Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

CONTRATOS 
 Contratos 
 Vícios redibitórios 
 Evicção 
 Interpretação 
 Contratos Aleatórios 
 Contrato Preliminar, definitivo 
 Introdução 
 Formação dos contratos 
 Estipulação de contrato em favor de terceiros 
 
Introdução 
 
 Conceito: Contrato é o negócio jurídico de Direito Privado, por meio do qual dois 
ou mais sujeitos se vinculam para regular interesses concernentes a objetos 
economicamente apreciáveis, buscando a satisfação de necessidades, em que 
criam, resguardam, transferem, conservam, modificam ou extinguem direitos e 
deveres 
 
 As partes buscam criar um vínculo patrimonial cujo objetivo é criar, regular, 
modificar ou extinguir obrigações entre elas e tutelar os interesses privados dos 
agentes de forma justa e equilibrada, bem como o interesse público e social através 
de disposições que não prejudiquem a sociedade nem terceiros, resguardando-se, 
em qualquer relação, os deveres decorrentes da boa-fé objetiva 
 
Contratos aleatórios 
 
 O contrato aleatório é um tipo de contrato em que as partes envolvidas 
assumem obrigações ou direitos que estão sujeitos a eventos futuros e 
incertos, ou seja, a prestação de uma ou ambas as partes dependem de um fato 
imprevisível. Nesse sentido, o contrato aleatório envolve o risco de que o 
benefício ou a obrigação possa variar, de acordo com o acontecimento de um 
evento que ainda não se concretizou. 
 
 
Características dos Contratos Aleatórios: 
1. Incerteza: 
A característica principal de um contrato aleatório é a incerteza sobre o 
resultado final, tanto no que se refere ao ganho como à perda para uma ou 
ambas as partes. 
2. Risco: 
As partes aceitam conscientemente o risco envolvido. Esse risco pode significar 
tanto ganho quanto perda, dependendo de um acontecimento futuro. 
3. Eventos futuros e incertos: 
A base do contrato está em algo que ainda não aconteceu e pode ou não vir a 
acontecer, ou cuja ocorrência já está certa, mas seus efeitos são incertos. 
 
Exemplos de Contratos Aleatórios: 
Contrato de seguro: 
 Um dos exemplos mais comuns de contrato aleatório. O segurado paga um 
prêmio à seguradora, mas o benefício (indenização) só será devido se ocorrer 
um sinistro (evento futuro e incerto), como um acidente ou um roubo. 
Peixe e Safra: 
 Um indivíduo que combina com o pescador que comprará os peixes que ainda 
serão pescados. Nota-se que há o risco de não ser pescado nenhum peixe. 
Outro exemplo é a pessoa que compra uma safra futura, o produto de uma 
plantação que está ainda por florescer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REQUISITOS DE VALIDADE (FORMAÇÃO DOS CONTRATOS) 
 
Obs.: Imagem retirada do livro: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil, 1, esquematizado: parte geral, obrigações 
e contratos. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. p. 744 
 
 
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 
 Agente capaz 
 Objeto lícito, possível, determinado ou determinável 
 Forma prescrita ou não vedada por lei 
 Livre manifestação da vontade 
Agente capaz: As partes envolvidas no contrato devem ser legalmente capazes, ou seja, 
ter capacidade civil para realizar o ato (maiores de idade, sem impedimentos legais, 
etc.). 
Objeto lícito e possível: O objeto do contrato deve ser algo lícito, possível e 
determinado. Não pode haver contrato para práticas ilegais ou para algo impossível de 
ser cumprido. 
Forma prescrita ou não vedada por lei: O contrato deve seguir a forma exigida pela lei, 
quando houver, ou pelo menos não ser proibido pela legislação. 
Vontade livre e de boa-fé: A manifestação de vontade deve ser livre, sem coação, erro, 
dolo ou outro vício que comprometa a autonomia das partes. Além disso, a boa-fé 
deve permear toda a negociação, significando que as partes devem agir com 
honestidade e transparência. 
 
