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Terapia Nutricional nas Dislipidemias Nutricionista: MSc. Jenifer d´El- Rei jeniferdelrei@gmail.com mailto:jeniferdelrei@gmail.com Metabolismo Lipídico Relevantes do ponto de vista fisiológico: Colesterol, Fosfolipídios, Ácidos Graxos e Triglicerídeos 1. Colesterol: - Precursor de hormônios esteróides; - Síntese de ácidos biliares; - Síntese de vitamina D; - Constituinte de membranas celulares (fluidez de membrana) 2. Fosfolipídeos: - Estrutura básica de membrana celular 3. Ácidos Graxos: - Saturados: Sem duplas ligações entre seus átomos de carbono. Láurico, Mirístico, Palmítico eEsteárico - Insaturados (mono ou poli insaturados): De acordo com o número de duplas ligações em suas cadeias. Ácido oléico(monoinsaturado) Ácido graxo poliinsaturado (ômega 6 e 3) –EPA eDHA Metabolismo Lipídico 4. Triglicerídeos: - Três ácidos graxos ligados à uma molécula de glicerol; - Importante forma de armazenamento energético. Metabolismo Lipídico Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Lipoproteínas e Funções Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Permitem solubilização e transporte dos lipídeos no meio aquoso plasmático. Lipídios – Estrutura hidrofóbica ❑ Composição: Lipídeos associados à proteínas, apolipoproteínas (apos). ❑ Apos e suas funções: a) Formação intracelular das partículas lipoprotéicas (apos B48 e B100); b) Ligantes a receptores de membrana (apos B100 e E ); c) Cofatores enzimáticos (apos CII, CIII e AI ). Classes de Lipoproteínas Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Ricas em triglicerídeos (maiores e menos densas): - Quilomícrons - Origem intestinal - VLDL (Lipoproteína de Muito Baixa Densidade , sigla inglês) – Origem hepática ❑ Ricas em colesterol: - LDL (Lipoproteína de BaixaDensidade) - IDL(Lipoproteína de Densidade Intermediária) - HDL (Lipoproteína de AltaDensidade) - Lp(a) (Lipoproteína a) – Ligação covalente de uma Lipoproteína à Apo (a) Associada a formação e progressão da placa aterosclerótica. Metabolismo das Lipoproteínas Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Triglicerídeos Sais biliares Micelas NCP1- L1 Enterócitos VIA INTESTINAL Alvo terapêutico Lipase pancreática Diglicerídeos, Monoglicerídeos e Ácidos Graxos Metabolismo das Lipoproteínas Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Metabolismo das Lipoproteínas LDL (Lipoproteína de Baixa Densidade): - Composta principalmente de colesterol. - Conteúdo remanescente de triglicerídeo - Contém somente uma apolipoproteína a ApoB100 - Ligação com os receptores de LDL (LDLR) - HMGCoA- redutase PCSK9 Expressão de LDLR – Principal mecanismo responsável pelos níveis de colesterol HDL (Lipoproteína de AltaDensidade): - Principal conteúdo protéico: ApoAI e ApoAII - Outras funções: a) Remoção de lipídios oxidados de LDL b) Inibição da fixação de moléculas de adesão e monócitos ao endotélio c) Estimulação da liberação de óxido nítrico Metabolismo das Lipoproteínas Diferença entre as lipoproteínas de: tamanho, densidade, composição química, oxidação e glicação. Metabolismo lipídico e processo aterogênico Metabolismo das Lipoproteínas Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Fisiopatologia das Dislipidemias Primárias Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Hipertrigliceridemia: – Acúmulo de quilomícrons e/ ou VLDL no plasma. - Diminuição da hidrólise dos TG pela LPL (Lipase lipoproteica) ou aumento da síntese de VLDL. - Variantes genéticas – Síntese e/ ou Hidrólise. ❑ Hipercolesterolemia: - Acúmulo de Lipoptns ricas em colesterol, como a LDL no plasma. - Variantes genéticas – Monogênicas ou Poligênicas Fenótipo do perfil lipídico Hipertensão Diabetes Hipercolesterolemia Tabagismo Aterosclerose Disfunção Endotelial + Rigidez