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Consumidor 2 Bim

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1	
  
Direto do Consumidor – 2o bimestre 
RESPONSABILIDADE PELO FATO  do produto ou serviço 
26/04/13 
*A responsabilidade do fornecedor é objetiva, independente de culpa. 
Importante conhecer: - Responsabilidade civil: 
•Objetiva: Deve haver dano + nexo de causalidade  não precisa haver culpa! 
•Subjetiva: Deve haver dano patrimonial/moral/estético, etc. + Nexo de 
causalidade (relação entre conduta do agente e o dano sofrido) + Existência 
de culpa. 
*A responsabilidade do fornecedor também é solidária (fabricante, 
construtor, importador, comerciante)! Todos aqueles que intervieram na 
cadeia de fornecimento podem ser responsabilizados, objetivamente!!! 
Independente da verificação de culpa. 
01) PRODUTO: Fato do produto é aquele que não garante a segurança que 
legitimamente se espera. 
Por exemplo, adquiri televisão, ao ligá-la em casa, ela explode. A TV 
tem um defeito que não me assegura uma segurança mínima que dele se 
espera. 
Não é defeito de funcionamento, e sim DEFEITO NA SEGURANÇA, que 
nós, consumidores, legitimamente esperamos. Avaliaremos este dano pela 
forma como qual foi apresentado pelo consumidor. Falha na prestação de 
serviço que gerará insegurança. 
O risco do negócio tem que ser absorvido pelo fornecedor, ele deve 
preocupar-se em oferecer um produto 100% seguro, e se assim não o for, 
	
   2	
  
responderá por isso! Por exemplo, internet banking; o banco será 
responsabilizado caso haja algum hacker. 
OBS: O avanço tecnológico não faz com que produtos antigos sejam 
considerados defeituoso!!!!! 
1.1) Defeito: 
 a) Apresentação: 
 b) Riscos: 
 c) Época: 
1.2) Responsabilidade solidária: 
*Art. 12 e ss, Código de Defesa do Consumidor.  Respondem 
solidariamente: fabricante, construtor, importador. 
*O comerciante será responsabilizado subsidiariamente!! 
Quando há conduta do fornecedor que dá razão ao dano, ele também 
responde! 
1.3) Direito de regresso: 
Aquele que efetivar o pagamento do dano ao consumidor, tem direito 
de regresso entre os outros fornecedores. O regresso entre fornecedores 
dar-se-á mediante responsabilidade subjetiva (dano + nexo + culpa). 
Art. 88, Código de Defesa do Consumidor  Na ação de regresso é 
vedada a denunciação da lide. Serve para evitar tumulto e demora no trâmite 
processual. 
1.4) Exclusão de responsabilidade dos fornecedores - São 3: 
	
   3	
  
1 – Quando fornecedor prova que não colocou no mercado o produto.  por 
exemplo, produtos falsificados colocados no mercado por outros 
fornecedores, que não os originais. 
2 – Colocou no mercado, mas o defeito não existe.  se o defeito não existe 
não tem nexo causal. 
3 – Culpa exclusiva (art. 12, §3o, III) do consumidor ou de terceiro.  deve 
ser efetivamente exclusiva do consumidor, o fornecedor não deve, em nenhum 
momento ter culpa. Havendo uma parcela do fornecedor, não se exclui sua 
responsabilidade. 
02) SERVIÇOS: Art. 14, Código de Defesa do Consumidor. 
2.1) Profissional Liberal: 
Sua responsabilidade será apurada mediante culpa! (EXCEÇÃO) Aqui a 
responsabilidade é subjetiva!! 
 
03) PRAZO: 
Para que o consumidor ingresse com demandas de reparação de 
danos, é de 5 anos, contado a partir da ocorrência do fato. O consumidor tem 
direito de reparação dos danos experimentados; morais, estéticos, 
patrimoniais, etc. 
Equiparam-se a consumidores, todas as vítimas do fato – Art. 17, 
Código de Defesa do Consumidor. Avião que cai, passageiros e quem não 
estava na aeronave mas foi atingido, tem direito a demanda de reparação de 
danos. 
 