 
 
 
 Manifestação de vontades  para que a formação dos contratos aconteça, é 
preciso que as vontades das partes se conjuguem. 
Expressa: 
Acontece quando a vontade da pessoa é claramente declarada de forma direta, seja 
por palavras, escrita, ou por gestos claros que não deixem dúvidas sobre a intenção. 
Exemplo: Alguém assina um contrato de compra e venda, ou verbalmente afirma "Eu 
aceito os termos do acordo." 
Tácita: 
Ocorre quando a vontade não é declarada de forma direta, mas pode ser inferida pelo 
comportamento da pessoa, ou pelas circunstâncias do caso. Não há uma declaração 
verbal ou escrita, mas as ações ou omissões indicam claramente a intenção. 
Exemplo: Se uma pessoa aluga um imóvel e continua morando nele após o fim do 
contrato sem oposição, isso pode ser interpretado como uma manifestação de vontade 
tácita de continuar com o contrato de locação. 
 
Partes iniciais: 
a) proponente ou policitante (quem emite a proposta) 
b) destinatário ou oblato (aquele a quem a proposta é endereçada). 
 
CC - Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar 
dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. 
 
Explicação artigo 427 
O artigo 427 do Código Civil estabelece que, quando uma pessoa faz uma proposta de 
contrato, essa proposta é obrigatória para o proponente, ou seja, ele deve manter a 
oferta válida, a menos que a proposta ou a situação indiquem o contrário. 
 
Exemplos do artigo 427 CC 
(IMPORTANTE) 
 
 
 
Exemplo 1: Proposta obrigatória 
 João faz uma proposta de venda de sua casa para Maria por R$ 500 mil. Nesse 
caso, João está obrigado a manter essa oferta, e Maria pode decidir se aceita ou 
não dentro de um período razoável de tempo. Ele não pode simplesmente 
retirar a proposta sem motivo enquanto Maria estiver considerando a oferta. 
Exemplo 2: Exceção por prazo 
 Carlos faz uma proposta de emprego a Ana, mas estipula que ela deve 
responder até o fim do mês. Se o prazo terminar sem resposta, Carlos não está 
mais obrigado a manter a proposta. Aqui, as circunstâncias (prazo) limitam a 
obrigatoriedade da proposta. 
Exemplo 3: Natureza do negócio 
 Em um leilão, o proponente que faz um lance está se comprometendo a 
comprar o item, mas essa oferta só é obrigatória enquanto o leilão estiver 
ocorrendo. Depois do leilão, a oferta não é mais válida, pois a natureza do leilão 
estabelece que o compromisso é imediato e momentâneo. 
IMPORTANTE: 
OBS: O contrato passa a existir quando da aceitação dos termos apresentados pelo 
policitante ao oblato. 
OBS: A proposta se transmite aos herdeiros, salvo nas obrigações personalíssimas. 
OBS: A oferta é um negócio jurídico receptício, pois a sua eficácia depende da decla-
ração do oblato. 
 
FASES DA FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 
a) fase das negociações preliminares ou da puntuação; 
b) fase de proposta, policitação ou oblação. 
c) fase de contrato preliminar. 
d) fase da aceitação ou da conclusão do negócio, que pode ser celebrado me diante 
contrato preliminar ou definitivo. 
 
 
 
 
 
 
Contrato preliminar | definitivo: 
a) Contrato preliminar ou pré-contrato (pactum de contrahendo): é um acordo entre 
as partes no qual elas se comprometem a celebrar um contrato definitivo no futuro. 
Ex.: compromisso de compra e venda de imóvel. 
b) Contrato definitivo: O contrato definitivo é aquele que, após a fase de negociação 
ou, em alguns casos, após a existência de um contrato preliminar, concretiza e 
formaliza a relação jurídica entre as partes, com efeitos jurídicos plenos e imediatos. 
Diferente do contrato preliminar, que apenas compromete as partes a celebrarem um 
acordo futuro, o contrato definitivo já estabelece todas as obrigações e direitos de 
forma conclusiva, sem a necessidade de novos ajustes para sua validade. 
Ex: compra e venda de um imóvel 
 
INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS 
1) Reserva mental 
CC - Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a 
reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha 
conhecimento. 
Explicação do artigo 110: 
Manifestação de vontade: É o ato pelo qual uma pessoaexpressa seu desejo de 
celebrar um negócio jurídico, como um contrato. Pode ser expressa de diversas 
formas: por escrito, verbalmente ou por gestos, desde que seja clara. 
Reserva mental: Refere-se a uma situação em que a pessoa expressa uma 
vontade, mas internamente não tem a intenção de cumpri-la. Por exemplo, 
alguém assina um contrato de compra de um bem, mas, na sua mente, não tem 
a intenção de realmente adquirir esse bem. A "reserva mental" é esse 
descompasso entre o que a pessoa declara e o que realmente pensa. 
 
