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ESTRUTURAS SEDIMENTARES

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Estruturas Sedimentares 
Primárias
O que são?
• Feições geradas durante a deposição dos 
sedimentos, ou logo após, quando os 
sedimentos ainda se encontram sob a 
influência das condições do ambiente 
deposicional
O que indicam?
• Topo da camada
• Orientação do processo de dispersão de 
sedimentos
• Processo responsável pelo transporte e 
deposição de sedimentos
• Identificação do ambiente deposicional 
(junto com associação e sucessão vertical 
de facies)
Press et al. 2006 
Moderno Antigo
ESP indicadoras de topo
• Ripples
• Gretas de contração
• Impressões de pingos de chuva
• Fósseis preservados em posição de 
crescimento
Classificação das ESP
• Estruturas fluidodinâmicas = influência 
das condições hidro- ou aero-dinâmicas 
do fluido responsável pelo transporte e 
deposição das partículas
• Estruturas deformativas = deformação 
física ou biogênica
• Estruturas biogênicas = icnofósseis
Fluidodinâmicas
Deformativas
Biogênicas
Transporte e Deposição
• Agentes de transportes: vento, água, 
gravidade e gelo
• Fatores que interferem na capacidade de 
transporte:
– Velocidade e viscosidade da água
– Velocidade do vento
– Tamanho da partícula sólida
– Densidade da partícula sólida
– Morfologia da partícula sólida
Mecanismos de transporte
• Por fluxo fluido
– Tração
– Saltação
– Suspensão
• Por fluxo gravitacional
– Fluxo de grãos (grain flow)
– Fluxo de detritos (debris flow)
– Fluxo liquefeito (liquefied flow)
– Fluxo de densidade (density flow)
Diferentes 
mecanismos de 
transporte 
produzem 
depósitos distintos
Por fluxo fluido
Fluxo fluido
• Movimentação individual do grão
• Perda gradual de carga sedimentar
• Exemplo: Um rio
• Comportamento determinado pela 
velocidade e forma do canal
Fluxo turbulento ou laminar
Fluxo laminar
• Linhas de fluxo paralelas
• Normalmente confinadas às paredes e topo 
do canal
Fluxo turbulento
• Linhas de fluxo irregulares, formando vórtices
• Mantém partículas em suspensão
• Muito mais erosivo
Leeder (2011)
Por fluxo gravitacional
Choque de grãos de feijão
Leeder (2011)
Velocidade de fluxo e 
granulometria
Regime de fluxo
• Southard & Bouchwal (1990) à sequência 
específica de formas de leito se 
desenvolvem em resposta à velocidade 
crescente
• Diferentes granulometrias possuem 
formas de leito ligeiramente diferentes
REGIME DE FLUXO (FLUXO UNIDIRECIONAL)
ripple
ripples
duna duna
Gênese da estratificação cruzada
Direção de fluxo
Classificação das ESP
• Modificada de Pettijohn & Potter (1964)
• Base da Classificação:
Camada (= Unidade de sedimentação):
“uma espessura de sedimentos depositada 
sob condições físicas essencialmente 
constantes” (Otto, 1938) 
1. Configuração externa
– Tabular
– Lenticular
2. Configuração dos planos de 
acamadamento
– Tipo de contato
– Estruturas preservadas no topo e na base
3. Organização interna
– Camadas desorganizadas
– Camadas estratificadas
– Camadas gradacionais
– Camadas com imbricação
4. Estruturas deformativas
1. Configuração externa
– Tabular
– Lenticular
2. Configuração dos planos de 
acamadamento
– Tipo de contato
– Estruturas preservadas no topo e na base
3. Organização interna
– Camadas desorganizadas
– Camadas estratificadas
– Camadas gradacionais
– Camadas com imbricação
4. Estruturas deformativas
1. Configuração externa
• Espessura, continuidade, geometria geral
• Tipos extremos:
– Tabular = Camadas tabulares, contínuas, c/ 
espessuras iguais
– Lenticular = Camadas c/ geometrias variadas 
(lentes, cunhas), espessuras variadas, 
descontínuas
Foto: Li
