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Biomecânica do Arremesso Discentes: Gleyson Frazão; Kamilla Noleto C h u t e S a l t o FACULDADE ESTÁCIO CEUT BACHARELADO EM FISIOTERAPIA 1 Biomecânica Há várias definições; Análise morfológica da palavra Biomecânica: prefixo “bio”, de biológico, ou seja, relativo aos seres vivos e, mecânica. Biomecânica Subdivisões Mecânica: Dinâmica e Estática Biomecânica: Cinemática e Cinética Biomecânica Cinemática Movimento Linear Translação Retilíneo Curvilíneo Movimento Angular ou Rotacional Arremesso Arremesso O arremesso, a marcha, a corrida, o salto, o chute e a postura compõem os movimentos básicos do esporte; Arremesso A presença do movimento do arremesso necessita, por parte do responsável técnico ou profissional de saúde, o conhecimento adequado de sua biomecânica e a influência desse movimento no desempenho dos atletas. Arremesso Nos esportes, o arremesso é um movimento balístico dos membros superiores por meio do qual seu centro de massa (ou objeto externo) é propelido para fora (sentido contrário) do centro de massa do corpo. Arremesso O ato do arremesso envolve um complexo mecanismo de coordenação neuromuscular de todo o corpo; As forças e o torque necessários para o arremesso estão próximos dos limites fisiológicos; Arremesso A eficiência do arremesso depende basicamente de quatro eixos de rotação do corpo: pés, quadris, coluna vertebral e ombros; Normalmente as articulações do pé e do quadril são opostas ao do braço do arremesso, enquanto a coluna vertebral é o elo de ligação das pernas ao membro superior. Arremesso A precisão e especificidade da ação do ombro no ato do arremesso são controlados pelos restritores estáticos (estruturas capsuloligamentares) e dinâmicos (músculos e tendões); A presença de vários músculos biarticulres (músculo bíceps do braço) no ombro proporciona uma economia de energia, uma melhor direção e ganho de tempo no arremesso. Arremesso Tipos: Arremesso Inferior (abaixo do nível do ombro); Arremesso Superior (acima do nível do ombro); Arremesso Lateral (perpendicular ao ombro). Arremesso Arremesso Inferior (abaixo do nível do ombro): Movimento de superior para inferior do braço, com o mesmo ao longo da linha do tronco, com cotovelo em extensão ou semiflexão; A altura de saída do objeto é aproximadamente a altura do ombro; A rotação do quadril e coluna, a adução e flexão do braço e a flexão da mão ocorrem em sequencia, sendo a articulação do ombro o fulcro do movimento; Ex: boliche, lançamento do martelo Arremesso Arremesso Superior (acima do nível do ombro): Rotação do úmero com o membro superior em qualquer posição, auxiliados pelos movimentos de elevação, abdução do ombro, flexão e extensão do cotovelo; O comprimento do momento do braço pode ser alterado com a variação da flexão do cotovelo; O fulcro do movimento do arremesso superior também é a articulação do ombro; Ex: cortada no vôlei, lançamento do dardo, braçada natação Arremesso Arremesso Lateral (perpendicular ao ombro): É caracterizado não pela ação do ombro e sim pela limitação dos movimentos do ombro (posição de abdução) e cotovelo, com a manutenção da posição dos mesmos; A energia para o arremesso é gerada em grande parte pela rotação pélvica, através de movimentos circulares do corpo antes da soltura do objeto; Ex: lançamento do disco Arremesso Fases do Arremesso: Posicionamento Preparação Armação (precoce; tardia) Aceleração Desaceleração Arremesso Posicionamento O atleta segura a bola ou posiciona-se à espera da mesma. Arremesso Preparação Inicia-se com o atleta segurando a bola com as duas mãos e termina com a saída da bola da luva pela mão dominante e a flexão do membro não-dominante. Arremesso Armação Precoce: início com saída da bola da mão não-dominante até o contato do pé no solo do membro não dominante; Tardia: início com contato do pé no solo do membro não-dominante até máxima rotação lateral. Arremesso Aceleração Início com a máxima rotação lateral até a soltura da bola. Arremesso Desaceleração Início com a soltura da bola até o retorno à posição inicial. Arremesso Esportes com Arremesso O movimento do arremesso apresenta algumas variações entre os esportes; Correlação do Arremesso com as Afecções Ortopédicas Os preparos físico e técnico desabilitados, aliados ao excesso de treinos ou jogos, podem levar o atleta às lesões de sobrecarga, principalmente na região do ombro; A fase final do arremesso é a finalização; Muitas vezes, quando o objetivo da mesma não é alcançado, ocasionam-se lesões, por vezes graves. Correlação do Arremesso com as Afecções Ortopédicas A região do cotovelo durante o ato do arremesso pode apresentar quadros dolorosos devido aos movimentos repetitivos; Para cada esporte envolvido com o ato do arremesso haverá necessidade do pleno conhecimento das fases do arremesso e sua importância. Chute Chute O chute é um movimento complexo do atleta, presente em um grande número de esportes, tais como futebol, rugby, karatê, entre outros; Chute Biomecanicamente o chute pode ser estudado e dividido em alguns estágios para sua melhor compreensão; Chute Alguns trabalhos demonstram que a habilidade do chute começa a se desenvolver entre os quatro e seis anos de idade e apresenta uma progressão rápida. Componentes do Chute O chute no futebol pode ser dividido em seis estágios: Ângulo de aproximação Apoio do pé Balanço Flexão do quadril e extensão do joelho Contato com a bola Desaceleração Componentes do Chute Ângulo de Aproximação Um ângulo de aproximação diagonal, oposto a um ângulo de aproximação reto, resulta em maior velocidade de balanço do membro inferior. O pico de velocidade da bola é maior com um ângulo de aproximação de 45°; Com o ângulo de aproximação