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18/10/2015 1 ELISA (ensaio imunoenzimático) Profº Evaldo Moreira Elisa • Enzyme Linked ImmunonoSorbent Assay (ensaio imunoenzimático - ensaio imuno adsorvente ligado à enzima); • Baseia-se em reações antígeno-anticorpo detectáveis por meio de reações enzimáticas; • A enzima mais comumente usada nesta prova á a peroxidase, responsável por catalisar a reação de desdobramento da água oxigenada (H2O2) em H2O mais O2; • Apresentam elevada sensibilidade e especificidade, rapidez, baixo custo e fácil intepretação do resultado; • O teste ELISA é o método imunoenzimático mais comumente utilizado nos laboratórios. O resultado do ensaio, é um substrato colorido, monitorado visualmente ou por meio de espectrofotômetro. Direto ou Indireto? ELISA DIRETO INDIRETO Antígenos Anticorpos Elisa Direto (sanduíche) Dentre os diversos tipos de ELISA, destaca-se o “ELISA SANDUÍCHE”. Nesse método, o anticorpo de um antígeno particular é, inicialmente, adsorvido no “well”. Depois, o antígeno (soro, urina ou outra solução contendo o antígeno) é adicionado e se liga ao anticorpo. Finalmente, um segundo e diferente anticorpo conjugado à enzima é adicionado. Nesse caso, a intensidade da reação é proporcional à quantidade de antígeno presente. Logo, permite mensurar até pequenas quantidades de antígeno. No ELISA direto (sanduíche) um anticorpo conjugado se liga ao antígeno pesquisado. Elisa Indireto • O ELISA indireto é uma técnica utilizada para detecção de anticorpo, sendo assim, utiliza-se uma placa contendo, aderida na parte solida, antígenos para a patologia a ser analisada e seguem-se as seguintes etapas: 1º Coloca-se o soro do paciente nos poços presentes na placa. Se existir presença de anticorpos, esses se ligarão aos antígenos presentes na placa formando um complexo: antígeno (ligado à placa) – anticorpo; 2º Após esse processo é realizada uma lavagem da placa (essa lavagem é feita usando um tampão de lavagem), para retirar os anticorpos não ligados; 18/10/2015 2 3º Adiciona-se depois um anti-anticorpo conjugado (anticorpo secundário), assim se formará um complexo: antígeno (ligado à placa) – anticorpo – anti-anticorpo conjugado; 4º Realiza-se outra lavagem, para se retirar o excesso de anti-anticorpo conjugado, que não formou o complexo citado acima; 5º Adiciona-se um substrato para a enzima (no caso da enzima ser a peroxidase, utiliza-se como substrato o peróxido de hidrogênio e cromógenos). O substrato adicionado, ao se ligar à enzima do complexo, forma um produto colorido; 6º Por fim adiciona-se uma solução de parada, ou seja, uma solução que interrompa a ação da enzima para que assim a solução não fique com uma coloração muito forte e atrapalhe a leitura do teste. No ELISA indireto, um anti-anticorpo conjugado se liga ao anticorpo pesquisado. O ELISA constitui a base do teste para infecção por HIV. Nesse teste, proteínas virais (os antígenos) adsorvem nos “poços” (wells) da placa de ELISA. Em seguida, é adicionado soro do paciente contendo anticorpos que se ligam aos antígenos. Finalmente, anticorpos ligados à enzima ligam-se aos anticorpos humanos, propiciando a reação enzimática com mudança de cor. Método Competitivo O método competitivo é mais usado para identificação de antígenos. Neste método, primeiro se adsorve o anticorpo no poço da microplaca. Após a adsorção do anticorpo, uma solução que possivelmente contém o antígeno (amostra) é adicionada sobre os anticorpos adsorvidos. O próximo passo é adicionar o antígeno marcado com uma enzima. Os poços que não possuem o antígeno primário (da amostra) aderido ao anticorpo ficam coloridos, enquanto que os poços que possuem antígenos aderidos aos anticorpos não mudam de cor (ou sofrem pequena alteração). Materiais e Equipamento Utilizados PLACAS DE ELISA Pipetas e ponteiras 18/10/2015 3 Lavador de Placas Leitor de Elisa (espectrofotômetro) Soluções e Reagentes • Soluções de lavagem; • Reagente com