Arterial Fatores de Risco para a Aterosclerose Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Vasodilatação NO, PGI2, EDHF,BK, C- NP Trombólise Antiproliferativa NO, PGI2, TGF-, Hep Lipólise LPL tPA, Protein C, TF-I, vonWF Desagregação Plaquetária NO, PGI2 Funções do Endotélio Vasoconstricção ROS, ET-1, TxA2, A- II, PGH2 Adesão Molecular CAMs, Selectins Fatores de crescimento ET-1, A-II, PDGF, bFGF, ILGF, Interleukins Inflamação ROS, NF-B Trombose PAI-1, TF, Tx-A2 Normal Disfunção Estrutura da Placa de ateroma Krause, 14a edição, 2018 Altamente inflamatória!! Progressão da aterosclerose Krause, 14a edição, 2018 Manifestações clínicas da Doença Aterotrombótica Krause, 14a edição, 2018 Avaliação Laboratorial Parâmetros Lipídicos e Apolipoproteínas Fase Pré Analítica: - Procedimentos decoleta, -Preparo da amostra ou a fatores intrínsecos do indivíduo, como estilo de vida,uso de medicações e doenças associadas. - Uso do torniquete na punção venosa: Hemoconcentração. -Recomenda- se manutenção do estado metabólico estável e a dieta habitual. Avaliação Laboratorial Parâmetros Lipídicos e Apolipoproteínas -Jejum: Não é necessário para realização de Colesterol total, HDL- C e Apolipoproteínas (ApoAI e Apo B). - Elevados valores de triglicerídeos no pós prandial – Maior risco Cardiovascular. -Em 2016 , European Atherosclerosis Society (EAS) e European FederationofClinicalChemistryandLaboratoryMedicine(EFLM) – Fim do jejum para o perfil lipídico . Avaliação Laboratorial Parâmetros Lipídicos e Apolipoproteínas - Jejum: -Laudo – Indicação das duas situações (sem jejum e jejum de 12h) – Adequação pelos laboratórios!! -Situações clínicas específicas - TG > 440mg/ dL – Solicitar uma nova coleta de amostra com jejum de 12 horas. - Resultado – Avaliado sempre de acordo com a indicação do exame, o estado metabólico e a estratificação derisco. Avaliação Laboratorial Parâmetros Lipídicos e Apoliproteínas Fase Analítica: - Relacionada aos métodos e procedimentos utilizados pelos laboratórios. Ultracentrifugação, Espectroscopia, Eletroforese, Métodos Enzimáticos Colorimétricos (mais utilizado, CT, HDL c e TG) - LDL - c, calculado pela Fórmula de Friedewald = LDL-c = CT – HDL-c – TG*/5 * TG = 110 e 440 mg/ dL Avaliação Laboratorial Parâmetros Lipídicos e Apolipoproteínas Fase Analítica: - Fração Não HDL-c – Também serve como parâmetro para avaliação das dislipidemias. Principalmente em dislipidêmicos, com TG > 400 mg/ dL. Não HDL-c = CT – HDL-c ❑ Microtécnica (Ponta de dedo): - Alto custo; - Programas de saúde (Empresa) - Falta de infraestrutura para Laboratório - Dificuldade de punção venosa (idosos e crianças) – Facilidade!! Valores de Referência - Lipidograma Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Análise do Perfil Lipídico e Apolipoproteínas Apolipoproteína B: - Não necessita de jejum prévio; - Não sofre influência de TG elevado; - ApoB – Lipoproteínas aterogênicas VLDL, IDL, LDL eLp(a); - Medida indireta de todas as partículas aterogênicas presentes no plasma – Corresponde a fração não HDL-c; -Alguns estudos demonstram superioridade da ApoB e da fração não HDL-c em relação ao LDL-c na predição do risco cardiovascular. Análise do Perfil Lipídico e Apolipoproteínas Apolipoproteína B: - Custo adicional; - ApoB > 120mg/ dL equivale à Não HDL-c = 160 mg/dL ApoB 80 mg/ dL equivale à Não HDL-c = 100 mg/ dL A dosagem de rotina da ApoB não é recomendada na avaliação ou estratificação do risco cardiovascular. Análise do Perfil Lipídico e Apolipoproteínas Apolipoproteína A-I: - Principal apoproteína da HDL- c, concentração deHDL-c. fornece boa estimativa da - Apo A-I < 120mg/dL♂ Apo A-I < 140 mg/ dL♀ - Não mostrou superioridade à HDL-c – Previsão do Risco cardiovascular. Refletem baixas concentrações deHDL-c Análise do