	
   4	
  
RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO – do produto ou serviço 
01) Objetiva: A responsabilidade é objetiva + solidária 
02) Vício: Art. 18, Código de Defesa do Consumidor 
É quando o produto/serviço não garante as características mínimas 
para que seja próprio ao uso a que se destina. Vício é quando há uma falha no 
produto/serviço, falha que lhe torna impróprio para uso ou lhe diminui o valor. 
É uma falha que não gera acidente nem interfere na segurança; e sim 
um erro. Por exemplo, na compra de uma TV ela não explode, só não sintoniza 
os canais ou não funciona perfeitamente. 
03) DIREITO DE SANAR: 
Constatando-se a falha do bem/serviço, devo avisar o fornecedor e ele 
terá o prazo de 30 dias para sanar o vício. Esse prazo pode ser alterado 
mediante contrato, não sendo menor que 7 nem maior que 180 dias. 
A cláusula que estabelece essa mudança de prazo, deve ser feita de 
modo separado; para que o consumidor a evidencie imediatamente. Art. 18, 
§2o, Código de Defesa do Consumidor. 
Como regra, é 30 dias para o fornecedor sanar o vício, mas há 2 
exceções. Posso exigir diretamente meus direitos quando (imediatamente sem 
prazo): Art. 18, §3o, Código de Defesa do Consumidor. 
- O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° 
deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a 
substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou 
características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de 
produto essencial. 
 
	
   5	
  
• É avaliada a essencialidade do produto in casu, dependendo de quem for o 
consumidor e suas qualidades pessoais. Por exemplo, sapato de noiva, ela não 
pode esperar 30 dias para o fornecedor consertar, pode exigir desde logo o 
conserto. 
- Quando houver reincidência  já mandei o produto uma vez pro 
conserto e não adiantou: Art. 18, Código de Defesa do Consumidor: 
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o 
consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: 
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas 
condições de uso; 
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem 
prejuízo de eventuais perdas e danos; 
III - o abatimento proporcional do preço. 
 
04) DEFEITO NA QUANTIDADE – GRAMAS DE PRODUTO 
Em regra, será responsabilidade solidária, EXCETO, quando incumbe 
ao fornecedor imediato pesar e medir, somente ele será responsabilizado! Ai 
o consumidor poderá pedir: 
- complemento do produto 
- substituição por produto = ou semelhante 
- restituição da quantia paga 
05) DEFEITO NO SERVIÇO: 
Quando houver, o consumidor poderá pedir ao fornecedor: 
- reexecução do serviço 
- restituição 
	
   6	
  
- abatimento 
Pressupõe-se que deverão ser peças originais  na reparação do serviço!!! 
Por exemplo na reparação de um ar condicionado; pecas alternativas só se 
tiver autorização expressa do consumidor. 
03/05/13 
06) PRAZOS DO VÍCIO: 
• FATO = É defeito na segurança do produto/serviço; falha na segurança que 
legitimamente eu espero daquele produto/serviço. A conseqüência jurídica 
(direito que eu tenho) é a reparação de danos materiais + morais, ou seja, a 
responsabilidade civil OBJETIVA.  Prazo de 5 anos. 
 
• VÍCIO = Aqui o bem se torna impróprio ao uso, ou tem defeito que lhe 
diminui o valor. Caso ocorra vício:  Prazo de 30 dias. 
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas 
condições de uso; 
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem 
prejuízo de eventuais perdas e danos; 
III - o abatimento proporcional do preço. 
OBS: Ainda que seja vício, não se afasta a possibilidade de perdas e danos, 
desde que verificados! 
6.1) Aparentes: Ou seja, aqueles de fácil constatação pelo consumidor, 
normalmente estéticos. 
	