 
 
 
O que o artigo diz: 
 Mesmo que a pessoa tenha uma reserva mental (ou seja, tenha manifestado 
algo que não queria de verdade), a sua manifestação de vontade subsiste (ou 
seja, continua válida). Isso quer dizer que, na maioria dos casos, o negócio 
jurídico que essa pessoa realizou será válido e eficaz, mesmo que ela não 
quisesse realmente aquilo. 
Exceção: O artigo coloca uma exceção: se o destinatário da manifestação de vontade (a 
outra parte no negócio) tiver conhecimento dessa reserva mental, o ato não será 
válido. Em outras palavras, se a pessoa com quem você está negociando souber que 
você está dizendo algo, mas na verdade não tem a intenção de cumprir, o ato será 
considerado inválido. 
Exemplo: João, por brincadeira, vende seu carro para Pedro e assina o contrato, mas 
João, internamente, não tinha a intenção de realmente vender o carro. Nesse caso, o 
contrato é válido, pois a manifestação de vontade de João (assinar o contrato) 
prevalece, ainda que ele tivesse uma reserva mental. 
2) Expressões que admitirem diversas interpretações 
CC - Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas 
consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. 
Explicação Artigo 112 
O artigo afirma que, ao interpretar uma declaração de vontade (como um contrato, 
uma promessa ou qualquer outro ato jurídico), deve-se dar mais importância à 
intenção real das partes envolvidas do que ao sentido literal das palavras usadas. Isso 
significa que, em caso de dúvida ou ambiguidade, o intérprete (como um juiz ou as 
próprias partes) deve considerar o que as partes realmente quiseram ao firmar o 
contrato, em vez de se prender estritamente à linguagem escrita ou falada. 
Exemplo: Suponha que, em um contrato, uma parte declare: "Vendo minha casa com 
tudo que há dentro". Literalmente, isso significaria que a pessoa está vendendo a 
casa com todos os objetos dentro dela (móveis, eletrodomésticos, etc.). Porém, se as 
circunstâncias e a intenção das partes mostrarem que "tudo que há dentro" se referia 
apenas às instalações fixas (como portas, janelas e armários embutidos), e não aos 
bens móveis, deve-se considerar essa intenção real, mesmo que o texto possa dar 
margem a outra interpretação. 
 
 
 
3) Sentido dado na interpretação 
CC - Art. 113. (...) § 1º A interpretação do negócio jurídico deve lhe atribuir o sentido 
que: 
I - for confirmado pelo comportamento das partes posterior à celebração do negócio; 
II - corresponder aos usos, costumes e práticas do mercado relativas ao tipo de 
negócio; 
III - corresponder à boa-fé; 
IV - for mais benéfico à parte que não redigiu o dispositivo, se identificável; e 
V - corresponder a qual seria a razoável negociação das partes sobre a questão 
discutida, inferida das demais disposições do negócio e da racionalidade econômica 
das partes, consideradas as informações disponíveis no momento de sua celebração. 
§ 2º As partes poderão livremente pactuar regras de interpretação, de preenchimento 
de lacunas e de integração dos negócios jurídicos diversas daquelas previstas em lei. 
 
4) Contratos de adesão  protege o aderente como vulnerável 
 Os contratos de adesão são um tipo específico de contrato em que as cláusulas 
são previamente estabelecidas por uma das partes, cabendo à outra parte 
apenas a aceitação ou rejeição, sem a possibilidade de negociação 
CC - Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou 
contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente. 
Explicação artigo 423 
O artigo estabelece que, se um contrato de adesão contiver cláusulas que sejam 
ambíguas (têm mais de um significado possível) ou contraditórias (conflitam entre si), 
a interpretação mais favorável ao aderente deve ser adotada. 
Exemplo: Imagine que uma pessoa assina um contrato de adesão com uma operadora 
de telefonia. No contrato, existe uma cláusula que diz: 
 “A empresa pode cobrar taxas de ativação”. Outra cláusula diz: 
 “A ativação do serviço será gratuita”. 
 