Perfil Lipídico e Apolipoproteínas Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017;109(2Supl.1):1-76 Lipoproteína (a): - Não necessita de jejum; - Partícula de LDL com uma Apo adicional a Apo (a), ligada àApoB; - Evidências científicas – Associação independente entre elevações de Lp(a) e risco de DCV; Alto conteúdo lipídico e propriedades pró inflamatórias e pró trombóticas - Análise não recomendada de rotina para avaliação de risco cardiovascular na população em geral. - Considerar dosagem – Indivíduos com história familiar de doença aterosclerótica precoce e na Hipercolesterolemia Familiar Biomarcadores Inflamatórios Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Inflamação X DCV ; Biomarcadores inflamatórios, para estratificação de risco: - Moléculas de adesão: ICAM-1, VCAM-1, E- selectina e P- selectina -Citocinas: Interleucina 6 (IL-6) e Fator de Necrose Tumoral alfa (TNF –α) -Proteínas de fase aguda: Proteína C- reativa de alta sensibilidade (PCR-us), Fibrinogênio Biomarcadores Inflamatórios Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 ✓ Proteína C- reativa de alta sensibilidade(PCR-us): ✓ Não é recomendada sua dosagem com finalidade de estratificação de risco em indivíduos com doença aterosclerótica manisfesta ou subclínica , nos diabéticos e nos pacientes de alto risco cardiovascularglobal. ✓ Dosagem recomendada nospacientes de risco intermediário. Risco PCR- us Baixo risco < 1mg/L Médio risco 1 a 2 mg/L Alto risco > 2mg/L Muito alto risco ≥ 10 mg/ L Biomarcadores Inflamatórios Krause, 14a edição, 2018 ✓ Fibrinogênio: - Tabagismo, DM, HAS, Obesidade, Estilo de vida, Sedentarismo, Hipertrigliceridemia e Fatores genéticos – Fatores associados à elevação de fibrinogênio. - Fibrinogênio XAterogênese - Fibrinogênio X LesãoVascular Mais estudos são necessários!! Biomarcadores Inflamatórios ✓ Homocisteína: - Aminoácido metabólito da metionina; - Fator de risco para DCV; - Concentrações séricas: Influenciada por dieta e fatores genéticos. ✓ TMAO (Trimetilamina N- óxido): - Metabólito dependente da microbiota intestinal doença cardíaca; - Contribui para Krause, 14a edição, 2018 Classificação das Dislipidemias Classificação Etiológica - Causas Primárias : Distúrbio lipídico de origem genética -Causas Secundárias: Decorrente de estilo de vida inadequado, comorbidades e/ ou de medicamentos Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Dislipidemias Secundárias – Estilo de vida Dislipidemias Secundárias –Medicamentos Classificação das Dislipidemias Classificação Laboratorial, de acordo com a fração alterada: - Hipercolesterolemia isolada; - Hipertriceridemia isolada; - Hiperlipidemia mista; - HDL-c baixo Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Estratificação de Risco Cardiovascular Evento coronário agudo – Manifestação da DAC. Identificação dos indivíduos assintomáticos – Risco de DAC. Estimativa de risco – Somatório do risco associado a cada um dos fatores de risco mais a potenciação causada por sinergismos entre alguns fatores. Sub ou superestimação ?? Diversos algoritmos existentes – Escore de Risco Global Infarto agudo do miocárdio, AVC, InsuficiênciaCardíaca, Doença arterial periférica em 10 anos (Fatais ou nãofatais) Estratificação de Risco Cardiovascular Pacientes sem tratamento hipolipemiante Estratificação de Risco Fatores de Risco Muito Alto -Presença de doença aterosclerótica significativa (coronária, cerebrovascular, vascular periférica), com ou sem eventos clínicos OU - Obstrução ≥ 50% em qualquer território arterial Alto Indivíduos em prevenção primária: -Portadores de aterosclerose subclínica: USG de carótidas com presença de placa; Índice tornozelo- Braquial (ITB) < 0,9; Escore de Cálcio Arterial Coronariano (CAC) > 100 ou presença de placas ateroscleróticas na