   7	
  
a) 30 dias – Para defeitos aparentes a contar da tradição (entrega) do 
produto. Se for serviço, a contar de sua completa execução. Ou seja, o termo 
inicial é a tradição! Este prazo também se aplica para bens não duráveis. 
b) 90 dias – Para defeitos aparentes a contar da tradição (entrega) do 
produto. Se for serviço, a contar de sua completa execução. Ou seja, o termo 
inicial é a tradição! Este prazo também se aplica para bens duráveis. 
OBS: Venda de produtos do mostruário - Deve informar que é de mostruário 
e portanto, deve ter redução de preço, caso contrário,será prática abusiva. 
Deve ser claramente informado ao consumidor e deve lhe gerar um beneficio 
comprar este tipo de produto. 
 
6.2) Ocultos: São aqueles que, por sua natureza, o consumidor só irá 
descobrir após um período de utilização. 
30 dias - para não duráveis 
90 dias – para duráveis 
*A diferença aqui é o TERMO INICIAL, que não é mais a tradição ou entrega, 
e sim o EFETIVO CONHECIMENTO DO VÍCIO! No dia em que o vício se 
apresentou! Comprei o produto e 5 anos depois ele dá defeito (vício oculto), 
se for durável, tenho + 90 dias para reclamar. 
* É cabível aqui: defeito de fabricação, defeito de montagem, etc.  Art. 26, 
§3o, Código de Defesa do Consumidor. 
OBS: Garantia estendida ao consumidor = De nada vale, pois para vício oculto, 
eu tenho 90/30 dias após visto o defeito! Exclui-se aqui o desgaste natural e 
a culpa exclusiva do consumidor. A garantia legal é super ampla!!!! Pra vícios 
ocultos! Não vale a pena pagar pela garantia estendida! 
	
   8	
  
 
 
6.3) Obstativas: Obstam a fluência do prazo de 30/90 dias – Art. 26, §2o, 
Código de Defesa do Consumidor. 
Obsta a decadência = interrompe a decadência (recomeça a contagem do 
zero!) 
a) reclamação 
b) inquérito civil 
|-----------------|---------|---------------|------------------| 
90 dias 89ºdia 30 dias negativa do fornc. dai tem + 90 dias para 
 entrar em juízo requerendo aquelas 3 opções (restituição, etc) 
07) EXONERAÇÃO: 
É absolutamente nula qualquer cláusula que exonere ou atenue 
qualquer uma das coisas acima!! 
03/05/13 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 
01) Conceito: 
É uma decisão judicial no sentido de “retirar o véu” protetor da pessoa 
jurídica, para atingir o patrimônio pessoal do sócio. Para que seja possível uma 
reparação em um processo judicial. 
02) Hipóteses possíveis: 
Estão no art. 28, Código de Defesa do Consumidor: 
	
   9	
  
“O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em 
detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, 
fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também 
será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade 
da pessoa jurídica provocados por má administração. 
 § 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são 
subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. 
 § 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações 
decorrentes deste código. 
 § 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa 
 § 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua 
personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados 
aos consumidores.”  POLÊMICA: Tornou a desconsideração da personalidade 
jurídica regra! 
Sempre, de algum modo, o consumidor deve ser ressarcido; é bem 
gravoso ao mercado de consumo, gera insegurança jurídica aos fornecedores. 
A jurisprudência não está em conformidade com isso, a análise tem 
sido feita caso a caso. A prof. considera esse § muito extremo! 
 
03) Coligadas: 
Estão no Art. 28, §4o – É aquela que tem 2 ou mais empresas que 
detém entre si, uma parcela do capital social inferior a 10%. 
04) Grupos Controlados: 
05) Consorciadas: 
É quando duas empresas se unem para promover determinado negócio. 
 
 
 
	
   10	
  
COBRANÇA DE DÍVIDAS DOS CONSUMIDORES 
01) Constrangimento: 
Não será o consumidor exposto a constrangimento na cobrança de 
dívidas. Caso seja, gerará abalo moral ensejando indenização moral. 
Art. 42, Código de Defesa do Consumidor - Nenhum constrangimento 
ou ameaça. 
Empresa que me liga no celular aos sábados para cobrar/ para meu 
local de trabalho, gera constrangimento? SIM! 
02) Cobrança Indevida: 
Se o consumidor for cobrado por quantia indevida: 
“O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do 
indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de 
correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.” Art. 
42, §único. 
03) Identificação: 
Todos os documentos de cobrança devem vir com informação completa 
do fornecedor. Para que eu possa demandar, caso de algo errado. – Art. 42-
A, Código de Defesa do Consumidor. 
10/05/13 
CADASTRO (em bancos de dado de consumo) 
01) Acesso: 
O acesso deve ser LIVRE e GRATUITO às informações que lhe dizem a 
respeito nos bancos de dados. O consumidor pode fiscalizar as informações 
que lá se encontram. 
	
