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Direito Processual do Trabalho I

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Direito Processual do Trabalho
Prof.ª Alcina Maria Fonseca
Sistemática de aula: discursivas; casos práticos (advogada, juíza ou acadêmica) 
Avaliação: duas provas obrigatórias – a nota do segundo semestre é que permite a escolha do orientador do TCC. Essencialmente testes (objetiva) 
Uma dissertativa e oito questões testes (difíceis, normalmente casos práticos onde se faz inúmeras perguntas em cima) 
Adalberto Martins – Manual didático de direito processual do trabalho (editora Malheiros) 
Curso de direito processual do trabalho - Amauri Mascaro Nascimento (editora Saraiva) 
Sergio Pinto Martins – Direito Processual do Trabalho (editora RT) Visão bem atualizada de cada tema e posicionamento, sendo às vezes o mais diferente de todos.
Santos, 10.02.2014
I) Solução de conflitos trabalhistas
1) Autotutela: resolve-se com as próprias mãos o que lhe convier, também no processo trabalhista não é facultado, ou seja, necessita de outras formas.
2) Auto composição: As próprias partes se compõem, existe um conflito e as partes negociam e por elas mesmas se resolvem, por exemplo, a questão envolvendo os acordos e as convenções coletivas de trabalho (instrumentos que refletem a auto composição). Se não auto compuserem o judiciário por meio do dissidio coletivo (segunda ou terceira instancia) porá fim ao litigio proferindo uma sentença normativa.
3) Transação: A maior parte da doutrina rejeita o postulado da chamada transação judicial; a partir do momento em que você ajuíza uma ação judicial já se sai da composição. Seria aquela em que o juiz nem abriu a boca, as partes se acertaram entre elas, ou seja, já existe um acordo. Paradoxal, pois já está na justiça. Aquela em que uma das partes mesmo interpondo uma reclamatória, antes da audiência os advogados já se acertaram (necessidade de homologação pelo juiz – Art. 267 CPC). 
Que nega a transação judicial só existiria a transação extrajudicial
Comissões de conciliação previa - CCP
Por meio da Lei 9958/2000 acrescentou ao art. 625 da CLT as letras de A-H
Ao invés de ajuizar uma ação trabalhista iam-se para a CCP que era uma formação paritária; só tinham como membros o pessoal ligado aos sindicatos; aquele acordo formalizado é um titulo executivo judicial, como se fosse da justiça trabalhista. Era um procedimento tranquilo e perfeito, mas aqui a coisa é difícil. Inventaram de ganhar dinheiro em cima delas, surgiam pessoas que forneciam esse tipo de serviço (terceirização). Assim que a empresa recebia uma reclamação da CCP (facultativa) para comparecerem exigia-se uma taxa, até porque o acordo na justiça do trabalho extingue tudo na CCP. Se ele pediu só adicional de insalubridade pode pedir horas extras na justiça. 
Quiseram ganhar dinheiro em cima de uma ideia boa.
Não foram revogados, para todos os efeitos a CCP continua existindo exceto na prática por volta de dezoito anos.
*A realidade da vida do trabalhador acaba gerando sempre um conflito – outras modalidades além do poder judiciário.
CLT (remissiva) – Saraiva, LTr [especializada em doutrina trabalhista e previdenciário]
3) Heterocomposição: terceiro que aparece na tentativa de solucionar o conflito, surgem duas figuras:
- Arbitragem: previsão contratual para que havendo um conflito, quem solucione seja um arbitro eleito de comum acordo pelas partes que estão litigando (vantagem: extremamente rápido / desvantagem: extremamente caro). Não está investido na jurisdição, mas age como se fosse. A peculiaridade da sentença arbitral é que se torna irrecorrível ao menos que exista um vicio constitucional?
Renuncia tácita
Os direitos trabalhistas são irrenunciáveis, entretanto, até a pensão a títulos de alimentos podem ser negociáveis, claro sempre se atendo ao binômio necessidade x possibilidade (concessões reciprocas).
4) Jurisdição: Poder estatal para evitar a autotutela, a jurisdição é um poder uno e singular que dividiu tao somente para facilitar, um único juiz na visão do nosso legislador teria que fazer tudo (Itália – organização judiciaria diferente).
Art. 114 emenda constitucional 45 
Organização do Judiciário
Competencia originaria
Competencia derivada
Santos, 17.02.2014
*Tradição de solucionar conflitos pela via judicial, conflitos trabalhistas não são diferentes, ou seja, vai para o judiciário resolver, seja lá o que for. Isso acaba levando a um congestionamento das vias judiciais, e é o que normalmente se vê.
Séc. XIX
Todo um quadro de economia calcada na mão de obra escrava; assalariados... Os conflitos começam a surgir principalmente com a chegada dos imigrantes, que com novas ideias não concordaram com a sistemática adotada; então lutaram por um limite de jornada; um repouso semanal e etc... 
Inicio do Séc. XX 
A Justiça Trabalhista tinha um fundo administrativo, logo, não era integrante do poder judiciário, o que isso significa... Igual a Comissão de Conciliação Prévia da aula passada (faculdade) = pagamento parcial do que era devido e a histórica acaba por aqui. 
*Conchavado = governo populista = Getúlio Vargas = percebe que não continuará o senhor todo poderoso, então se suicida.·.
Consolidação das Leis Trabalhistas = consolidação que já existia; uma serie de leis esparsas, no qual ele simplesmente unificou num Estádio de Futebol =LEGISLAÇÃO ESPARSA CONSOLIDADA = PROBLEMA.
II) Judiciário Trabalhista
1) Panorama Histórico: Constituição de 1934 = extremamente democrática veio depois da revolução de 1932; prestigiou a criação da justiça trabalhista com caráter administrativo e se repete em 1937 (criação do Estado Novo) que só muda com a CF/1946 (a mais basilada em princípios e não prolixa como é a de 1988; a justiça do trabalho finalmente passa a integrar o judiciário como uma das emanações da tripartição de poderes).
*Trouxeram inovação no âmbito da relação de trabalho, que foi a época que surge o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço = 67/69 Constituição Federal. Trouxe a previsão da Justiça do Trabalho no Art. 111 e a fixação de sua competência no Art. 114 CF/1988.
Emenda Constitucional 24/2000 – acabou com a representação classista
Emenda Constitucional 45/2004 – aumentou a competência da justiça do Trabalho
*classistas – classe: cada um representava sua classe
 Como é que este quadro histórico se afigura hoje na formação dos órgãos que compõe o judiciário trabalhista?
