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Aula ruminantes neonatologia dia 13 de novembro Vocês já ouviram falar sobre deficiência imunológica dos animais que desenvolvem pelo fato de não receber o colostro de forma correta. E ainda tem a questão do umbigo que serve como uma porta de entrada para qualquer patógeno que esteja no ambiente, portanto se a gente consegue controlar essa fase inicial conseguimos evitar várias aparecimentos enfermidades, porque por mais que a gente pensa que é uma alteração que só vai acontecer na fase neonatal isso vai reverberar e vai trazer consequências da fase adulta desse animal, isso se o animal conseguir passar dessa fase. Então a neonatologia é a ciência que estuda o recém-nascido. Essa fase neonatal vai depender muito da espécie estamos trabalhando E leva em torno de mais ou menos 28 a 30 dias, que é a primeira fase mais preocupante que temos que cuidar da amamentação, da higiene e da condição de manejo desses animais. Só que essa fase de neonatologia, para que ela aconteça de forma segura, temos que acompanhar um pouquinho antes aí. Então a neonatologia acaba abrangendo também um pouquinho o histórico reprodutivo da fêmea, porque a partir do histórico a gente vai se preparar para saber como vai acontecer esse nascimento, se é uma fêmea primípara(parindo pela primeira vez)ou se é um animal que nunca pariu, se ja pariu agora ou se já teve várias gestações. Isso vai interferir, e eu ja começo a me preparar pra saber como vai ser esse próximo passo, sendo que não necessariamente vai acontecer da mesma maneira possa ser que ela tenha tido uma complicação primeiro e agora não tem como pode ser ao contrário por exemplo histórico de distocia, então se é uma fêmea que apresentou alguma dificuldade na hora do parto, caso de distorcia. E aí se lembrarmos da aula de reprodução existem distorcias causado pela mãe e pelo feto, a fêmea por exemplo pode não ter dilatação, pode não ter estrutura óssea não permitindo a passagem do feto ou pode ser um problema do neonato relacionado a apresentação deste bezerro que acaba impedindo a sua passagem pelo canal do parto, então eu vou acompanhar e procurar saber histórico dessas distorcias e verificar se ocorreu algum parto prematuro. O período de gestação normal de um bovino vai de 280 a 390 dias, a gente fala sempre 5 para mais ou para menos nesta margem e pequenos ruminantes entre 150 a 155 dias, portanto se o animal possui monta controlada eu consigo prever o dia da cobertura, provavelmente o dia da gestação, e ai eu consigo controlar ate o dia do parto. Se é um animal que está solto no campo não temos como saber qual foi o dia do cruzamento e qual foi o inicio desse parto, a gente vai começar a trabalhar de forma a fazer avaliações nesta fêmea para que a gente tenha mais ou menos o período gestacional para que se possa programar e separar esse animal para observar. Existem sinais do parto sinais que vão demonstrar que aquela fêmea está na proximidade do parto, como relaxamento da cauda, animal mais agitado, queda da temperatura, liberação do tampão mucoso, o animal fica mojando, a glândula incha demais na última semana antes do parto, já possui esse mojo característico, que sinalizar que a qualquer momento este animal pode parir. Então posso separar ela em piquetes de maternidade e vou ficar observando melhor o animal e ver se vou precisar intervir no parto. Então no histórico nós vamos ver problemas passados de saúde crônicos, má nutrição, porque preocupa muito quando a gente fala de pequenos ruminantes porque vaca a partir do momento que ela está gestante, ela retira todo o seu arcabouço metabólico para sustentar essa gestação, ela quer levar essa gestação ate o fim, mas o pequeno ruminante não, se ele tiver qualquer tipo de problema nutricional ou estresse ele aborta, ele não mantém uma gestação, então a gente tem que segurar esse anima, tem que controlar muito o manejo dele para que ele consiga manter essa gestação, principalmente no terço inicial. Do desenvolvimento prematuro do úbere aí eu falo para as fêmeas primíparas onde os produtores na ânsia de produzir mais, os proprietários poem mais esses animais para cruzarem, sem que eles tenham tido o desenvolvimento corporal correto, então é como se pegasse um animal que não desenvolveu sua parte hormonal correta e colocasse pra reprodução, então não tem aquela glândula formada e adaptada para a produção de leite . E descargas vaginais que vai mostrar para a gente processo inflamatórios infecciosos, placentites, que possam levar a interrupção da gestação. Então todo esse histórico vai estar me preparando para receber os neonatos e saber como vai ser a minha intervenção naquele momento, então se eu to vendo que o animal ta com problema de saúde, problema nutricional, eu sei que vai vim um neonato bastante debilitado, então eu ja vou ter que ta preparada para receber esse animal e dar todo o suporte pra ele, pra ver se a gente consegue salvar esse animal, já que o que eu quero no final é ter um produto bom, então quando eu tenho um produto bom eu tenho que estar acompanhando esse animal, é como se fosse um famoso pré-natal que as mulheres fazem, claro que não tem toda aquela questão de várias ultrassom, mas uma ultrassom básica e conseguir fazer as medições de tamanho, de membros, tamanho de coluna, tamanho da cabeça, vai ajudar a determinar até um possível período da gestação. O histórico do Neonato e que aconteceu, como foi a saída pelo canal vaginal, se demorou muito para parir, se foi um parto com dificuldade, se esse animal teve sofrimento fetal este, a partir do momento em que a bolsa rompe e o líquido sai o animal começa a ter dificuldade respiratória então ele precisa ser retirado do útero rapidamente, então como que isso aconteceu? A gente sabe que o período do parto pode levar até 4 horas então quanto mais tempo ele leva, há possibilidade desse animal sofrer e também trazer consequências para ele é muito grande. O tempo em que um animal levou para conseguir ficar em pé e conseguir se alimentar, portanto a primeira preocupação é o colostro, quanto antes das primeiras 6 horas ele conseguiu ficar de pé e amamentar é o melhor, se ele estiver muito debilitado não conseguia ficar em pé, nós vamos ter que ordenhar essa vaca e fornecer este colostro nas primeiras 6 horas urgentemente para que esse possa ser absorvido de forma correta, vigor de reflexo de sucção e avaliação da qualidade do colostro. Às vezes a fêmea até produz o colostro, mas não produz um colostro de qualidade, então a gente acredita que está fornecendo um colostro para esse animal e ele não está sendo devidamente imunizado por conta da qualidade desse colostro. Então são fatores que estou avaliando desde o histórico da fêmea, como histórico dos partos anteriores para que eu tenha capacidade de chegar nessa fase de receber esse neonato ja com tudo o que for necessário a ele no momento. Temos que lembrar que o animal está saindo do útero, que é um ambiente onde ele está totalmente protegido, repleto de líquido protetor, protegido até de choque ali dentro, então é um ambiente asséptico, não tem contato com contaminantes, ele está se alimentando com ajuda da mãe, tá respirando com ajuda da mãe, então ele está completamente protegido e de repente ele precisa passar por várias adaptações fisiológicas, e agora ele precisa respirar sozinho, ele precisa fazer com que o pulmão funcione, precisa ficar de pé, sofre choque no momento em que ele tenta se levantar e não consegue cai, ainda tem o desenvolvimento pulmonar, digestivo e muscular acontecendo à medida que ele vai evoluindo.. Lembra aquela história daquele cachorro nasce com olhinho