   11	
  
O cadastro detalha a relação consumidor e fornecedor; são os 
cadastros que preenchemos em lojas, por exemplo. A comercialização deste 
dados é tolerada, mesmo pelo Código de Defesa do Consumidor. 
Tem-se aqui os direitos à privacidade e os direitos de personalidade + 
princípio de desenvolvimento nacional  Ou seja, as informações que eu 
concedo, contribui para o desenvolvimento econômico do país e o ACESSO 
AO CRÉDITO. = SPC (serviço de proteção ao crédito)/Serasa 
02) Cadastro: 
O cadastro não é p/ ampla divulgação, já o acesso ao crédito é, em 
função do princípio do desenvolvimento nacional. 
a) claro = Deve-se utilizar uma linguagem clara, que o consumidor possa 
entender; é proibido o uso de códigos. Devem ser também, verdadeiras 
(atualizadas; pertinentes à época). 
b) prazo = O máximo de tempo que o consumidor poderá ficar “negativado” é 
5 anos. Consumada a prescrição relativa à cobrança do débito (que pode ser 
inferior a 5 anos, dependendo do débito), cancela-se o apontamento negativo 
e não mais se fornece informações negativas sobre o consumidor. 
Ao consumidor, não importa quem retira o seu nome do SPC depois de 
prescrito o prazo, só importa que alguém o faça!! Caso ninguém o faça, o 
consumidor pode entrar em juízo e pleitear a retirada solidariamente de 
qualquer um dos fornecedores. 
 Tem jurisprudência (minoritária) que diz que cabe dano moral. A 
jurisprudência majoritária entende que NÃO CABE DANO MORAL, deve-se 
ser provado o abalo moral, pois ele não seria decorrente do não cumprimento 
da norma. A análise, portanto, para esta corrente, deve ser in casu. 
	
   12	
  
OBS: Se o cadastro não preencher estes requisitos, 
03) Notificação: 
O consumidor deve ser notificado PREVIAMENTE antes da sua 
inclusão no SPC, tem direito a: 
- saber qual fornecedor o está inscrevendo 
- porque 
- prazo para manifestar-se (5 dias – jurisprudencial) sobre a 
inserção no SPC. 
Art. 43, §2o, Código de Defesa do Consumidor. – deve ser comunicado 
por escrito ao consumidor!!!!! 
Constatada uma inexatidão, por exemplo, inexistência de débito, deve 
ser corrigida IMEDIATAMENTE! O fornecedor deverá, também, no prazo de 
5 dias, tornar pública esta correção. – Art. 43, §3o, Código de Defesa do 
Consumidor. 
 
PRÁTICAS ABUSIVAS 
01) Exemplificativo: 
O rol do art. 39, Código de Defesa do Consumidor é exemplificativo. 
Portanto, podem haver outras práticas não discriminadas aqui. 
02) Hipóteses de práticas abusivas: 
2.1) Venda casada limitada = 
Venda de um produto só se vender outro junto. Em que pese seja 
abusiva, é muito comum. Pedir serviço de internet com o telefone, mas por um 
	
