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DIREITO PENAL III P1

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DIREITO PENAL III – P1
PROGRAMA:
- Extinção da Punibilidade (art.107)
- Prescrição (art.109 ao 120)
- Crimes contra a vida (art.121 ao 128)
- Crimes contra a incolumidade física “crimes de perigo” (art.129)
- Crimes contra a Honra (art.138 ao 145)
- Crimes contra a Liberdade (art.146 ao 149)
- Crimes contra o Patrimônio (art.156 ao 183) - Vol.3
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE (art. 107)˪└─› ͢ Incisos cancelados VII e VIII
(I) – pela morte do agente͢ - Princípio da Intranscedência.
- como se pode punir uma pessoa morta? É impossível no plano material
- Teoria da Pena -> Princípio da Intranscendência (a pena não pode passar da pessoa do condenado)
Ressalva ao Princípio:
*Penas Pecuniárias - Pena de Multa: elas podem alcançar aos herdeiros, porém, ficarão limitadas ao valor do patrimônio pessoal dos herdeiros, somente o patrimônio que eles herdaram.
(II)- Anistia, Graça e Indulto.
•[Diferença] entre elas é a Iniciativa
1) Pela iniciativa – quem é que pode concedê-las
2) Pela determinação – individual ou coletivo
	Anistia
	 Lei (1)
	Coletivo (3)
	Não há sequer julgamento
	Graça
	D. Presid. (2)
	Individual
	Pena perdoada por inteira
	Indulto
	Decreto Presidencial
	Coletivo
	Perdão da Pena Inteira ou Metade dela - Não precisa do LC
(*1)
(*1) Em datas comemorativas o apenado pode passar estes dias fora da cadeia, mas precisa retornar.
Lei emanada do legislador FEDERAL (Congresso Nacional) somente.
- (*) [“Estão cogitando em revogar a lei da anistia dada aos civis e militares na época da ditadura para punir os militares pelos crimes que cometeram nesta época. Porém, revogando-a estarão violando a segurança jurídica, pois se você revoga a lei para punir alguns você terá que revogar para punir todos, ou então não revoga nada.
Será estudado mais a frente os Crimes Imprescritíveis que são 2.
1º - tortura que se tornou imprescritível pelo Tratado Internacional que versam sobre Direitos Humanos no qual possuem força de Emenda Constitucional – ex.: Pacto de São José da Costa Rica.
└─› A tortura se torna Imprescritível por força dos tratados muito embora a Constituição não fale disso.
Discute-se se o tratado retroage ou não para alcançar os crimes. É uma discussão muito aprofundada para ver se poderia ou não revogar a lei da anistia para penalizar os militares que praticaram tortura na época.”]
Decreto Presidencial – é dado pelo Presidente da República, no qual concede indulto ou graça para determinados criminosos
 Coletivo – se aplica a todos aqueles que forem objeto do ato normativo.
- O Pres. da Rep. Tem o condão de poder dar a graça para quem ele quiser.
- Indulto = Perdão -> Indulto Total ou Parcial
Total – perdão da pena inteira. Extingue a Punibilidade
Parcial (Comutação de Pena) – perdão de uma parte da pena
- Indulto de datas comemorativas (ex. indulto natalino; páscoa, etc.): o preso sai da penitenciária naquele período, porém, ele precisa retornar quando aquele período cessar. 
O tempo que ele permaneceu lá fora será considerado como pena cumprida.
- Se a pessoa estiver em L.C. pode receber indulto também pela sua pena restante.
-> Requisitos do Indulto:
1) Subjetivo
2) Objetivo
• O efeito das 3 causas de extinção da punibilidade, não está relacionada aos maus antecedentes.
* Seja a extinção de um pequeno período ou como a extinção da pena como um todo.
[Voltando a discussão da anistia...
- aquelas pessoas que foram anistiadas tiveram ao seu favor a extinção da punibilidade, então como se pode agora revogando todo o ordenamento jurídico, revogar a garantia para punir todos aqueles caras que se beneficiaram da extinção da punibilidade há mais de 20 anos. ]
- O fato de ter concedido a extinção da punibilidade não impede que a pessoa contenha ainda maus antecedentes ou não seja reincidente. Não possuem o condão de apagar estes elementos.
ANISTIA: não houve seque julgamento, por isso não há do que se falar por exemplo que eles perderam a primariedade ou constituem maus antecedentes.
(III)- Retroatividade da lei que não considera mais o fato criminoso – “Abolitio Crimis” – Efeitos Ex Tunc
- Estudada em “Lei Penal no Tempo” em leis que se sucedem no tempo que são:
* Novatio Legis Incriminadora
* Novatio Legis In Melius
* Novatio Legis Impejus
* Abolitio Criminis (lei que deixa de considerar o fato como criminoso, seus efeitos são ex tunc, ou seja, ela retroage para extinguir a punibilidade do réu) 
Ex. : Lei 11.106/05 – lei que instituiu o abolitio crimes, descriminalizando o crime de sedução, adultério, rapto.
O rapto era a privação de liberdade por crime libidinoso; agora ele está enquadrado no sequestro.
• Esta mesma lei revogou os Incisos VII e VIII.
RAPTO: privação da liberdade com fim libidinoso, ele foi revogado com a lei 11.106/05, porém, não quer dizer que esta conduta agora esteja lícita.
Este crime saiu de um artigo e foi para o art.148 se tornando uma qualificadora para o sequestro.
Em si este crime não foi abolido pois a sua conduta ainda possui penalização no art.148 e não mais como tipo autônomo no art. Que residia.
(IV)- Prescrição, Decadência e Perempção.
 •Prescrição: perda da pretensão. -> O Estado perde a capacidade de sujeitar o réu (o interesse dele é a liberdade) ao interesse (dele Estado) de vê-lo preso. (Pretensão – capacidade de subordinar o interesse alheio ao de si próprio)
 •Decadência: perda do direito de ação. -> Perda do direito da propositura daquela ação.
Na prescrição existe a possibilidade da propositura da ação mesmo estando aquele crime prescrito, o que acontece é que no final da instrução aquilo não dá em nada, será apenas uma sentença declarando extinção da pena pela prescrição.
Agora, se for um fato no qual já incidiu a decadência, essa ação sequer vai ser aceita/recebida. Uma queixa-crime no qual o ilícito já está em decadência, ela vai ser rejeitada, nem a ação se inicia.
└› (art.103) O prazo decadencial é de 6 meses. 
Ele se aplica: -Ação Penal Privada 
 - Ação Penal Pública Condicionada a Representação do Ofendido.
Ex. 1: Crimes de A.P.P. – Calúnia, Difamação e Injúria,
São crimes de A.P.P. como regra, porém, existem exceções (como a Injuria Racial; Calúnia ou Difamação Contra o Presidente da República, etc) – Dano (art.163) também é crime de A.P.P.
- então se alguém cometeu um destes crimes a vítima só poderá propor a ação no período de 6 meses contra a pessoa.
- A Queixa- Crime não é o ato de ir na delegacia, e sim de dar entrada na Ação em Juízo, pois a queixa é o nome da Petição Inicial, então, a Petição Inicial da A.P.P. tem o nome de queixa-crime, apresentada apenas ao Juiz e não ao delegado. 
Nesta queixa a pessoa narra quando o fato aconteceu, delimitando a sua data, no qual o juiz analisará a data da queixa.
Ex. 2: A.P.Púb.Cond.Repre. – Ameaça (art. 147)
- se você for ameaçado, terá 6 meses para representar quem te ameaçou. Ao chegar a delegacia você precisa falar o que quer denunciar. Medida Assecuratória de Direitos Futuros – faz apenas o registro da ameaça para que amanhã ou depois se acontecer algo com quem registrou saibam quem é o responsável- não é propositura da ação.
- Uma vez representado a pessoa poderá retirar a ação até o Oferecimento da Denúncia – (art.102) – retratação da representação – (art.101)
(*) Ação Penal Pública Incondicionada
- Em REGRA, não existe decadência em crimes de A.P.P.Inc., não se submetem assim os prazos decadenciais.
-EXCEÇÃO: (ATOS INFRACIONAIS – existe decadência)
 └› condutas praticadas por menores
Gráfico no caderno
Se o Estado não encontrar o agente até os 21 anos, ele não poderá mais propor a ação tendo em vista que houve a decadência do direito de ação.
•Perempção: Perda do momento para a prática de um ato para o processo.
(art.60 CPP)-> não fala em prescrição. 
└› só alcança a Ação Penal Privada – casos que se oferecem mediante queixa.
-semelhante ao instituto da preclusão. Ex.: essa matéria estápreclusa.
Ex.: - Se a vítima que propôs a queixa não for a audiência (não comparecimento Injustificado) ou em qualquer ato do seu processo, isso vai acarretar em perempção -> (*)
- Caso o querelante morra, os seus herdeiros para continuarem o processo precisam comparecer em juízo para avisarem que pode haver prosseguimento do processo, se os herdeiros não comparecerem em 60 dias ocorre a perempção.
- Se a Pessoa Jurídica se extinguir sem deixar sucessores ocorre a perempção também. Pessoa Jurídica também pode ser querelante, através de um representante.
(*) Também acarreta perempção se a pessoa não formular pedido de condenação e alegações fiais, então se na queixa-crime na última vez que você fala no processo, se nas alegações finais você não formular o pedido de condenação acarreta a Perempção – extingue a punibilidade. 
(V)- pela Renúncia do dir. de queixa ou pelo Perdão aceito, nos crimes de Ação Privada.
└› ato da vítima para o réu
• Renúncia do Direito de Queixa – expressa ou tácita
└› ex. dizendo que não quer processar quem te ofendeu.
Ex.: Forma TÁCITA – praticando um ato incompatível com a postura e alguém que quer processar. 
Acontece em muitos casos de aplicação da Lei Maria da Penha – Crimes Contra a Honra – de casais que brigam e um ofende o outro, a vítima vai a delegacia e registra a ocorrência contra o companheiro, só que depois eles fazem as pazes. Mesmo que ela não compareça em juízo para dizer que não quer mais aquilo, o companheiro pode peticionar juntando as provas de que os 2 estão juntos e declarando que não há mais conflito entre eles.
Só é Ação Penal Pública Incondicionada pela Lei Maria da Penha a Lesão Corporal, os demais crimes pelos quais a L.M.P. se aplica, entre eles os crimes contra a Honra, mantém a natureza da Ação Penal que eles sempre tiveram, então se a Ação Penal era Privada ela continua sendo Privada, o estupro por exemplo é A.P.P.Cond., então se o marido estuprar a mulher não é porque é estupro que a L.M.P. vai transformar ele em Púb.Incond., não continua sendo Púb. Cond. À Repres.
- se o marido estuprar a mulher – A.P.P.COND. - a mulher pode renunciar o direito de ação, agora, se for um tapa no rosto – Crime de Lesão – A.P.P.INCOND. – ela não pode renunciar o direito de ação. 
