Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Segunda Prova de A´lgebra Linear 1 - 08.013-6 C 27-11-2012 Nome: RA : RESOLVA APENAS 4 (QUATRO) DOS 5 (CINCO) EXERCI´CIOS ABAIXO. 1. Sejam F : R3 → R2[X] e G : R2[X]→ R3, transformac¸o˜es lineares definidas por F (a, b, c) = a+ bX + cX2 e G(p(X)) = (p(0), p(1), p(2)) Dadas as bases ordenadas α = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)} de R3 e β = {1, X,X2} de R2[X], calcule as matrizes, [F ]αβ , [G] β α e [G ◦ F ]αα. Temos que F (1, 0, 0) = 1 = 1 · 1 + 0 ·X + 0 ·X2, F (0, 1, 0) = X = 0 · 1 + 1 ·X + 0 ·X2 e F (0, 0, 1) = X2 = 0 · 1 + 0 ·X + 1 ·X2. Portanto [F ]αβ = 1 0 00 1 0 0 0 1 Como G(1) = (1, 1, 1) = 1 · (1, 0, 0) + 1 · (0, 1, 0) + 1 · (0, 0, 1), G(X) = (0, 1, 2) = 0 · (1, 0, 0) + 1 · (0, 1, 0) + 2 · (0, 0, 1) e G(X2) = (0, 1, 4) = 0 · (1, 0, 0) + 1 · (0, 1, 0) + 4 · (0, 0, 1), temos que [G]βα = 1 0 01 1 1 1 2 4 Agora, lembrando que [G ◦ F ]αα = [G]βα · [F ]αβ , segue que [G ◦ F ]αα = 1 0 01 1 1 1 2 4 · 1 0 00 1 0 0 0 1 = 1 0 01 1 1 1 2 4 2. Seja T : R2 → R2 o u´nico operador linear tal que T (1, 1) = (8, 5) e T (−1, 1) = (28, 17). a) Encontre uma base ordenada β de R2 tal que a matriz [T ]ββ seja uma matriz diagonal; Observamos inicialmente que {(1, 1), (−1, 1)} e´ uma base ortogonal de R2 (com respeito ao produto interno usual 〈(x, y), (a, b)〉 = xa+ yb). Logo, (x, y) = 〈(x, y), (1, 1)〉 〈(1, 1), (1, 1)〉 (1, 1) + 〈(x, y), (−1, 1)〉 〈(−1, 1), (−1, 1)〉(−1, 1) = x+ y 2 (1, 1) + y − x 2 (−1, 1) 1 Portanto T (x, y) = (x+y 2 )T (1, 1) + (y−x 2 )T (−1, 1) = (x+y 2 )(8, 5) + (y−x 2 )(28, 17) = = (−10x+ 18y,−6x+ 11y) Assim, considerando a base canoˆnica α = {(1, 0), (0, 1)} de R2, temos que [T ]αα = (−10 18 −6 11 ) O polinoˆmio caracter´ıstico, PT (X) de T e´ dado por PT (X) = det(X ·I2×2−[T ]αα) = det ( X + 10 −18 6 X − 11 ) = (X+10)(X−11)+108 = X2−X−2 cujas ra´ızes sa˜o λ1 = −1 e λ2 = 2. Calculemos agora os autovetores de T . 1) Autovetores associados a λ1 = −1. Se v = (x, y) e´ autovetor de T associado ao autovalor λ1 = −1 enta˜o ((−1) · I2×2 − [T ]αα) · [v]α = ( 0 0 ) ou seja, ( 9 −18 6 −12 ) · ( x y ) = ( 0 0 ) Assim, x−2y = 0, de onde segue que o vetor v1 = (2, 1) e´ um autovetor associado ao autovalor λ1 = −1. 2) Autovetores associados ao autovalor λ2 = 2. Se v = (x, y) e´ autovetor de T associado ao autovalor λ2 = 2 enta˜o (2 · I2×2 − [T ]αα) · [v]α = ( 0 0 ) ou seja, ( 12 −18 6 −9 ) · ( x y ) = ( 0 0 ) Assim, 2x − 3y = 0, de onde segue que o vetor v2 = (3, 2) e´ um autovetor associado ao autovalor λ2 = 2. Com isso, conclu´ımos que a base β procurada pode ser dada por β = {(2, 1), (3, 2)} b) Determine [T ]ββ. Segue do que foi exposto no item a) que [T ]ββ = (−1 0 0 2 ) . 