   13	
  
preço mais barato. Por exemplo, caso do cinemark, consumo de pipoca 
obrigatória dentro do cinemark, não poderia ser de outro lugar. O STJ 
entendeu que era venda casada oblíqua. 
Limitação de venda sem justa causa, também é prática abusiva! 
Estabelecer limites quantitativos sem justa causa: “Consumidor você pode 
comprar x unidades, somente”. 
Limite de estoque do fornecedor é justa causa, mas deve informar 
quanto ele tem no estoque, por exemplo, 1.000 unidades. A análise da justa 
causa é muito pontual, casual e valorativa. 
2.2) Recusa = 
Não pode o fornecedor recusar o atendimento ao consumidor,a quem 
se proponha a pagar. Bar que recusa entrada de um cliente que já brigou lá 
dentro. É prática abusiva porque gera visão depreciativa e abusiva p/com o 
consumidor, não garante que o consumidor vá praticar outra briga 
2.3) Sem solicitação / Sem orçamento = 
Enviar produto ou serviço ao consumidor sem sua solicitação! Se o 
fornecedor fizer isso, considera-se amostra grátis! Você não precisa pagar 
nada! Art. 39, III, Código de Defesa do Consumidor. 
O orçamento deve ser prévio, como regra, tem validade de 10 dias. E 
uma vez aprovado, vincula as partes, como um contrato de consumo! 
Orçamento deverá ser: 
a) prévio 
b) validade 
c) vinculação 
	
   14	
  
d) terceirização - Se o fornecedor tiver que empregar Mao de obra de 3os e 
não te avisar, ELE PAGA pelo serviço prestado. Não poderá te cobrar, será 
amostra grátis. Por exemplo, conserto de celular. 
 2.5) Prazo: 
O fornecedor deixa de estipular prazo para cumprimento de sua 
obrigação, sem termo inicial. Por exemplo, contrato de compras de imóveis em 
construção. P.e, 36 meses a contar do término da fundação do prédio! NÃO 
PODE, porque dai ele nunca terá um prazo; é prática abusiva muito comum. 
Art. 39, VI, Código de Defesa do Consumidor. 
 2.6) Depreciar: 
“Fofoca de consumo” – art. 39, inc. 7  Fornecedor comunicar outro 
e falar mal do consumidor que está no exercício regular de direito!!! 
Mas quando o consumidor não estiver no exercício regular de seu 
direito, o fornecedor pode repassar informações depreciativas do 
consumidor. Condutas licitas do consumidor (ir ao PROCON, demandar, etc) 
o fornecedor não pode repassar. 
 2.7) Normas / Prevalecer: (MONO) 
Da fraqueza ou ignorância do consumidor. Ex. Bebidas alcoólicas. 
2.9) Vantagem: 
Exigir vantagem manifestamente excessiva do consumidor! Ex. Perda 
de comanda em bar. É obrigação do fornecedor garantir seu registro de 
produtos consumidos!! Não é obrigado a pagar o valor da comanda. 
 
 
	
   15	
  
2.10) Elevação de preço: 
Elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. Ex: aumento 
de gasolina do dia para noite em Curitiba. 
Incumbe ao fornecedor provar que é justa a elevação do preço! Se ele 
não provar, é prática abusiva!!! 
a) reajuste – estabelecer formas de reajuste ilegais em contratos 
b) tabelamento – de preços, será abusiva a cobrança ALÉM do valor tabelado. 
Caso eu sofra alguma destas práticas = REPARAÇÃO DE DANOS 
(MATERIAIS OU MORAIS), DEVO DENUNCIAR AO MP E AO PROCON, 
PARA IMPOREM SANCOES ADMINISTRATIVAS! 
 
17/05/13 
PROTEÇÃO CONTRATUAL 
01) INTERPRETAÇÃO: 
A interpretação dos contratos de consumo deve sempre ser a mais 
favorável ao consumidor. Tem-se em mente aqui a boa-fé objetiva. 
Teoria da confiança, proteger ao consumidor a legítima esperança que 
ele espera quando contrata. 
02) VINCULAÇÃO: 
Tudo que gerou expectativa no consumidor vincula o fornecedor, por 
isso, tem-se a possibilidade execução específica de cumprimento de 
obrigação. Art. 84, Código de Defesa do Consumidor. 
	