 (VI) Retratação = Perdão(desculpas) -> Crimes contra a Honra
└›ato do réu para a vítima
- o réu pede desculpa e extingue-se a punibilidade.
• Retratação Cabal – desculpas precisa ser feita nos mesmos modos que a ofensa;
Ex. se for uma ofensa pública tem que se desculpar publicamente também.
(Art.143) – retratação cabal de calúnia e difamação – casos em que a lei permite.
Ex.: A torcedora do grêmio praticou crime de Injúria Racial – que não está contemplado no art.143 – então mesmo que ela tenha se retratado não é aplicado este dispositivo.
└›Princípio que rege a [A.P.PRIVADA] - Princípio da Disponibilidade – A.P.P. é disponível
└› Princípio que rege a [A.P.PÚBLICA] - Princípio da Obrigatoriedade – A.P.Púb. é obrigatória. Ou seja, se estiverem presentes os elementos (autoria e materialidade) o M.P. tem que denunciar.
(VII) |-> revogado
(VIII)|-> revogado
(VII) – extinto o casamento da vítima com o estuprador. Além de ser uma legislação extremamente machista, era também repetitiva porque o casamento era no mín. uma renúncia tácita e a renúncia está feita no inciso V – como também o estupro era uma A.P.Privada.
(VIII) – extinto o casamento da vítima com 3ª pessoa desde que manifeste interesse de perdoar seu estuprador – mulher depois de casada poderia manifestar o perdão ao estuprador.
O crime da pessoa que urina na rua não é Atentado ao Pudor, é Ato Obsceno (pessoa está expondo sua intimidade publicamente), mas, o bem jurídico tutelado é o pudor público – a pessoa está atentando ao pudor.
- Então, Atentado ao Pudor(revogado) Diferente Ato Obsceno (público).
(IX)- Perdão Judicial – dada pelo Juiz.
Ex.: 1 - Pais que esquecem o filho no carro -> 
 - os art. Mais conhecidos são:
Art.121,§5º
Art.129,§8º
2 – art.129,§8º (Lesão Corporal) – também se aplica o perdão judicial.
Ex. caso do neném que caiu da janela e fraturou a costela porque a mãe estava passando roupa. -> art.129,§8º c/c art.13§2º”a”
(art.242) Adoção à Brasileira
Ex. mulher que está com um homem no qual se afeiçoa ao filha dela que não é dele e registra seu nome na criança. -> criança perde o direito de saber quem são realmente seus pais biológicos.
P.Ún. – perdão judicial por reconhecimento a nobreza.
Ex. caso da jovem que não queria o neném e o casal vendo a situação pegou a criança para cuidar. (art.292) – Cabe Suspensão Condicional da Processo.
DATA: 20/02/15
PRESCRIÇÃO
- não é só uma fonte de impunibilidade, antes de tudo ela é uma garantia.
• CONCEITO: perda da pretensão. 
Pretensão é a perda da capacidade de você subordinar o direito alheio ao seu interesse.
O que acontece aqui é que o Estado perde a capacidade de sujeição compulsória do réu (que quer a sua liberdade e do Estado que quer puni-lo)
•FUNDAMENTOS: (3) 
Decurso do Tempo: só se fala em prescrição se tiver havido o decurso do tempo, mas, que tempo é esse? Enquanto tempo prescreve um crime.
Ex.:					(*) PRESCREVE EM:
		Furto (155) -> Pena 1 a (4) anos – (*)8 ANOS
Roubo (157) -> || 4 a 10 anos – 16 ANOS
Homicídio (121) -> || 6 a 20 anos – 20 ANOS
Estupro (213) -> || 6 a 10 anos – 16 ANOS
└› Quando o crime for cometido a única noção que existe é essa. Se a pessoa quiser saber neste momento quando o crime prescreve só existe a referência da PENA EM ABSTRATO, então para saber a prescrição do crime pela pena em abstrato, pega-se a PENA MÁXIMA (*). Porém, isso não quer dizer que você já sabe a data que prescreve, para sabermos qual é o prazo prescricional, pega a pena máx. e leva ao art.109, CP.
└› ele que traz todos os prazos prescricionais
Estelionato (171) -> Pena 1 a 5 anos – Prescreve em 12 anos
Crimes contra a Administração Pública (art.312 e ss)
└› utiliza o VI do art.109
-Condescendência Criminosa (320) -> Pena de 15 dias à 1 mês – Prescreve em 3 anos.
-Advocacia Administrativa (321) -> Pena 1 a 3 meses – Prescreve em 3 anos.
PENA EM CONCRETO: quando se sabe a pena em concretizada que é fixada ao indivíduo.
Existe a possibilidade de fazer uma estimativa da pena; se você sabe que o réu é primário, não reincidente, tem bons antecedentes e etc. Dá para prever que a pena dele ficará + próxima do mínimo. 
Afirmar com certeza qual é a sua pena é impossível.
PRAZO PRESCRICIONAL: NÃO É CALCULADO UMA ÚNICA VEZ!!!!
└› ele é calculado tantas vezes forem as alterações desta pena.
- No momento em que é cometido o crime só há como saber a Pena Abstrata e não a em concreto. Agora, a partir do momento em que o réu é condenado, eu já não preciso mais da Pena em Abstrato porque já se tem a Pena em Concreto, tendo que recalcular a prescrição em base na pena concretamente fixada na sentença.
└› então o prazo é calculado diversas vezes porque o juiz define uma pena, o tribunal pode modificar esta pena e etc. Assim, existe a possibilidade de ocorrer alterações desta pena. Toda vez que a pena for alterada isso vai impactar no prazo prescricional.
Ex.: O indivíduo estava preso e fugiu da cadeia – terá que recalcular a prescrição, em base da pena toda. [Por conta do 2º fundamento]
Negligência da Autoridade: não tem como o crime prescrever se a autoridade pública faz do crime aquilo que dela se espera ou cumpre aquilo que dela se espera.
Falar que o Estado ficou 8/12 anos sem julgar a causa, é tempo demais, então a prescrição é muito + fruto desta negligência/incompetência estatal do que qualquer outra coisa. -> Para os crimes de maior repercussão o Estado dá + atenção, deixando os demais gerarem sua prescrição (crimes com tanta importância ou até + do que está repercutindo na mídia)
O que gera certeza de que os indivíduos serão punidos não é uma pena alta e sim que eles serãoefetivamente penalizados próximo de uma pena pequena efetiva do que uma ínfima parcela desse total que possui penas altas.
No estudo da Ação Penal -> quando falamos da A.P.P. Subsidiária da Pública – você precisa falar da duração do Inquérito (Prazo legal para que o inquérito seja concluído) pelo CPP o Inquérito uma vez aberto ele tem o prazo legal para que termine. 
Réu Solto – 30 dias 
Réu Preso – 10 dias
└› PRAZO PARA QUE O INQUÉRITO TERMINE
Não é raro encontrar prazos de PRORROGAÇÃO destes prazos (caso em que o Estado prorroga este período) no qual o delegado de polícia solicita ao M.P. à prorrogação (para 90 ou 120 dias) simplesmente porque ele não conseguiu investigar aquele caso dentro do prazo. (Casos de repercussão sempre terminam no prazo) Nesta fase não é nem réu, é indiciado, pois o indivíduo ainda não possui ação penal.
Geralmente não se prescreve por culpa do advogado e sim porque a autoridade pública por vezes deixa de punir ou analisar o caso pela sua negligência. 
[Existem casos em que as pessoas dizem que prescreve por causa do advogado ficar recorrendo, porém, estas mesmas pessoas esquecem que o recurso é previsto na lei, sendo assim a visão que possuem deveria ser ao contrário. Se o advogado não utilizar o recurso que a lei admite, ele está falhando no exercício da sua função profissional, tendo assim que responder perante a OAB.]
A prescrição é muito mais culpa do Estado do que do réu, porque só prescreve porque o Estado quer abraçar tudo e não tem competência para isso.
Correção do Condenado 
└› Em penal II se estudou a finalidade da pena (com caráter construtivo e não destrutivo) de que a “pena não é um fim em si mesmo”, ou seja, a pena vai servir para alguma coisa, uma melhora no indivíduo penalizado.
FINALIDADE DA PENA
Função Preventiva: pena funciona como prevenção de outros crimes.
└› esta função é mais teórica do que prática, pois quando alguém comete um crime não se liga para a pena que terá que responder.
Função Retributiva: a pena serve como uma retribuição ao mal cometido pelo sujeito – o Estado dá para ele a retribuição da “pena” pelo crime cometido.
Função Precípua: função ressocializadora – aquele indivíduo que errou vai ser retirado do convívio social para refletir e após isso ele possa voltar a sociedade ressocializado, sem representar a ela um perigo.
└› É da função precípua que entra: As P.P.R; Prestação de Serviço; Limitação de Fim de Semana -> estas possuem uma chance maior de atingir a sua finalidade.
Hoje, a pena tem um caráter destrutivo e não construtivo como deveria ser, ela é na verdade o meio mais caro de tornar as pessoas piores.
{Presidiário que ganha salário é somente aquele que foi contribuinte da previdência=seguro (ele só recebe aquilo que pagou enquanto trabalhava); se o Estado não paga a ele, então o Estado estaria se apropriando de um dinheiro que não é seu.}
{Agora se o sujeito trabalhar na cadeia ele tem direito a receber um salário, afinal de contas todo trabalho precisa ser remunerado, caso contrário é escravidão}
{A sociedade precisa enxergar este sujeito como um sujeito em recuperação}
- O Lava-Jato e o Crime de Corrupção são parte do mesmo tipo penal, o que muda é a quantia, mas, a conduta objetiva é a mesma -> oferecer ou prometer vantagem a servidor público (art. 333 – corrupção ativa – pena 2 a 12 anos)
A corrupção do condenado se deve ao fato de que aquele indivíduo fora da cadeia esta corrigido, ou seja, se aquele indivíduo longe da cadeia não representa mais um perigo à sociedade, isso é sinal de que a pena para ele é desnecessária (não há mais um objetivo a ser atingido)
└› vale lembrar que o Estado não está interessado na família da vítima ou na vítima. O objetivo final do Estado é punir o indivíduo que violou a lei. 
{O que a vítima sofreu tem a vara cível para isso – para que ela possa buscar a sua indenizaão/reparação. Porém, a esfera criminal não se presta para isso – Ação Civil Ex Delicto}
Ex.: Pai da Eloá -> ele era procurado em Pernambuco pelo crime de homicídio, e lá ele havia sido condenado pela pena superior a 12 anos. Aconteceu que ele estava vivendo em SP como foragido criando sua filha até que o namorado dela resolveu matá-la e ele deu entrevista, o pessoal de Pernambuco foi atrás dele pois haviam o reconhecido. Eles estava foragido há 19 anos e o seu crime só ficaria prescrito em 20 anos e por causa disso ele acabou sendo preso.