1) O Supremo Tribunal Federal tão em moda, digamos nos últimos 24 meses com mensalão e seus ministros; ele também pode definir competência da Justiça trabalhista, ainda hoje muitas questões chegam até o STF para dizer a competência é de quem? Do juiz do trabalho ou Estadual? = Resolver situações que envolvem efetivamente Justiça Trabalhista. Então o STF pode sim resolver situações trabalhistas, poucas, mas pode. 
2) Tribunal Superior do Trabalho – com sede em Brasília; hoje composto por vinte e sete ministros (seção administrativa; dividido em turmas; seção especializada em dissídios coletivos).
A Competência do TST está na CLT dentre os Art. 690 a 709 (complementadas pelo regimento interno)
Basicamente aprecia recursos de revista; os recursos de revista são recursos iminentemente técnicos, não há discussão de provas somente teses jurídicas (interpretação de lei federal e CF). Recursos de difícil elaboração. Ao lado desse papel que não é menos importante é apreciar dissídios coletivos que excedam a competência dos regionais, por exemplo, petroleiros; esta categoria se estabelece no país inteiro, e quando entram em greve é nacional (correios, ferroviários, aeroviários). Categorias que pela atividade está no país todo, quem resolverá é o TST.
*Se a greve é legal ou ilegal? = TST
Os Tribunais Regionais funcionam como verdadeiro filtro para que a revista suba.
Advinha de quem foi a criação de inteligência pura, de colocar o quinto constitucional nos Tribunais: Morfético que liderou a Revolução de 1932 = Vargas = Venezuela = ”politização” = eu que te indiquei.
3) Superior Tribunal de Justiça (matéria comum; mesma hierarquia/patamardo TST) 
Recurso especial na Justiça do Trabalho = revista
Em uma única oportunidade aparece o STJ na vida de um advogado ou juiz trabalhista, quando irá ser resolvido um conflito “negativo” de competência. Vem uma pessoa na minha vara ajuíza uma ação dizendo o seguinte: vivi com essa pessoa 20 anos e trabalhei com ele o tempo todo, quero receber verbas rescisórias, horas extras, anotação na carteira e seguro desemprego. É possível? As ações assim tem se multiplicado... Na pratica eu resolvo e julgo improcedente; há situações outras em que a competência não é minha (Juíza do Trabalho – Alcina Fonseca), por exemplo, a parte quer caracterizar um acidente de trabalho para receber uma pensão e não do antigo empregador e sim do INSS, sou competente? Trabalhador se acidentou e ficou com problema no disco da vertebra e quer que caracterize acidente de trabalho. Não sou competente. É sim juiz estadual (questão de organização judiciária).
Remeto os autos para o meu colega da Estadual (quando não sou competente); caso este entenda que não se trata de sua competência não poderá encaminhar os autos de volta, e sim suscitar um conflito negativo e encaminhar os autos para o STJ, que dirá quem é competente, por exemplo, cobrança de honorários advocatícios = Justiça Estadual. O STJ falou honorários de advogado compete a estadual; diarista da trabalhista. 
*Relação de trabalho sem excepcionar absolutamente nada = CF
Se cobra na trabalhista, mas o STJ diz que é Estadual. 
*Há vários grupos de trabalhadores que são cobertos por instituições deste tipo; quando ela se aposentar receberá o valor com a possibilidade de manter o padrão de vida que ele tem na ativa (Banco do Brasil).
4) TRT – Tribunal Regional do Trabalho
A CF/88 pretendia um tribunal regional do trabalho por estado membro, quase deu certo ainda bem que não. Hoje nos temos 24 Tribunais Regionais. Na grande maioria cada um com sede na respectiva Capital. 
O que é mais justo! Por exemplo: Ter o Estado de Tocantins com um regional, que tem no máximo dois mil processos/ano no Estado inteiro (tudo dividido em turmas; dez assessores para cada gabinete: quatro juízes por vara). Em são Paulo por ano são quase dois milhões processo/ano. 
São Paulo com maior a demanda e por razoes obvias, tem duas sedes (2ª Região Capital – Rua da Consolação/Interior com sede em Campinas – 15ª Região) 
*Regiões? Evito prédios vultosos; secretários; assessor; apadrinhamento; questões politicas e etc. Ou seja, não precisava ter tribunal em tudo quanto é lugar; Mato Grosso do Sul é outro exemplo.
O que compete/faz o Tribunal Regional do Trabalho?
Se se trata de tribunal o que automaticamente se sobressai é apreciação de recursos. Recursos estes vindos da primeira instância (recurso ordinário, agravo de petição, agravo de instrumento). Todo processo iniciado numa vara do trabalho pode resultar num recurso ordinário.
Os regionais também tem competência originaria de alguns processos, qual seja, dissídio coletivo do Estado de São Paulo – TRT da 2ª R
*Verificar a base territorial da categoria profissional, por exemplo, Banco do Brasil (Sociedade de Economia Mista) compreende ao país por um todo (TST). 
Santos, 24.02.2014
*Competência originária do regional, o juiz do trabalho de primeira instância nunca vai julgar um dissidio envolvendo grandes empresas, por exemplo, a Volkswagen (ABC – TRT 2ª Região); se tenho um dissidio que foi julgado no regional da 2ª região as partes que não concordaram entraram com recurso ordinário no TST. A ação começa no TRT o recurso cabível é o RO (exemplo de competência originária).
Ação rescisória – quando se quer desconstituir decisão de primeira instancia. Art. 485 CPC; sentenças que violam princípios fundamentais (prevaricação, concussão e etc.) – começa sempre no Regional.
Mandado de segurança que também começa no TRT – emenda 45; se você entende como abusivo um ato de um juiz do trabalho seu MS tem que ir para o Regional, ou seja, a autoridade superior a qual prolatou a decisão “abusiva ou arbitrária”.
O Mandado de Segurança quando começa no Regional também tem Recurso Ordinário se for o caso no TRT. Imagine que autoridade coatora seja um auditor, o advogado da empresa vem e noticia o ato daquele servidor e comunica ao juiz da primeira instancia; esse MS é na vara do trabalho. Exemplo: Uma pessoa do Ministério do Trabalho que não reconhece uma convenção coletiva alegando não haver fundamento, mas que devem ser depositadas... Essa conduta é abusiva e é da vice-secretária da superintendência do ministério do trabalho em santos, que está hierarquicamente abaixo do juiz trabalho que analisará tal ato. Não havia antes da emenda – todo Mandado de Segurança iria diretamente pro TRT. 
