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Saltos verticais para a iniciação ao atletismo

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SALTO EM ALTURA
Em termos de estilos técnicos, há uma grande variedade de movimentos utilizados em diferentes épocas pelos praticantes do salto em altura, ainda que a maioria não sejam mais utilizados em competições esportivas. O estilo tesoura, por exemplo, utilizado inicialmente por vários atletas, logo cedeu espaço a inúmeros outros estilos de transposição do sarrafo, dentre os quais merecem destaque o “rolo ventral” e aquele que hoje predomina entre os atletas de alto nível, o “Fosbury Flop”.
Ainda que as fases de execução do salto em altura sejam comuns a qualquer um dos estilos, já que envolvem preparação e corrida de aproximação, salto em si (impulsão, elevação, transposição) e queda.
ESTILO TESOURA
Bastante utilizado como primeiro estilo técnico a ser ensinado na aprendizagem, a “tesoura” é aprendida facilmente, embora tenha limites em termos de resultados. De qualquer forma, é um ótimo educativo para o ensino do “Fosbury flop”, tendo em vista similaridades em determinadas fases do movimento da prova.
Preparação e corrida de aproximação
No setor do salto em altura, o iniciante prepara-se para a realização do salto tesoura a partir de uma distancia que lhe permita atingir uma velocidade adequada para a transposição com a perna de impulsão correta, isto é, a perna “externa” em relação ao sarrafo. 
Ainda que crescente, o saltador não atinge sua velocidade máxima na corrida de aproximação, mesmo porque, diferentemente de outros saltos, essa corrida é ritmada e com passadas mais amplas.
O saltador deverá realizar uma corrida mantendo um ângulo de aproximadamente 45º em relação ao sarrafo, e, dependendo da perna de impulsão, que no caso é a “externa”, deverá iniciar a corrida do lado direito (se a perna de impulsão for a esquerda) e do lado esquerdo (se a perna de impulsão for a direita). A 
Sarrafo
:
Barra horizontal impulsão ocorre a partir do calcanhar da “perna de impulsão”, sendo a “perna de chute” (mais próxima ao sarrafo) lançada para cima, descrevendo um movimento alternado das pernas, em “tesoura”.
O salto em si (impulsão, elevação e transposição)
Seguindo as orientação já citadas, notamos que, no momento da impulsão, o centro da gravidade estará baixo, dada a ligeira flexão da “perna de impulsão”, logo transformada em extensão, projetando o corpo para cima, ao mesmo tempo que a “perna de chute” transpõe o sarrafo com o auxilio dos braços impulsionados para o alto.
Queda
Normalmente, a queda proveniente do estilo tesoura ocorre em pé já que esse estilo técnico é usualmente desenvolvido em locais em que não há colchão. Assim, o praticante terá que realizar a queda na caixa de areia. Caso haja colchão, o saltador terá a opção de fazer a queda caindo sentado, se assim o desejar.
ESTILO ROLO VENTRAL
Preparação e corrida de aproximação
Diferente do estilo “tesoura”, o saltador, ao optar pela técnica do rolo ventral, deverá iniciar a corrida de aproximação do lado que lhe propicie chegar ao sarrafo com a “perna de impulsão” mais próxima dele (perna “inteira”), enquanto a “perna de chute” será a mais distante do sarrafo, isto é, a perna “externa”. Logo, se a perna de impulsão for a direita, o saltador iniciará a corrida pelo lado direito; se a perna de impulsão foi a esquerda, o saltador realizará a corrida a partir do lado esquerdo, devendo manter, em ambos os casos, uma corrida com um ângulo de aproximadamente 45º em relação ao sarrafo.
O salto em si (impulsão, elevação e transposição)
O momento da impulsão é caracterizado pela flexão e extensão rápida da perna de impulsão (interna), ao mesmo tempo que a 	“perna de chute”, que se encontra “atrasada”, é lançada juntamente com os braços para cima, no prolongamento do corpo, que se mantém na posição de decúbito ventral, a partir de um giro no eixo longitudinal do corpo em relação ao sarrafo.
Queda
Dependendo da característica do rolamento sobre o sarrafo, a queda ocorrerá de frente ou de costas, tornando necessária a utilização de um colchão.