	Se você analisar este caso, ele já havia sido corrigido e até onde se sabe tendo uma vida honesta, sendo o Estado negligente por ter deixado ele ficar foragido por 19 anos, porém, não houve o Decurso do Tempo – faltava 1 ano para o crime prescrever. (ele terá que cumprir a pena toda) (havia os fundamentos 2 e 3 mas o 1 não)
- Se a família da vítima não está satisfeita com a solução dada pelo Estado ou a Prescrição, ela acaba querendo vingança. O que eles buscam é a vingança e não a Justiça. Pois não tem como transferir ao Estado esta responsabilidade (papel de ser o vingador do ilícito)
-> O que se deve analisar nesta função é faticamente o que houve e não envolver a emoção.
* A sociedade não enxerga a pena com um objetivo e sim um instrumento de vingança.
+ Quanto mais crimes o indivíduo solto cometer menos chances ele terá de ter o benefício da Prescrição.
└›Porque ele vai ser reincidente; vai ser condenado por estes crimes que cometeu. A sentença condenatória com T.J. interrompe a Prescrição do crime anterior. Pois o indivíduo não está corrigido.
*PRESCRIÇAO SÓ É PARA RÉU SOLTO
└›Porque a autoridade não foi negligente.
- Quando o Estado quer prender uma pessoa para que ela não fuja do país. Viola a liberdade do sujeito por causa da sua ineficiência de fiscalizar as fronteiras do país. Não basta apreender o passaporte?
└›inverteu-se a regra. Não é mais a liberdade, é a prisão.
*Para poder existir a Prescrição é preciso que os fundamentos sejam preenchidos. Então os fundamentos apresentados são CUMULATIVOS. 
└› O bom comportamento é intra muros e não extra muros (fora da cadeia) – se comportar bem fora não é mérito é uma obrigação. 
CASOS DE IMPRESCRITIBILIDADE
└› Somente 2 Casos em que não há prescrição.
*Previsão Constitucional (art.5º, XLII e XLIV, CF)
● (XLII) – RACISMO (Art.20 da Lei de Crimes Raciais nº 7.716/89) ≠ INJURIA RACIAL (Art.140, §3º do CP)
 └› imprescritível e inafiançável
*RACISMO - Imprescritível (Art.20 da lei 7.716/89) – Pena 1 a 3 anos.
└›Ofensa GENÉRICA. [Se eu emprego a todos a ofensa ou preconceito]
(Aqui eu ofendo a todos daquela raça, cor, religião, etnia, procedência e etc.)
*INJURIA RACIAL - Prescreve (Art.140, §3º do CP) - Pena 1 a 3 anos.
└› Ofensa PARA PESSOA DETERMINADA (INDIVIDUAL). [Se eu me referir a uma pessoa determinada]
EX.: Caso do Estádio que a garota chamou o jogador de macaco é uma Injúria Racial.
- Inciso XLII tem uma Interpretação Limitada. Por isso a Injuria Racial Prescreve e admite Fiança.
● (XLIV) – AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS CIVIS E MILITARES - Imprescritível
CONTRA A ORDEM DEMOCRÁTICA E O ESTADO DEMOCRÁTICO
DIFERENÇAS ENTRE PRESCRIÇÃO CIVIL E PENAL
PRESCRIÇÃO CIVIL E PRESCRIÇÃO PENAL
└›Dir. Privado └›Dir. Público
PRESCRIÇÃO CIVIL – Não pode ser declarada de ofício.
└›Os efeitos da Prescrição civil são renunciáveis, por isso não pode ser declarada de oficio.
PRESCRIÇÃO PENAL – Declarada de Ofício pelo Juiz.
└›Os efeitos da Prescrição Penal são irrenunciáveis.
└›ainda que o réu beneficiado pela prescrição não argua a prescrição em sua defesa o juiz vai poder declarar sem provocação se ele ver que o prazo prescricional já passou.
- Cheque é uma ordem de pagamento à vista (nat. Jurídica), e sua força executiva é de 6 meses. A pessoa tem 6 meses para poder tirar o dinheiro, caso nesse tempo ela não consiga retirar o dinheiro ela pode entrar com uma Ação de Execução (abole a fase de conhecimento) antes do cheque perder sua força executiva que é depois dos 6 meses.
Após os 6 meses apenas poderá entrar comuma Ação Monitória (Proc. De Conhecimento) – a sentença procedente é a execução de título judicial.
Mesmo que o cheque fique prescrito a pessoa que deu o cheque pode fazer o pagamento sendo assim ele renunciou os efeitos da prescrição.
*A Ação Civil tem seus efeitos renunciáveis. (Eu posso abrir mão dos efeitos desta ação)
*A Ação Penal tem Efeitos Irrenunciáveis. (Ex. meu crime está prescrito mas eu quero ir pra cadeia- não tem lógica)
 -Se você conseguir provar que a pessoa que emitiu o cheque já não tinha fundos, aqui se tem o Crime de Estelionato (art.171, §2º,VI)
PRESCRIÇÃO CIVIL – Preclusão – se você não arguir a Prescrição Civil na primeira oportunidade que você tiver para falar no processo, você perdeu o momento para falar daquele instituto, ocorre uma Renúncia Tácita do Direito. Existe Preclusão Civil e Penal. Não Existe PRECLUSÃO PARA PRESCRIÇÃO PENAL. 
- Perempção: Só existe na Ação Penal Privada. A perempção não alcança a Prescrição, mas é um instituto semelhante a preclusão que é a perda do direito por não pedir o direito em certo momento.
 PRESCRIÇÃO PENAL – não há Preclusão e nem há Perempção. A PRESCRIÇÃO PENAL pode ser reconhecida a qualquer tempo ou grau de jurisdição.
- Hipóteses de Perempção (art.60 CPP) – não se fala em Prescrição aqui.
PRESCRIÇÃO CIVIL – Ela pode ser: Aquisitiva e Extintiva
-Ex. de Prescrição Aquisitiva – Uso Capião; o decurso do tempo fará com que você adquira a propriedade.
 PRESCRIÇÃO PENAL – sempre Extintiva
		└›sempre extingue a pretensão do Estado. (Pretensão Punitiva e Executória)
CAUSAS INTERRUPTIVAS DA PRESCRIÇÃO (art. 117)
-CASOS DE REJEIÇÃO DA Denúncia:
Condições da ação
- Legitimidade Ad Causa
- Interesse de Agir
- Possibilidade Jurídica do Pedido
* O juiz vai conferir se o MP é parte legítima daquela ação, ele vai ver se de fato aquele crime é de Ação Penal Pública. Se o MP tocar uma Ação Penal Privada ele vai rejeitar esta denúncia.
*Interesse de Agir, o juiz por exemplo rejeitaria a Denúncia se o MP propusesse uma denúncia para um crime prescrito.
*Ele analisa se o pedido formulado pelo MP é Juridicamente Possível. Se o promotor não está pedindo pena de morte por exemplo.
- Além das condições da ação na esfera criminal existem outras como por exemplo a Justa Causa para a propositura da Ação que o Juiz analisa para admitir ou não a denúncia. Logo depois existem também os Pressupostos Processuais. 
└› se tudo estiver correto o Juiz vai proferir um despacho (Recebimento da Denúncia)
-Ex.: recebo a denúncia intime-se o réu para se apresentar em 10 dias. 
-A frase RECEBO A DENÚNCIA já possui um grande conteúdo decisório pois aqui quer dizer que todas as condições foram preenchidas e que a Denúncia é regular. E dali se dá início a Ação Penal e toda sua fase instrutória (oitiva de testemunhas, interrogatório do réu, realização de diligências) isso tudo é realizado até que chegue a Sentença. 
└›O que interessa aqui é a sentença condenatória (no qual o réu é condenado a determinado crime)
└›Após a Sentença Cond. O réu pode apelar -> interposição da apelação para o Tribunal de Justiça (T.J.); chegando aqui ele vai ser julgado por uma câmara criminal (composta por 5 desembargadores, no qual 3 vão julgar – relator, revisor e vogal – aquela apelação) -> eles proferem um acórdão (pode ser condenatório ou absolutório – o que interessa aqui é o acórdão condenatório) – acórdão condenatório – aqui é proferida uma nova decisão.
└›Diante deste cenário o réu pode recorrer ainda, só que aqui vai ser estudado o trânsito em julgado em 2ª instância. [Porque os recursos que o réu pode interpor após o acórdão do TJ, são recursos excepcionais – para o STJ (RECURSO ESPECIAL- só cabe recurso para o STJ se mostrar que houve uma violação da lei federal – provar que a decisão do juiz ou tribunal violou uma lei federal) e STF (RECURSO EXTRAORDINÁRIO – Só cabe recurso se houver uma violação de norma constitucional)]
└›Órgão do TJ chamado 3ª VICE PRESIDÊNCIA – Juízo de Admissibilidade: Para analisar os Recursos Especiais e Extraordinários, quais recursos serão admitidos e os que não são.
- No STJ e STF não se discute mais o mérito da causa (se o cara é culpado ou não) Se discute violação e o efeito que eles podem dar é de anular aquela sentença, ou de diminuir a pena (afinal de contas excesso de condenação é violação à lei federal, descumprindo o critério trifásico – o CP).
- Não precisa ser um caso de repercussão geral, o que se tem que fazer é pré-questionar, ou seja, não pode ser a primeira vez que você tenha tocado naquele assunto, então a questão da violação já tem que ser tido ventilada na própria 2ª instância, para que você comprove que o tribunal se manifestou sobre isto e negou. Para que você bata na tecla em recurso extraordinário ou especial.
└›JECRIM – tem recurso para a Turma Recursal, muito raro conseguir que este recurso suba para os tribunais superiores.
O que a Constituição garante é o DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO É O QUE É GARANTIDO -> VAMOS ESTUDAR PARANDO NA 2ª INSTÂNCIA. 
└› Recurso Extraordinário e Especial-> não é garantido
A CAUSA INTERRUPITIVA: Ela faz com que ZERE O PRAZO (≠) da CAUSA SUSPENSIVA: você para e volta a contar de onde parou.
*Quando você se deparar com uma Causa Interruptiva da Prescrição você terá que parar a contagem do prazo prescricional. Começa tudo novamente.
HIPÓTESES DE INTERRUPÇÃO(ART.117)
- Inciso I: Quando o juiz despacha dizendo que já recebeu a denúncia ou queixa (Ação Penal Privada), neste momento há a interrupção da contagem do prazo prescricional. – Para a Contagem e começa a contar tudo novamente.