*Tudo que sair da vara é Recurso Ordinário para o regional. Via de regra é parte que não concorda e pode correr ordinariamente para o TRT.
RO de dissidio coletivo ou de ações outras que começaram no regional (ação rescisória e mandado de segurança) – Tribunal Superior do Trabalho.
*A situação traz controvérsias porque a norma não foi regulamentada; contrato de trabalho (propaganda de fraldas envolvendo bebês)– sim, os pais que vão assinar, mas quem dá autorização judicial é o juiz da infância e juventude. 
Hoje ainda é competência do colega estadual, pois há concepção que este juiz é mais afeto com tais circunstancias (a criança não vai poder estar perto do maconheiro). 
5) Vara do Trabalho (escória, os que sofrem)
JCJ –antiga vara do trabalho; junta de conciliação e julgamento. A emenda 24 acabou com as juntas na justiça do trabalho. 
direita – capital
esquerdo – reclamante/trabalhador
juiz classista e outro das empresas – conciliação paritária, a decisão na sentença era de um colegiado; a junta resolve/decide.
Ajudava muito a fazer acordo, o trabalhador confia levianamente naquele que juiz que representava sua categoria, do mesmo modo a reclamada (vice-versa); os próprios pares... Principalmente com relação ao acordo, no entanto, o custo era muito alto (juiz classista recebendo 2/3 do que recebia o togado).
A indicação dos juízes classistas se dava de forma política; quem não tinha representante (apaniguado com poder)... Era o amigo do amigo do parente, então vinham pessoas muitas vezes despreparadas que se aposentavam logo após cinco anos. Poderia prevalecer o voto de um leigo (dois contra um).
Concurso Magistratura do Trabalho – cinco fases (objetiva, subjetiva, oral e provas e títulos). 
Juiz substituto (não tem vara fixa) por seis ou sete anos, com um assistente de sala; vara de auxílio (atualmente; era pior). Depois que você sai da condição de substituto e assume uma vara como titular; concorrem dois critérios – antiguidade e merecimento.
Para não tornar a vida dos juízes substitutos tão ruim o nosso regional dividiu por circunscrições, tentativa de não tornar a vida dele um inferno.
Podem ir para o TRT pelos mesmos critérios; abre uma vaga para desembargador por antiguidade... 
*A questão da inamovibilidade só atende quando você se torna titular, a não ser que um processo administrativo o retire; garantido sempre a ampla defesa e o contraditório.
6) Ministério Público do Trabalho
Concurso unificado feito no país inteiro; é igual delegado federal. Pela sua classificação você começa onde houver uma vaga.
Raríssimas vezes vão pra audiência, somente quando envolve menor – intervenção obrigatória.
O representante do MPT tem uma função essencial – analise envolvendo (tema atual) o meio ambiente do trabalho. 
*não usam equipamentos de proteção individual; Brasil é o recordista mundial em acidentes de trabalho, considerando os trabalhos formais (registrados).
90% dos acidentes na construção civil – traumatismo craniano.
 
“Arenas papel do MPT tem sido muito importante tal atuação – fiscal da lei, mais evidenciadas em audiência que contenha interesse de menor envolvido. Muito similar com o procedimento no cível. 
Juiz leigo – conciliador. 
*função primordial – sua atuação nosentido de principalmente verificar as condições do meio ambiente do trabalho; é uma das bandeiras do TST – prevenção dos acidentes de trabalho.
ausência da prevenção – digamos assim prevenção minimamente exigida (luva, bota, capacete) [acidente do trabalho tipo]. E partir dai adotar medidas que devam ser cumpridas por empresas (TAQ – termo de ajuste de conduta).
Em Manaus foi assinado um TAQ para que fosse proibida as horas extras; trabalhavam demais e despencavam-se os andaimes – ESTÁDIOS DA COPA.
O Ministério Publico como autor numa eventual ação civil pública (questão que se traduz numa relação de trabalho, por exemplo, estiva observação do Art. 66 [concessão de liminar vigente até agora], e também pode atuar como custos legis, na justiça do trabalho principalmente quando envolve interesse do incapaz – menor; o MPT obrigatoriamente atua na condição de fiscalizados da lei.
Menor do 16 anos não pode trabalhar, salvo na condição de aprendiz; atividades “proibidas” somente para maiores de dezoito anos – insalubridade, jornada noturna e etc.
*Não corre prescrição quando envolve menores; rejeita a prejudicial de defesa e o processo vai para a pericia.
*Reparem que não foi falado em defensoria na justiça do trabalho, pois, na justiça do trabalho até três anos era ampla (principio do jus postulandi) . Na primeira instancia a pessoa possui plena capacidade postulatória... Segundo motivo é a assistência do sindicato; corpo jurídico formado que te fornece a assistência jurídica necessária. Por trás dos sindicatos existem grandes escritórios com profissionais bem capacitados.
Ideia do corporativismo italiano, pensou em intervir no sindicato no aspecto administrativo; tornou obrigatória a contribuição do trabalho (camisas negras de 1922).
A assistência, inclusive para rescisão é gratuita; tornando obrigatória a homologação, caso contrário MS no juiz de vara que terá por determinar dita homologação. A grande maioria dos nossos sindicatos são sindicatos de faixa no qual um dirigente já se mantém por 50 anos e o próximo é o seu filho (nepotismo – grana no bolso).
Fontes do Direito Processual do Trabalho
*pequeno gancho: parece muito obvio se falar em direito processual do trabalho, ramo do direito que fornece instrumentos para aqueles que atuam na busca do conflito trabalhista (juízes, advogados, promotores). Conjunto de instrumentos que engenham um procedimento para que solucione um conflito trabalhista, nem sempre foi assim. A justiça do trabalho tornou-se de verdade em 1946; a primeira coisa que passou a nortear as discussões na doutrina: teoria monista – não preciso de um direito processual do trabalho basta adaptar o processo civil. 
Como é diferente a trabalhista do cível (dinâmica, formalidade e etc.)
Com a emenda 45 advogados do cível começaram a fazer audiência trabalhista, era nítido o seu despreparo no que tange a praticidade... Os mais espertos iam com colegas trabalhista se portando igual a estes.