   16	
  
Pode-se também pleitear perdas e danos, depende da vontade do 
consumidor. A única hipótese em que o consumidor não pode escolher entre 
PERDAS E DANOS ou EXECUÇÃO ESPECÍFICA, é quando é impossível a 
execução específica, dai terá que ser, obrigatoriamente perdas e danos. 
OBS: A multa contratual não limita o quantum de perdas e danos! O 
consumidor receberá MULTA + PERDAS E DANOS. 
2.1) fornecedor: 
 execução específica = O consumidor escolhe, execução específica ou perdas 
e danos. 
2.2) consumidor: 
 conhecimento = Não vincula o consumidor o contrato se ele não tiver tido 
conhecimento prévio de seus termos. Art. 46, Código de Defesa do 
Consumidor.  Existe um limite de boa-fé que se impõe ao consumidor 
também! 
 arrependimento = São 7 dias para o consumidor arrepender-se fora do 
estabelecimento comercial. Por exemplo, pela internet/telefone/domicílio =. 
Art. 49, Código de Defesa do Consumidor. 
03) CLÁUSULAS ABUSIVAS: - rol exemplificativo – Art. 51, §1o, Código de 
Defesa do Consumidor 
3.1) continuidade: Art. 51, §2o 
3.2) capacidade ativa: MP pode intentar demanda para discutir cláusulas 
abusivas. 
3.3) hipóteses: ART. 51, Código de Defesa do Consumidor 
	
   17	
  
 responsabilidade vícios: É abusiva cláusula que atenue ou exonere a 
responsabilidade do fornecedor por vícios. 
- pessoa jurídica = Exceção – relação entre fornecedor com consumidor 
pessoa jurídica, é possível restringir o quantum indenizatório! 
 responsabilidade ao 3o: É abusiva cláusula que transfira responsabilidade a 
3os. Isso é comumente infringido em companhias aéreas. 
 benfeitorias: É nula e abusiva qualquer cláusula que retire o direito do 
consumidor de ser ressarcido por benfeitorias necessárias, comumente 
ocorrente em financiamentos imobiliários. 
 reembolso: Cláusula que impeça o reembolso (integral) de quantia paga. 
 iníquas: Cláusula que estabeleça prestações iníquas/abusivas (inciso IV do 
art. 51), que coloque o consumidor em desvantagem exagerada. 
 ônus: Cláusula que estabeleça a inversão do ônus da prova em desfavor do 
consumidor. 
 arbitragem: Cláusula que estabeleça a utilização compulsória da arbitragem. 
A maioria da doutrina entende que NÃO É CABÍVEL arbitragem nas relações 
de consumo. 
 representante: Cláusula que imponha representante para concluir 
determinado negocio, um intermediário para concluir o negócio. 
 desvinculação: Cláusula que determine a possibilidade ou não de concluir ao 
contrato; cláusula que da esse direito ao fornecedor. 
- Cancelamento = cláusula que permite que o fornecedor cancele o 
contrato unilateralmente a qualquer tempo. 
	
   18	
  
- Alteração = Cláusula que dê ao fornecedor direito de alterar o 
contrato unilateralmente. 
 custos de cobrança: Cláusula que estabeleça que o custo de cobrança será 
imputado ao consumidor, não dando direito = a ele. 
 desacordo: Cláusula que esteja em descordo com o sistema de proteção ao 
consumidor. 
 ambientais: Cláusula que infrinja ou possibilite a infração de normas 
ambientais. 
 
04) ADESÃO: Art. 54, Código de Defesa do Consumidor 
a. redação: Nos contratos de adesão a redação deve ser clara, com 
fonte mínima tamanho 12. §3o 
 
b. inserção: A possibilidade de preencher cláusulas no contrato, não 
desfigura a natureza de adesão! §1o. 
 
c. resolutória: É possível, mesmo em contratos de adesão, a inserção 
de cláusulas resolutórias, que são aquelas que prevêem o fim do 
contrato em caso de inadimplemento. 
Esta cláusula deverá ser “alternativa”, ou seja, possibilidade 
ao consumidor de sanar sua dívida / quitar o débito. Esta cláusula 
não se opera diretamente, deve-se dar a chance de o consumidor 
purgar a mora e pagar dívida. 
 
	
   19	
  
d. limitação de direitos: Cláusula que limite direitos deve vir redigida 
com destaque, permitindo sua imediata e exata compreensão.

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