Sequência pedagógica para a aprendizagem da técnica "rolo ventral"
No desenvolvimento do processo de aprendizagem da técnica de qualquer um dos salto atléticos, e preciso dar ao aluno a condição necessária para ele se elevar do solo e também desenvolver as coordenações próprias da especialidade atlética que lhe será ensinada.
Para isso, se faz um ordenamento lógico do que vai ser ensinado, determinando um trabalho inicial de fortalecimento ou melhora da condição física para a execução da prova e, em seguida, trabalhando as destrezas exigidas pela técnica da especialidade em questão.
Dessa forma, e indicada a seguinte sequencia:
Ex:1 - Estender uma corda no chão e pedir aos alunos que a saltem naturalmente, fazendo a impulsão em uma perna e a queda ou aterrissagem sobre os dois pés. A corrida deve ser realizada com o corpo de frente para a corda (fig. 6.30).
Ex:2 - Idem, só que a corrida é realizada sob um angulo de 45º em relação a corda.
Ex.3 - Idem ao 2, fazendo a impulsão em um pé e a queda ou aterrissagem, do outro lado da corda, sobre o outro pé.
Ex. 4 - Seguindo a mesma sequencia dos 3 primeiros exercícios, só que saltando a corda elevada cerca de 40 a 50cm do solo.
Ex. 5 - colocar varias cordas paralelas, separadas por um espaço de 10m, elevadas de 40 a 50cm do solo, e fazer com que os alunos saltem todas elas, trocando o pé de impulso em cada salto. Este exercício tem por objetivo fazer com que cada aluno possa determinar com certeza qual será a sua perna de impulsão, aquela que será utilizada em todos os exercícios que se seguem.
Ex. 6 - Corrida de frente para a corda, com três passadas; saltar utilizando a impulsão na perna forte e a queda ou aterrissagem sobre o pé contrario, inclinando o tronco a frente a fim de apoiar também as mãos no chão. Portanto, a queda ou aterrissagem se realiza com o corpo em três apoios, e a perna de impulso termina em elevação.
Ex. 7 - Idem ao anterior, só que a corrida se faz sob um angulo de 45º em relação a corda. A posição do corpo no solo é paralela à corda (fig. 9).
Ex. 8 - Colocar uma corda suspensa e estendida, apoiada em três postes, a 50cm do chão. A corda deve estar presa nos apoios de maneira a formar uma letra L. Utilizando uma corrida de três passadas, obliquamente em relação à corda, o aluno salta com impulsão em uma perna.
- a correspondente ao lado que ele executa a sua corrida.
- lança a outra por cima da corda e cai do outro lado, sobre esta perna, apoiando as mãos no solo e sai caminhando desta posição, ate passar por baixo da corda, para voltar a posição inicial (fig. 10).
Ex. 9 - Como no exemplo anterior, só que se acrescenta mais uma corda do outro lado da letra L, formando dessa maneira uma letra U (fig. 11).
Para a execução, formando-se duas fileiras de aluno, colocadas para iniciar o exercício no lado correspondente ao pé de impulsão, e se procede da mesma forma do exercício 8, só que cada um saltando e saindo por seu respectivo lado.
A partir desse momento, a corda deve ser substituída pela barra, uma vez que os alunos já possuem uma relativa noção dos movimentos a serem realizados para se livrarem da corda. A situação torna-se mais real.
Ex.10 - Partindo com o pé de impulsão, dar três passadas de corrida, fazer um salto para o alto chutando a perna contraria a de impulso, em total extensão, girar no ar e realizar a queda ou aterrissagem sobre esta perna, de forma que o corpo fique voltado para a posição contraria aquela da partida. (fig. 12).
Ex.11 - Elevar a barra de acordo com a capacidade dos alunos (40/50cm). Executar uma corrida de impulso com três passadas e saltar a barra, procurando adotar os movimentos vistos nos exercícios anteriores. A corrida deve ser realizada sob um angulo de 45o tendo seu ponto de partida no lado correspondente a perna de impulsão (fig. 13). Ao ser realizada a queda, o aluno já pode começar a adotar as atitudes correspondentes à mesma, ou seja, após o corpo atingir o solo, faz-se um rolamento sobre o ombro contrario a perna de impulso, para em seguida colocar também esta parte lateral do corpo em contatocom o chão.