fechado, orelha fechada e depois do nascimento ele começa a se desenvolver ate ele conseguir abrir o olho e começar a andar? Então com os animais de produção não é diferente, tambem tem a maturação de algumas estruturas, inclusive o sistema imunológico ,cardiopulmonar e digestivo ,porque a partir do momento que ele começar a receber o colostro é que a movimentação desse trato digestivo vai começar a acontecer,vai começar a desenvolver essas alças intestinais. Então é toda uma fase inicial realmente de um, estresse muito grande, em que o animal precisa estar em condições ambientais e de manejo ideais para que não haja nenhuma formação de quadro patológico para esse animal. Então os cuidados vem desde o terço final da gestação onde se faz vacinação das fêmeas para que ela possa produzir anticorpos que passa para o feto através do colostro aumentando a qualidade desse colostro. Então um dos protocolos de manutenção de qualidade desse colostro é a vacinação das fêmeas no terço final para que o colostro ja venha repleto de anticorpos para aquele determinado ambiente, tambem isolamento dessas fêmeas em piquetes maternidade para que seja feita a adequação da alimentação e suspensão da ordenha, pois quero que a glândula tenha tempo para produzir o colostro de qualidade, vermifugação 30 dias antes do parto, porque lembre-se que o processo de gestação acaba diminuindo um pouco a imunidade da fêmea, então se ela tiver contato com um algum agente parasitário ela acaba se desenvolvendo nessa fase e ai ela acaba eliminando isso no ambiente, e se nasce um bezerrinho desprotegido e ele ter contato com esses ovos no ambiente ele vai se contaminar, por isso faço a vermifugação 30 dias antes para evitar a contaminação no ambiente. Então estou preparando tudo para que ele chegue com boas condições, e vou observar a partir do momento do nascimento dele se os sinais do aparecimento dos sinais do parto como perda do tampão mucoso, relaxamento dos ligamento e o edema de úbere, esses três sinais já vão me dizer que o parto vai acontecer ai nesses 5 dias.. O tampão mucoso a gente pode falar em horas, 3-4 horas já que o tampão mucoso é o que vai fechar aquela cervix ,então quando libera esse tampão é sinal que a cervix está começando a dilatar para que o bezerro possa sair,então esse parto pode acontecer de 30 minutos até 4 horas, claro que quanto menos tempo ele levar, menos sofrimento para o animal, quando a gente fala de ruminante eles tendem a parir de pé, para que a própria gravidade no que o bezerro cai, acabe rompendo o cordão umbilical, diferente das éguas que tendem a parir deitada para que o transporte de sangue possa aconteça entre a mãe e o animal para que ele não sofra com uma possível hemorragia. A intervenção ela só acontece no momento em que liberou o tampão mucoso e rompeu bolsa, já está se passando aí mais de 2 horas e mesmo assim esse bezerro não conseguiu sair, ai a gente vai ter que intervir, auxiliar e identificar o que está acontecendo, se é um problema com a fêmea e realmente não permitir que esse bezerro saia por este canal, então eu vou ter que intervir rapidamente com uma cesariana ou se é um problema de apresentação do bezerro e me dá a possibilidade de fazer algum manejo, então tem que tentar mexer nesse animal, rolar ele dentro da cavidade e tentar colocar numa posição com esses membros e a cabeça para que eu possa retirar. Só que quando a gente fala em intervenção é intervenção com cuidado e com técnica não intervenção que fazem no campo, quando a gente vai no interior o que é que o povo faz? Acopla no caminhão, puxa na árvore, botei no cavalo, bate no cavalo aí o cavalo corre e arranca literalmente as patas do bezerro e lacera a vaca toda e o resto do corpo fica dentro da cavidade. Então é uma intervenção com cuidado manejo e reconhecendo as características utilizando a força da mãe também para retirar esse bezerro com o cuidado necessário. E aí depois que retirou fazer toda a parte nesse ao de limpeza de boca, limpeza da narina, massagem torácica para que a gente possa estimular esse pulmão para que se comece a entrar e sair ar e respirar sozinho, eu vou pegar esse neonato e colocar de cabeça para baixo, fazer muita massagem torácica e tentar desobstruir as vias aéreas dele para que ele possa fazer o processo de respiração. As vezesa vaca pode até tentar no momento que vai sair o bezerro tentar se levantar para que com a gravidade o bezerro caia e esse cordão umbilical vai romper, o pequeno ruminante na maioria das vezes vai ficar inquieto, rodando o tempo todo, até quando começa a sair a cabecinha do borreguinho ela deita e também na hora para romper o cordão umbilical ela acaba levantando. Claro que depois a gente vai fazer a parte de manejo cortar esse coto umbilical, deixar no tamanho menorzinho e fazer a queima desse coto com álcool iodado ou iodo forte para fechar essa porta de entrada. Então pensando diretamente em neonato, o neonato normal ele tende a se levantar entre 15 e 120 minutos ou seja ele tende a se levantar rapidamente é instantâneo é instintivo do animal, nasceu ele quer mamar ele vai procurar rapidamente a mãe para mamar, o reflexo de sucção começa a aparecer a partir de 40 minutos e assim que ele fica de pé ele já deve começar a amamentar. E aí nesse primeiro momento a gente vai avaliar de forma geral esse animal para ver verificar se existe algum sinal de prematuridade ou de imaturidade seja orgânica, sistêmica ou até muscular desse animal, os problemas de má formação, se tem orifício retal, se tem orifício vaginal, peniano, vou verificar as possibilidades de trauma(lembra que a fêmea fica de pé e ele cai), então se essa queda promoveu algum trauma ou se tem alguma alteração congênita.. Então durante o exame físico nesse primeiro momento você vai avaliar o comportamento dele, é sempre alerta, ativo, por mais que ele esteja molinho porque ele acabou de nascer ele tá , tá olhando, ele não é aquele neonato caído de cabeça baixa (isso já é um sinal de prematuridade), temperatura em torno de 38,5-39,5, só que a gente tem que lembrar que as estruturas estão se adaptando, então ainda tem uma termorregulação que vai acontecer.. Lembra que lá na cavidade dentro do útero ele tá tava protegido e quem trabalhava com relação a temperatura era a fêmea, não era o seu metabolismo que regulava a temperatura e agora o corpo vai começar controlar essa temperatura, então na primeira fase você vai ter que se adaptar ao controle de temperatura.. A temperatura abaixa, aumenta, daqui a pouco começa a cair de novo, depois começa a aumentar e ação do colostro vai ser super importante nessa regulação porque o colostro além de ser rico em imunoglobulinas, ele também é rico em glicose e gordura e são elas que vão ser metabolizadas para ser transformada em energia, então por isso é tão grande a preocupação com esse colostro nessa primeira fase, o colostro também vai ativar o sistema digestivo que com a passagem dele nas alças vai estimular a expulsão do mecônio que são as primeiras fezes desse animal e se não for eliminada vai promover a formação de um quadro de cólica. A frequência cardíaca e respiratória também vão estar se organizando nesse período, então vai ter uma alteração muito grande nas primeiras horas mas é basicamente em torno de FC: 40-80 chegando até a 120 e FR: chegando até 40, o que a gente espera é que nas primeiras 8 horas isso já esteja controlado e a temperatura também já esteja controlada, então quanto mais no período certo de gestação e quanto mais normal acontece esse parto, mais rápido essas termorregulações vão acontecer, quanto mais dificuldade nesse parto e quanto mais prematuro mais dificuldade