└› O prazo de Antes é para deixar guardado, pois quando há a mudança da pena pode ser que tenha havido prescrição aqui atrás, pois a prescrição é uma matéria de direito público e pode ser reconhecida de ofício em qualquer tempo ou grau de jurisdição. Então pode ser que ali no TJ verifique que aqui atrás já houve decurso do prazo prescricional.
- Inciso IV: Sentença Condenatória e Acórdão Condenatório – aqui há mais 2 intervalos prescricionais. É para interromper mas não é para esquecer pois ele pode ser útil no futuro.
Atenção!!! – NUNCA SOME OS INTERVALOS PRESCRICIONAIS!!! – Temos que respeitar as causas interruptivas.
└› Apenas GUARDE, pois pode ser que com a Pena Máxima o Crime não esteja prescrito, porém lá na frente com a Pena em Concreto pode ser que já haja Prescrição.
EX.: Furto – Pena 1 a 4 anos – Prazo Prescricional de 8 anos (Pena em Abstrato)
Gráfico 
- Quando o T.J. julgou o recurso ele diminuiu a pena e declarou extinção de punibilidade na qual o Juiz de 1ª instância aumentou 1dia só para não prescrever. Por isso que é que temos que deixar guardada os cálculos de prescrições pois eventualmente no final do processo posso alegar prescrição do crime.
- Enquanto não há sentença, o que se tem é a pena máxima. Que é calculada pela pena em abstrato.
- A partir do momento em que se tem a sentença (pessoa julgada e condenada) se esquece a Pena máx. já se tem a Pena em Concreto.
- Réu preso não se fala em prescrição porque não há preenchimento do elemento negligência.
-Promotor de Justiça quando se convencer que o réu é inocente ele não pode absolver ele deve absolver o réu. Afinal de contas o seu título é de promotor de justiça.
- O que a reincidência faz é interromper a prescrição mas não impede prescrição. (Pode ser que o suj. seja reincidente, mas o lapso temporal entre o crime e o outro seja tão grande que o 1º seja prescrito e o 2º não)
São vários os momentos da prescrição: são várias as referências – entre o Fato e o Recebimento da Denúncia; entre o Rec. e a Sentença; entre a Sentença e o Acórdão; até mesmo depois do Acórdão. Estes intervalos são importantes.
Juiz vai ver a prescrição em: (1) - entre o Fato e o Rec. da Den. (2) - entre o Rec. da Den. e a Sentença.
O T.J. vai ver se existe prescrição em: (1) - entre o Fato e o Rec. daDen. (2) - entre o Rec. da Den. e a Sentença. (3) – entre a Sentença e o Acórdão.
Se não tiver prescrito segue o processo.
Inciso (II) e (III): [HIPÓTESES EXCEPCIONAIS]
└› Só existem nos crimes de competência do TRIBUNAL DO JURI – Procedimento Bifásico ou Proc. Escalonado
*O que foi exposto nos incisos anteriores eram os chamados Procedimento Comum e Ordinário (Procedimento regular que os crimes geralmente seguem na vara criminal).
Existe o Procedimento Sumaríssimo- do Juizado.
Procedimento Bifásico ou Proc. Escalonado: acontece em 2 fases (1ª fase – tramita perante o Juiz [juiz da vara do tribunal do júri] e 2ª fase tramita perante os jurados – a plenário- júri popular)
└› Aqui na capital existem 4 varas do Tribunal do Júri (1ª, 2ª, 3ª e 4ª).
└›Então primeiro - 1ªfase - o processo é mandado para uma das varas e depois -2ªfase- ele é mandado a plenário ou não (é julgado pelos jurados ou não).
Crimes da Competência do Júri: 
└› Dolosos contra a vida; consumados e tentados. Que são 4.
Homicídio
Induzimento ao Infanticídio
Infanticídio
Aborto
O júri julga os crimes dolosos contra a vida e os a ele conexos.
Ex.: Sequestro (Crime contra a Liberdade) – se o suj. praticar o sequestro de uma pessoa e ele precisa matar o segurança dele. O agente cometeu um homicídio e um sequestro. A competência do Júri vai atrair aquele sequestro e o Júri vai julgar os dois, pois são crimes conexos. Aqui o crime de homicídio foi praticado para que eu conseguisse fazer o sequestro, então aqui são crimes correlatos (Diferente de quando eu sequestro e mato a pessoa que eu sequestrei aí estou dentro do art.159 – extorsão mediante sequestro resultado morte), mas aqui eu tive um crime doloso contra a vida e tive também a extorsão mediante sequestro. 
*Extorsão mediante Sequestro – Crime Patrimonial
- O latrocínio não é crime conexo portanto não vai a Júri e está sumulado pela (Súm. STF nº 603) – Porque, o Latrocínio está localizado no art.157, §3º - Crimes contra o Patrimônio
(Gráfico)
Existem 4 decisões que o Juiz pode tomar: 
- Absolvição Sumária: ele pode absolver o réu sumariamente se entender por exemplo que o réu matou, mas matou em legítima defesa. Então ele absolve o réu sumariamente.
-Desclassificação: o Juiz pode desclassificar o crime. Ex. sujeito foi denunciado por homicídio mas o juiz entende que na verdade aquele homicídio não foi doloso e sim culposo. Então ele desclassifica de Hom. Doloso para Culposo; de Hom. Culposo para Lesão seguida de morte. Quando ele desclassifica o Júri deixa de ser competente, então ele precisa daqui demandar para a vara criminal.
-Impronúncia: o Juiz diz que houve um crime contra a vida sim mas não foi o sujeito que indicaram foi outra pessoa. Ex. Você comprova que não estava no Brasil neste dia – você está impronunciado – comprova que você não pode ter sido o autor deste crime. O juiz não está absolvendo o sujeito ele apenas o impronunciou o que significa que devem investigar quem é o real autor deste crime.
-Pronúncia: é esta decisão que manda o réu para a 2ªfase do Júri. O réu só vai a julgamento aos jurados se ele for Pronunciado. Aqui o Juiz não tem o condão de dizer se o réu é culpado ou inocente sobre pena de ferir a competência dele, aqui o Juiz é Incompetente para dizer se o réu é culpado ou inocente; o que o juiz pode dizer é que “houve na minha visão um crime doloso contra a vida e que essa pessoa aqui pode ter sido sim o seu autor, até agora ele não reuniu elementos que afastem dele a possível autoria, então eu deixo para vocês jurados dizerem se ele é culpado ou inocente” – ele não pode dizer se o réu é culpado ou inocente porque ele corre o risco de interferir na opinião dos jurados.
[Existe toda uma discussão inclusive no que diz respeito do Juiz poder ou não ler a Decisão de Pronúncia – pois existem casos em que o Juiz ultrapassa essa linha tênue e acaba adentrando no seu mérito, muito embora não possa fazê-lo, esta sua decisão é nula.]
* O natural do réu pronunciado é que ele recorra, que ele tente alguma dessas outras 3; na qual o T.J. vai analisar esta decisão de pronuncia, na qual ele pode tomar uma dessas 4 decisões, se ele mantiver a pronúncia ele vai proferir a chamada – Decisão Confirmatória da Pronúncia – (ele diz que o Juiz estava certo).
(Art.117, II e III) Tanto a (II) PRONÚNCIA quanto a (III) DECISÃO CONFIRMATÓRIA DA PRON. Irão INTERROMPER A PRESCRIÇÃO.
└› Última vez que o professor vai falar disso porque aqui é um Procedimento Excepcional (pois o júri só julga 4 crimes)
└›Vamos trabalhar a Regra que é o Procedimento Comum e Ordinário.
*Porém, não deixa de ter a regra ligação com isso aqui, porque é como se a Sentença de Pronúncia fosse uma Sentença Condenatória e como se fosse a Dec. Confir. Da Pronúncia fosse um Acórdão Condenatório. A lógica dos prazos interruptivos é a mesma.
Inciso (V): Também se interrompe a prescrição pelo (Início ou Continuação do Cumprimento da Pena) 
└› A partir do momento que o réu é preso, ou seja, que ele vai cumprir esta pena, cadê a negligência? Não tem Negligência da Autoridade se o Indivíduo está cumprindo pena.
Então só existe prescrição para réu solto.
-No momento em que ele Iniciou o cumprimento da pena -> Parou a Prescrição.
- Quando ele sai da cadeia Lícita ou Ilicitamente volta a contar a Prescrição.
[Se ele sai da cadeia porque obteve Habeas Corpus, Medida Provisória ou porque fugiu de uma forma ou de outra o tempo está correndo contra o Estado, ou seja, o Estado precisa trabalhar para agir rápido e ver se consegue punir o sujeito. Se houver o decurso do tempo, já era, vai prescrever.]
Inciso (VI): Reincidência também interrompe a prescrição.
└› Toda vez que houver um novo decreto condenatório Transitado em Julgado vai haver a interrupção da prescrição em relação aos crimes anteriores também. 
[Por isso que é muito difícil que a pessoa não corrigida se beneficie da prescrição, porque ela vai estar constantemente sendo condenada por outros crimes e constantemente o prazo prescricional dela vai ser interrompido.] 
§1º e §2º: 
(§1º) – No Inciso I, vamos imaginar que sejam 2 autores do crime, se a Denúncia foi recebida, ela foi recebida em relação aos 2, então interrompeu a prescrição para os 2. 
- No Inciso II, pela Pronúncia. Se a pronúncia foi feita os 2 foram pronunciados então o prazo vai interromper para os 2. A Decisão Confirmatória da Pronúncia – interrompe para os 2. A Sentença Condenatória ou Acórdão Condenatório - interrompe para os 2.
Agora início ou continuação do cumprimento da pena – pode ser que um seja preso e outro foragido, só interrompe a prescrição do que foi preso, do que está foragido continua contando a prescrição.
Reincidência – pode ser que um tenha reincidido e o outro não. 
*Então os Incisos V e VI são individuais. Tem que se analisar réu por réu. Mas os outros incisos não, interrompeu para um e para o outro também.
- Nos Crimes Conexos que sejam Objeto do mesmo processo estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles.
Ex.: Do Homicídio com o Sequestro – se a Pronúncia interrompe a prescrição para o Homicídio vai interromper também para o Sequestro, que é o crime conexo aquele homicídio. Então a causa que interrompe para um interrompe para o outro também. 
(§2º) – Interrupção zera o prazo, mas o legislador faz uma ressalva ao inciso V.
Ex.: Sujeito Condenado a 10 anos, ficou preso 5 anos, após o 5 anos de condenação ele foge. Quanto tempo de pena falta para ele cumprir? 5 anos. Quando ele foge tem que se recalcular a prescrição, mas ela é calculada em cima dos 10 ou 5 anos? Dos 5 anos, pois 5 ele já cumpriu não faz sentido calcular pena extinta.
(Art.113) Então terá que calcular a prescrição dele a partir do tempo que falta e não do tempo total. 
Se o réu está solto em Livramento Condicional não tem Prescrição. 