ESTILO “FOSBURY FLOP”
Preparação e corrida de aproximação
Utilizado na sequência da aprendizagem do estilo tesoura, a técnica do “fosbury flop” possui particularidades que merecem ser mencionadas. A corrida, por exemplo, é mais veloz e realizada em curva na fase final da aproximação do sarrafo, provocando uma inclinação do tronco para dentro na fase final do percurso.
O salto em si (impulsão, elevação e transposição)
Descrevendo a sequência do salto no estilo “fosbury flop”, diríamos que, a partir da corrida finalizada em curva, o saltador entra paralelamente ao sarrafo, realiza o impulso com a perna “externa”, ao mesmo tempo que realiza um giro no momento da elevação. A transposição do sarrafo que virá a seguir é decorrência de um arco pronunciado das costas que favorecerá o “chute” das pernas para cima.
É importante que o joelho da “perna de chute” permaneça alto durante essa fase que antecede a transposição propriamente dita. Cabe também ressaltar que o saltador transporá o sarrafo realizando um açor com as costas, uma elevação do quadril, mantendo a cabeça e braços para trás. A partir do momento que o saltador inicia a queda no colchão, o arco vai se desfazendo, ainda que tenha que tomar sérios cuidados para não tocar o sarrafo com as pernas ou com os pés.
Queda
O saltador cairá com as costas no cochão, muitas vezes aproximando os braços das pernas no momento da queda. Dada a complexidade desse estilo técnico, finalizado pela queda de costas, a utilização do colchão passa a ser imprescindível.
Sequência pedagógica para a aprendizagem do salto:
1 - Executar a "ponte", contando três tempos no chão e três em elevação.
2 - Com três passadas, fazer a impulsão e giro de 90 graus, estendendo a coluna no ar (arco) com queda ou aterrissagem no pé de impulso (fig. 19)
3 - Correr em circulo no sentido do pé de impulso, voltando para o interior. Ao sinal do professor, executa-se a impulsão com giro de 90 graus e elevação do joelho da perna contraria em flexão, em direção ao centro do circulo e queda sobre o pé de impulso. (fig. 20).
4 - Em pé, pernas ligeiramente afastadas, de costas para o colchão de saltos, a uma distancia de uns 80cm. Fazer a impulsão para cima com queda ou aterrissagem sobre os ombros e nuca, no colchão (fig. 21).
5 - Idem ao anterior - a impulsão deve ser executada de cima de um plinto, a uma altura superior ao nível do colchão (fig. 22).
6 - Idem - fazendo a passagem de costas para a barra colocando a altura do quadril (fig. 23).
7 - Idem - abaixa-se a altura do plinto ate que a impulsão passe a ser executada no chão (fig.24).
8 - Corrida de três passadas em linha obliqua a barra - fazer a impulsão elevando-se o joelho da perna contraria em flexão, giro de 90 graus em direção ao centro do circulo, dando as costas para a barra, corpo em arco, queda no pé de impulso e em seguida correr para a frente (fig. 25).
9 - Idem - porem executa-se o salto com passagem de costas, lançando os braços para o outro lado da barra, com o corpo em "arco" (fig. 26).
10 - Ainda com três passadas, em linha obliqua a barra, executar o exercício anterior fazendo a impulsão sobre uma gaveta do plinto, com o objetivo de ganhar maior altura no salto (fig. 27).
11 - Corrida em linha reta de seis passadas, entrando em curva com mais de três passadas saltar. A partir deste exercício, chegamos ao salto completo, em que devemos observar a corrida (para se fazer as adaptações necessárias as características individuais do saltador) feita totalmente em curva ou em linha reta perpendicular a barra com final em curva.
ALGUMAS REGRAS BÁSICAS
Apenas um dos pés deverá realizar a impulsão;
Cada saltador terá direito a três tentativas para ultrapassar a altura, sendo eliminado da competição caso não o consiga;
A tentativa será invalida caso o sarrafo não permaneça nos suportes, ou caso o saltador toque o solo ou a área de queda antes de ter ultrapassado o sarrafo, obtendo quaisquer vantagens dessa ação;
De acordo com sua livre escolha, o saltador poderá começar a saltar em qualquer altura anunciada pelo arbitro. Caso falhe na primeira tentativa, poderá rejeitar a segunda e a terceira naquela altura e, ainda, saltar em uma altura subsequente;
Nas competições, a ordem dos competidores será sorteada;
O sarrafo nunca será elevado em menos de 2cm.