 
Se essas cláusulas forem contraditórias, a interpretação mais favorável ao aderente 
(neste caso, o consumidor) deve ser adotada, ou seja, deve-se entender que a ativação 
do serviço será gratuita, eliminando qualquer cobrança de taxa. 
 
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia 
antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio. 
Explicação artigo 424 
Nos contratos onde uma das partes (o aderente) não tem poder de negociação (como 
contratos de telefonia, bancos ou seguros), é proibido incluir cláusulas que façam o 
aderente abrir mão de direitos básicos que ele teria por conta da natureza do contrato. 
Exemplo: Um contrato de seguro de automóvel inclui uma cláusula dizendo que o 
segurado abre mão do direito de acionar a seguradora em caso de sinistro por furto. 
Essa cláusula seria nula, pois o direito de acionar a seguradora é um direito básico do 
contrato de seguro. 
 Cláusula renunciativa ou abdicativa  é aquela pela qual o aderente é 
obrigado a abrir mão de direitos essenciais, de direitos resultantes da própria 
natureza do negócio. Um direito que é assegurado ao aderente. 
A cláusula renunciativa ou abdicativa é uma disposição contratual pela qual uma das 
partes renúncia ou abdica de um direito que seria garantido por lei ou pelo próprio 
contrato. Essas cláusulas podem ser vistas em diversos tipos de contratos e 
normalmente têm como objetivo limitar ou excluir responsabilidades ou direitos de 
uma das partes. 
Ex.: 
* Ao estacionar o carro em estacionamento, existe uma placa informando que o 
estabelecimento não se responsabiliza por eventual furto de objetos no interior do 
veículo. Tal cláusula é totalmente NULA!!! 
* A cláusula de renúncia antecipada ao direito de indenização e retenção por 
benfeitorias necessárias é nula em contrato de locação de imóvel urbano feito nos 
moldes do contrato de adesão. 
 
 
 
 
 
Estipulação em favor de terceiro 
 
Explicação: 
 A estipulação de contrato em favor de terceiros é um conceito do Código Civil 
brasileiro (artigos 436 a 438) que permite que, em um contrato entre duas 
partes, uma delas se comprometa a beneficiar uma terceira pessoa que não é 
parte do contrato. Esse mecanismo é usado para criar direitos em favor de um 
terceiro, que pode exigir o cumprimento da obrigação. 
 
Exemplos para compreensão: 
Exemplo 1: Contrato de seguro 
 Situação: Maria faz um contrato de seguro de vida com uma seguradora 
(promitente) e estipula que, em caso de falecimento, o pagamento do seguro 
deve ser feito a João (o beneficiário). 
 Resultado: Se Maria falecer, João tem o direito de receber o valor do seguro, 
mesmo não tendo participado da assinatura do contrato. 
Exemplo 2: Doação 
 Situação: Ana e Carlos firmam um contrato de doação em que Ana se 
compromete a doar um carro a Pedro. Neste caso, Pedro é o beneficiário da 
doação. 
 Resultado: Uma vez que a doação é aceita por Ana, Pedro pode reivindicar o 
carro, mesmo não sendo parte do contrato entre Ana e Carlos. 
Exemplo 3: Contrato de prestação de serviços 
 Situação: Empresa A contrata Empresa B para realizar um serviço e estipula que 
o resultado do serviço deve ser entregue a Cliente C. Neste caso, Cliente C é o 
beneficiário. 
 Resultado: Após a prestação do serviço, Cliente C pode exigir que Empresa B 
cumpra a obrigaçãode entregar o resultado, mesmo que ele não tenha 
assinado o contrato. 
 
 
 
Conclusão: 
A estipulação de contrato em favor de terceiros é uma ferramenta que permite que os 
contratos criem benefícios para pessoas que não estão diretamente envolvidas na 
relação contratual, assegurando que essas pessoas possam exigir o cumprimento das 
obrigações assumidas. Isso amplia as possibilidades de proteção e benefício a terceiros 
nas relações contratuais. 
 