[Afinal de contas ele está solto com anuência do Estado, onde está a Negligência do Estado? Pelo o contrário o Estado sabe onde ele está, poisele deve comparecer mensalmente em juízo, o Est. Tem total noção de onde está este sujeito, então ele não foi Negligente, ele autorizou o suj. sair da cadeia.
A partir do momento em que se revoga o L.C. – está se contando a Prescrição. Só pelo tempo que falta também.]
 DATA: 27.02.15
MODALIDADES DE PRESCRIÇÃO
Prescrição = Réu SOLTO
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA (P.P.P.) -> |ANTES DO T.J. DEFINITIVO|
└› O que prescreve é a Pretensão do Estado em aplicar uma punição a aquele indivíduo, ou seja, aplicar para ele uma pena.
└›T.J. DEFINITIVO da 2ª Instância: t.j. para a defesa e a acusação
Superveniente ou Intercorrente
└› ela ocorre (Após a Sentença e antes do T.J. Definitivo)
Ex.: Furto (155) – pena de 1 a 4 anos
- no momento em que ele comete o furto há como calcular a prescrição em base na pena abstrata – prazo prescricional de 8 anos (109).
- sentença: juiz impôs ao réu -> pena de 1 ano e 6 meses – Prescrição em base na Pena em Concreto e não mais na pena máx. – Prescrição 4 anos.
- Estado terá que julgar seu recurso em até 4 anos, caso o Estado demore mais que isso, quando o Tribunal for proferir pelo acórdão, se o tribunal mantiver a pena de 1 ano a 6 meses, o tribunal vai ter reconhecer a prescrição superveniente ou intercorrente.
OBS: (Súm. STF Nº 604) -> Súmula antiga (hoje já não representa mais sequer o entendimento do Supremo sobre este assunto) – Súmula que continua em vigor, ainda não foi cancelada.
└› A Súm. quer dizer que durante o processo, a prescrição será sempre calculada com base na pena máxima. Que eu só calculo a Prescrição em base na pena em concreto após o t.j. definitivo, que a prescrição neste caso é só a P.P.E., no processo eu sempre tenho que levar em consideração a pena máx. em abstrato.
- Então no caso do Exemplo do Furto. Quando a pena de 1 anos e 6 meses saísse a prescrição continuaria sendo de 8 anos e não de 4 anos. Porque não houve T.J. em Definitivo.
-Analisar se Entre a Sentença e o Acórdão passaram-se 4 anos. (Calcular a prescrição com Base na Pena em Concreto e não conforme diz a Súm. Do STF nº604 que diz que por base da Pena em Abstrato)
-Tribunal na hora de Proferir o Acórdão ele vai reconhecer esta prescrição Ou deve reconhecer. Se não reconheceu buscar isso no STJ (mostrar que não está sendo cumprida a lei) 
Exemplo bem marcante de que esta súmula não representa mais o entendimento do Supremo é o caso do Mensalão.
- foram várias as acusações e imputações, dentre elas a Acusação de Quadrilha, eles foram condenados ao Crime de quadrilha no 1º julgamento e nos Embargos Infringentes a pena foi diminuída e ao diminuir a pena foi reconhecida a prescrição do crime de quadrilha. 
- Uma das manchas deste julgamento foi que o ministro Joaquim Barbosa aplicou uma pena para o crime de quadrilha superior a 2 anos e depois nos embargos infringentes o ministro Barroso criticou esta pena em uma análise de proporcionalidade, perguntou porque se aumentou tanto a pena no crime de quadrilha e nos outros crimes não, então ele disse que não se pode aumentar a pena só por causa da prescrição. E o Joaquim Barbosa disse que foi para isso mesmo que havia sido aumentado a pena, para que não prescrevesse.
- Se a pena não passasse de 2 anos a prescrição se daria em 4 anos, porém, a pena passando de 2 anos a prescrição se daria em 8 anos. Então o que ministro Barroso fez foi reduzir a pena da quadrilha e quando ele reduziu o crime prescreveu, ou seja, prescreveu porque já tinha passado o intervalo prescricional entre aquele acórdão (1º acórdão do supremo) e o 2º acórdão dos Embargos Infringentes, então ele analisou a prescrição neste intervalo e com base na pena em concreto e não com base na pena em abstrato. Se mantivesse o entendimento da Súmula não se reconheceria a prescrição naquele caso porque a súmula diz que a prescrição seria pela pena máx. e pela pena máx. a quadrilha não estava prescrita, mas pela pena em concreto sim.
- Então isso é um exemplo de que esta súmula hoje já não representa mais o entendimento do Supremo. E que durante o processo eu calculo sim com base na Pena em Concreto e não pela pena em Abstrato – facilita a incidência da prescrição. 
Se fosse trabalhado a prescrição pela súmula seria muito difícil haver prescrição dos crimes. [Você ver o crime prescrever por exemplo no furto em mais de 8 anos nos intervalos descritos é muito difícil]
REQUISITO (Prescrição Superveniente ou Intercorrente)
└› T.J. PARA A ACUSAÇÃO 
- Saindo a sentença condenatória – ela pode aceitar recursos para as 2 partes (a Defesa: pode recorrer para diminuir a pena; a Acusação: pode recorrer para aumentar a pena). Quando a Acusação não recorre para a sentença isso quer dizer que T.J. para a acusação. A pena que foi fixada quando não houver recurso da acusação, a pena não poderá aumentar. 
-Se só houve recurso da Defesa o tribunal pode fazer 2 coisas: ou manter a pena fixada ou diminuí-la. Ele não poderá aumenta-la (Princípio do Ne Reformatio In Pejus – você não pode ter uma ressalva para pior).
T.J. PARA A ACUSAÇÃO pode Acontecer:
1) Pela Não interposição de Recurso
2) Pelo Não Provimento do Recurso Proposto – ex.: saiu a sentença de 1 ano e 6 meses M.P. recorreu, chegou lá no Acórdão foi negado o provimento do recurso dele. Se negou provimento do recurso pela acusação consequentemente a pena não aumenta, eu tenho certeza de que no máx. o prazo aqui é em 4 anos. 
OBS.: Se por acaso houvesse Recurso para o STJ ou STF. Haveria + 2 acórdãos depois do Acórdão Condenatório. Haveria então + 2 intervalos que poderiam se dar pela Prescrição Superveniente ou Intercorrente. Então esta Prescrição sempre se dará após a Decisão e Antes do T.J. definitivo.
O efeito Prático da Prescrição é a Extinção da Punibilidade
Cada um dos Intervalos do Gráfico é uma causa interruptiva da prescrição.
Retroativa
└› Se a Prescrição é retroativa ela acontece antes. 
- Ela possui 2 intervalos:
1- Entre o Rec. da Den. e a Sent. Conde.
2 – Entre o Fato e o Rec. da Den.
Quando Juiz der a Pena para o Réu ele terá que verificar se nos intervalos 1 e 2 já houve prescrição com base na pena em concreto. Ele leva em conta a Pena em Concreto mesmo para analisar a Prescrição Retroativa.
- Se já tiver passado os 4 anos no momento 1 e 2 na própria sentença o juiz vai declarar a Prescrição Retroativa ou entre o fato e o Rec. Ou entre o rec. e a sentença cond.
- O juiz porém, não é obrigado declarar essa prescrição porque por exemplo ele entende que a Súm. Do STF nº604 ainda está em vigor. Em uma situação dessa, o que se pode fazer é recorrer e alegar no tribunal a Prescrição. Pois a Prescrição Penal pode ser reconhecida a qualquer tempo ou grau de jurisdição
Ver se o Crime foi prescrito nos 4 anos ou no 1º momento ou no 2º, nunca se juntando e somando os 2 intervalos da Prescrição Retroativa. Ou em um ou em outro.
EX.: Lesão Grave (art.129, §1º) – Pena de 1 a 5 anos.
- Inquérito aberto por 10 anos.
- Delegado alegou a prescrição pela pena máx. que era de 12 anos.
- Cadu estava falando da Prescrição pela Pena em Concreto que pela análise do sujeito poderia ser ou de 1-2 -> Presc. Em 4 anos OU de 2-4-> Presc. Em 8 anos. E que no final das contas o Crime já estaria prescrito pois o inquérito estava aberto a 10 anos.
└›Neste caso quando se chegar na sentença vai se reconhece a Prescrição Retroativa.
Juiz extingue a punibilidade por Sentença - Decisão de Mérito (que vai extinguir a punib. Por Prescrição) e não por Interposição Interlocutória – Decisão no curso do Processo. 
Tem que ser uma sentença mesmo antes do momento. EX. em que o Juiz vê que o crime está prescrito a muito tempo e já declara a sentença antes mesmo das alegações finais das partes.
Sentença Declaratória e não uma Constitutiva. O que a sentença faz é reconhecer uma prescrição que já houve, não é uma sentença que fez o crime prescrever (Sent. Constitutiva) 
[P.P.P Retro. (*)]
 (art. 110)
└› Condenado Reincidente -> aumento de 1/3do Prazo Prescricional.
Ex. se a pena era de 4 anos vai ser de 4 anos + 1/3.
(§1º) - [Prescrição depois da Sentença com T.J. para a Acusação ou Depois de Provido o seu recurso] -> regula-se pela pena Aplicada. [PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA SUPERVENIENTE OU INTERCORRENTE]
O §2º - revogado - DIZIA: Que a Prescrição de que tratava o § anterior, pode ter pôr termo inicial Data Anterior do Rec. da Den. ou da Queixa.
Então, “a Prescrição de que tratava o § anterior” – estava se referindo ao gênero [Prescrição da Pretensão Punitiva], ele estava dizendo que P.P.P. pode ter como data inicial uma Data Anterior do Rec. da Den. ou da Queixa que é a data do fato – [Prescrição Retroativa entre o fato e o Rec. da Den.] (art.111 – Fala dos dias ) – 
Maio de 2010 – Lei 12.234/10 -> O legislador não contente de revogar o §2º ele aumento o §1º. Antes de 2010 tinha um ponto até “regula-se pela pena aplicada” hoje em dia é um vírgula.
(2ª Parte do §1º) – “..., não podendo, em nenhuma hipótese, ter pôr termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.” 
└› A Lei de 2010 acabou com a [prescrição retroativa entre o fato e o recebimento da denúncia].
└› (OBS.) Essa Lei 12.234/10 – é uma lei PIOR para o réu – colocou fim em uma modalidade de prescrição. Então se ela é uma lei pior para o réu ela não retroage, consequentemente ela só vale a partir da sua entrada em vigor, ela só pode ser aplicada aos crimes que foram cometidos após e durante 06/05/10 não possuem Prescrição retroativa. Os crimes de antes continuam tendo direito a Prescrição Retroativa (*). 