*Passou a prevalecer a ideia de ter-se um processo específico para a justiça do trabalho, em 1946 trouxe um mecanismo próprio – diferente. E assim até hoje prevalece a autonomia do processo do trabalho com relação ao processo civil.
1ª Fonte: Constituição Federal – Art. 114 (7º e 8º direitos individuais, coletivos e processo – noção básica);
2ª Fonte: CLT que expressamente no seu Artigo 769 trata da competência? 
3ª Fonte: CPC e uma legislação extravagante (questões de precatórios, tratamento diferenciado e etc.
4ª Fonte: decretos e instruções normativas
5ª Fonte: Costume (extremamente importante)
se eu não tenho um código, tenho que me virar com o que tenho... Esse tipo de situação não há previsão legal... como trato uma prova obtida por meio tecnológico – adaptar com a realidade atual. Como é que todo mundo fez isso? Foi desta forma, então é assim que faremos.
Qual costume que acabou se revelando? A CLT fala em defesa oral em 20min, no entanto, os operadores veem adotando uma postura de materializar = Tudo aquilo que era oral tornou-se escrito.
Na justiça do trabalho as decisões interlocutórias (decisões no curso do processo, prestam a solucionar incidentes processuais) são irrecorríveis, isto é,
O que fazer para não operar preclusão? No momento em que for falado acolho a contradita, ele precisa falar protesto. O papel dessa palavra que é a forma mais comum de todas no processo trabalhista, é a maneira que o advogado tem para que não se opere a preclusão, em audiência que você tomar um não no meio da cara diga protesto. Impedir a preclusão sobre aquela matéria de modo que a discussão seja renovada em preliminar de recurso ordinário, no entanto, se você não protesta o desembargador não vai nem ler o que você disse de cerceamento na atuação como advogado.
Com a reforma do CPC todas as decisões interlocutores terão tidas como irrecorríveis acabando com os agravos. 
*A lei é a primeira das fontes que vamos mencionar no âmbito do trabalho, a mais importante inquestionavelmente.
preclusão – perda de uma faculdade processual {lógica
 {consumativa
 {temporal
*os protestos seriam sinônimos de agravo retido no processo civil (irmão siamês); com toda sistemática de fundação e constar da ata (costume da sala de audiência que criou essa figura) = qualquer não para você - proteste.
O despacho escrito tem que se protestar por meio de petição (indeferimento de oficio ao INSS)
O agravo de instrumento na justiça trabalhista tem em só uma hipótese quando o recurso não sobe para o tribunal respectivo = não ao segmento do recurso.
6ª Fonte Jurisprudência
*1943 – 71 anos de texto consolidado
Revolução tecnológica – acesso a meios de prova que antes não tínhamos - impresso de papel, a questão do e-mail corporativo (invasão de privacidade); elementos outros que traduzem a necessidade de uma adequação... Como fazer?
Entra o papel do TST – que edita sumulas (quase quatro centenas) e edita as chamadas Orientações Jurisprudenciais (OJ’S) é inegável que por vezes, o TST legisla assim como o STF em algumas oportunidades, mas o TST faz isso de maneira intensa – não tenho uma legislação passível de aplicação dado os casos colocados diante dos juízes, por exemplo, quem estagia em escritório de advocacia – fenômeno da terceirização (aspecto da analise da mão de obra); sumula 331 que fala de terceirização sem mencionar nenhum dispositivo legal, pois, não tenho lei que trata da terceirização. A ideia da terceirização já uma ideia comum na relação laboral há quase quatro décadas e não temos um dispositivo legal – quem supre essa falta o é TST por meio de súmulas. 
Na emenda 45 – no sentido de que todas as sumulas do TST fossem vinculantes (imaginem quatrocentas súmulas vinculantes); totalmente incabíveis diante de uma realidade em que hoje, por exemplo, vamos deixar cada vez menos o trabalhador laborar extraordinariamente – desculpa besta (a qualidade do serviço melhora; maneira mais disciplinada, mais bem feita) = indenização -> horas extras habituais.
Quem sabe nessas duras que o trabalhador deixou de laborar ao menos faça um curso técnico e consiga uma colocação profissional melhor (Súmula 291 – horas extras habituais [não se qualifica, cansa o mundo – esposa, criança e etc.]). Por isso que as sumulas na minha visão muitas delas devem ser revisadas por excessos ou exageros. 
Pode julgar contra a súmula?- murro em ponta de faca; cada vez que assisto palestras de ministros do Tribunal Superior do Trabalho, a história se repete: “pare de julgar contra a súmula (sua sentença vai tomar pau)”.
Súmula – toda sumula foi uma OJ na vida – assim todo juiz já foi estudante de direito.
A OJ representa já uma tendência do que pensa o TST sobre o tema (decisões repetidas); que se cristaliza na súmula. Se a ideia do tribunal mudar ela também é cancelada.
São o resumo dajurisprudência, registrado um numero elevado de sumulas do TST.
Orientação Jurisprudencial – É uma compilação organizada da principal jurisprudência do TST, tomando por base as decisões mais frequentes a respeito de cada tema, por exemplo, aprendemos o adicional noturno; o que é que começou aparecer de processo o cara que trabalhava até as 06h00min, e queria receber esse adicional noturno até esse horário – vem um processo, dois. Uma OJ aquele que se inicia a jornada absorvendo a jornada noturna terá direito ao adicional – prorrogação. Chegaram realmente à convicção de que o fulano trabalha a noite se desgasta muito mais se ainda fizer horas extras, se for noturna.
Tem lógica e justificativa, mas olha isso você tem um adicional noturno até meio dia, um pouco incongruente por isso a mudança da lei se faz necessária.
Para o processo trabalhista a jurisprudência tem o papel muito muito importante, por isso na CLT tem o índice de Súmula e OJ’S.
7ª Fonte – Direito Internacional + Direito Comunitário
Aspecto importante*
Principalmente com a criação da União Europeia é o direito internacional, e principalmente o chamado direito comunitário (aproximadamente há duas décadas). No aspecto da relação trabalhista no Brasil o tratado de Taipu já trouxe essa questão envolvendo o transito dos trabalhadores brasileiros lá no Paraguai; criação do MERCOSUL – a influencia ou reflexo que o direito comunitário trouxe no mundo, por exemplo, para diplomas de Portugal e da Espanha.
 
Súmula – não existe identidade física do juiz no processo do trabalho (quem instruiu julga) [caiu por terra].