VÍCIOS REDIBITÓRIOS 
 
 Os vícios redibitórios são defeitos ocultos em um produto ou serviço que, se 
conhecidos pelo comprador antes da compra, poderiam tê-lo levado a não 
adquirir o bem ou a pagar um preço inferior. Esses vícios, portanto, geram 
direitos para o comprador, que pode optar pela rescisão do contrato ou pela 
redução do preço. 
Exemplos de Vícios Redibitórios: 
1. Defeito em um carro: 
Situação: João compra um carro usado de um particular. Após algumas 
semanas, descobre que o carro tem problemas sérios no motor que não 
eram aparentes durante a compra. 
Direitos: João pode reclamar que o vendedor omitiu a existência do 
vício, exigindo a devolução do valor pago ou a redução do preço, já que 
o defeito é oculto e compromete o uso do carro. 
2. Produto eletrônico: 
Situação: Maria compra um smartphone novo que apresenta falhas de 
funcionamento logo após a compra, falhas essas que não estavam 
evidentes na hora da compra. 
Direitos: Maria pode exigir a devolução do produto e a restituição do 
valor pago, ou solicitar que o vendedor faça a troca do aparelho. 
 
 
 
 
3. Imóvel: 
Situação: Carlos compra um apartamento que aparentemente está em 
bom estado. Depois de alguns meses, descobre que há infiltrações nas 
paredes, que não foram informadas pelo vendedor. 
Direitos: Carlos pode anular a compra ou pedir uma redução no preço, 
uma vez que o vício é oculto e não era do conhecimento dele no 
momento da aquisição. 
Conclusão: 
Os vícios redibitórios garantem que o comprador tenha direitos em relação a produtos 
ou serviços que apresentem defeitos ocultos. Eles oferecem proteção ao consumidor, 
permitindo que ele busque a reparação por danos e deficiências não aparentes, 
assegurando uma relação mais justa nas transações comerciais. 
 
Ações edilícias: 
a) Ação redibitória  tem o objetivo de proporcionar o desfazimento do contrato. 
b) Ação quanti minoris ou ação estimatória  tem o objetivo de buscar abatimento 
de preço 
Quem vai escolher entre a ação redibitória ou estimatória é o adquirente; a escolha 
que o adquirente fizer deve ser respeitada pelo alienante. 
 
 
EVICÇÃO 
 
 Evicção é o termo jurídico que se refere à perda da propriedade de um bem 
adquirido em virtude de uma decisão judicial. Isso acontece quando alguém, 
que não era o vendedor, reivindica a propriedade do bem e, após processo 
legal, comprova que realmente tem direito sobre ele. Assim, o comprador 
perde o bem e, muitas vezes, tem direito a ser ressarcido pelo vendedor. 
 
 
 
 
 
Requisitos: 
a) aquisição de um bem; 
b) perda da posse ou da propriedade; 
c) prolação de sentença judicial ou execução de ato administrativo. 
 
Exemplos: 
1. Compra de um imóvel: 
Situação: João compra um imóvel de Carlos, mas depois descobre que a 
propriedade pertence, na verdade, a um terceiro (por exemplo, um 
herdeiro que não foi informado). 
Consequência: O terceiro entra com uma ação judicial e prova seu 
direito sobre o imóvel. João perde a propriedade e pode exigir de Carlos 
a devolução do valor pago. 
2. Compra de um carro: 
Situação: Ana compra um carro de Roberto, que foi vendido sem que ele 
tivesse o direito de vendê-lo (por exemplo, ele era um carro roubado). 
Consequência: O verdadeiro proprietário do carro pode reivindicar sua 
devolução. Ana perde o carro e pode buscar ressarcimento de Roberto. 
 
Considerações finais 
O resumo não exime da responsabilidade de ler os slides passados pela professora. Devido à 
grande quantidade de páginas, resumi apenas o necessário. Todo o resumo foi pelo slide da 
professora, entretanto, alguns exemplos e conceitos foram colhidos pelo Chat. 
	Características dos Contratos Aleatórios:
	Exemplos de Contratos Aleatórios:
	Exemplo 1: Proposta obrigatória
	Exemplo 2: Exceção por prazo
	Exemplo 3: Natureza do negócio
	Explicação do artigo 110:
	O que o artigo diz:
	Exemplo 1: Contrato de seguro
	Exemplo 2: Doação
	Exemplo 3: Contrato de prestação de serviços
	Conclusão:
	Exemplos de Vícios Redibitórios:
	Conclusão: (1)
	Exemplos:

Mais conteúdos dessa disciplina