Angio TC de coronárias; - Aneurisma de Aorta Abdominal; - Doença renal crônica – TFG < 60 ml/ min e em fase não dialítica; - Aqueles com concentrações de LDL-c ≥ 190 mg/ dL; - Presença de DM tipo 1 ou 2 e com LDL-c entre 70- 189 mg/dL e presença de estratificadores de Risco (ER) ou doença aterosclerótica subclínica (DASC)* - LDL-c entre 70 -189 mg/ dL, com ERG > 20% ♂ e > 10% ♀ Estratificação de Risco Cardiovascular Pacientes sem tratamento hipolipemiante Estratificaçã o de Risco Fatores de Risco Intermediário -Indivíduos com ERG entre 5 e 20% - sexo maculino -ERG entre 5 e 10% - sexo feminino OU - Diabéticos sem os critérios de DASC ou ER* Baixo - Indivíduos do sexo masculino e feminino com risco em 10 anos < 5% Site: departamentos.cardiol.br/sbc- da/ 2015/ CALCULADORAER2017/ index.html http://departamentos.cardiol.br/sbc-da/2015/CALCULADORAER2017/index.html http://departamentos.cardiol.br/sbc-da/2015/CALCULADORAER2017/index.html Tratamento Farmacológico Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Início da terapia Medicamentosa: ✓ Risco Muito alto ou Alto – Terapia medicamentosa em associação a modificações no estilo de vida ✓ Risco Moderado ou Baixo – Iniciar com modificações de estilo de vida. Associação medicamentosa, em um segundo momento. ❑ Tipos de Dislipidemia: Define a escolha da classe terapêutica. Observando metas de LDL- c e reavaliação individual (3 a 6 meses) Medicamentos - Ação predominantemente na colesterolemia Hipercolesterolemia isolada – Estatinas e associações (Ezetimiba e colestiramina). ❑ Estatinas –Inibidores da enzima HMG- CoAredutase Depleção intracelular de colesterol Aumentando a expressão de LDLR Aumentando a captação de colesterol sérico Redução do colesterol sérico Medicamentos - Ação predominantemente na colesterolemia Estatinas: ✓ Efeito nos triglicerídeos e HDL- c. ✓ Efeitos colaterais: Efeitos musculares rabdomiólise), fadiga, fraqueza generalizada. (mialgia e até Depleção de Coenzima Q- 10 – Avaliarsuplementação ✓ Monitoramento: Enzimas hepáticas (TGO e TGP). De acordo com sintomas ou a critério médico. Journal of the American Association of Nurse Practitioners , 2013 Estatinas ✓Redução dos níveis de colesterol nos miócitos – Estabilidade de membrana celular (canais iônicos) ✓ Redução dos isoprenóides – Apoptose celular ✓ Depleção ubiquinona – Disfunção mitocondrial (morte celular) Relação entre estatina e baixos níveis de Coenzima Q10 Pouco estudos – Melhora da mialgia Mais estudos são necessários –Dose 2017 Tratamento com Coenzima Q para os Sintomas musculares associados à Estatina (SMAE)? A dose é muito baixa de CoQ10? Suplementação oral aumenta CoQ10 mitocondrial? Os pacientes realmente têm SMAE? Outros fatores influenciam seu estado: Dieta, Status Redox, Estresse oxidativo Medicamentos - Ação predominantemente na colesterolemia Ezetimiba: ✓ Inibe seletivamente a absorção do colesterol na borda em escova – NPC1- L1 Inibindo transporte intestinal de colesterol Reduz o colesterol hepático Aumenta atividade de VLDLR Redução de colesterol sérico Medicamentos - Ação predominantemente na colesterolemia Resinas: ✓ Resinas ou sequestradores de ácidos biliares – Reduzem a reabsorção de ácidos biliares Reduz o colesterol hepático Aumenta atividade de VLDLR Redução de colesterol sérico Medicamentos - Ação predominantemente na hipertrigliceridemia Hipertrigliceridemia isolada – Fibratos e ácido nicotínico. Fibratos: ✓ Estimulam os receptoresnucleares denominados “Receptores Alfa Ativados da Proliferaçãode Peroxissomos – PPAR-α” Aumento da atividade da LPL Aumento da hidrólise do TGintravascular Tratamento Não Farmacológico Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 PADRÃO ALIMENTAR Recomendacões Dietéticas - Dislipidemia Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Proporção Global – Mortalidade DCV X Ingestão de Lipídios Saturados e Insaturados Wang, Q.etal. J Am Heart assoc. 