a gente vai conseguir organizar isso organicamente.. Mucosa rosa clara levemente pálida, e aí também vai estar relacionado aquela questão que a gente falou de má nutrição da fêmea que vai gerar quadros de anemia pós nascimento. A eliminação de mecônio e eliminação de urina nas primeiras 12 horas que vão estar relacionados com duas coisas: -Administração do colostro -Lambida da mãe quando o bezerro nasce que estimula a vesícula urinária e o ânus para que seja eliminado essas primeiras secreções. Então esse contato inicial é de extrema importância. Exemplo de propriedades que retiravam bezerro da mãe assim que nasciam e colocavam em um tanque de água fria para dar um choque e o bezerro respirar sendo que o bezerro ainda nem estava termorregulado ou seja perdendo um montede bezerro tudo por conta desse manejo inadequado naquele momento, então sempre deixar próximo da fêmea, claro que se for um prematuro você vai ter que ter um cuidado maior, então você vai ter que separar porque a fêmea fica agitada, ela quer esse contato com o bezerro naquele momento, ela quer lamber, ela quer ficar perto, ela não quer ninguém perto, então se for um prematuro claro que eu vou ter que separar, mas no parto normal esse contato. Quais são os sinais que vai mostrar que esse bezerrinho já nasceu prematuro? Inicialmente fraqueza muscular, o animal não consegue se manter de pé, não consegue ter força, flacidez das articulações e hipotonia(diminuição dos reflexos; quando você pega no animal ele não responde aquela estimulação), baixa função pulmonar, disfunção na termorregulação e disfunção gastrointestinal( ele não tem reflexo de sucção, não consegue puxar aquele úbere, ele não consegue mamar aquele colostro então mesmo quando a gente oferece o animal tem dificuldade de deglutir), disfunção de glicose o animal nasce hipoglicêmico, então vai ser esse colostro que vai trazer a gordura e a glicose para a sua manutenção, se não tá mamando vai ter essa disfunção. Disfunção renal porque não teve estimulação orgânica e metabólica para esse animal e baixo peso, e é um animal apático o tempo todo deitado, de cabeça baixa, não reage a nenhum tipo de estímulo então tem características aí, sem contar nas características morfológicas. O Casco não está completamente formado, as vezes o olho e boca não estão, vai depender realmente do momento do tempo desse parto e vamos lembrar que o último semestre de gestação, os últimos 15 dias, são os 15 dias mais importantes para esse Neonato porque a gente diz que acontece um boom do crescimento, então é quando esse feto começa a se neoformar completamente e a fêmea precisa metabolizar muito mais energia. Já ouviram falar de toxemia da prenhez? A toxemia da prenhez acontece justamente nesse terço final da gestação e principalmente quando tem gestação dupla onde a fêmea precisa disponibilizar muito mais energia para esses dois borregos em crescimento e como ela não tem energia suficiente ela começa a metabolizar a gordura e produzir corpos cetónicos e vai entrar em quadro de toxemia. Então esse terço final aí também chega a ser preocupante quando a gente fala na questão de nutrição por conta disso aí. Quando a gente fala em neonatologia para mim um ponto-chave que a gente sempre tem que abordar é a questão da amamentação de fornecesse colostro, que vai servir como base para manutenção desse rebanho tanto na fase inicial como na fase futura. Do ponto de vista nutricional tanto como imunológico é muito importante, imunológico por questão das imunoglobulinas que esse colostro vai estar trazendo para esse neonato porque ele nasce sem capacidade imunológica ou seja o sistema imune ainda vai se ativar, vai começar a se formar a partir do terceiro ao quarto mês de vida, a gente precisa estimular esse bezerro tentar localizar o úbere e demonstrar os reflexos de sucção para ele. Nasceu, não tem reflexão? Então a gente geralmente põe o polegar na boca do neonato e faz uma massagem na região do palato, de último caso ele não teve estimulo, não consegue ter reflexo de sucção, fazer mamadeira. Animal não consigo pegar mamadeira? Porque lembra que o grande problema de formar reflexo de sucção é a questão da goteira esofágica ele só forma a goteira esofágica se ele estiver reflexo de sucção, então se ele não tem reflexo de sucção e eu ficar com a mamadeira empurrando esse leite porque vai acabar indo parar no rúmen e eu não quero leite no rúmen porque vai fermentar podendo levar a outro problema e eu preciso que esse bezerro forme a goteira esofágica e esse leite va parar no compartimento de degradação do leite que é chamada de abomaso. Existe uma sonda de bezerro que ela tem a parte do cano menorzinha e é de alumínio e você consegue introduzir na região do esôfago do animal e não vai até o final do esôfago ela vai até o terço inicial do esôfago exatamente porque quando o leite começa a cair no terço inicial do esôfago ele começa a formar a goteira esofágica e vai parar no compartimento correto, então muito cuidado com essa questão da ingestão forçada de colostro. A dose recomendada para fornecer é de 3 litros a cada 12 horas. Ah pró o bezerro nasceu bem tá mamando muito mais que 3 litros.. Maravilha!! Quanto mais ele mamar melhor!! Mas primeiramente para manutenção dessa parte imunológica pelo menos 3 L nas primeiras 12 horas. Então animal tá debilitado, tá fraquinho, não adianta eu querer de cara colocar 3 L porque ele não vai conseguir amamentar é mais importante que a cada 1 hora 2 horas está oferecendo 200 ml, às vezes na primeira mamada você vê que ele tá com dificuldade, mas na segunda ele já tem um estímulo maiorzinho, já recebe 300ml. O importante é que no final das 12 horas ele tenha recebido pelo menos os 3L ,e o colostro pode ser mantido no banco de colostro, então tô na propriedade tem muito animal em estação de monta controlada, muita fêmea parindo no mesmo período, então tem muito leite e muito colostro então colocar esse colostro em garrafas esterelizadas e bem fechadas e manter em refrigeração e o colostro fica ali muito tempo, desde que mantidos na temperatura ideal. O colostro é mantido por 3 dias no banco, eu tô falando de colostro do banco porque geralmente eu tô falando da propriedade que tem pouco colostro armazenado, logo é mais importante por pelo menos 3 dias que esses animais tenham contato com colostro. Claro que se eu tiver no local onde eu tenho banco de colostro muito maior eu posso utilizar de 5 a 10 dias, mas os 3 primeiros dias são os três dias ideais para que a gente tem uma situação imunológica pelo menos plausível para que esse animal possa se desenvolver bem. Essa primeira ingestão de colostro deve acontecer até as 3-6 primeiras horas e por que isso é importante? Porque lembra quando eu falei no início que essas alças intestinais ainda estão se formando, se desenvolvendo? Então nesse primeiro momento tem papilas digestivas muito grande, então se elas são muito grandes e têm muita capacidade absortiva e lembra que as moléculas de imunoglobulinas são grandes então nesse primeiro momento enquanto ainda tá tendo neoformação essas macromoléculas elas conseguem ser absorvidas integralmente, a medida que esse tempo vai passando essas papilas vão diminuindo de tamanho e vai perdendo a sua capacidade de absorver imunoglobulina, então vai caindo isso gradativamente, logo nas 6 primeiras horas são sao as cruciais para que esse colostro seja administrado e absorvido com grande intensidade no organismo desse animal. Após essas primeiras 6 horas vai parar essa absorção? Não, mas vai diminuir consideravelmente, então você não consegue garantir a qualidade imunológica para esse animal. Logo em seguida é feito a