3. Seja L : R3 → R3 o operador linear definido por T (x, y, z) = (x+ 2y + 3z, 4y + 6z,−y − z). a) Determine o polinoˆmio caracter´ıstico, PT (X), de T ; Se α = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)} enta˜o [T ]αα = 1 2 30 4 6 0 −1 −1 . Logo, PT (X) = det(X · I3×3 − [T ]αα) = det X − 1 −2 −30 X − 4 −6 0 1 X + 1 = 2 = (X − 1)(X − 4)(X + 1) + 6(X − 1) = (X − 1)((X − 4)(X + 1) + 6) = = (X − 1)(X2 − 3X + 2) = (X − 1)2(X − 2) PT (X) = (X − 1)2(X − 2) b) Determine o polinoˆmio minimal, mT (X), de T ; Os candidatos a polinoˆmio minimal de T sa˜o: f(X) = (X − 1)(X − 2) e g(X) = PT (X) = (X − 1)2(X − 2) Testando f obtemos:1 2 30 4 6 0 −1 −1 − 1 0 00 1 0 0 0 1 · 1 2 30 4 6 0 −1 −1 − 2 0 00 2 0 0 0 2 = 0 2 30 3 6 0 −1 −2 · −1 2 30 2 6 0 −1 −3 = 0 1 30 0 0 0 0 0 Logo, f(X) = (X − 1)(X − 2) na˜o e´ o polinoˆmio minimal de T . Como so´ resta o polinoˆmio carater´ıstico de T para ser testado, concluimos que mT (X) = PT (X) = (X − 1)2(X − 2) c) T e´ diagonaliza´vel? justifique. T na˜o e´ diagonaliza´vel, pois seu polinoˆmio minimal, mT (X) = (X−1)2(X−2), na˜o e´ produto de fatores lineares distintos. 4. Seja α = {v1, v2, v3} uma base de um espac¸o vetorial V e seja T : V → R4 a (u´nica) trans- formac¸a˜o linear tal que T (v1) = (2, 0, 2,−4), T (v2) = (0,−1, 1, 2) e T (v3) = (5,−4, 2, 1). a) Mostre que β = {(1, 2, 0, 3), (0,−3, 1, 2), (−1,−1,−5, 1), (−5, 1, 1, 1)} e´ uma base ordenada ortogonal de R4 (consideramos R4 equipado com o produto interno usual); Temos que 〈(1, 2, 0, 3), (0,−3, 1, 2)〉 = 1 · 0 + 2 · (−3) + 0 · 1 + 3 · 2 = 0 〈(1, 2, 0, 3), (−1,−1,−5, 1)〉 = 1 · (−1) + 2 · (−1) + 0 · (−5) + 3 · 1 = 0 〈(1, 2, 0, 3), (−5, 1, 1, 1)〉 = 1 · (−5) + 2 · 1 + 0 · 1 + 3 · 1 = 0 〈(0,−3, 1, 2), (−1,−1,−5, 1)〉 = 0 · (−1) + (−3) · (−1) + 1 · (−5) + 2 · 1 = 0 〈(0,−3, 1, 2), (−5, 1, 1, 1)〉 = 0 · (−5) + (−3) · 1 + 1 · 1 + 2 · 1 = 0 〈(−1,−1,−5, 1), (−5, 1, 1, 1)〉 = (−1) · (−5) + (−1) · 1 + (−5) · 1 + 1 · 1 = 0 Logo, β e´ um conjunto linearmente independente com 4 vetores de R4. Como R4 possui dimensa˜o igual a 4, segue que β e´ base ordenada ortogonal de R4. b) Calcule a matriz [T ]αβ . Temos que [T ]αβ = (aij)4×3 sendo que T (v1) = (2, 0, 2,−4) = a11(1, 2, 0, 3) + a21(0,−3, 1, 2) + a31(−1,−1,−5, 1) + a41(−5, 1, 1, 1) 3 Como β e´ uma base ortogonal, segue que a11 = 〈(2,0,2,−4),(1,2,0,3)〉 〈(1,2,0,3),(1,2,0,3)〉 = −10 14 = −5 7 ; a21 = 〈(2,0,2,−4),(0,−3,1,2)〉 〈(0,−3,1,2),(0,−3,1,2)〉 = −6 14 = −3 7 a31 = 〈(2,0,2,−4),(−1,−1,−5,1)〉 〈(−1,−1,−5,1),(−1,−1,−5,1)〉 = −16 28 = −4 7 ; a41 = 〈(2,0,2,−4),(−5,1,1,1)〉 〈(−5,1,1,1),(−5,1,1,1)〉 = −12 