Foto: DePauw University
Foto: Manoela Bállico
2 m
1. Configuração externa
– Tabular
– Lenticular
2. Configuração dos planos de 
acamadamento
– Tipo de contato
– Estruturas preservadas no topo e na base
3. Organização interna
– Camadas desorganizadas
– Camadas estratificadas
– Camadas gradacionais
– Camadas com imbricação
4. Estruturas deformativas
2. Configuração dos planos de 
acamadamento
• Natureza dos planos de acamadamento
(= tipo de contato)
– Contato erosivo
– Contato abrupto não erosivo
– Contato gradacional
2. Configuração dos planos de 
acamadamento
• Estruturas preservadas no topo das 
camadas
– Marcas onduladas (ripples)
– Gretas de contração (mudcracks)
– Impressões de pingos de chuva
– Lineação de partição
– Estruturas biogênicas
Marcas onduladas
• Ripples de corrente = fluxo unidirecional
• Ripples de oscilação = fluxo oscilatório
• Ripples eólicas
Ripples de corrente 
• Produzidas por fluxos unidirecionais; perfil 
assimétrico
Ripples de corrente
• Índice de Ripple: > 5 (em geral 8-15)
• Geometria da crista: retilínea, sinuosa, 
descontínua (não bifurcada)
Foto: Willem Krommenhoek
L/H = 7,3
H =1,7 cm
L=12,5 cm
Ripples de oscilação 
• Produzidas por fluxo oscilatório das 
ondas; perfil geralmente simétrico
Ripples de oscilação 
• Cristas agudas e calhas arredondadas
• Índice de Ripple: 4-13 (em geral 6-7)
• Geometria da crista: retilínea a sinuosa, 
em geral bifurcada
Foto: Claiton Scherer
Foto: Mike Paros
Foto: Claiton Scherer
Foto: Claiton Scherer
Ripples subaquosas
CORRENTE ONDA (OSCILAÇÃO)
Ripples eólicas
• Produzidas pela carga transportada em 
saltação e rastejamento pelo vento; perfil 
geralmente assimétrico
• Índice de Ripple elevado: 10-70
• Cristas retilínias a sinuosas, contínuas, 
bifurcadas
Foto: Claiton Scherer
Diferença entre ripples 
subaquosas e eólicas
2. Configuração dos planos de 
acamadamento
• Estruturas preservadas no topo das 
camadas
– Marcas onduladas (ripples)
– Gretas de contração (mudcracks)
– Impressões de pingos de chuva
– Lineação de partição
– Estruturas biogênicas
Foto: Christopher Kendall
2. Configuração dos planos de 
acamadamento
• Estruturas preservadas no topo das 
camadas
– Marcas onduladas (ripples)
– Gretas de contração (mudcracks)
– Impressões de pingos de chuva
– Lineação de partição
– Estruturas biogênicas
2. Configuração dos planos de 
acamadamento
• Estruturas preservadas no topo das 
camadas
– Marcas onduladas (ripples)
– Gretas de contração (mudcracks)
– Impressões de pingos de chuva
– Lineação de partição
– Estruturas biogênicas
2. Configuração dos planos de 
acamadamento
• Estruturas preservadas no topo das 
camadas
– Marcas onduladas (ripples)
– Gretas de contração (mudcracks)
– Impressões de pingos de chuva
– Lineação de partição
– Estruturas biogênicas
Estruturas biogênicas
• Pistas
• Pegadas
Foto: Christopher Kendall
Foto: Christopher Kendall
2. Configuração dos planos de 
acamadamento
• Estruturas preservadas na base das 
camadas
− Estruturas de sobrecarga (load casts)
− Estruturas erosivas
− Estruturas biogênicas
2. Configuração dos planos de 
acamadamento
• Estruturas preservadas na base das 
camadas
− Estruturas de sobrecarga (load casts)
− Estruturas erosivas
− Estruturas biogênicas
Foto: Christopher Kendall
2. Configuração dos planos de 
acamadamento
• Estruturas preservadas na base das 
camadas
− Estruturas de sobrecarga (load casts)
− Estruturas erosivas
− Estruturas biogênicas
Estruturas erosivas
• Erosão provocada pela corrente (scour 
marks)
– Ex: turboglifos (flute marks)
• Erosão provocada por objetoscarregados pela corrente (tool marks)
– Estrias, sulcos
Estruturas erosivas