- sanção em 05/05/10
- publicação 06/05/10
EX.: Lei de Drogas
- sanção: 23/08/06
- publicação: 24/08/06
└›Essa lei vai valer quando??
R: No final da lei em seu art.74 diz que ela entre em vigor 45 dias após a publicação e não na data de sua publicação, ou seja, 24 em diante você soma 45 dias para saber quando ela começa a produzir seus efeitos.
Data em Prova de Penal é Lei Penal no Tempo ou Prescrição.
≠
Data em Prova de Processo Penal é Prazo.
-> OBS: (PRESCRIÇÃO PELA PENA IDEAL OU POR PERSPECTIVA) – sofre muita rejeição pelos tribunais
└› Trata-se da Prescrição da Pena que é estimada (imaginação da pena do sujeito que será condenado).
(Súm. Nº438 STJ) -> não admite prescrição pela Pena Ideal (Pena Hipotética). 
 └› Ela é uma orientação, não significa dizer que ela vincule a decisão de quem quer que o seja.
└› Por mais que ela exista, vai ter decisão que será acolhida a modalidade de prescrição pela pena ideal.
Ex.: Furto 
- se verificar a folha de antecedentes dele e ver que o suj. é primário, tem bons antecedentes, não possuindo nenhuma qualificadora do crime, nenhuma agravante ou causa de aumento. Você já pode ter uma estimativa de que se esse indivíduo caso seja condenado, a pena dele dificilmente vai passar de 2 anos.
- Então você já pode estimar a pena dele e calcular a Prescrição não pela Pena em Abstrato, mas sim Pela Pena Ideal (pena futura).
[CASOS EM QUE ESTA MODALIDADE FOI RECONHECIDA]
[1º CASO]
171-> 1 a 5 anos. 
Empresa francesa contra um funcionário que praticou estelionato.
O funcionário em sua defesa arrolou uma testemunha que residia na França. (Apenas por Carta Rogatória que se faz a audição desta testemunha)
Juiz indeferiu esta testemunha.
Advogado recorreu, alegando que o indeferimento estava cerceando a testemunha do seu cliente.
- O processo desde o Rec. até antes da sentença – ele estava se arrastando por mais de 4 anos.
- M.P. verificou que entre o Rec. da Den. e antes da sentença mesmo, já havia se passado 4 anos. Então o Promotor fez uma petição endereçada ao Juiz dizendo que dificilmente a pena do sujeito passaria de 2 anos ele disse que havia uma desnecessidade de continuar com o processo pois no momento que a sentença for deferida o Juiz terá que reconhecer a prescrição e pedia a extinção da punibilidade do réu pela prescrição.
- Então a partir daí o Juiz pediu a manifestação do autor para ver se ele aceitava ou não, neste caso não havia pra onde correr. Então a empresa acabou opinando favoravelmente.
-> Foi bem antes da alegação da sentença mas mesmo assim o Juiz proferiu uma Sentença extinguindo a Punibilidade do Réu. É sempre sentença mas não necessariamente no momento oficial da sentença, na fase processual em que a sentença seria prolatada. 
[2º CASO]
Falsidade Ideológica
299 – Pena 1 a 5 anos 
-Ficou no pingue-pongue entre o MPF e a Polícia Federal
[Em 2013 o delegado fez finalmente o relatório do inquérito pedindo o arquivamento em base em 2 fundamentos: (1) Falta de Prova e (2) Prescrição pela Pena Ideal- A investigada era primaria e tinha bons antecedentes e que fatalmente a pena dela não passaria de 2 anos, e se a pena dela não passasse de 2 anos (Presc. 4 anos) já teria havido a prescrição – de 2008 a 2013 -> passado 5 anos.]
(gráfico)
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA (P.P.E.) -> |APÓS O T.J. DEFINITIVO – t.j. para a Defesa e Acusação|
└› O Estado aqui quer executar a pena que ele impôs, ou seja, fazer cumprir aquela pena que ele já impôs ao réu, condenação esta que já transitou em julgado.
└› Após o T.J. Definitivo (para a Defesa e a Acusação) do Acórdão Condenatório – aqui já houve a aplicação da pena, essa pena já é definitiva não há mais recurso desta pena consequentemente vai ser contar a Prescrição da Pretensão Executória.
└› Se isso acontecer quer dizer que no Acórdão o Réu não foi preso, foi proferido o Acórdão Condenatório, ele não foi localizado e ele está foragido. Ele está foragido e está contando o prazo prescricional.
└›Caso encontrem o réu mais a frente e estiver prescrito, o juiz terá que declarar a P.P.E.
EX.: Saiu a Sentença Condenatória e o réu está evadido, no exemplo do Furto – 155 – no qual a prescrição da Pena em Concreto é de 4 anos. Se a autoridade policial não encontrar a pessoa evadida nestes 4 anos existe aqui a P.P.E. (fundada no elemento da Negligência da Autoridade)
Cautelares alternativas à Prisão
└›ex. o juiz não prende o sujeito mas dá uma cautelar a ele de não sair do país, ou seja, não se ausentar da comarca sem autorização, mas se não houver nenhuma imposição ele poderá sair.
- A presunção é de inocência, ou de não culpabilidade. Qualquer restrição ao direito daquela pessoa precisa ser fundamentada.
Risco de aplicação da Lei Penal – Prisão Cautelar – Evitar que a pessoa fuja do País.
- A Prisão do sujeito que tem a seu favor a Presunção de Inocência possui 4 modalidades que estão no art.312, CPP. Aqui existem provas que futuramente poderá existir um Risco da Aplicação da Lei Penal.
-Testemunha não pode ficar em silêncio, nem mentir, nem se recusar a depor. 
Ser testemunha não é favor e sim Obrigação. 
Quando a testemunha mente ela comete o Crime de Falso Testemunho.
(Art.111) – ele mostra é a data do [FATO]
└›Data do qual o Prazo Prescricional vai começar a correr.
Crime Consumado- então se o crime se consumou hoje, será hoje que começará a contar a prescrição.
Tentativa – ex. alguém tente roubar um carro dentro da faculdade, na hora que ele está arrombando o carro o alarme dispara e ele sai correndo - Crime Tentativa de Furto. Naquele dia cessou a atividade criminosa mas houve um crime que foi a tentativa.
*Então no momento em que cessou a atividade criminosa é que começa a contar a Prescrição.
Atenção!!! Homicídio é suis generis sobre isso.
- Vamos supor que eu dei um tiro na pessoa hoje, ela foi socorrida e levada ao hospital. Ficou internada em coma durante 2 anos.
- Eu respondo por Tentativa de Homicídio (121 c/c 14)
-Chegando em determinado tempo Há a morte da pessoa, o Crime a partir daqui se consumou. Então eu saio do Inciso II e vou para o Inciso I.
- No começo eu contei a Prescrição com base no Crime Tentado porém no momento em que ele se consuma eu terei que recomeçar a contar a prescrição do Crime Consumado e não mais do Tentado.
(III) Crime Permanente: é aquele cuja consumação se prolonga no tempo.
		└›ex. sequestro/ posse de armas/ posse de drogas -> consumaçãodilatada
(grf)
- A prescrição da Droga por exemplo é contada a partir do momento em que o policial confisca ela para si.
- Crime Permanente ≠ Crime Habitual e Continuado
Crime Continuado: Concurso de Crimes art.119 -> é aquele crime que possui uma continuidade delitiva. Em vez da pessoa ser condenada por seus vários crimes individualmente ela é condenada de uma vez só. [Se eu recorto uma conduta isolada é crime]
Este crime incide na 3ª fase da Dosimetria da Pena - é uma causa de aumento.
└›ex. funcionário que tira todo dia dinheiro do caixa.
(Graf)		Prescrição 
*Então se todos os crimes estivessem prescritos menos o furto 4, ele seria condenado sem aumento.
Crime Habitual: é aquele em que a conduta praticada reiteradamente constitui um fato típico. Porém a conduta praticada uma única vez – um fato isolado – não há habitualidade e é um fato atípico. [Se eu recorto uma conduta isolada é fato atípico]
-aqui é analisado conjuntamente e não individualmente. A constância é que faz o crime existir.
-A Prescrição começa a correr a partir do dia ou ano em que o sujeito começou a fazer isso.
- Depois que o Juiz condena é que ele faz a Dosimetria da Pena.
└›ex. Rufianismo/ Casa de Prostituição/ Medicina Ilegal
-EX.: Homicídio Qualificado - Atira em uma pessoa e acaba lesionando outra. – Concurso Formal de crimes
*Homicídio 121 – pena 1 a 6 anos
*Lesão Corporal Culposa 129§6º - Pena 2 meses a 1 ano.
 └› Este crime pode Prescrever 1º. Se ele prescrever não vai se fazer a Exasperação da Pena de 1/6 desse crime, pois o crime já está prescrito. Ele é extinto e ponto final. Pune-se o Indivíduo apenas do Homicídio.
(IV) ex. Bigamia - o suj. se casa no rio e contrai outro casamento em Manaus, praticou bigamia. Se ele conseguir fazer isso sem tornar o caso público. Caso depois ele seja pego não pode alegar que o crime está prescrito porque a prescrição só começa a contar a partir do momento em que o fato se tornar conhecido, ou seja, o fato ser Público e notório.
Falsificação ou Alteração de Assentamento – certidão de casamento/ nascimento.
└›art.297- Pena 2 a 6 anos. (Falsificação de Assentamento Público – suj. faz certidão de nascimento falsa para dizer que era filho de alguém rico) Aí o suj. pega essa pena e vê a prescrição. E apresenta no cartório a certidão após desta data que ele achou ser prescrita. Por mais que ele veja esta prescrição, a data só começará a contar depois que o fato for conhecida.
└›Só começa a contar a Prescrição nestes casos quando o fato for conhecido.
(V) Crimes contra dignidade sexual da Criança e Adolescente
└› Inciso criado por causa do Caso da Nadadora Joana Maranhão.
-Era um crime de ação penal privada, porém em 2009 o estupro deixou de ser A.P. Privada e passou a ser Ação Penal Pública Condicionada, e quando envolve menores a Ação é Pública Incondicionada.
└› Para Menores a Prescrição começa a correr não mais no dia que ocorre o incidente e sim quando a Vítima completar 18 anos. Então a prescrição fica suspensa durante todo esse período até completar 18 anos e a Ação Penal pode ser proposta.
DATA: 06.03.15 
PRESCRIÇÃO (CONT.)
(Art. 112) – Data que a Prescrição começa a correr
└› Trata da P.P.E. - Sentença Condenatória Irrecorrível
(I) *Este Inciso recebe muitas críticas-> porque a sentença cond. Não T.J. apenas para Acusação, T.J. para a Defesa também.
- Dia que T.J. a Sent. Cond.
- Dia da Revogação do SURSIS
└› se o Juiz revogar o período de prova do Sursis que é de 1 a 2 anos, o Prazo Prescricional começa a andar
- Dia da Revogação do L.C.