cura do umbigo, na qual eu vou usar o iodo Forte a 10% e às vezes colocar um pouquinho de álcool nesse iodo, porque o álcool ajuda a desidratar e o que eu quero na verdade é desidratar esse coto e fazer com que ele caia, porque às vezes não vai ter condições de manter ele completamente em ambiente asséptico, então esse animal vai ter que ser solto no campo e aquele lugar aberto é uma porta de entrada. Se a gente lembrar que no umbigo a gente tem veia, artéria e o uraco, o agente pode subir de forma ascendente e parar em qualquer lugar do corpo causando um problema no coração, rim, fígado, pulmão, um choque séptico nesse animal logo eu tenho que rapidamente tentar fechar essa porta de entrada. A grande preocupação da questão dessa colostrogênese da administração do colostro é principalmente por conta dessa questão do tipo de placentação, então só relembrando esses conceitos lembra que a placenta de ruminantes e equinos é do tipo epitélio corneal que agora mudou para o nome Sinésio coreal*, ou seja é uma placenta que tem muitas camadas entre a parte maternal e a parte fetal, então esses anticorpos não conseguem passar logo esses animais nascemsem proteção nenhuma e vai ser esse colostro que vai trazer essa imunidade passiva para esses animais (uma unidade já pronta imunidade lá da mãe) e qual vai ser a sua célula de defesa? Tudo que essa mãe teve contato, tudo que ela produziu de anticorpo ela vai passar aparecer feto na hora do colostro e isso vai ser importante porque o sistema imunológico só vai ter se formado a partir do terceiro ou quarto mês, exatamente quando tem a baixa da imunidade passiva e aumento da imunidade ativa e aí nesse terceiro e quarto mês já é quando a gente fala que tem uma janela imunológica e onde o animal fica um pouco debilitado nesse período porque está diminuindo a imunidade que ele tinha na mãe e ainda está aumentando o que ele vai produzir por si, só que a gente vai lembrar que no terceiro e quarto mês é o período da fase de desmama onde você separa esse bezerro da mae e isso quase um estresse, mudança de alimentação e o que esse estresse faz com sistema analógico imunológico? Vai lá para baixo, então o período de desmame é capaz tá acontecendo nessa época da janela imunológica então por isso que acontece muito problema, exatamente por falta de controle desses fatores. Quando for feito esse colostro vai ser de forma natural, você vê que às vezes a gente chega na propriedade tem aqueles bezerros enorme já estão quase do tamanho da mãe e eles ainda querem mamar ainda tem o hábito de mamar isso quando a fazenda não separa o bezerro da fêmea. Alimentação com a madeira tem um grande problema, ela se torna mais fácil do que no úbere, então se você começou com a madeira e continuou com a madeira porque acha bonitinho ele nunca mais vai ou vai ser mais difícil e trabalhoso no final das contas. Então você só pode dar mamadeira para dar um estímulo de começar a mamar. Quando uma propriedade que tem só uma ou duas vaquinhas é mais fácil mas quando você tem 1.000 animais fica mais difícil você controlar essa amamentação na mamadeira ou então através da utilização da sonda que não é uma sonda normal, é uma sonda específica você ve que ele ainda tentou pegar uma garrafa pet e cortou para poder colocar esse leite, o problema dessa amamentação com sonda aqui é o cuidado na hora de passar essa sonda, ela não pode ser passada completamente pelo esôfago para que esse leite não vai cair no rúmen. E aí o que eu quero controlar nesse período é exatamente que não ocorra a falha de transmissão de transferência de imunidade então como esse animal vai nascer com a imunidade baixa eu preciso controlar para que tenha recebido o colostro no tempo certo, na quantidade certa e na qualidade boa para que ele possa receber essas células de defesa e se proteja para o que vai vir de estímulo do ambiente, que às vezes no ambiente a estimulação é muito grande esse animal tem que ter defesa para se proteger. O tratamento para esses animais que acabam de alguma forma não recebendo esse colostro na forma correta e acabam desenvolvendo o quadro de infecção, diarreia e pneumonia vai ser tentar controlar essa falha na transferência de imunidade, então eu vou tentar administrar esses anticorpos para esses animais, após tentar ministrar soro ou plasma (daria 20 ou 40 mg/kg). A grande questão para administração de soro é a dificuldade de encontrar, porque se o banco de colostro é difícil, o banco de sangue é difícil, imagine banco de soro e plasma é mais difícil ainda e é muito caro, então geralmente quem gasta muito com soro e plasma é produtor de equino por que tem potrinho de valor. O que a gente faz é algum tipo de transfusão sanguínea, por que quando estou fazendo essa transfusão de qualquer sorte também estou transfundindo certa quantidade de plasma, muitas vezes sangue até da sua própria mãe, claro que todo processo transfusional ele tenha seus riscos seja com animal adulto e muito mais quando a gente está falando de Neonato quando ainda está tudo se formando então é uma possibilidade mas é aquela coisa que é minha última oportunidade de tentar salvar esse animal porque eu sei que isso pode trazer consequências ou então que é o melhor e que é o que a gente quer tentar, é trata antes e usar o banco de colostro, então esse leite vai ficar congelado a -20 graus ele vai ser descongelado somente na hora de utilizar e para quem vai fazer banco de colostro não adianta pegar aquelas garrafas PET de 2 litros e encher e deixar lá congelada porque se toda hora você for lá descongelar o que que vai acontecer? Ele não vai tomar de cara esses 2 litros e você vai acabar desperdiçando e toda vez que você congela e descongela você perde a qualidade então o ideal é armazenar em garrafinha pequena de água mineral de 250 ml que você vai tirar vai descongelar e vai utilizar, então só vai estar descongelando na hora que for utilizar para não ficar perdendo a qualidade. Não deve se ferver por que a gente tá usando uma substância rica em imunoglobulinas que são células, então se a gente ferver esse colostro o que que vai acontecer? Vai desnaturar todas as proteínas e eu perco o valor nutricional dessa amostra. Então na verdade que a gente faz é colocar ele em banho maria para descongelar e deixar aquela amostra descongelar em temperatura ambiente e quando ela estiver descongelada completamente eu ponho em banho-maria por pouco tempo só para tentar aumentar um pouquinho da temperatura e tornar aquilo mais próximo do natural para que o bezerro possa amamentar sem sentir tanta diferença ou entao quando esse leite nao for possivel, conseguir algum substituto de colostro, na internet você encontra muitos artigos que falam de substitutivo de colostro que utiliza Glicopan, ovos, alguns substratos que formam e faz o substituto e claro que não é ideal o ideal é que sempre que possível a gente pegar o colostro da mesma espécie e fornecer para aquele animal. Ah eu tenho uma um banco de colostro só de bezerro e e nasceu a borregada lá da Fazenda então faz o colostro das vacas, não é o melhor mas ainda assim é melhor do que não receber nenhuma e vice-versa. E aí a gente tem outro grupo de enfermidades que preocupam a gente que são as onfalopatias e toda vez que a gente falar em onfalopatias a gente está falando em doenças da região umbilical, então a gente vai ter a infecção dessas estruturas no cordão umbilical que podem ser porta de entrada para agentes contaminantes. A falha de imunidade passiva vai trabalhar diretamente com isso porque eu tenho uma porta de entrada tem um agente contaminante e tem um bezerro que não tem imunidade passiva então eu tenho tudo que uma