• Erosão provocada pela corrente (scour 
marks)
– Ex: turboglifos (flute marks)
• Erosão provocada por objetos 
carregados pela corrente (tool marks)
– Estrias, sulcos
Suguio (2003)
Feições erosivas
• Marcas de ravinamento
• Micro-canais
1. Configuração externa
– Tabular
– Lenticular
2. Configuração dos planos de 
acamadamento
– Tipo de contato
– Estruturas preservadas no topo e na base
3. Organização interna
– Camadas desorganizadas
– Camadas estratificadas
– Camadas gradacionais
– Camadas com imbricação
4. Estruturas deformativas
3. Organização interna
• Camadas desorganizadas (= maciças)
• Camadas estratificadas (= laminadas)
– Estratificação plano-paralela
– Estratificação cruzada
• Camadas gradacionais
– Gradação normal
– Gradação inversa
– Gradação inverso-normal
• Camadas com imbricação
3. Organização interna
• Camadas desorganizadas (= maciças)
• Camadas estratificadas (= laminadas)
– Estratificação plano-paralela
– Estratificação cruzada
• Camadas gradacionais
– Gradação normal
– Gradação inversa
– Gradação inverso-normal
• Camadas com imbricação
Camadas maciças
• Deposicionalmente maciças
• Maciças por fluidização
• Maciças por bioturbação
3. Organização interna
• Camadas desorganizadas (= maciças)
• Camadas estratificadas (= laminadas)
– Estratificação plano-paralela
– Estratificação cruzada
• Camadas gradacionais
– Gradação normal
– Gradação inversa
– Gradação inverso-normal
• Camadas com imbricação
Tipos de estratificação
Suguio (2003)
Camadas estratificadas
• Estratificação plano-paralela
• Estratificação cruzada
– Planar ou tabular (2D)
– Acanalada (3D)
– Laminação ondulada cavalgante (climbing)
– Sigmoidal
– Hummocky
– Espinha-de-peixe (herringbone)
– De antidunas
– De espraiamento (swash)
Básicas
Camadas estratificadas
• Superfícies de acresção lateral
• Superfícies de reativação
• Litologias heterolíticas
– Flaser
– Wavy
– Linsen
Camadas estratificadas
• Estratificação plano-paralela
• Estratificação cruzada
– Planar ou tabular (2D)
– Acanalada (3D)
– Laminação ondulada cavalgante (climbing)
– Sigmoidal
– Hummocky
– Espinha-de-peixe (herringbone)
– De antidunas
– De espraiamento (swash)
Estratificação plano-paralela
• Lâminas separadas por variações em cor, 
composição, granulometria, arranjo de grãos
• Produto de:
– Suprimento de sedimentos (composição, 
granulometria etc.)
– Deposição a partir de fluxos de alta 
velocidade (ex. praia) à arenitos
– Decantação em corpo d’água com 
baixíssimas velocidades (ex. sedimentos 
lacustres ou pelágicos) à lutitos
Camadas estratificadas
• Estratificação plano-paralela
• Estratificação cruzada
– Planar ou tabular (2D)
– Acanalada (3D)
– Laminação ondulada cavalgante (climbing)
– Sigmoidal
– Hummocky
– Espinha-de-peixe (herringbone)
– De antidunas
– De espraiamento (swash)
Estratificação cruzada
• Tipos básicos:
– Planar ou tabular (2D)
– Acanalada (3D)
Estratificação cruzada planar
Estratificação cruzada acanalada
Foto: Loope
Leeder (2011)
Estratificação cruzada
• Tipos Especiais:
– Laminação ondulada cavalgante (climbing)
– Sigmoidal
– Hummocky
– Espinha-de-peixe (herringbone)
– De antidunas
– De espraiamento (swash)
Relação tração/suspensão
Laminação ondulada 
cavalgante (climbing ripples)
Foto: Loope
Estratificação cruzada sigmoidal 
Estratificação cruzada sigmoidal 
Estratificação cruzada 
hummocky
Estratificação cruzada swaley
Estratificação cruzada espinha-
de-peixe
Foto: Christopher Kendall
Estratificação cruzada de 
antiduna
Estratificação cruzada de 
espraiamento
Camadas estratificadas
• Superfícies de acresção lateral
• Superfícies de reativação
• Litologias heterolíticas
– Flaser
– Wavy
– Linsen