(II) – Dia em que se Interrompe a execução -> é o dia em que o suj. sai da cadeia, foge da cadeia. Ele interrompeu a execução daquela pena. [Negligência da Autoridade]
└›Prescrição pela P.P.E.
- “... salvo quando o tempo da interrupção...” -> é o caso do Sujeito que recebe o Indulto Temporário (suj. sai da cadeia mas precisa voltar) – este tempo que ele está fora é computado da pena, são dias autorizados para que ele passe fora da cadeia, então, este tempo não vai ser considerado como uma interrupção. Não conta Prescrição desde que ele volte.
(Art. 113) – Evasão ou Revogação do LC
*Evasão -> fuga da cadeia – interrupção volta a contar a P.P.E. -> prescrição com base no tempo que resta e não no tempo integral
└› (vai ser com base nos 10 anos ou nos 6 anos que faltam? Só nos 6 anos que faltam)
(Art. 114) – Prescrição da Pena de Multa
(GFC)
●Quando a Multa é cominada sozinha e no caso do (ou) e o juiz escolher a multa (aplicada) -> ela Prescreve em 2 anos.
●Quando a Multa é atrelada a P.P.L. (Pena Privativa de Liberdade) se Prescreve no mesmo prazo da P.P.L.
(Art. 115) – Redução dos Prazos de Prescrição
└› A redução não é da Pena e sim do Prazo Prescricional
Ex. O prazo prescricional que era de 4 anos vai cair pela metade e vai ser de 2 anos. 8 anos cai pra 4 anos. E assim por diante.
2 hipóteses para a redução:
● criminoso no dia do crime for menor de 21 anos 
● criminoso se no dia da sentença ter mais de 70 anos
*Menor Prazo de Prescrição que existe no CP é de 1 ano e meio
- Também cai pela Metade o Prazo Prescricional da Pena de Multa 
└› se for o prazo é 2 anos em alguns casos, será de 1 ano utilizando este art.
Causas de Aumento do Prazo Prescricional (art. 110)
- Aumento de 1/3 – Reincidente
*Ex. Se houver um caso de alguém maior de 70 anos e Reincidente, terei que aumentar 1/3 e depois diminuir de metade seu Prazo Prescricional.
(Art. 116) – [Causas Impeditivas ou Suspensiva] ≠ [Causas Interruptivas art.117] 
 └› param de contar o prazo pres. └› zeram o prazo presc.
		(Rol EXEMPLIFICATIVO) (Rol taxativo)
● As causas impeditivas elas suspendem o prazo prescricional e só continuam a contar novamente quando houver sido resolvido a causa que a interrompeu.
- No caso do Mensalão o Congresso ao Receber a Denúncia poderá suspender o Processo enquanto durar o mandato daqueles parlamentares (art.53, §2º) e o (§5º) – fala que enquanto o processo estiver suspenso em razão desta imunidade também estará suspensa a prescrição.
Ex.1: Então, §5º do art.53 da CF – manda suspender tanto o Processo quanto o Prazo Prescricional no caso de Parlamentares que estiverem com seu mandato ativo.
Ex.2: Lei 9.099 dos Juizados Especiais em seu art.89 fala do SURSIS PROCESSUAL – o art. Determina que enquanto o processo estiver suspenso também estará suspensa a Prescrição.
 └› são exemplos para mostra que as causas de suspensão do prazo prescricional não estão elencadas apenas no art.116 – Rol Exemplificativo
(I) Ex. é uma hipótese de você ser processado p/ ex. em um furto e existir um processo na vara cível onde você discute a propriedade daquele bem. Então você está sendo acusado de um furto de uma coisa que no cível você está discutindo que aquele bem é seu. Então você comunica o Juiz Criminal para suspender o processo criminal para aguardar a decisão do cível. Porque se lá no cível dizer que o bem é meu, como eu posso ter furtado uma coisa que é minha? Então para evitar uma decisão conflitante o processo vai ficar suspenso aguardando a decisão do cível, pois é uma decisão que depende de saber realmente de quem é o bem para decidir se foi furto ou não na esfera criminal.
Ex.2: [Bigamia] Se você está discutindo a nulidade do 1º casamento e você está sendo acusado pelo crime de Bigamia, é só avisar ao Juiz como no exemplo acima, para que ele aguarde a decisão do Cível. Pois se no cível o 1] casamento for anulado ele não cometeu bigamia. 
(II) Ex. Caso do Henrique Pizolatto que estava cumprindo pena na Itália (falsidade ideológica pelo passaporte do irmão para fugir para lá) e tinha sido condenado pelo Brasil no processo do mensalão. 
- Enquanto ele estava preso na Itália não estava correndo a Prescrição, pois não tem Negligência da Autoridade. 
- Agora a partir do momento que ele foi posto em liberdade na Itáliae está respondendo em liberdade o processo da Itália, aí sim está correndo o Prazo Prescricional no Processo daqui do Brasil, pois há Negligência da Autoridade.
└› Brasil pediu extradição e a Itália não quis, caso ele passe o tempo todo lá e se dê Prescrição do Crime feito no Brasil ele vai estar livre de qualquer punição aqui no Brasil.
(Art.118) – Artigo Lógico
└›Seria estranho se as penas mais graves prescrevessem com as penas mais leves (pensamento oposto do art.)
Ex. se o Homicídio está prescrito o da Lesão Corporal também estará. – se o crime mais grave prescreveu esquece que o crime mais leve também estará. 
(Art.119) – No Concurso de Crimes
└› Se estamos falando em Concurso de Crimes, seja o formal, ou material ou continuado, eu terei que calcular a prescrição de cada um dos crimes.
Ex. então se a pessoa praticou vários furtos, eu terei que calcular a Prescrição de cada um deles.
Ex.1: Homicídio (Homicídio qualificado – pena 12 a 30 anos) e da Lesão (lesão culposa – 2 meses a 1 ano; prescrição 3 anos) – pessoa atirou em uma pessoa a bala passou e lesionou outra pessoa.
└›fatalmente quando este suj. foi julgado pelo Homicídio a Lesão Corporal vai prescrever.
└›então mesmo sendo concurso formal não vai haver exasperação da pena porque o crime da lesão já prescreveu e então não há como fazer isso pois o crime que iria fazer a exasperação é um crime prescrito.
(Art.120) – Perdão Judicial
└› Perdão Judicial no art.107 é uma das causas extintivas.
Ex.: Pai que esquece o filho no carro – caso de Homicídio Culposo em que as consequências da infração atinge o próprio agente de forma tão grave que a pena se torna desnecessária. Então ele recebe do Est. Um perdão judicial.
●[Art.] A sentença que conceder a ele o Perdão Judicial, ela não vai fazer com que ele perca a primariedade. 
└› A sentença não leva em consideração para efeitos de reincidência.
Ex. após o Perdão Judicial o sujeito comete um crime depois, o Prazo Prescricional não vai aumentar de 1/3, pois ele continua primário.
 [PARTE ESPECIAL]
(Art.121) – HOMICÍDIO
● BEM JURÍDICO TUTELADO: VIDA
 └› dica para encontrar o bem jurídico tutelado é olhar para o título e o capítulo que o art. está inserido.
- Homicídio está no título (crimes contra pessoa) e capítulo I (crimes contra a vida)
● SUJEITO ATIVO: ESTE CRIME PODE SER COMETIDO POR QUALQUER PESSOA [CRIME COMUM]
->Classificação dos Crimes Quanto ao Sujeito Ativo:
Comum: aquele que pode ser cometido por qualquer pessoa (regra do CP). 
└›legislador não limita a autoria do crime
Próprios: admite participação quanto coautoria
De Mão Própria: só admite participação (não admite coautoria)
* Os crimes dos itens (2) e (3) tem como característica comum que só podem ser cometidos por pessoas determinadas (autoria restrita a determinadas pessoas)
Ex’s.
Infanticídio: mãe (pessoa determinada); crime de mão própria -> majoritariamente [sendo de mão própria o verbo matar tem que ser executado pela mãe; pode ter pessoas auxiliando esta mãe, porém somente auxiliando – essas pessoas serão partícipes do crime dela, mas não coautores.]
Peculato: funcionário público (pessoa determinada); crime próprio -> admite participação e coautoria [até mesmo um particular pode ser imputado por peculato]
● SUJEITO PASSIVO: TAMBÉM POR QUALQUER PESSOA [COMUM]
						└› precisa ser viva, mas também falar isso é redundância.
Ex. Se o sujeito atirar em alguém que está morto ele comete algum crime?
-Em relação ao homicídio, isto é um crime impossível.
* este crime pode ser vilipendio a cadáver? Não. *Mas ele não estava atirando no cadáver? Sim. *Mas o que ele queria fazer? Sim. *Mas o que ele queria fazer? Matar.
└›Então se o sujeito não tinha consciência de que aquela pessoa estava morta ele não pode responder por vilipendio a cadáver, pois isso é erro de tipo.
 	 121 – Crime Impossível (art.17) – por impropriedade do objeto
 
		 212 – Vilipendiar a Cadáver -> sujeito sabia que era um cadáver
			 └› só admite forma dolosa/ não pode ser um crime culposo
				 OU
			 Art.20 -> sujeito não sabia que era um cadáver (erro de tipo incriminador)
*Se o sujeito não sabia que era cadáver ele errou sobre o elemento constitutivo do crime de vilipendio a cadáver e a consequência disso é a exclusão do dolo e a punição por crime culposo. Porém ele só responde por crime culposo se a modalidade do crime permitir a forma culposa, o art.212 porém não possui modalidade culposa o que acaba pelo suj. não responder por nada (caso existisse esta modalidade culposa ele responderia por vilipendio a cadáver culposo).
Ex. depois que a pessoa morre vira uma coisa (objeto). No caso Alexandre Nardone se ele achasse que estaria jogando da janela um cadáver e não a menina viva, ele estaria errado quanto ao elemento constitutivo do crime de homicídio matar alguém (qdo ele jogou ele estaria imaginando que estava jogando uma coisa e não uma pessoa) – erro sobre elemento constitutivo do crime ou sobre o elemento alguém -> consequência do art.20: exclui o dolo mas permite a punição por forma culposa prevista em lei. O homicídio permite forma culposa. Então Nardone responderia por Homicídio Culposo – por esta tese defensiva.
● ELEMENTOS OBJETIVOS: 
 
 Existem:
 *Preceito Primário: conduta descrita no tipo penal 
 └› no Homicídio é matar alguém
 *Preceito Secundário: pena
 └› reclusão de 6 a 20 anos
Os elementos objetivos integram a conduta delitiva, ou seja, está contida no Preceito Primário. 
 └› é tudo aquilo que está no tipo penal e que não pode faltar para a caracterização do crime.