bactéria precisa para formação de um quadro mais grave um quadro septicêmico, está relacionado com limpeza deficiente e local de manutenção desse bezerro, então às vezes pega essa bezerrada e deixa junto com a mãe solta no pasto sem qualidade, às vezes no local com lama, no sol(animais deitam na lama pra se proteger do sol com umbigo nao curado e isso é porta continua pra infecção) e as infecçoes podem evoluir para bacteremia, septicemia e morte às vezes muito rápida desse bezerro e as vezes o quadro clínico é tão agudo que um animal vem à óbito antes mesmo da possibilidade de tratamento, então a gente vai pensar aqui nas estruturas eu tenho a região umbilical externa e cranialmente eu tenho a veia umbilical que tem ligação direta com fígado e caudalmente eu tenho as artérias que vai ter contato direto com a arteria hipogastrica e a parte digestiva desse animal e o úraco que tem ligação direta com a vesícula urinária ou seja bactéria vai entrar e rapidamente ela pode se espalhar para qualquer lugar, então vai depender da bactéria e do quanto o animal está habilitado debilitado. Geralmente quando o Neonato nasce a gente não vê as estruturas separadas por que ela tem um plexo que fica ao redor dela mas se a gente fazer o divulsionamento são essas quatro estruturas que a gente vai encontrar e a partir do momento que tem um foco de infecção você vê um aumento dessas estruturas que acaba acumulando secreção purulenta nessa região e que pode levar a contaminação de qualquer área orgânica do corpo desse animal.Então dentro das onfalopatias a gente tem os processos que estão infeccioso e os processos não infecciosos e dentro deles a gente tem a hérnia ou seja na gente tem a região do umbigo a gente tem uma musculatura aberta para saída dessas estruturas e o que a gente espera que no momento que você faz a queima do umbigo, esse coto caia e essa musculatura se feche para que as víceras não saiam, a partir do momento em que existe alguma alteração muitas vezes até anatômica desse animal por uma questão de má formação essa musculatura não fecha e forma o que a gente chama de anel herniário que permite a passagem de qualquer estrutura e o animal vai crescer e cada vez que ele cresce aumenta o peso das vísceras e aquela musculatura estica então aquele anel herniário tende a ficar maior permitindo a saída de uma estrutura mas chega um momento que ele vai acabar colapsando, estrangulando aquela alça e aí o animal vem à óbito mais rapidamente, então isso tem que ter intervido cirurgicamente para poder fazer o fechamento desse anel herniário. Também tenho fibroma que é a má cicatrização( parece um quelóide e pode acontecer na região umbilical quando não se faz um tratamento de forma correta e vira uma ferida como a cicatrização que formam fibroma), tem também a formação da persistência do úraco, aquele canal que tem uma ligação com a vesícula urinária e a gente espera que até 15 dias existe uma um fechamento dele porque se não se aquele buraco não fecha sai urina pelo canal umbilical que vai promover um processo inflamatório-infeccioso na cavidade abdominal porque a urina em contato com a pele degrada e tambem é uma porta de entrada para essa vesícula urinária que tem contato com o ureter e rins, então posso promover uma infecção renal facilmente. Logo se passou de 15 dias e não fechou o canal esse animal também tem que ser encaminhado para cirurgia para fazer o fechamento de úraco e também a questão da miíase que quando não fecha o umbigo as moscas vêm e depositam as larvas ali e isso pode causar a formação de um quadro infeccioso então que que a gente vai observar: - aumento de volume na região umbilical - formação de edema - aumento da vascularização(sinais de inflamação) - à medida que for tendo a formação de necrose aquela estrutura vai ficando mais enegrecido -consistência mais firme E se tem formação de agente infeccioso envolvido agente vai ter secreção purulenta que pode evoluir para sintomatologia sistêmica de apatia, prostação, pode desenvolver quadros de diarreia, pneumonia, febre, corrimento nasal, problema hepático, problema articular, enfim vai depender muito de onde esse agente vai parar para ter a formação sistêmica, mas de cara um animal começa a apresentar alterações de frequência, quadro de febre e quadros de prostação que já é um sinal Inicial de que alguma coisa orgânica vem a acontecer nesse anima. Foto hérnia umbilical: dá para ver o formato da alça intestinal e é fácil de identificar, você pega o esteto e vai ao auscultar aquela região e ouvir o borborigma daquela ingesta passando, outra forma de identificar é pegar esse bezerro e deitar ele em decúbito dorsal, que com a gravidade a alça volta o local normal e você vê o anel herniário aberto. Foto formação de um fibroma (quelóide): a preocupação do fibroma é que como a estrutura fica grande, às vezes incomoda o bezerro e ele tende a passar o casco para coçar e nessa ele machuca deixa sangue na região e a mosca vem e pousa e tem formação de miíase, então algumas vezes é indicado, a depender do tamanho e da importância do animal a cirurgia. Foto persistencia do uraco: tratamento é cirúrgico após os 15 dias, e antes dos 15 dias usar iodo forte na tentativa de fechar esse coto ou então pode ir logo para cirurgia. E aí a gente entra nos processos infecciosos, tem uma porta de entrada e uma bactéria que pode ser qualquer uma actinomices, e.coli, as vezes até bactérias que são comensais da pele desse animal estafilococus, streptococcus, proteus, então qualquer agente pode se aproveitar dessa porta de entrada e de uma possível queda imunitária desse animal e formar esse quadro infeccioso. Quando eu tenho uma infecção da parte externa eu tenho uma onfalite, quando eu tenho infecção que envolve a parte externa e a veia umbilical eu tenho uma onfaloflebite, quando eu tenho envolvimento da artéria e da parte externa eu tenho uma onfaloarterite, quando eu tenho comprometimento do uraco eu tenho uma uraquite e se eu tenho comprometimento de todas essas estruturas eu digo que meu animal tá no quadro de panvasculite. Como é que eu vou diferenciar isso? Você lembra que a gente falou que a veia é cranial, artéria caudal e o uraco é caudal, então eu vou deitar o meu animal vou palpar aquela região e vou ver verificar o que é que está aumentado de tamanho, tá tudo aumentado? Panvasculite. A ta aumentado só cranialmente, é uma onfaloflebite, quando é caudalmente a gente fica na dúvida, mas se for uma uraquite vai ter extravasamento de urina. No momento que eu tenho aumento de volume na parte interna eu tenho que começar a tratar sistemicamente pois aquela bacteria ja pode ter ganhado a circulação do corpo do neonato, se for só externo pode tratar com medicamentos tópicos. No sistêmico a sintomatologia é apatia, prostração, diarreia, febre, problema articular... Enfim vai depender do que estiver comprometido. Se for comprometimento da veia, então pode ter problema no fígado e da parte intestinal , comprometimento da artéria pode levar a problemas pulmonar e articular e comprometimento do uraco pode levar alteração na bexiga e do rim. O grupo de medicamentos usados sistemicamente são as penicilinas,tetraciclina, enrofloxacina( a gente se preocupa um pouco com o uso dela, porque em animal muito novo ela causa alteração articular) e sempre que necessário correção cirúrgica, tratamento tanto tópico com limpeza e curativo no local e tentar drenar toda infecção, retirar toda a secreção, usar iodo forte que vai queimar aquela região e desidratar para poder fechar o coto e sempre que possível no início deixar esse coto fechado com curativo para não pousar mosca (no animal internado não precisa