Camadas estratificadas
• Superfícies de acresção lateral
• Superfícies de reativação
• Litologias heterolíticas
– Flaser
– Wavy
– Linsen
Superfícies de reativação
Camadas estratificadas
• Superfícies de acresção lateral
• Superfícies de reativação
• Litologias heterolíticas
– Flaser
– Wavy
– Linsen
Litologias heterolíticas
Flaser
Foto: Christopher Kendall
Flaser
Foto: Claiton Scherer
Ondulada (wavy)
Foto: Christopher Kendall
Lenticular (linsen)
Foto: Christopher Kendall
Lenticular (linsen)
Foto: Christopher Kendall
3. Organização interna
• Camadas desorganizadas (= maciças)
• Camadas estratificadas (= laminadas)
– Estratificação plano-paralela
– Estratificação cruzada
• Camadas gradacionais
– Gradação normal
– Gradação inversa
– Gradação inverso-normal
• Camadas com imbricação
Tipos de gradação
Suguio (2003)
Gradação normal
Gradação inversa
Foto: John W.F. Waldron
Gradação inverso-normal
3. Organização interna
• Camadas desorganizadas (= maciças)
• Camadas estratificadas (= laminadas)
– Estratificação plano-paralela
– Estratificação cruzada
• Camadas gradacionais
– Gradação normal
– Gradação inversa
– Gradação inverso-normal
• Camadas com imbricação
Camadas com imbricação
Camadas com imbricação
Camadas com imbricação
1. Configuração externa
– Tabular
– Lenticular
2. Configuração dos planos de 
acamadamento
– Tipo de contato
– Estruturas preservadas no topo e na base
3. Organização interna
– Camadas desorganizadas
– Camadas estratificadas
– Camadas gradacionais
– Camadas com imbricação
4. Estruturas deformativas
4. Estruturas deformativas
• Pseudonódulos
• Laminação distorcida e convoluta
• Estruturas em prato e pilar (dish-and-
pillar)
• Estruturas de injeção (diques clásticos)
• Estruturas de deslizamentos (dobras, 
falhas)
• Estruturas biogênicas (bioturbação)
4. Estruturas deformativas
• Pseudonódulos
• Laminação distorcida e convoluta
• Estruturas em prato e pilar (dish-and-
pillar)
• Estruturas de injeção (diques clásticos)
• Estruturas de deslizamentos (dobras, 
falhas)
• Estruturas biogênicas (bioturbação)
Foto: Christopher Kendall
4. Estruturas deformativas
• Pseudonódulos
• Laminação distorcida e convoluta
• Estruturas em prato e pilar (dish-and-
pillar)
• Estruturas de injeção (diques clásticos)
• Estruturas de deslizamentos (dobras, 
falhas)
• Estruturas biogênicas (bioturbação)
4. Estruturas deformativas
• Pseudonódulos
• Laminação distorcida e convoluta
• Estruturas em prato e pilar (dish-and-
pillar)
• Estruturas de injeção (diques clásticos)
• Estruturas de deslizamentos (dobras, 
falhas)
• Estruturas biogênicas (bioturbação)
Foto: Li
Leeder (2011)
Leeder (2011)
4. Estruturas deformativas
• Pseudonódulos
• Laminação distorcida e convoluta
• Estruturas em prato e pilar (dish-and-
pillar)
• Estruturas de injeção (diques clásticos)
• Estruturas de deslizamentos (dobras, 
falhas)
• Estruturas biogênicas (bioturbação)
Hurst et al. (2011)
4. Estruturas deformativas
• Pseudonódulos
• Laminação distorcida e convoluta
• Estruturas em prato e pilar (dish-and-
pillar)
• Estruturas de injeção (diques clásticos)
• Estruturas de deslizamentos (dobras, 
falhas)
• Estruturas biogênicas (bioturbação)
4. Estruturas deformativas
• Pseudonódulos
• Laminação distorcida e convoluta
• Estruturas em prato e pilar (dish-and-pillar)
• Estruturas de injeção (diques clásticos)
• Estruturas de deslizamentos (dobras, 
falhas)
• Estruturas biogênicas (bioturbação)
Leeder (2011)
Bibliografia
• Reineck & Singh (1980). Depositional 
Sedimentary Enviroments; Parte I
• Boggs (2001). Principles of Sedimentology 
and Stratigraphy; Caps. 3-5

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