28 = −3 7 Analogamente, T (v2) = (0,−1, 1, 2) = a12(1, 2, 0, 3) + a22(0,−3, 1, 2) + a32(−1,−1,−5, 1) + a42(−5, 1, 1, 1) a12 = 〈(0,−1,1,2),(1,2,0,3)〉 〈(1,2,0,3),(1,2,0,3)〉 = 4 14 = 2 7 ; a22 = 〈(0,−1,1,2),(0,−3,1,2)〉 〈(0,−3,1,2),(0,−3,1,2)〉 = 8 14 = 4 7 a32 = 〈(0,−1,1,2),(−1,−1,−5,1)〉 〈(−1,−1,−5,1),(−1,−1,−5,1)〉 = −2 28 = − 1 14 ; a42 = 〈(0,−1,1,2),(−5,1,1,1)〉 〈(−5,1,1,1),(−5,1,1,1)〉 = 2 28 = 1 14 T (v3) = (5,−4, 2, 1) = a13(1, 2, 0, 3) + a23(0,−3, 1, 2) + a33(−1,−1,−5, 1) + a43(−5, 1, 1, 1) a13 = 〈(5,−4,2,1),(1,2,0,3)〉 〈(1,2,0,3),(1,2,0,3)〉 = 0 14 = 0; a23 = 〈(5,−4,2,1),(0,−3,1,2)〉 〈(0,−3,1,2),(0,−3,1,2)〉 = 16 14 = 8 7 a33 = 〈(5,−4,2,1),(−1,−1,−5,1)〉 〈(−1,−1,−5,1),(−1,−1,−5,1)〉 = −10 28 = − 5 14 ; a43 = 〈(5,−4,2,1),(−5,1,1,1)〉 〈(−5,1,1,1),(−5,1,1,1)〉 = −26 28 = −13 14 Desta forma, temos que [T ]αβ = −5 7 2 7 0 −3 7 4 7 8 7−4 7 − 1 14 − 5 14−3 7 1 14 −13 14 5. Em R2, considere as func¸o˜es 〈 , 〉, [ , ] : R2 × R2 → R definidas por 〈(x, y), (a, b)〉 = 5xb+ 3ya e [(x, y), (a, b)] = xa+ 5yb− 2xb− 2ya a) Mostre que a func¸a˜o [ , ] define um produto interno sobre R2; Sejam u = (x, y), v = (a, b) e w = (c, d) elementos arbitra´rios de R2 e α ∈ R. i) [u+ v, w] = [(x, y) + (a, b), (c, d)] = [(x+ a, y + b), (c, d)] = = (x+ a)c+ 5(y + b)d− 2(x+ a)d− 2(y + b)c = = (xc+ 5yd− 2xd− 2yc) + (ac+ 5bd− 2ad− 2bc) = = [(x, y), (c, d)] + [(a, b), (c, d)] = [u,w] + [v, w] ii) [αu, v] = [α(x, y), (a, b)] = [(αx, αy), (a, b)] = (αx)a+ 5(αy)b− 2(αx)b− 2(αy)a = = α(xa+ 5yb− 2xb− 2ya) = α[(x, y), (a, b)] = α[u, v] iii) [u, v] = [(x, y), (a, b)] = xa+5yb−2xb−2ya = ax+5by−2ay−2bx = [(a, b), (x, y)] = [v, u] iv) [u, u] = x2 + 5y2 − 2xy − 2yx = (x2 − 4xy + 4y2) + y2 = (x− 2y)2 + y2 ≥ 0 Se u = 0R2 = (0, 0) enta˜o, [u, u] = (0− 2 · 0)2 + 02 = 0 Reciprocamente, se [u, u] = 0 enta˜o, (x− 2y)2 + y2 = 0, ou seja, x− 2y = 0 e y = 0. Logo, x = y = 0 e portanto u = (x, y) = (0, 0) = 0R2 . Segue portanto que [u, u] = 0 ⇔ u = 0R2 . b) A func¸a˜o 〈 , 〉 na˜o define um produto interno sobre R2. Qual(is) propriedade(s) definidora(s) de produto interno essa func¸a˜o na˜o verifica? A propriedade iii) na˜o se verifica, pois se tomarmos por exemplo u = (1, 0) e v = (1, 1) teremos 〈u, v〉 = 〈(1, 0), (1, 1)〉 = 5 · 1 · 1 + 3 · 0 · 1 = 5 e 4 〈v, u〉 = 〈(1, 1), (1, 0)〉 = 5 · 1 · 0 + 3 · 1 · 1 = 3 ou seja, existem vetores u = (1, 0) e v = (1, 1) de R2 tais que 〈u, v〉 6= 〈v, u〉. A propriedade iv) tambe´m na˜o se verifica, pois tomando w = (1,−1) teremos 〈w,w〉 = 〈(1,−1), (1,−1)〉 = 5 · 1 · (−1) + 3 · (−1) · 1 = −8 < 0 Notamos tambe´m que se u = (1, 0) 6= (0, 0) = 0R2 enta˜o 〈u, u〉 = 〈(1, 0), (1, 0)〉 = 5 · 1 · 0 + 3 · 0 · 1 = 0 5
Compartilhar