pois ele é avaliado todo dia, mas na propriedade é necessário). A principal causa de perda por diarreia no rebanho, além de ter perda no rebanho, a gente tem redução na taxa de crescimento desse animal, por que alguns desses agentes são agentes que produzem enterotoxinas e essas acabam lesionando a mucosa intestinal, então às vezes um animal se recupera desse quadro de diarreia mas essas lesões persistem e trazem consequências para esse animal porque lembra que a principal função desse trato intestinal é absorção vai absorver nutrientes, minerais, proteínas e água então se eu tenho lesão o animal perde essa capacidade absortiva e com isso também perde a capacidade de transformar em energia que vai ser visto na queda de produção de leite, ganho de peso e atraso no crescimento. Então são doenças multifatoriais a falha de imunidade, o ambiente e a presença do agente no ambiente no ambiente é que vai ajudar na formação de todo o quadro clínico e vai levar a uma disfunção no trato digestório ou uma lesão com processo inflamatório e infeccioso que aumente a produção de secreção e por isso as fezes vão ficar mais liquefeitas ou então a lesão nessa mucosa vai fazer com que não consiga mais absorver a água que são liberadas nas fezes e por isso há uma mudança na consistência, e aí o que vai acontecer diretamente com esse animal? Vai desidratar porque ele está perdendo líquido, então acaba piorando mais rapidamente o quadro do animal. Junto com essa perda de líquido também tem perda de eletrólitos, fluidos e nutrientes, então ele pode desidratar e entrar em quadro de acidose sistêmica que é mais difícil ainda de reverter. Vão ter quadros de enterite, as fezes começam a diminuir a quantidade de matéria seca e fica mais líquida, não tem nenhum sintoma patognomônico ou seja não tenho alteração que seja característica de nenhum quadro de determinado agente, seja uma diarreia causadapor vírus ou por bactéria ou parasito vai ter as principais alterações que é o aumento na quantidade e mudança na consistência das fezes, então é um sinal de que não é patognomônico e quando vai complicando, vai ocorrendo o quadro de septicemia e morte desse animal, então para ele evoluir para uma septicemia e vir à óbito vai depender principalmente do poder de patogenicidade do agente e da deficiência imunológica desse animal, então quanto mais debilitado ele tiver mas ele permite a ação patogênica desse agente. Principais agentes preocupantes são os rotavírus, então dessa fase inicial dos 3 aos 5 primeiros dias são os agentes virais que estarão ocupando preocupando a gente, tem os agentes bacteriano e.coli e salmonella e a colibacilose que afetam os bezerros com mais de 30 dias, protozoários principalmente os quadros de emeriose e essa tem um poder grande degradação de alça intestinal e aí vai promover a formação daquele quadro de diarreia com sangue por conta dessas lesões gástricas e as verminoses no caso da família dos strongyloides que vai ta também promovendo essas lesões, então é importante a gente avaliar esse rebanho e tentar entender o que está acontecendo e verificar se esta afetando apenas um animal ou todo o rebanho, tem algumas características também do tipo de diarreia que ajuda a gente a pensar no assunto, a gente muitas vezes vai na propriedade e não consegue identificar qual o agente que está causando a doença, porém a gente tem que começar a tratar antes mesmo de descobrir qual agente causador. Então eu vou avaliando as caracteristicas desse processo para tentar ter uma suspeita, identificar o que está acontecendo, então em animais muito novinhos de 3 até 5 dias de vida apresentando diarreia muito amarelada, com grave desidratação, com a alteração da profundidade de olho, apatia e muita debilidade, a gente pode pensar nos problemas de colibacilose, as diarreias causadas por emeria vao preocupar gente por que tem essa parte informação de sangue de formação de sangue porque a gente tem capacidade de destruir as vilosidades intestinais e o que a gente vai encontrar nas propriedades é isso, diarreia muito líquida (o peão vai falar que o animal está urinando pelo reto), às vezes quando não conseguimos identificar assim os bezerros estão caídos e bastante debilitados ou com fezes no chão ou na região perineal com bastante sujeira demonstrando para gente que tem bastante diarreia ou então alguns casos você encontra até o bezerro bem ativo esperto correndo ao lado da mãe e verifica só as fezes grudadas na cauda, nesses casos é mais fácil da gente trabalhar por que é um agente que provavelmente não está debilitando esse animal, ele tá em pé, ativo, esperto e eu avaliei e clinicamente ele está normal, porém com as fezes desse jeito, pode estar relacionado com alimentação (bezerro bebendo muito leite) e aí eu vou pegar esse bezerro e tentar separar ele um pouco da mãe ou então ordem a vaca mais vezes, e aí nesses casos o animal em 2 ou 3 dias tende a recuperar, passou esses dias e eu vi que não melhorou, tá só piorando aí eu vou entrar com tratamento específico porque não era relacionado à alimentação. O que vai acontecer diretamente é uma diminuição na capacidade absortiva do intestino e aumento da perda de líquido e junto disso também tem perda de eletrólitos isso vai causar uma desidratação e perda hidroeletrolítica com perda de sódio, potássio e cloro vai perder também bicarbonato e com isso vai cursar com quadro de acidose sistêmica (acontece gradativamente com a piora do animal) ou seja perdendo o bicarbonato e causando acidose vai também perder proteína causando um quadro de hipoproteinemia que causar edema e vai piorando gradativamente dentro dos quadros de diarreia. Então o que vai mais se preocupar é a formação do quadro de diarreia do pulso vermelho que é a emeiriose, coccidiose que vai ter uma ação em animais mais velhos, ela geralmente é associada pelas pessoas com quadros de verminose, então por isso que você chega na propriedade e alguém fala aos animais estão doentes por que estão tudo com vermes, mas a gente sabe que não é bem isso pois são quadros parecidos de diarreia tem a diarreia de pulso branco causada pela colibacilose e E.Coli e é chamada de pulso branco porque as fezes ficam esbranquiçadas a acizentada, pulso Amarelo são as diarreia virais que ficam com as fezes bem amareladas que parecem com as fezes dos bezerros que toma muito leite e o que vai diferenciar é o estado ativo do animal que quando tem vírus um animal vai está bem debilitado e a diarreia de pulso Verde no qual as fezes ficam mais esverdeadas que é causada pela salmonelose, claro que só pela característica das fezes eu não posso dar um diagnóstico conclusivo eu posso ter uma suspeita do caso clínico e aí eu vou coletar material e enviar por uma para o laboratório para fechar o diagnóstico e a diarreia verminotica que promovem lesão de epitélio, então para essa fase de poucos dias de vida eu voltei de preocupação principalmente a questão da colibacilose e diarreia virais até os 5 primeiros dias de vida, então dentro dessas eu coloquei principalmente a colibacilose porque a gente é um agente muito mais agressivo e tem muito mais informações para ser trabalhada, então é causada por uma bactéria E.Coli que é um bastonete gram -, anaeróbio facultativo e como principal característica é a questão das fímbrias que são pequenos epitélios ao redor da bactéria que ajuda ela se fixar nas vilosidades intestinais, então são elas que permitem o grande poder de patogenicidade do agente, ela fica fixada ali na região e ela pode colonizar e degradar a depender do sorotipo que esse animal tiver contaminado. Então temos três principais sorotipos que é a E.Coli enterotoxigênica que é