- Talvez o homicídio seja o mais tranquilo em termos de elemento objetivo que é “matar” e “alguém”.
-Matar um cachorro não é homicídio, porque cachorro não é alguém, então neste caso você não preenche o elemento objetivo do tipo.
└› O exemplo do caso do policial que dá 2 tiros no cachorro, qual crime é este? Aqui se tem a ideia de maus tratos pois poderia ser apenas um tiro, houve a intenção de causar sofrimento ao cachorro e que se constitui em um Crime Ambiental de Maus Tratos ao Animais.
O ato de matar o cachorro intencionalmente mas sem maus tratos – isso se constitui em Dano (art.163), morte imediata.
O Cachorro para o Direito Penal é uma Coisa Móvel, o cachorro integra o patrimônio de seu dono. 
Se alguém render o dono do cachorro e levar ele, está cometendo o Crime de Furto.
Se alguém pegar o cachorro e pedir dinheiro para devolvê-lo é tipificado como Crime de Extorsão (art.158) – não é Extorsão mediante sequestro (sequestrar alguém) 
-Se faltar algum desses elementos objetivos do Crime não é o Crime, é preciso procurar outro.
-ex. Crime de Extorsão – “constranger com o fim de obter” – não é ameaça
└› como o estrangeiro poderia constranger com o fim de obter se o dinheiro já estava na conta dele? Isso é ameaça, coação no curso do processo, menos extorsão. – colocar como crime de extorsão porque a ameaça já estava prescrita é absurdo.
● ELEMENTOS SUBJETIVOS:
└›2 elementos subjetivos possíveis: DOLO e a CULPA.
- Nem todo crime admite os dois, pois para ser Culposo é necessário ter previsão expressa na lei (art.18, P.Ún.)
└›tirando os casos previstos em lei ninguém é culpado pelo crime exceto pela forma dolosa.
→ Crime de Homicídio existe forma CULPOSA (§3º, art.121) e DOLOSA
- O art.122 – Induzimento ao Suicídio – Não possui modalidade Culposa apenas DOLOSA
- O art.123, 124, 125, 126 – todos são apenas Dolosos
- O art.129 por exemplo cabe forma culposa no seu §6º
*A forma CULPOSA é minoria no CP.
● CONSUMAÇÃO:
└› [Classificação do Crime Quanto ao Momento Consumativo:]
*Materiais: [conduta + resultado]
-Crime Material é aquele que só vai se consumar quando o resultadofor obtido/produzido.
Então ele vai se consumar com a produção do resultado, ele vai depender da obtenção deste resultado para o crime ser consumado.
-Maioria dos Crimes do CP é Material.
*Formais: [conduta + resultado]
Redação destes crimes: “praticar tal coisa [com fim de] tal coisa; [com intuito de] e [visando]” 
- Os Crimes Formais são conhecidos como crimes de Consumação Antecipada – ou seja, consumação se dá pela prática da conduta.
-Quando o Crime é formal apesar de ter um resultado que é possível, ele não é obrigatório, ele pode não ser alcançado.
- O Crime Formal se consuma quando a conduta for praticada.
Ex. 158, 159, 216-A, 299
- 158-> qual é a conduta? “Constranger alguém com violência ou grave ameaça”; qual o resultado? “Indevida vantagem econômica”
└›Por se tratar de um crime formal a consumação deste crime se dá por constrangimento mediante violência ou grave ameaça, mesmo que a pessoa não alcance a vantagem pretendida o crime estará consumado na medida em que ele é formal.
-159-> Conduta: sequestro; Resultado: Indevida vantagem pelo preço do resgate. – ele se consuma apenas com o sequestro por ser um crime formal. O crime não é tentado ele é consumado mesmo se o agente não conseguir o dinheiro do resgate.
(*) O que está sendo classificado aqui é o CRIME não o fato. O crime se é formal vai ser sempre formal, se é material a mesma coisa. Já o fato de ele ter alcançado o resultado ou não é independente. 
Então, se ele praticou uma extorsão mediante sequestro e obteve o resultado – o que é isso? Extorsão mediante sequestro consumado. –Ah, então se ele não tivesse obtido o resgate qual seria o crime? Extorsão Mediante Sequestro Consumado também. – Então é indiferente? – não, não é indiferente porque na hora do cálculo da pena uma extors. Med. Seques. Na qual o resultado for obtido eu terei aqui uma pena maior do que uma extor. Med. Seques. Na qual o resultado não foi obtido. É para isso que existe dosimetria da pena – cálculo de pena. Mas em termos de imputação é a mesma.
(*) Latrocínio consumado exige a morte, o problema do latrocínio consumado é o oposto, é quando você mata mas não leva os pertences da pessoa – a jurisprudência entende isso mesmo sem levar os objetos o Crime é Latrocínio Consumado, pois entende-se que o que consuma o latrocínio é a morte e não a subtração de bens da vítima – Súm. 610 STF - 
*De Mera Conduta: [conduta]
 150
 342 
- Este não tem resultado descrito na lei, ele só tem a conduta.
- Ex. 150 (violação do domicílio); 342 (falso testemunho/falsa perícia)
└›no 150 ele só descreve a conduta/ só a ação – só a conduta de entrar na casa ou permanecer, já é violação de domicílio
└›no 342- o simples fato da pessoa mentir em algumas dessas funções (testemunha, Perito, contador, tradutor...) já comete falso testemunho. Não importa a consequência da sua mentira, o simples fato e mentir já constitui o crime de mera conduta e consumado.
→Homicídio – Crime Material
 └› A Consumação deste crime se dá com o resultado “morte” da vítima.
● TENTATIVA:
 └›Saber se o crime admite ou não tentativa.
- Regra Geral: crime admitir a forma tentada.
 └› exceções: crimes omissivos próprios, crime culposo, crime habitual.
(????) - O normal dos Crimes Materiais é ter tentativa. Porque eu posso praticar a conduta e não alcançar o resultado.
→Homicídio existe Tentativa
 └› pois existe por ex. a possibilidade de eu atirar na pessoa e ela mesmo assim não morrer, então eu terei uma tentativa de homicídio porque eu não alcancei o resultado.
- Os Crimes Formais e de Mera Conduta também admitem tentativa por outra Classificação dos Crimes:
└> Classificação Quanto ao Número de Atos: (para saber se os crimes mat. E de mera cond. Admitem tentativa)
 ®Plurissubsistentes: crimes praticados com mais de um ato.
 ®Unissubsistentes: crimes praticados com uma ação única.
*Então se um Crime Formal e Plurissubsistente -> não cabe tentativa
	 Crime Formal e Unissubsistente -> cabe tentativa
Ex. 216-A (Assédio Sexual) – Crime Formal – [constranger alguém com intuito de obter algum tipo de vantagem ou favor sexual prevalecendo-se da sua condição de superior hierárquico ou ascendentes de emprego, encargo ou função] – 
- normalmente este assédio é praticado de forma verbal, a pessoa fala – está assediando – dá pra dividir a fala? É claro que não, então na forma verbal o assédio sexual é Unissubsistente.
Na forma escrita o assédio sexual se forma em Plurissubsistente, porque o sujeito precisa escrever o assédio, ele necessita enviar este texto do assédio e este texto tem que chegar ao conhecimento da vítima – olha quantas etapas, então pode acontecer de no meio deste percurso entre o ato de escrever e a vítima tomar conhecimento de acontecer que algo interrompa isso (e-mail extraviado; carta interceptada; de alguma forma a vítima não tomar conhecimento dela) isso seria uma Tentativa de Assédio Sexual.
→ Homicídio Privilegiado [Art.121 §1º] – Causa de Diminuição de Pena
				 └› 3ª Fase da Aplicação da Pena
-Aplicação da Pena
1ª Fase: Fixação da Pena Base
2ª Fase: Agravantes e Atenuantes
3ª Fase: Causas de Aumento e Diminuição
3 as Causas deste Privilégio:
®Relevante Valor Moral: relevante valor individual; relevante valor para aquele indivíduo.
Ex. Sujeito que mata o estuprador da filha
® Relevante Valor Social: relevante valor social; indivíduo que pratica o crime pensando no bem estar da coletividade.
Ex. Indivíduo que mata o sequestrador/ estuprador do bairro.
(*) Feminicídio: Crime de Homicídio contra a mulher. Está para ser aprovado esta lei. Vai ser uma Qualificadora no crime de homicídio. 
®Domínio de Violenta Emoção: relação de imediatidade; ato imediato à emoção causada.
(Situação ≠)
[Art.65, III, “c”, CP – Influência de Violência Emoção (Atenuante – 2ªFase)]
 └› não é um ato imediato é premeditado/ planejado.
Ex. Marido que não pegou a mulher em flagrante com o amante e matou eles imediatamente e sim é o caso em que ele descobriu a traição e planejou praticar este homicídio.
●PERGUNTA: é possível em falarmos em homicídio Qualificado e Privilegiado ao mesmo tempo? [É possível compatibilizar o §1º com o §2º]
R: Sim! Mas, é indispensável que as qualificadoras sejam de natureza OBJETIVA.
Vale lembrar que as privilegiadoras são todas subjetivas, posto que se relacionam com o motivo do crime ou com o estado anímico do agente.
No entanto, as qualificadoras podem ser subjetivas ou objetivas. Para que se possa falar em homicídio qualificado privilegiado, como se vê, é necessário que a qualificadora seja objetiva, para assim, haver compatibilidade com a privilegiadora subjetiva.
Vejamos:
	Artigo 121, CP
	§ 1°: privilegiadoras
	
	§ 2°: qualificadoras
	* motivo de relevante valor social ou moral
	
	* motivo torpe - subjetiva
	
	
	* motivo fútil - subjetiva
	* domínio de violenta emoção
	
	* meio cruel - objetiva
	
	
	* meio insidioso - objetiva
	
	
	* conexão - subjetiva
Analisando as informações supracitadas, há de se notar que é possível falar em homicídio qualificado privilegiado em duas situações específicas, quais sejam, homicídio qualificado por motivo cruel e insidioso.
DATA: 13.03.15 – (Cont. Homicídio)
Aula Passada
® (art.121, §1º) Domínio ≠ Influência (art.65)
 Reação imediata ‹┘ └› aquilo que motivou a ação, reação planejada
 após a emoção (2ª Fase – Atenuante)
 (3ª Fase – Causa de Diminuição)
> AS CIRCUNSTÂNCIAS PODEM SER OBJETIVAS E SUBJETIVAS
└›OBJETIVAS: COMO? (Maneira em que o crime foi cometido, ou seja, o seu “modos operandi”)
└›SUBJETIVAS: POR QUE? (Qual foi a motivação do sujeito para cometer este crime, ou o que levou-o a tal prática)
● Nos Casos do §1º (HOMICÍDIO PRIVELIGIADO) - [Qual a Pergunta que se faz para o Réu? “Por que

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