*Encerrou a instrução vai julgar, pois, é um principio constitucional que se justifica pelo contato da parte, como ela se posicionou, e entre outros fatores.
Consolidação das Leis Trabalhistas– pegar o que tinha e dar uma “arrumadinha” 
Não há interesse, não me dá voto, isto é, deixe como está – Congresso Nacional.
Santos, 17.03.2014
Princípios peculiares do Direito Processual do Trabalho
*Todos aqueles princípios que estão na CF/ CC / TEORIA GERAL DO PROCESSO é inegável que são aplicados no processo trabalhista. Além de todos aqueles, quais sejam, contraditório, impulso oficial, economia processual, selenidade em especial; vou tratar daquele que são mais peculiares do processo trabalhista.
Principio da Oralidade: no momento que eu falo doutor está juntando um doc. Vai se manifestar/falar sobre ele? Dá-me um “prazinho” – aquilo que podia ser resolvido em 5min (teor banalizado; fulano conseguiu uma prorrogação do auxilio doença) – andar do processo mais rápido (celeridade); ideia de que o processo ande. O Art. 847 e 850 da CLT – traduzem que você tem 20 min para defesa e 10 min para memoriais.
*O que fazer? Impugno em seu inteiro teor; se a parte juntou coisa boa para você não é (extemporâneo haja vista a demora em juntar, sendo que já estava em posse do doc.)
Concentração – UNA: tentar fazer tudo em uma única audiência; quanto menos audiência tiver melhor. Provimento do tribunal para que coloque todos os meus processos em pauta; antes se deixava em uma pauta fictícia ou conclusão – faz um encaixe era rápido – resultado: minha pauta está em julho/2015 (um ano e três meses o simples fato de deixar de trazer a testemunha em uma audiência uma que tentaria resolver tudo de uma vez).
Tentar fazer tudo em uma audiência só para não ir para o fim do ano ou ano subsequente – quanto menos prazo pedir melhor.
Estes dois princípios tentaram ser efetivados e guardadas as devidas proporções, ou seja, tentaram seguir com o processo trabalhista com muito afinco; hoje está difícil – prazinho que vira prazão = audiência ano que vem.
Irrecoribilidade das decisões interlocutórias: não recorro, não agravo das decisões do juiz do trabalho resolvendo incidentes. O que faço com essas decisões? Protesto; não agravo nem de instrumento e nem de forma retida, mas na qualidade de advogado devo protestar em ata – essa matéria não recebe a chamada preclusão, e essa matéria volta a ser discutida em preliminar no recurso ordinário.
Por que não recorro nas decisões interlocutórias? Grande Ideia – o processo anda muito mais rápido. 
Estes três são os de maior relevância no que conta essa história de peculiaridades.
Jus Postulandi: Art. 791 da CLT- reclamante ou reclamada sozinho podem estar em juízo; peculiaridade que temos que levar em consideração – se vou discutir justa causa, equiparação se complica, pois, falta conhecimento técnico. A pessoa se bobear se torna revel em um monte de pedido, não saberá impugnar um por um (paguei tudo – oral e nada mais).
Às vezes não é bom, concordo, entretanto, em outra oportunidade é.
Atualmente está por um fiozinho para continuar, projeto de lei que exige a presença do advogado também nas demandas trabalhistas se aprovar acaba. O TST não permite a incidência do que prevê o jus postulandi quando se discute matéria constitucional, ou seja, só na primeira instancia.
*Conhecimento técnico mas não havia ressalva – na prática ia acabar acontecendo de fato que esse posicionamento do TST vai produzir um certo incurso a ideia de que eu não posso permitir que a pessoa vá sozinha mais. 
Existe um artigo na CF que trata da presença essencial do advogado – Art. 133
Como é que fica o posicionamento do STF com relação ao jus postulandi e com essa previsão constitucional?
O TST se manifestou logo com uma ADI da OAB e posicionou no sentido de que na visão dele prevalecia ainda o Art. 791 da CLT.
Traz outra discussão caso esse projeto de lei seja aprovado, qual seja, discussão de verbas derivadas da sucumbência, exceto quando o sindicato é assistente. Além de estar acompanhado de advogado você vai pagar aquele patrono ganhador.
Identidade física do juiz – quem instruiu o processo julga, pois, manteve contato, percebeu alguma mentira, lembra-se de cada detalhe da audiência. Se é um outro colega que instruiu e tem uma técnica diversa complicado torna-se a decisão. 
A justiça do trabalho não era assim e existia a sumula 136, que dizia “não há identidade física do juiz”. – por um único motivo na justiça do trabalho havia juízes classistas que tinham mandato temporário de três anos e podiam ser reconduzidos mais uma vez, ou seja, aquele cara que já acabou o mandato de classista teria que voltar só para assinar. Não existem mais classistas desde 2002.
Existe alguma forma para que ela não estabeleça tal identidade?
. Morte
. Aposentadoria
. Remoção
. Promoção
Santos, 24.03.2014
Competência
I) Material – os limites da competência material estão no artigo 114 da CF/88
*Antes da Emenda Constitucional nº 45/04 (Márcio Thomaz Bastos), o juiz do trabalho vivia para resolver problemas entre empregados e empregadores, esse era o binômio; horas extras; se era empregado ou não; adicional de insalubridade; ver se havia observância do intervalo; justa causa; equiparação (tudo visto no ano passado) – patrão e empregado. A partir da emenda essa situação antes pautada na relação de emprego alterou-se para nove possibilidades:
1ª hipótese = I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (antes tão somente relação de emprego, inegavelmente a relação de trabalho é muito mais abrangente, pois, quando me refiro à relação de emprego se limita a subordinação...) 
Em certa medida você vai trabalhar todas as linhas na vida em que há relação de trabalho conduzindo a competência para um juiz do trabalho, a doutrina pelo menos nisso declara não abarcar essa relação de trabalho as relações de consumo. Reparem é um tema que ainda não foi totalmente esgotado porque não tenho regulamentação dessa matéria, ainda que constitucional regulamentada as interpretações são muito subjetivas.
Abarca tudo que os senhores imaginarem; a questão da relação de consumo entra em uma questão mais especifica, por exemplo, o convenio médico. Interessase prestei um serviço, sem limitação, pois não há nada que regulamente essa expressão. Qualquer prestação de serviço.
*Entes de direito público externo = na aula que vem, pois, vai ter um tópico que abarca o critério da pessoa em relação à pessoa, por enquanto deixa como está será retomada.
