproximadamente 22 a 27% da gordura corpórea em homens e de 15 a 29% em mulheres, ou quando a porcentagem do peso ideal for menor que 80-90%. 
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MECANISMO DA DESNUTRIÇÃO NA IC
Fatores Ligados ao Doente
Anorexia; Alteração da digestão; Má absorção; Gasto energético aumentado; Catabolismo exacerbado; Hipertermia; Aumento do consumo de oxigênio; Infecções.
Fatores Externos:
Manipulações;punções; Terapia medicamentosa associada; Rotação de pessoal; Ausência de intervenção nutricional em estado hipermetabólico; Não observação da ingestão alimentar.
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Interação Droga X Nutriente
Na IC geralmente é utilizada uma combinação de medicamentos, entre eles: aminas, diuréticos, digitálicos (est. Contração cardíaca), beta-bloqueadores, etc...
furosemida => depleta K, mg, Na, CI, Ca,
 ( Lazix)	 Aumenta > ácido úrico, uréia, glicose, TG, LDL, VLDL.
Na – para repor devemos dar suco de 2 laranjas + 1 banana
Digitálico => depleta: Zn, Mg
( Digoxina) Aumenta eventualmente o K.
captopril => depleta Na e glicose em diabéticos aumenta K, ácido úrico, prolactina.
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Os digitálicos devem ser tomados separadamente dos alimentos ricos em fibras, pois as fibras diminuem em 25% a sua absorção.
Na – pelo menos com 2 horas de diferença.
Intoxicação por digitálico – cuidado com alimentos ricos em Cálcio. O paciente fica com náusea, tonteira, falta de apetite.
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GASTO ENERGÉTICO
Em portadores de IC as fórmulas preditivas de gasto calórico possuem aplicação limitada e passível de críticas importantes acerca de seu resultado, pois o comportamento metabólico destes pacientes ainda não está bem esclarecido, medidas como o peso podem estar mascaradas pela presença de edema, anasarca e inclusive o subclínico (edema pulmonar).
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O gasto energético na descompensação cardíaca leva a um aumento da secreção de hormônios como cotecolaminas, glucagon e cortisol que influenciam a utilização de substratos pelo miocárdio.
	A ação desses hormônios gera hiperglicemia e maior consumo de gorduras em relação aos carboidratos, permitindo a perda maciça de tecido adiposo e protéico.
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Requerimento Nutricional:
H.Benedict: fatores de injúria que variam entre 1,2 e 1,3.
A reposição protéica se faz importante quando o paciente portador de IC especialmente edemaciado, e os valores percentuais giram em torno de 8-27%. O paciente pode apresentar hipoproteinemia por diversos fatores como:
Perda de albumina pela urina; Diminuição da absorção intestinal (atrofia de vilosidade e edema de alça intestinal); Perda de albumina ao espaço extracelular; Insuficiência do fígado em regenerar as proteínas plasmáticas.
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A oferta de carboidratos gira em torno de 35-65%, sempre observando a necessidade de reposição de glicogênio e o quociente respiratório; 
A oferta de lipídeo deve atender a demanda metabólica lembrando que devemos dar maior atenção aos poli e monoinsaturados, com objetivo de evitar a progressão da doença aterosclerótica. Os percentuais indicados são 25-42%, também observando o quociente respiratório.	
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As fibras são especialmente necessárias principalmente nos pacientes acamados, sendo a recomendação atual: polissacarídeo de soja em especial, e demais fibras com cerca de 25g por dia. 
Vitaminas serão suplementadas de acordo com a necessidade do paciente, geralmente são suplementadas a Vit, C 500mg e complexo B.
A restrição hídrica deve ser instituída nos pacientes com real necessidade, pois por diversas vezes o paciente faz uso de potentes diuréticos que combatem o edema e permitem maior flexibilidade na oferta hídrica.
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A restrição de sódio é necessária, o excesso de sódio contribui para a falência miocárdica, mesmo com terapia medicamentosa associada, desta forma geralmente são prescritas dieta assódica e hipossódica. O cloreto de sódio ofertado varia entre 2-4g/dia.
Na – cada grama de sal faz o paciente reter em média 200mL de água.
 Potássio – 1,5 – 2,5g
Cálcio – 500 – 1000mg
Magnésio – 40 – 250mg 
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Características da dieta:
Geralmente a pastosa é bem aceita, pois minimiza o trabalho digestivo e conseqüentemente o cardíaco;
Fracionamento aumentado;
Volume reduzido (em média 250 mL)
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Pesquise- para próxima aula:
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ALTERAÇÕES METABÓLICAS ASSOCIADAS A CAQUEXIA
Redução do uso da glicose pelo tecido muscular; 
Utilização da glicose por via anaeróbica;
Aumento da produção de lactato;
Aumento de 40% na produção de glicose hepática.
Acidose metabólica; 
Aumento da produção hepática de glicose e do ciclo de cori;
Intolerância à glicose; Resposta anormal da insulina; 
Perda de proteina corpórea; Aumento da excreção de nitrogênio urinário; Balanço nitrogenado Negativo
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Diversas alterações imunológicas da célula podem estar envolvidas no desenvolvimento da caquexia cardíaca. O sistema imunológico produz diversos mediadores humorais (citocìnas) responsáveis pelo aumento do catabolismo:
Transformação Orgânica				Mediador
Diminuição do tecido muscular			TNFα, IL-1
Diminuição do tecido Adiposo				TNFα, IL-1
Diminuição da massa óssea				IL-6
Aumento da Lipólise			Catecolaminas e Cortisol
Aumento da degradação proteica	Catecolaminas e Cortisol
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HOMEM , 27ANOS , SEDENTÁRIO ,170 Cm, 98Kg , APNÉIA , POLIÚRIA, TGI = NORMAL, COL T = 230 mg/dl; TGL= 206 mg/dl; LDL = 210 mg/dl; Circ. Cintura: 180 e do quadril: 150.
Determinar.
Diagnóstico nutricional;
Peso ideal ;
IMC, TMB, VET (H.B. e Método prático);
Características da dieta;
 Cardápio com fracionamento, sendo qualitativo e quantitativo;
Considerar Macronutrientes + Vit C, Vit E, Selênio, Zinco, Fibra (RDA).
Orientações dietéticas;
Listar alimentos cardioprotetores.

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