diagonal, a perna deve rodar sobre o eixo axial vertical para chutar a bola. Componentes do Chute Apoio do Pé Quando comparados, os jogadores mais habilidosos apresentaram um chute mais veloz (25,9 m/s) do que os menos habilidosos (23,4 m/s) A força de reação do solo-vertical, anterolateral e lateral também foi maior entre os jogadores mais habilidosos; O momento de força gerado a partir do ângulo de aproximação e da posição do pé pode influenciar as forças usadas para impulsionar a bola. Componentes do Chute Balanço A fase de balanço se inicia com o joelho do chute flexionado e o pé do chute aproximadamente na altura do quadril; Durante a fase de balanço os olhos do atleta estão focados na bola e não na direção que ela irá percorrer; A fase de balanço permite que os flexores do quadril e os extensores do joelho se contraiam excentricamente em preparação para a fase seguinte do chute. Componentes do Chute Flexão do quadril e extensão do joelho Os flexores do quadril iniciam uma contração excêntrica; Ocorre uma diminuição da velocidade angular da coxa, com a perna e pé acelerando devido aos componentes contráteis dos extensores do joelho; A velocidade de balanço do membro inferior é influenciada primeiramente pela rotação do quadril, seguida pela flexão do quadril e extensão do joelho antes do impacto com a bola; Componentes do Chute Contato com a Bola No momento de contato com a bola, o joelho está flexionado e o pé está se movendo para frente e para cima, formando um arco; O pé e a bola estão em contato durante os graus finais de extensão, e a velocidade angular do joelho, 15 ms antes do contato da bola, está entre 1.500 a 2.000 graus por segundo; A força de impacto estimado está entre 1.000 a 1.100 N. Componentes do Chute Desaceleração A fase de desaceleração após o chute tem dois objetivos; As forças elásticas e musculares geradas em outras fases são dissipadas durante a fase de desaceleração; A fase final da desaceleração é dominada pela atividade concêntrica dos extensores do quadril Componentes do Chute Salto Salto Os esportes de salto podem ser genericamente definidos como as atividades que contêm uma fase aérea, resultando na necessidade subsequente de uma aterrissagem. Salto Os saltos são iniciados com o indivíduo adotando as mais diversas posturas e parece não haver uma estratégica única na fase preparatória de um salto; A adoção de posturas impróprias ou não treinadas pelo indivíduo podem resultar desempenhos ineficientes; Fatores como treinamento inespecífico, a incoordenação de movimentos, lesões pregressas e os desequilíbrios posturais ou musculares podem interferir sobremaneira no desempenho de um salto. Salto As fases do salto poder ser assim definidas: Fase 1: Impulso ou Propulsão Fase 2: Aérea Fase 3: Aterrissagem Salto O impulso ou propulsão representa o momento inicial de um salto e pode ser definido como a fase em que o centro de gravidade corporal é desacelerado e acelerado em seguida (salto contramovimento), ou simplesmente acelerado (salto agachado), enquanto o pé permanece tocando o solo. Salto Salto “agachado” (squat jump) é todo aquele que se inicia a partir de uma posição corporal estática nos diversos graus de flexão dos quadris e joelhos, até a flexão completa. Salto Salto “agachado” Musc. extensora uniarticular do quadril e joelho: energia mecânica Musc. biarticulares: coordenação fina do movimento Musc. flexora uniarticular: não participativos Salto O salto chamado de “contramovimento” é todo salto vertical, horizontal ou combinado que se realiza com um movimento descendente do centro de gravidade, até atingir uma posição “agachada”, a partir do qual se iniciará o movimento de propulsão ascendente, com extensão de tronco, quadris, joelhos e flexão plantar dos tornozelos. Salto Fontes de Energia Energia potencial e/ou cinética da estrutura musculoesquelética Elementos contráteis, os quais convertem energia química em energia mecânica Salto Saltos Pliométricos Os saltos pliométricos representam a união entre a força e a velocidade atuando juntas no mesmo movimento; Baseiam-se em contrações musculares caracterizadas por movimentos cíclicos e dinâmicos do binômio estiramento/alongamento muscular; Salto Os saltos em profundidade são considerados os saltos pliométricos mais popularmente conhecidos e se baseiam na realização de um salto descendente, partindo de uma plataforma elevada em relação ao solo, seguindo de uma aterrissagem e de um novo impulso vertical. Salto Biomecânica de Aterrissagem O sistema neuromuscular possui um período de latência limitado em respostas às forças aplicadas ao corpo, e varia entre 50 ms e 75 ms; O intervalo de tempo existente entre a aplicação de força e a resposta neuromuscular tem como significado a incapacidade da musculatura em absorver o choque da aterrissagem de um salto; Salto Biomecânica de Aterrissagem As forças de impacto inicial geradas a partir da aterrisagem podem ser divididas em dois tipos: Força de impacto passivo (0-50 ms) Força de impacto ativo (após 50-75 ms) Salto Força de reação do solo (FRS) Ao atingir o solo durante aterrissagem de um salto, o corpo aplica forças à superfície, assim como sofre a ação de forças opostas de mesma magnitude; As forças de reação ao solo verticais (FRSV) são de maior interesse, pois a intensidade e frequência de aplicação tem sido relacionadas às reações de estresse ósseo e lesões. Referência COHEN, Moisés; ABDALA , René Jorge – Lesões no Esportes – Diagnóstico , Prevenção e Tratamento, 2002. AMADIO, Alberto Carlos; SERRÃO, Júlio Cerca. A biomecânica em educação física e esporte. Revista brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v.25, p.15-24, 2011. Obrigado!
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