Inclusive estatutários – entes da administração pública direta e indireta (União, Estados, DF e Municípios); conceitos de direito administrativo por força do Art. 37 da CF/88 – SABESP, Petrobrás, TRT = concurso público; qual a diferença? Os entes da administração podem contratar por regime celetista e estatutário (regime jurídico).
Estatuto (submissão ao estatuto)? Ninguém vai registrar seu contrato de trabalho na CTPS, você num determinado dia será convocado por um ente público para tomar posse (ato solene), entrega uma relação de documentos para se habilitar, exame físico se for o caso (Policia Federal) – assina aquele livro “bonito” – período de estágio probatório (completo) você incorpora a tal vitaliciedade só podendo perder o seu cargo por um processo disciplinar sempre garantido o contraditório e a ampla defesa.
Art. 109, I da CF
AJUFE interpôs essa ADIN que teve a liminar concedida pelo presidente do STF Nelson Jobim; foi a plenário e foi mantida e não há previsão de ir pra pauta – se Deus for bom comigo me aposento antes dos caminhões descarregarem centenas de milhares de processos. O problema está na execução, como executar o Estado de São Paulo, Município de São Vicente e a União Federal – precatório = os herdeiros vão receber você não (duas décadas) = a questão da administração pública por ora suspensa.
ADIN 3395.6 = se essa citação for derrubada em plenário, a justiça do trabalho passará a fazer quase tudo da justiça federal, exceto a criminal; a mais alguns anos ela deixa de existir para uma única justiça federal. Não se justifica a manutenção de uma estrutura; a história ai pode realmente mudar por isso interpuseram a ADIN.
2ª Hipótese - II as ações que envolvam exercício do direito de greve – movimento reivindicatório dos trabalhadores; até a edição da emenda a situação era a seguinte:
Problemas com algumas ações possessórias justiça estadual não tinha discussão; alguma situação envolvendo greve teria alguma ação possessória? Interdito possessório = é uma ação de rito especial que envolve aquele detentor da posse tem turbada essa posse de forma violenta, e não consegue exercer o seu direito de posse; quando a essa violência no exercício legitimo da posse for decorrência de greve? Quem resolve esse interdito é o juiz do trabalho.
Ninguém questiona a legitimidade da greve, o que não pode ser admitido é o abuso no direito de greve; algumas agências da Ana Costa foram emparedadas durante a noite; os grevistas levantaram um muro na porta da agencia, e nessa época não era na emenda 45. Hoje é tudo na trabalhista.
Interdito que envolve o abuso no direito da greve = bancos, motoristas, empresas, autônomos que param a atividade da empresa; escavadeira na porta e não deixam ninguém entrar; este tipo de situação cabe a analise do juiz do trabalho.
3ª Hipótese - III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores
(sindicato logico que tem que ser da trabalhista; antes da emenda quando se discutia se o sindicato que representava vários municípios, quem resolvia era o juiz estadual; hoje não há mais discussão tudo que envolva reembolso; anuidade, tudo do sindicato é na trabalhista).
4ª Hipótese - IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
(parece obvio mas também não era; MS, HC e HD dos três acaba subsistindo apenas o MS atualmente; lembra quando falamos em primeira aula hoje o MS é nas varas do trabalho basta que aquela autoridade que se nega a praticar o ato – abuso que me retira a possibilidade de exercer um direito que é meu; ato daquela autoridade é arbitrário. 
*não tem recurso interpõe MS – decisão interlocutória; protestei antes por não ser tonto.
Habeas Corpus – raro; caso mais comum envolvia o infiel depositário (pacto de San Jose); alguns casos mais comuns envolvia o infiel depositário que assinava o termo de penhora e sumia.
Habeas Data – quero informações e não consigo seja porque é acobertada por um tipo de sigilo ou da época da ditadura, não existe praticamente no processo trabalhista, quem quer informações da empresa pede uma cautelar nominada exibição de documentos – Art. 359 do CPC. Há previsão da competência indiscutivelmente.
5ª Hipótese - V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o (é logico se tenho conflito entre juízes do trabalho e regionais; durante algum tempo se entendia que deviam ir para a justiça federal; atualmente resolve o próprio regional ou TST; havia antes já que se trata de juízes federais quem resolve é o TRF – não tem um pingo de cabimento; é conflito entre juízes trabalhistas e regionais são os órgãos da justiça do trabalho.	
6ª Hipótese - VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho (de inicio teve contestada a razão de se trazer esse tipo de ação na justiça do trabalho). Primeiro item desse artigo que foi ao STF para se discutir a fixação da competência (um ano depois da edição da emenda para se resolver a competência); e isso tudo por envolver as situações em que ocorriam os acidentes de trabalho. Não havia muita duvida as relações envolvendo danos morais – chamando o empregado de ladrão = relação de trabalho. Situação em que o sindicato pleiteava danos morais para alguns mineradores para uma empresa que extraia minério de ferro em MG (o raciocínio era o seguinte – acidente de trabalho; por uma questão histórica o juiz competente para dizer se tem acidente ou não contra o INSS – justiça estadual... Ação de indenização por acidente também é na justiça estadual, essa primeira decisão quatro meses depois mudou completamente, os ministros disseram tudo que envolver relação de trabalho mesmo que caracterização de acidente contra o antigo patrão; não tenho no processo trabalhista a figura do INSS. Será contra o antigo patrão = trabalhista. 
*noção ainda que aproximada do conceito de acidente de trabalho = apresenta duas modalidades:
{tipo ou típico – estou dando aula pra vocês (professora), e de repente caio e torço meu pé e sou levada a casa de saúde e fico afastada por quinze dias por torção; ocorre em razão do meu trabalho nas dependência do local onde presto meu serviço. Normalmente esses acidentes são os mais assustadores e não raro traduzem o evento morte, por exemplo, o Brasil já tem o dobro de mortos na construção dos estádios comparado a África do Sul.
{equiparação – tudo que em direito por equiparação não é igual, mas se assemelha de tal forma que considero os efeitos idênticos. Torção do pé na calçada indo para o estacionamento – acidente in itinere ou de itinerário; esse itinerário pode levar a um acidente dentro do fretado no trajeto do trabalho, se equipara ao acidente típico, assim como também as doenças de trabalho – grande numero de reclamatórias que apresenta pedidos de danos morais e materiais = a tendinite; bursite; assédio; trombose – motoristas de caminhão/ônibus com motores na frente (antigos e inadequados) = doença do trabalho = gerente de banco que é sequestrado pra que venha a ser aberto o cofre, ou segurança que tem a chave e etc. (fraldões, perdem o apetite sexual (stress pós traumático).