2016 Mortalidade anual por DCV X Ingestão de Lipídios Saturados e Insaturados Wang, Q. etal. J Am Heart assoc. 2016 Álcool Consumo moderado (até 30g/dia) – Efeito controverso. Dose dependente – Efeito do etanol nos Triglicerídeos séricos. Associação de álcool e excesso de gordura – Sinergismo! Álcool – Inibe a ação da Lipase Lipoproteica (LPL). Metabolização do álcool Acetil Coa (precursora da síntese de ácidos graxos) Consumo de álcool – Não é recomendado na presença de Hipertrigliceridemia. Ômega 3 Ômega 3 Principais ácidos graxos da série: ✓ ALA (C18:3) – Origem vegetal (soja, canola e linhaça) ✓ EPA (C20:5) e DHA (C22:6) – Proveniente de peixes e crustáceos de águas frias dos oceanos Pacífico eÁrtico. ❑ EPA e DHA – Podem ser produzidos endogenamente no fígado, a partir do ácido graxo essencial ALA (C18:3). ❑ Conversão dependente de fatores fisiológicos. Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Circulation, 2017 ❖Prevenção Primária – Não há recomendação para suplementação. ❖ Prevenção de DCV em Diabéticos e Pré diabéticos- Não há indicação de suplementação. ❖ Prevenção de DCV em pacientes de Alto Risco – Não há indicação da suplementação . 850 mg a 1000mg/ dia EPA + DHA Circulation, 2017 ❖ Prevenção Secundária – Considerar a suplementação de ômega 3. 376 a 882 de EPA + DHA / dia ❖Prevenção Primária e Secundária de AVC – Não há indicação de suplementação. ❖ Prevenção Primária para Insuficiência Cardíaca – Não há recomendação de suplementação. ❖ Prevenção Secundária em Insuficiência Cardíaca – Considerar a suplementação. Circulation, 2017 ❖ Prevenção Primária da Fibrilação Atrial – Não há recomendação de suplementação. ❖ Prevenção Secundária de Fibrilação Atrial – Não há indicação de suplementação Recomendações e Evidências para o Consumo de ômega 3 Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Óleo de Peixe Ácidos Graxos Ômega 3: ✓ Presentes nos óleos de peixe, algumas plantas e nozes. ✓ Óleo de Peixe – EPA e DHA. ✓ Fontes vegetais – ALA. ✓ Doses elevadas – 4 a 10g – Doses dos estudos. ✓ Óleo de Krill (crustáceo) – Alto teor de EPA e DHA - Melhor digestibilidade, sem sabor residual de peixe. - Presença de Astaxantina – Potente antioxidante - Livre de contaminação por mercúrio. - Alto custo. Óleo de Krill Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Fitoesteróis Fitoesteróis e Estanóis ❑ São encontrados apenas nos vegetais e desempenham estruturais análogas ao colesterol em tecidos animais. ❑ Principais fitoesteróis encontrados na Campesterol, ϐ- sitosterol e estigmasterol. funções natureza: ❑ Fitoestanóis são fitoesteróis hidrogenados: Campestanol e sitostanol. ❑ Consumo habitual na população ocidental – 100 a 300mg/dia ❑ Vegetarianos – 600mg/dia Ling e Jones, 1995 Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Estrutura química dos Fitoesteróise Estanóis Fitoesteróis Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 ❑ Relação direta – Consumo de fitoesteróis e níveis de colesterol plasmático. ❑ Consumo de 2g/dia – Reduz em média 10% do LDL- c. ❑ Podem ser consumidos na forma de alimentos, enriquecidos ou na forma cápsulas – Mesma eficiência. alimentos ❑ Devem ser consumidos junto às refeições – Mecanismo de competição! ➢Não há benefício adicional com doses superiores a 3g/dia. ➢ Dose segura. ➢ Influência genética. ➢ Fitoesteróis – Dano vascular – Sitosterolemia. Considerações Finais... 2017 Fitoesteróis ❑ Ação dos fitoesteróis no intestino delgado: ✓ Incorporação às micelas que transporte destes ate a borda em escova do enterócito. ✓ Transporte dos esteróis das micelas para enterócito via transportador NPC1-L1. permitem o o interior do ✓ Transporte de volta à luz intestinal pelos cotransportadores ABC G5/G 8. Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Fitoesteróis Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 ❑ Cápsulas: 2 à 3 unidades 650 a 900mg de fitoesteróis / cápsula ❑ Efeito – após 3 à 4 semanas de consumo em associação à uma dieta equilibrada. ❑ Redução da absorção de vitaminas Lipossolúveis – Aumentar o consumo de vegetais. ❑ Seguro e bem tolerado em crianças – Doses de 1,2 a 1,5g/dia (I Diretriz Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar). ❑ Gestante e Lactante- Cautela!! Proteína de Soja Proteína de Soja Consumo de uma a duas porções de alimentos fontes de proteína de soja (15 a 30g de proteína): ✓ Redução de 5% de LDL-c ; ✓ Redução de 11% de TG; ✓ Elevação de 3% deHDL-c ❑ Sinergismo de constituintes: Isoflavonas, fibras e proteína. Ramdath, D.D. et al. Nutrients 2017, 9, 324 Faludi AA, et al. –2017. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 Fibras Solúveis Fibras Alimentares Pimentel, 2005 ; Rodríguez e cols, 2003 ❑ De acordo com a sua solubilidade no trato gastrointestinal podem ser divididas em: ✓ Solúveis: - Tendem a formar géis em contato com a água. Aumentando a viscosidade dos alimentos parcialmente digeridos no estômago; - Diminuem a absorção de ácidos biliares, reduzindo níveis séricos de colesterol; - Reduzem insulinemia; - Metabolização por bactérias – Flatulência - Ex: Beta- glucana, pectina, hemicelulose solúvel, gomas. Fibras Alimentares ✓ Insolúveis: - Permanecem intactas através de todo o trato gastrointestinal; - Promovem aumento do bolo fecal e o estímulo da motilidade; - Maior necessidade de mastigação; - Aumentam a excreção de ácidos biliares; - Ex: lignina, celulose e algumas hemiceluloses Pimentel, 2005 ; Rodríguez e cols, 2003 Fontes de Fibras Alimentares Tipos de Fibras Fontes Usuais Celulose Vários farelos e vegetais presentes em todas as plantas comestíveis Beta glucanas Grãos (aveia, cevada e centeio) Hemicelulose Grãos de cereais e várias plantas comestíveis Pectina Frutas (maçã, limão, laranja), vegetais, legumes e batata Frutanos* Alcachofra, cevada, centeio, cebola, banana, alho e aspargo Amido resistente Banana verde, batata (cozida/resfriada),produtos de amido processado Quitina Fungos, leveduras, exoesqueleto de camarão, lagosta e caranguejo Rafinose, estaquiose e verbascose Cereais, legumes e tubérculos Lignina Plantas maduras * Fruto-oligossacarídeos (FOS ) e inulina Fibras Alimentares Chutkan R, et al. J Am Acad Nurse Pract. 2012; 24 (8): 476- 87 ❑ Ação das fibras na redução do colesterol: Forma um gel - Ácidos Biliares Aumentando sua excreção nas fezes Diminuindo reabsorção no ciclo entero hepático Indução da síntese de novos ácidos biliares Retirada de colesterol circulante (Redução do colesterol sérico) Fibras Alimentares ❑ Fermentação – Produção de AGCC colesterol . ❑ Recomendação de Fibras: 25g / dia Redução dos níveis de Redução do risco de DCV e Câncer Chutkan R, et al. J Am Acad Nurse Pract. 2012; 24 (8): 476- 87 Kim Y, et al. Arch Cardiovascular Dis . 2016; 109 (1): 39- 54 ❑ Psyllium 7 a 15g/ dia e Farelo de Aveia (Beta glucanas – 3g/dia) Redução 5,7 a 20,2% de LDL- c Redução 5,2 a 5,6% de LDL- c ❑ Consumir as fibras solúveis antes das grandes refeições. Probióticos Probióticos – Mecanismo de ação probióticos; ✓ Assimilação de colesterol pelas células probióticas em crescimento; ✓Desconjugação de ácidos biliares, com aumentada excreção; ✓AGCC – Reduzindo produção hepática de colesterol Di Rienzo, D B. Nutrition ReviewsVol.72(1):18–29 ✓ Ligação do colesterol àssuperfícies celulares e membranas de dos Questionamentos?? ✓Mecanismos prováveis ✓Cepas (L. reuteri , acidophilus) ✓Simbióticos 2015 2014 2017 Resumindo
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