SALTO COM VARA
Ainda que atualmente o salto com vara seja praticado por homens e mulheres no campo do atletismo, nem sempre foi assim. Praticado inicialmente no ambiente ginástico e apenas por homens, o salto com vara passou a integrar o calendário oficial da programação masculina dos Jogos Olímpicos desde 1896. O aprimoramento técnico e o tipo de material utilizado na confecção das varas também sofreram muitas modificações. Inicialmente de bambu, a vara passou a ser de alumínio, de aço e hoje é basicamente fabricada com fibra de carbono. Da mesma forma, a técnica empregada – e que depende do material da vara – também sofreu modificações, e hoje encontramos a técnica da vara rígida e a técnica da vara flexível.
TÉCNICA BÁSICA DE MOVIMENTO
Ainda que atualmente a vara flexível seja a mais utilizada pelos saltadores de alto rendimento, realizaremos a descrição da técnica da vara rígida, tendo em vista o custo reduzido do material (bambu) e as facilidades de ensina-la a iniciantes. De qualquer forma, ambos os estilos técnicos envolvem: empunhadura, corrida e preparação para o encaixe, salto em si (impulsão, elevação, giro e transposição), e a queda.
Empunhadura, corrida e preparação para o encaixe
A empunhadura deverá ser feita mantendo-se a vara na posição horizontal, com a ponta ligeiramente elevada, estando a palma da mão posterior voltada para cima, a partir de uma flexão do braço (direito, no caso do exemplo) de cerca de 90º. O outro braço (no caso, o esquerdo) estará posicionado um pouco à frente da mão contraria, a partir de uma flexão de 90º, estando a palma da mão voltada para baixo.
A corrida, que deve ter velocidade progressiva, tem inicio com a vara posicionada do lado contrario ao da perna de impulsão, com sua ponta ligeiramente elevada; aos poucos, esta vai se abaixando, tendo em vista o momento do encaixe. Autores como Barros (1984) sugerem que a corrida tenha de 12 a 22 passadas e que haja uma marca intermediaria entre a 8ª e a 12ª passada coincidente com a perna de impulsão do saltador, com a preparação para o encaixe ocorrendo nas três ultimas passadas.
Salto em si (impulsão, elevação, giro e transposição)
No momento do encaixe da vara, o saltador realiza a impulsão com a perna correspondente à mão da frente (no caso, a esquerda), estando a outra (perna correspondente ao braço de cima, no caso o direito) semiflexionada, com projeção do joelho no inicio da elevação das pernas e do quadril. Na sequência ocorrerá a inversão do corpo (pernas estendidas para cima), buscando o que Barros (1984) denomina como uma “verticalização invertida”, seguida pela execução do giro de 180º, que resultará na transposição do sarrafo. Nesse momento, o saltador deverá empurrar a vara para a frente, de modo que ela não comprometa sua transposição e êxito no salto.
Queda
Atualmente menos utilizado-se a técnica da vara rígida, os colchões são indispensáveis para a realização dessa prova, sobretudo tendo em vista a altura que tem sido transposta e a queda de costas no colchão.
ALGUMAS REGRAS BÁSICAS
A vara, cuja superfície básica deve ser lisa, poderá ser de qualquer material, comprimento ou diâmetro;
Cada saltador terá direito a três tentativas para ultrapassar a altura, sendo eliminado da competição caso não o consiga;
A tentativa será invalidada caso o sarrafo não permaneça nos suportes, ou caso o atleta toque o solo ou a área de queda com seu corpo ou com a vara antes de ter ultrapassado o sarrafo, obtendo quaisquer vantagens dessa ação;
De acordo com sua livre escolha, o saltador poderá começar a saltar em qualquer altura anunciada pelo arbitro. Caso falhe na primeira tentativa, poderá rejeitar a segunda e a terceira naquela altura e, ainda, saltar em uma altura subsequente;Nas competições, a ordem dos competidores será sorteada;
O sarrafo nunca será elevado em menos de 5cm, a não ser que haja um competidor;
A tentativa será invalidade caso o saltador altere a posição das mão durante o salto, colocando a mão de baixo acima da mais alta ou movendo a mão de cima para um ponto mais alto da vara.