Nestas situações vem para a justiça do trabalho não contra o INSS, mas sim contra o antigo empregador pleiteando essas modalidades de indenização.
Revisão contra o salario contribuição do INSS = justiça federal (revisão do benefício), só o acidente contra o INSS é na estudal, o resto é na federal; um único evento pode gerar 
estadual – caracterização do acidente
trabalhista – indenização contra o antigo trabalhador
federal– eventual revisão do beneficio
7ª Hipótese - VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; (antes era da federal, hoje é da trabalhista, pois, funcionava assim o fiscal de trabalho ia até o local e diz: pouca iluminação, falta sabonete líquido, extintor de incêndio, trabalhando sem registro – toda vez que verifica-se que a empresa deixa de cumprir uma determinação legal contra aquele empregado, efetiva-se uma autuação = auditores ficais = era analisado por um juiz federal. Hoje não é assim se uma empresa se sente injustiçada, pois, a autuação foi feita de maneira incorreta, vai para a justiça do trabalho pedir a anulação, ou melhor questionar precisava se depositar um valor hoje não tem mais. A união federal quando quer receber o valor dessa multas (dos auditores) cobrará na justiça do trabalho – execução fiscal = modalidade de execução fiscal = tudo na trabalhista antes na federal). Tudo que envolver autuação – fiscal do trabalho antigo auditor fiscal – o que for tem que vir para o juiz do trabalho resolver.
8ª Hipótese - VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; (as ações trabalhistas e sua grande maioria são encerradas no mesmo ano de distribuídas, se eu pedir para o juiz trabalhista cobrar as contribuições fiscais das suas decisões, vai andar mais rápido; antes o juiz do trabalho dava sentença e o auditor fiscal cobrava das empresas – imposto de renda/INSS (antes de ir para o arquivo se informa junto a União tais valores (natureza salarial); levava essas informações para a justiça federal, que, interpunha uma ação de execução fiscal = 10 anos).
9ª Hipótese - IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. (o que inventarem virá pra mim)
Santos, 07.04.2014
12/Maio – Avaliação
Matéria/Conteúdo – 28/Abril
09/Junho – 2ª Avaliação
Santos, 14.04.2014
2) Em razão da pessoa
*O inciso I do Art. 114 trata na sua parte final a questão envolvendo aquilo que pretendeu com a emenda, que todos aqueles que trabalham para administração, seja ela direta, indireta ou fundacional tenham as suas ações efetivamente analisadas pela justiça do trabalho.
estapafúrdia, ainda que seja uma exigência da constituição – Art. 37 da CF; categoria dos chamados empregados público; o problema que gerou o teor da ADIN foi justamente à categoria dos estatutários = relação estatutária = poder de direção = sinalagmático = o mais das vezes ainda que exista uma parte bastante significativa de adesão, a ideia é consubstanciada em que sentido = aceitação elástica. O que temos aqui é uma obrigatória adesão a um estatuto (regime jurídico) aplicado aquela categoria, pela qual, fiz o concurso público.
*Cada um na sua esfera – vara da fazenda; caso não haja vara especializada – vara cível. ADIN ainda está viva, leve e forte.
Os atos são todos vinculados a uma serie de regramentos típicos de uma relação contratual junto a administração pública (rígida, observa princípios); principalmente os doutrinadores da área do trabalho entendem ser impossível a competência da justiça do trabalho para essa categoria de pessoas; não é sinônimo da relação de emprego = totalmente errado/não bate.
Execução = precatório = duas décadas; não tem visão mitológica ou pagã que resolva.
A ideia de que o trabalho tem que ser subordinado, e lá na tese de evolução do direito do trabalho; trabalho é o castigo imposto por Deus desde Adão e Eva; por isso a obrigação de obedecer, mas ainda aprender a obedecer – ideia mitológica.
 b) Pessoas de direito público externo
As organizações internacionais = ONU, UNESCO, União Europeia, MERCOSUL e etc.
Os estados representam uma pessoa de direito público externo; tem um território, povo, língua, a reunião de todos esses elementos fará com que seja reconhecido internacionalmente.
Os estados, pessoas de direito publico externo, são representados nos países com os quais mantem relações diplomáticas, por meio de suas embaixadas e consulados. A extensão da baixada no Canada lá em Brasília = pedaço do estado do canada no território brasileiro.
Quem é cônsul ou embaixador tem um tratamento ditado pela convenção de Viena, todos os países seguem; quando alguma pessoa trabalhava numa embaixada e deixava de receber salários, fundo, acidente, enfim. No momento que eram acionados na justiça – arguiam “tenho imunidade de jurisdição, não pode haver processo contra a minha pessoa”; e agora não dá mais, pois, é uma disposição constitucional que está acima de uma convenção internacional = BACEN. O que a convenção de Viena falou já se perdeu.
3) Em razão do valor (não muda em nada a competência da justiça do trabalho – todos são do juiz do trabalho; cada um num procedimento) – sempre o juiz do trabalho
 
*salário mínimo = regra processual
I) Sumaríssimo – toda vez que um superlativo aparece no adjetivo é levado no maior grau – processo tem que andar muito rápido; condensado em tudo que se poder.
- Limite da reclamatória: 40 salários mínimos (sentença não tem relatório)
*prazo de 120 dias é reduzido para 30 = pericia
II) Rito Sumário – esse foi criado pela 5584/70 (governo limitar); esse rito é até dois salários mínimos; mais perigoso não tem recurso (vedado), exceto em matéria constitucional.
III) Ordinário – o mais comum; três testemunhas; recursos, e o que os advogados preferem e dão trinta mil reais na ação. 
Para valor de alçada = 1000 reais
Vai perder o recurso; vai pra cima de dois salários mínimos. Como advogados não tenham medo de rito sumaríssimo, qual o problema de se ouvir duas testemunhas, ninguém ouve mais que isso; o processo termina antes – pauta principal = a maioria das ações pra fechar acordo de 7 a 10 mil, é tudo abaixo do sumaríssimo; nunca chegará num acordo em audiência em trinta mil reais.
4) Competência em razão do lugar – regra geral: Art. 651 da CLT = onde você trabalhou entrará com a ação, o legislador teve essa ideia porque é mais fácil obter provas (pericia).