mais comum e vai formar esse quadro característico de diarreia por adesão porque ela vai se aderir nessas vilosidades intestinais e vai produzir dois tipos de toxinas uma toxina termoestável e uma termolábil que vai promover a colonização daquelas alças formando um quadro inflamatório infeccioso e diminuição da absorção, então vai promover a formação de um quadro de diarreia; Ainda temos uma diferença, a enterotoxigênica vai colonizar toda parte do intestino delgado, as outras que são mais graves tem predileção por determinada região, então a enteropatogênica vai promover lesão no intestino delgado e ela não vai produzir essas enterotoxinas ela vai promover lesão, porque no momento em que ela faz fixação naquela determinada região ela acaba promovendo destruição da vilosidade, então ela não produz toxina mas ela promove a lesão, e a E.coli enterohemorrágica que além de produzir lesão ela ainda produz toxina necrosante então tenho fator de necrose celular tipo 1 e tipo 2 que vai necrosar toda aquela região ou seja são agentes cada vez mais patogênicos. Lembra que eu falei que esses animais geralmente se recuperam, mas não conseguem ter ganho de peso? São geralmente os animais contaminados com os dois sorotipos de baixo que promovem a formação de lesão de mucosa, esses são mais difíceis de se recuperarem porque você pode até eliminar o agente, mas as lesões que já foram formadas elas vão ficar fixas ali, então vai diminuir o poder de absorção intestinal. Então animal pode desenvolver a doença de três formas: a forma septicêmica, enterotoxigênica e entérica. A forma septicemica é quando essa bactéria consegue atingir a corrente sanguínea e ela vai se multiplicar rapidamente, então animal que não recebeu colostro em tempo e quantidade suficiente estão muito mais debilitados imunologicamente, então permite que essa bactéria consiga extravasar por essa mucosa intestinal caindo na corrente sanguínea e colonizar o organismo animal causando esses quadro de septicemia e o que acontece muitas vezes o animal encontrado morto ou apático e às vezes não deu tempo nem de desenvolver o quadro de diarreia entra na septicemia as ações de outras estruturas são bem mais graves e esse animal vem à óbito de 24 a 48 horas e você nem vê a diarreia acontece.A forma enterotoxemia que você tenha proliferação dessa bactéria na parte média e posterior do intestino, já é mais observado em casos mais individuais e não é tanto um problema de rebanho e vai levar um carácter súbito da doença o animal morre sem apresentar sintomatologia clínica, então ela produz aquelas toxinas, fatores necrosantes tão rapidamente que o animal vem à óbito e a forma entérica é literalmente a diarreia de pulso Branco que envolve aquele sorotipo que vai aderir nas vilosidades, vai colonizar e vai promover os problemas de absorção e secreção, e aí vai ter a formação dessa diarreia branca, branca porque tem leite coagulado presente nessas fezes que é o quadro mais clássico. Os fatores que vão estar relacionados a formação desses quadros clínicos seja ele entérico ou septicêmico é principalmente o tipo de sorotipo que o animal foi infectado então são sorotipos relacionada a adesão ou produção de toxina e principalmente a questão da idade desse animal, animais muitos jovens com até 5 dias de vida, por que são animais que ainda não tiveram amadurecimento completo dessas vilosidades, não teve o amadurecimento imunológico, então a gente vai ser muito mais agressivo para esses animais e tambem a falha de transferência da imunidade passiva ou não recebimento destas imunoglobulinas que poderiam estar protegendo esses animais e a questão nutricional e ambiente físico (as vezes o ambiente tem uma estimulação muito grande de bactérias)., todo estresse do clima, daquele momento do parto e de mal cuidado desse animais então esse animal vai ter desequilíbrio de água, então ele desidrata rápido, vai ter aumento de volume nas suas fezes, vão ter fezes mais esbranquiçadas por conta do tipo de alimentação. Os sinais vão depender do agente mas no geral vao ser diarreia pastosa, profusa, esbranquiçad,a a diarreia vai piorando e ficando mais aquosa, mais severa, animal desidrata rapidamente, entra em quadro de acidose metabólica até virar de choque séptico e vir a óbito e às vezes você pode acontecer de 24 a 48 horas, às vezes não dá tempo de tratar o animal e muito menos coletar material para enviar para laboratório para cultura e antibiograma( leva de 7 a 8 dias para resultado), já que esse exame demora é importante tratar um animal antes do resultado chegar tratar com medicamento de amplo espectro e também tentar principalmente tratar a desidratação. O diagnóstico inicialmente é presuntivo então histórico sinais clínicos essa cultura das fezes vai me dar mais ou menos um diagnóstico presuntivo do que acontece, para ter um diagnóstico de precisão teria que avaliar os fatores de virulência do a gente e aí seriam provas mais específicas para avaliar isso como a Elisa, PCR, aglutinação para ter diagnóstico específico nesses quadros de colibacilose e para concluir realmente seria teria aí uma junção de dois tipos de diagnóstico histológico coletando um pedaço dessa alça intestinal e enviar para esta patologia junto com a cultura e antibiograma para tentar isolar o agente, então nesses casos aí é quando você já teve óbito na propriedade e você consegue pegar um animal desses e enviar para necropsia, e aí coleta o material envia para diagnóstico e depois trata de forma específica os outros animais do rebanho. A importância da profilaxia e vacinação do rebanho, e aí só tô falando de uma doença aqui que o sistema imunológico debilitado teve uma ação direta que eu posso fazer é vacina essas mães no terço final da gestação para quê se passa pelo colostro então com isso eu espero que se eu desenvolver essa doença seja mais branda. Tratamento: hidratação desse animal que pode ser venosa e oral vai depender da debilidade desse animal, se ele tiver muito debilitado, não conseguir deglutir, não levantar, fazer venosa, mas se ele tiver só apático mas ainda tá amamentando fazer oral; antibiótico de amplo espectro então eu vou usar antibiótico que atinge tanto gram positiva quanto gram-negativa porque eu não sei qual é o agente então até eu consegui fazer o antibiograma eu tenho que usar um de amplo espectro se forem diarreia virais a gente sabe que não existe um tratamento específico, para animal de companhia como cães e gatos a gente tem retrovirais, mas eles são extremamente caros e são drogas utilizadas com metabolização gástrica, imagina que a gente está falando de um ruminante que tem um rumen então eu não sei como é que esse retroviral vai agir sendo degradada no rúmen e não degradado lá no estômago verdadeiro porque ele tem que passar pelo rumen antes então eu vou fazer um tratamento de suporte para esse animal para quê ele consiga passar por esse quadro, anti-inflamatório esteroidal e não esteroidal, controle de manejo, higiene e administração do colostro, vacinação como prevenção dos animais que não estão doentes e das mães no terço final da gestação. No geral as diarreia que a gente vai encontrar são animais em decúbito esternal, com quadro de anorexia, desidratação, posição de Alto auscutação e eu vou tratar principalmente a causa do que ta promovendo a formação desse quadro de diarreia, se for verminose eu vou entrar com anti-helmíntico, se for coccidiose eu vou entrar com sulfadiazina + trimetoprim e se for bacteriano eu entro com antibiótico de amplo espectro, vou fazer uma alteração gradativa da dieta para fazer com que esse animal não tenha tanta alteração gástrica ou entérica e fludoterapia tanto