Aplicações Pedagógicas
A dificuldade no salto com vara esta em função do seu ângulo de elevação. O alvo da progressão será, pois, conduzir o ângulo de elevação, que será praticamente nulo no começo, para uma abertura normal (fig. 34).
Meios: apoios elevados (plinto, barreira de “steeple”, bancos, etc.) Dificuldades: quanto mais o ângulo de elevação aumenta, mais é preciso fazer exercícios próprios para elevá-lo.
Exemplos: impulso, lançamento do joelho da perna livre, corrida de impulso.
Princípios gerais da progressão
Iniciar com exercícios simples, vara próxima da vertical, e fazer intervir os gestos técnicos após a assimilação.
Plano de aprendizagem:
Aprendizagem;
Adaptação à vara de fibra;
Iniciação sobre o plano.
Aprendizagem
Tomada de consciência da vara – determinação do pé de impulsão. Aprender a conhecer o instrumento. Familiarização, contatos e manipulações. Fazer com que os principiantes se tornem confiantes e vençam a apreensão. A vara deve ser uma aliada, uma ajuda.
Os primeiros saltos: de baixo para cima;
Vara colocada na vertical, braço direito estendido acima da cabeça, esquerdo flexionado à frente do queixo. Lançar o joelho da perna livre a frente (sem ultrapassar a horizontal), impelindo a perna de impulsão (fig. 35).
Efetuar saltos voluntários para aprender o domínio da vara, que se obtém pela repetição do gesto e correção da má postura, e que solicitam qualidades de coordenação. Poder-se-á considerar atingida a finalidade quando o atleta puder efetuar, sem dificuldades, os exercícios pedidos pelo treinador.
Ex. exercício igual ao anterior, sendo o salto feito com ¼ de rotação para a esquerda e queda ou aterrissagem com os pés unidos.
Aumentar o ângulo de elevação.
O mesmo exercício, fazendo a posição de partida com a vara apoiada no ombro direito (fig. 36).
Elevar a vara para o alto, com o braço direito estendido acima da cabeça (bloqueio da articulação dos ombros): o braço esquerdo continua a impelir a vara e fixa o peito diante do comprimento da vara.
A ação de elevar a vara, o lance do joelho da perna livre e o impulso devem ser feitos simultaneamente. Insistir no tempo de distancia de baixo para cima durante todo o impulso, quando a perna de impulso está ainda em contato com o solo (trajetória A-B). No decurso desses exercícios, fazer o atleta compreender e sentir a suspensão longa no espaço. Evitar a tração dos braços.
A queda deve ser feita bem à frente e equilibrada, podendo-se colocar um elástico estendido à frente (pensar na travessia de um riacho, comparação que agrada as crianças e as deixa confiantes).
Adaptação á vara de fibra
Após a assimilação dos exercícios de aprendizagem, aumentar de novo o ângulo de elevação, acrescentando aos elementos conhecidos dois passos corridos.
Posição de partida com a vara sobre o ombro direito, pés unidos, elevar a vara em dois tempos rápidos D-G e mantê-la diante de si, resistindo com o braço esquerdo. O conjunto vara-saltador progride na mesma velocidade. Evitar uma parada, elevando o peito para cima, o que leva a uma flexão completa do braço esquerdo. Impulso Maximo, que provoca um atraso da bacia. O joelho da perna livre é lançado à frente. Permanecer diante da vara, tendo, como agente das forças e cadeia dos apoios, o calcanhar, a bacia e os ombros em alinhamento, com tempo longo de penetração (fig. 37). Continuar a posição final de impulso para favorecer ao máximo a elevação e a flexibilidade. Antes da passagem à vertical da vara, movimentar os ombros para trás, enquanto os braços permanecem estendidos (o de baixo semiflexionado) As pernas seguem o movimento de balanço, aproximando os joelhos do peito. Este encurtamento dos segmentos inferiores acelera a troca de posição e permite uma colocação mais alta do quadril (fig. 38).
SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA PARA A APRENDIZAGEM DO SALTO COM VARA
Com o aparecimento da vara de fibra de vidro (flexível), alguns aspectos da técnica sofreram alterações em relação aquela utilizada para a vara rígida (bambu ou alumínio). Assim, o processo de aprendizagem da técnica do salto com vara pode ser desenvolvido em duas etapas: vara rígida na primeira etapa e vara flexível na segunda etapa. Em seguida, passa-se à sequencia de exercícios educativos voltados para a aprendizagem da técnica do salto com vara propriamente dito.
Ex. 1 – apoiar a vara no chão e procurar subir na mesma, apenas com o auxilio das mãos, até que não consiga mais se equilibrar (fig. 42).
Ex. 2 – Em pé sobre um plinto, mesa etc., empunhando a vara com as mãos unidas na sua extremidade superior, à frente do corpo e acima da cabeça. Impulsionar o corpo para que, com a ajuda da vara, ele seja projetado para cima e à frente.
No momento em que o corpo se eleva, os braços se flexionam e as pernas se elevam estendidas. Na queda, a vara deve ser mantida entre as pernas, como se o aluno estivesse “a cavalo” sobre ela (fig. 43).
Ex. 3 – Idem, só que a queda se faz por um dos lados da vara, pelo lado correspondente da mão que fica por cima ao ser empunhada a vara (fig. 44).
Ex. 4 – Idem, fazendo no ar um giro de 180º, para que na queda o corpo termine voltado para o lado oposto à posição inicial. A vara deve ser colocada sobre o ombro ou soltada para o lado no momento em que os pés tocam o solo, na queda (fig. 45).
Ex. 5 – Após uma corrida prévia de cinco passadas, transportando a vara na sua posição correta, realizar o encaixe da vara para executar todos os saltos que foram realizados anteriores (do 2 ao 4) (fig. 47).
Ex. 6 – Corrida de impulso com cinco passadas, encaixe da vara e passagem pela barra colocada a uma altura não muito elevada. Quando os pés atingirem a altura da barra, o aluno executa um giro de 180 (como no exercício 4), passando primeiro as pernas para o outro lado da barra e depois o resto do corpo. No momento em que está passando pela barra, deve soltar a vara, empurrando-a para trás, a fim de que ela não vá de encontro a barra, derrubando-a (fig. 48).
Ex. 7 – Idem, aumentado gradativamente a distancia da corrida de impulso, até que ela atinja a distancia a ser utilizada pelo aluno no caso da realização do salto completo.
Neste momento, o aluno já está realizando a técnica do salto em todas as suas fases. A partir daí, pode ser iniciada a aprendizagem ou adaptação à técnica do salto com vara flexível. Para isso, damos continuidade na sequencia, através dos seguintes exercícios:
Ex. 8 – empunhar a vara acima do ombro correspondente à mão colocada acima. Executar uma corrida curta, para encaixar a vara no solo, seguindo-se a impulsão, elevação, giro de 180º no ar e queda ou aterrissagem com o corpo voltado de frente para o local de partida. A todo momento, os braços devem estar estendidos, inclusive no final do exercício, como mostra a figura 49. Na empunhadura, as mãos devem estar afastadas cerca de 40cm uma da outra, uma vez que na empunhadura da vara flexível as mãos se colocam mais afastadas que na vara rígida (fig. 49).
Ex. 9 – Pequena corrida para encaixar a vara na areia da caixa de saltos e executar o salto, procurando ganhar mais distancia que altura (fig. 50).
Ex. 10 - Corrida de uns 10 metros empunhando a vara na posição correta, realizar o encaixe na areia da caixa, para elevar-se com o auxilio do professor, que n momento do encaixe segura a vara e a puxa contra si. No ar, quando a vara estiver na posição vertical, o aluno realiza o giro de 180º como se estivesse passando pela barra para então soltar a vara e realizar a queda de uma forma bem natural (fig. 51).
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Matthiesen, Sara Quenzer – Educação Física no Ensino Superior I Atletismo: teoria e Pratica, 1ª Ed. Ganabara Koogan, 2007
Fernandes, José Luis – Atletismo: Os Saltos, 2ª Ed. Rev – São Paulo:EPU, 2003.

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