- onde trabalha entra com a demanda, preciso colher as provas de maneira mais fácil; hoje isso tá virando um angu, pois, inventam moda – se a CLT for omissa pego CPC...O que acontece? O cara trabalhou aqui e volta lá para o meio de Piauí e entra com ação lá, utilizando a prerrogativa do Art. 100, IV, “d” do CPC.
*Não tem justificativa turma, a CLT expressa no último local da atividade; jamais, alimentando, obrigação = invencionice sem pé nem cabeça. Aberração do Art. 100 do CPC na Justiça do Trabalho.
Santos, 28.04.2014
§1º - viajante: até década de 80 se justificava, pois, o Brasil; país de dimensões continentais não tinha facilidade que tem hoje mensagens para outro lado do mundo – mandam pro Acre recebem do RS. O passeio “de empregados pela via férrea”. Uma pessoa que pegava um trem na estação da luz ia até o ponto mais distante do mapa e descendo estação por estação, levava na mala uma amostra de inúmeros objetos (perfume, pasta de dente, apontado de lápis); caixeiros viajantes.
*Palavra chave do legislador – subordinação = este viajante se for subordinado a uma agencia, tem que entrar com a ação lá; e caso não seja subordinado a ninguém, ele não tem nenhum liame só vendas e ponto. Pode entrar com a ação onde ele mora. Esse viajante dessa época por incrível que pareça parece hoje na figura desse vendedor que atua longe da sede da empresa, e não raro essa empresa que não está afim em manter inúmeros escritórios; contrata um vendedor aqui que recebe tudo por e-mail, formula a venda por tablete e a coisa vai...
Agora se for determinado que ele ainda que seja vai para são Paulo prestar contas – obrigatoriamente; uma vez por ano, mês para entrar com ação entrará em Mauá por exemplo.
Se ele é obrigado a ir um determinado local, que ele se subordina – entrará com ação nesse local (reunião mensal).
Se não tem que ir a lugaralgum (tudo como quer na boa), entrará no seu domicilio.
§2º - Prestação de serviços no exterior por brasileiro, e falando efetivamente desde que não haja uma convenção internacional. Não agora, mas numa situação especifica hoje isso se aplica na década de 70 ou 80 durante o chamado milagre econômico brasileiro – durante a ditadura militar. Nessa época grandes empreiteiras brasileiras realizavam obras vultosas, mais na África; como durariam cinco ou seis anos essas construtoras levavam todo tipo de pessoas (médicos, enfermeiros, professores e etc.) e todos prestavam serviços durante um tempo. Para onde vou entrar com a ação lá no Kuwait ou no Brasil? Hoje, praticamente essas empreiteiras não realizam grandes obras no exterior superfaturam aqui mesmo. Esse princípio hoje tem uma atualidade principalmente na nossa cidade, pois, cruzeiros saem para Europa ou contorna a argentina e muitos brasileiros trabalham em aguas territoriais estrangeiras?
O que essas empresas MSC, COSTA e etc. fazia um teste lá de línguas e se fossem tidos como habilitados seriam contratados para temporada, levavam na Itália e descia em Roma, pegava uma Kombi até Genova e assinavam o contrato, que tinha a previsão de se aplicar uma convenção internacional e por isso não se aplicava justiça brasileira que não era competente para analisar uma ação.
Interesse furtar a aplicação de legislação pátria.
*competência para pessoas que trabalham em navios, a partir dai não tem mais essa conversa de assinatura de Genova. Hoje, ainda brasileiros vão para o exterior um monte, mas houve época que era demais; Banespa tinha sede em todas as capitais do mundo (contrato preliminar do direito civil).
Essa conversa de convenção pelo menos a respeito de cruzeiros não cola mais. Trabalhou fora pode entrar com a ação aqui, em relação à legislação matéria sumulada qual legislação seria aplicado no seu contrato de trabalho, normalmente já vem prevista em clausula desse contrato (normalmente é assinado aqui – provar de maneira efetiva qual a legislação aplicável) = cristina peduzzi relatora.
§3º - aquele empregador que atua em vários locais, mais uma vez uma volta histórica para a realidade da CLT. A realidade que os centros mais afastados, ninguém tinha televisão só se popularizou na década de 70 (tão somente teatro e circo). Grandes shows de rock, a atividade se presta em vários locais, me prendo a característica preponderante da atividade em si, e isso praticamente é comum na vida brasileira desde o Séc. XIX = alternativo faz como quiser, ora onde celebrou o contrato ou ainda prestou os respectivos serviços (qualquer dos locais onde exerceu atividade).
Não são representações fixas em varias cidades do país, são atividades que por si só tem uma curta duração de tempo. Transitoriedade; periodicidade. 
Vamos imaginar o seguinte, vem uma pessoa que trabalhou por ultimo em São Vicente e ingressa com uma RT em santos, a empresa/reclamada pode falar não é para ficar em Santos? Na justiça do trabalho é a mesma coisa exemplo da defesa indireta – obstáculo inicial para que não seja conhecida por aquele juiz = exceção de incompetência em razão do lugar e indico o local para onde o processo deverá ir, se ele rejeitar o processo continua onde está. Competência em razão do local (relativa). Não havendo provocação ocorre a prorrogação.
É justo escolhe o juiz? 
*Pode ter certeza que perguntas haverá na prova?
Tipo de defesa indireta – não quero que o processo fique lá; vai demorar mais
Quando eu falo acerca de distribuição e petição inicial
V- Petição Inicial– Art. 840 CLT
O juiz do trabalho ao ler a sua petição inicial irá buscar o fato e o pedido. Quando você narra os fatos você já traz o amparo jurídico junto, por exemplo, em razão da minha atividade não para pra almoçar ou jantar = contou o fato. Em razão da inobservância da empregadora pela hora destinada a descanso... Contou-me que não tem uma hora de almoço e no pedido isso vira uma hora extra; não pode pedir sem conta e contar sem pedi. Muita das vezes inépcia quanto mais sintética melhor. A gente não lê – das 7 as 18 sem intervalo; que você trabalhava dois domingo no mês sem a folga compensatória. Traz toda uma narrativa fática com fundamento jurídico junto e com o pedido ao final; a sequência fática que mais bacana que o juiz gosta quando se divide em tópico (Das Horas Extras; Do assedio Moral; Da insalubridade e etc.).

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