para repor esse líquido perdido como também para repor eletrólitos que ele está perdendo de sódio e potássio. Para a hidratação oral a gente tem algumas fórmulas a base de cloreto, bicarbonato, glicose e dextrose que é uma glicose de lenta metabolização então forneço para que o animal fique metabolizando aos poucos e não tenha picos de hipoglicemia e faça essa administração em uma sonda ou mamadeira. Os quadros respiratórios também estão relacionados com a questão de multifatorial (presença de agentes comensais, estimulação imunológica deficiente, a grande preocupação é manter a sanidade do rebanho por que o grande problema de doenças respiratórias é que a transmissão da maioria delas é por via de aerosóis contato direto então animal dentro do rebanho debilitado ele pode contaminar 50 a 100% do rebanho então quanto antes o diagnóstico eu diminuo a possibilidade de contaminação desse rebanho. Os agentes podem ser tanto virais quanto bacteriana que tenham ação direta da deficiência na imunidade e a presença desse a gente no ambiente e o manejo ruim, então juntando tudo isso eu tenho a formação dos problemas respiratórios para esses bezerros que é a segunda maior causa de problemas no rebanho, então a primeira seria a diarreia, o principal preocupante para a gente é naquela fase dos 3 a 4 meses porque é quando tem a janela imunológica onde tem a diminuição da imunidade passiva da mãe e ainda está começando a desenvolver a imunidade ativa, então a tem um período que se animal está mais debilitado então ele está passando pelo estresse da separação da desmama, mudança de alimentação, então se tiver bactéria presente no ambiente pode formar esses quadros clínicos que a gente vê nos animais com pneumonia e a gente vai ter o que a gente chama de pneumonias intersticiais e broncopneumonia. Na pneumonia intersticial eu tenho processo inflamatório mais difuso que vai envolver toda aquela parte do parenquima pulmonar (a parte mais externa) geralmente ela não tem causa infecciosa está muito mais relacionado a problemas de alergia por inalação então animal que está em ambiente com maravalha mofada, animal que está recebendo feno mofado ou ração muito farelada então você é caso isolado, então vamos ter casos isolados e às vezes acontece esse quadro alérgico que permite entrada e proliferação de bactérias ou vírus no qual se instala e provocam lesões. As broncopneumonia são processos bem mais difuso que envolve toda a região pulmonar( envolve parênquima, brônquios e bronquíolos e alvéolos pulmonares) e aí as vezes eu tenho ação direta de agentes infecciosos então às vezes eu tenho um vírus que veio e promoveu aquela lesãoinicial debilitam esse animal imunologicamente abriu as portas e a bactéria veio e se alojou e formou um quadro infeccioso e aí a característica principal desse quadro infeccioso e a formação de secreções então tem formação de muita secreção causando uma prejudicação na passagem do ar cursando com quadro de insuficiência respiratória e falta de oxigenação orgânica. Os principais agentes são vírus que abrem a porta para ação das bactérias são a parainfluenza, o vírus da diarreia viral bovina, herpes vírus, as bactérias principalmente são aquelas do próprio trato respiratório animal então staphylococcus e streptococcus e o carro-chefe a Mahemia haemolytica que está exposta no ambiente então qualquer abrir problema lógico imunológico ela se aproveita e causa quadro de pneumonia muito grave para bezerros, Micoplasma e os parasitas principalmente o Dictyocaulus Então eu tenho obstrução dos brônquios por causa desses parasitas que crescem e diminui a passagem desse ar, então para deferenciar uma broncopneumonia de uma pneumonia intersticial a sintomatologia ajuda principalmente a sintomatologiad os quadros de broncopneumonia eu tenho tosse úmida e dolorosa, o animal fica com dorso arqueado, estertores úmidos, secreção saindo pela narina, roncos e sibilos secreção mucopurulenta que vai diferenciar da secreção dos outros quadros e na pneumonia intersticial eu tenho um quadro bem mais brando, tosse seca e curta como se tivesse alguma coisa agoniando esse animal, estertor seco, taquipneia, dispneia mista e aumento do ruído traqueobronquico porque também vai ter a formação de uma leve secreção nesse quadro mas não é muco purulenta porque não tinha agente infeccioso mas sim uma secreção mucóide por conta do processo inflamatório, processo inflamatório aumenta a permeabilidade vascular com extravasamento de líquidos para aquele pulmão formando secreção porém muito menos do que no quadro infeccioso. O animal vai apresentar alterações sistêmicas também Inapetência, depressão, febre, dor, muitas dificuldades respiratória até virar insuficiência respiratória e morte, cabeça baixa, estender o pescoço para frente na tentativa de captar ar. Tratamento: antimicrobiano de amplo espectro penicilina, sulfa, enrofloxacina, anti-inflamatório (eu preciso diminuir essa inflamação devido à tarde ao aumento na capital capilaridade vascular para diminuir secreção), se for um quadro parasitário eu preciso entrar com medicação específica e tratamento de suporte como fluidoterapia, anti-térmico( se tiver febre), broncodilatadores, expectorantes e mucoliticos, então depende do que o animal está apresentando. Também tenho problemas com a hemoparasitose e dentro dela temos a tristeza parasitária bovina que está relacionado tanto a o quadro de anaplasmose quanto babesiose ,vai tá preocupando a gente mais naquela fase dos 3 ao 4 meses que é o momento de mais estresse e janela imunológica e contato com carrapato na hora da separação da mãe e é esse que transime os agentes para o bezerro. A babesia como tem predileção por pequenos vasos tem predileção pelo sistema nervoso central tendendo a promover também problemas neurológicos e já tem alguns relatos na literatura de quadro de formação de babesiose nervosa transplacentária porém ainda não tem estudo sobre isso, então quem transmite o carrapato Ripchefalus boophilus. A característica mais preocupante da doença e a formação das hemolise então eu tenho hemólise intravascular e extravascular, anaplasma promove hemólise extravascular e a babésia é intravascular então para eu diferenciar as duas é que na hemolise intravascular eu tenho eliminação de hemoglobina na urina cursando com hemoglobinúria, na hemolise extravascular eu tenho deposição de bilirrubina nos tecidos cursando com icterícia, então os quadros de anaplasma são característicos de icterícia, mas geralmente os dois acontecem juntos então às vezes não tem como dizer qual é se é anaplasma ou babésia somente por conta da icterícia ou da hemoglobinúria. Então tem que fazer a pesquisa de hematozoario para identificar o agente, então na anaplasmose o animal vai apresentar febre alta acima de 40 graus, anemia, icterícia, desidratação, apatia, taquicardia, taquipneia que estão relacionadas ao quadro de anemia devido à pouca célula circulante e a babesiose também tem febre alta, anemia mas aí mas aí vai ser mais característica hemoglobinúria, desidratação, apatia, taquicardia e taquipneia e também pode ter sintomatologia neurológica. Tratamento específico pode ser com anaplasmasmicida que é oxitetraciclina e o pra babesia Diminazine e tem um tratamento associado para os dois que é quando você não tem como me identificar que é o imidocarb, o problema dele é que a dose terapêutica é muito perto da dose letal então tomar muito cuidado com o peso do animal na hora de tratar porque se aumentar a dose pode causar intoxicação e levar a óbito e o tratamento de suporte com fluidoterapia, transfusão sanguínea, protetores hepáticos e principalmente o controle do carrapato.