o Ac conjugado a enzima; • Substrato; • Solução de parada. Cuidados • Data de validade e estocagem dos REAGENTES; • Processamento e estocagem das AMOSTRAS; • Evitar contaminação no PREPARO DE SOLUÇÕES; • CALIBRAÇÃO de pipetas e demais aparelhos; • LIMPEZA. Imunofluorescência Profº Evaldo Moreira Imunofluorescência Imunofluorescência é definida como uma técnica que possibilita a visualização de antígenos ou anticorpos, nos tecidos ou em suspensões celulares, por meio da utilização de anticorpos específicos, marcados com fluorocromo, capazes de absorverem a luz ultra- violeta (UV), emitindo-a num determinado comprimento de onda, permitindo sua observação ao microscópio de fluorescência (com luz UV). 18/10/2015 4 Direta ou Indireta? • Existem dois tipos distintos de imunofluorescência. São elas: Imunofluorescência Direta (detecção de antígeno); Imunofluorescência Indireta (detecção de anticorpos); Imunofluorescência Direta • Utiliza-se esta técnica, também conhecida como técnica de camada simples, para detecção de antígenos em amostras clínicas utilizando-se anticorpos marcados com fluorocromos; • Etapas: 1- Fixação do esfregaço da lâmina; 2- Tratamento com anticorpo marcado; 3- Incubação; 4- Lavagem para remover excesso de anticorpos marcados não ligados; 5- Visualização no microscópio fluorescente. Imunofluorescência Indireta Utiliza-se este tipo de imunofluorescência, também conhecida como técnica de dupla camada, na detecção de anticorpos no soro do paciente por meio de antígenos fixados em uma lâmina, na qual se aplica primeiramente a amostra. Por fim, coloca-se um anti- anticorpo fluorescente com especificidade contra determinado anticorpo usado para reagir com o antígeno. • Esta técnica tem como vantagem possibilitar uma fluorescência mais evidente, uma vez que os anti- anticorpos fluorescentes associam-se somente aos anticorpos primários, além de permite trabalhar com diversos anticorpos primários específicos para distintos tipos de antígenos, sendo capaz de identificar qual a classe a qual o anticorpo pertence. • Habitualmente, a imunofluorescência indireta é utilizada na detecção de auto-anticorpos, e também, na detecção de anticorpos anti-nucleares encontrados no soro de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico. 18/10/2015 5 Resultado? FAN – Fator Antinuclear O FAN (fator antinuclear) é feito com amostras de sangue do paciente com suspeita de doença autoimune (o indivíduo tem anticorpos contra suas próprias células). No laboratório consegue-se identificar todos os anticorpos circulantes neste sangue. Com um corante fluorescente o laboratório marca cada um destes anticorpos. Depois, mistura-se este sangue em um recipiente com uma cultura de células humanas (chamadas de Hep2). Se houver anticorpos contra estruturas das células humanas, estes irão se fixar às mesmas, tornando-as fluorescentes. Se o auto-anticorpo for contra o núcleo das células, a imagem no microscópio será de vários núcleos fluorescentes. Se auto- anticorpo for contra o citoplasma das células, vários citoplasmas ficarão brilhando, e assim por diante. Se não houver auto-anticorpos, nenhuma parte das células ficará fluorescente, caracterizando um FAN não- reativo. • Os resultados são repetidos após várias diluições do sangue, até a fluorescência desaparecer. Resultados positivos são aqueles que permanecem brilhando mesmo após 40 diluições (resultado 1/40 ou 1:40). Portanto, um FAN reagente 1/40 significa que o auto-anticorpo foi identificado mesmo após diluirmos o sangue 40 vezes; • Até 10% da população possui FAN positivo, geralmente nas diluições menores que 1/80. Isto significa que só são valorizados valores a partir de 1/160. As diluições são normalmente feitas na seguinte ordem: (1/40), (1/80), (1/160), (1/320), (1/640), (1/1280). Valores maiores ouiguais a 1/320 são muito relevantes e indicam doença autoimune em mais de 97% dos casos.
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