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ARTIGO-SINDROME DE HELLER

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SÍNDROME DE HELLER: UM MISTERIO SOBRE AS POSSIVEIS CAUSAS DO TRANSTORNO DESINTEGRATIVO DA SEGUNDA INFÂNCIA
João Batista Bezerra Lima1
Maria Fabricia da Silva2
Sandra Mary Duarte3
RESUMO
O presente artigo abordará sobre um transtorno desintegrativo da infância, conhecido pelo nome de Síndrome de Heller, trata-se de um transtorno global do desenvolvimento, que é, normalmente, diagnosticado na infância. O mesmo faz parte dos Transtornos do aspectos autista, onde a criança vive em seu próprio mundo. Porém diferente do autismo, na síndrome de Heller, a criança se desenvolve normalmente até certa idade, então começa a regredir, deixando de fazer coisas simples que antes fazia. A criança aprende a falar seu nome, a rabiscar no papel, a brincar com os pais e com outras crianças, com a regressão ela se isola, já não havendo sociabilização com outras pessoas e nem capacidade de realizar atividades simples. É um tema muito restrito com poucas informações, na maioria das vezes apenas tratado como um autismo tardio, porém vamos ver que ele trás consequências bem mais graves que o autismo. Em alguns casos chegam comparado com a esquizofrenia. Diante de tudo que foi apresentado conclui-se que a Síndrome de Heller não é tratada com a devida importância, nem ao menos podemos citar suas reais causas entendemos que a Síndrome de Heller merecia pesquisas mais avançadas. 
Palavras Chave: Heller, Regressão, Transtorno
[1: 1 Bacharelado em Psicologia da Faculdade Vale do Salgado/FVS-Joaobatista123oros@hotmail.com2 Bacharelado em Psicologia da Faculdade Vale do Salgado/FVS-fabricinhaalouca@hotmail.com3 Mestranda em Ciências da Educação na Universidade de Trás os Montes e Alto Douro-Portugal. Especialista em Gestão. Pedagoga. Psicóloga. Docente da Disciplina de Psicologia do Desenvolvimento I E II da Faculdade Vale do Salgado-FVS, Email: sandraduartt72@hotmail.com]
1 INTRODUÇÃO
O Transtorno desintegrativo da segunda infância foi descoberto por Theodore Heller um austríaco que em 1908 analisou 6 casos de crianças que tinham um desenvolvimento normal e começaram a regredir. Ele notou que as crianças perderam a sua interação, seu controle intestinal, sua vontade de brincar e interagir. Geralmente atinge as crianças com faixa etária superior aos 2 anos de idade e sempre inferior aos 10 anos de idade.
A criança fala as primeiras palavras, brinca de faz de conta, interage com outras pessoas, tem um desenvolvimento normal. Notando-se facilmente uma regressão motora e intelectual. A criança que antes fazia coisas simples como tirar uma meia, já não consegui mais.
A incidência é de 1 em 50.000 crianças, é de cerca de 70 vezes menos comum do que o próprio autismo. E pelo fato da semelhança com o transtorno autista á uma grande confusão para diagnosticar, muitas vezes dando ao portador da Síndrome de Heller uma denominação de autista. A deterioração pode ser súbita ou gradual físico, cognitivo, emocional e comportamental. A maioria das crianças só recuperam 20% do que foi perdido. Porém nos casos mais graves não se percebem melhoras.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
 	 A Síndrome de Heller é considerada um tipo de autismo tardio, porém foi descoberta 35 anos antes de descreverem pela primeira vez o autismo. A síndrome tem um quadro bem pior. Os portadores da Síndrome de Heller não interagem com outras pessoas, recusam a companhia de pessoas familiares e não brincam com outras crianças. Até um simples rabiscar no papel eles deixam de fazer (BERCHERIE, 2001).
O período da regressão dura de 4 a 8 semanas. A criança deixa de ter uma linguagem expressiva, não juntando palavras para completar frases e nem entendendo o que outras pessoas falam. A regressão motora é a mais difícil, porque a criança apresenta muita agitação e confusão, antes andava e já não anda mais e nem comer sozinha ela consegue. Sempre evita o contato visual com outras pessoas, não gosta de abraços e nem de beijos, sua expressão facial pode não refletir mais o que está sentindo, pode fazer movimentos repentinas vezes sem nenhum significado e não existe mais afeto, vivem em seu próprio mundo. A Síndrome atinge na maioria das vezes o sexo masculino.
 O diagnóstico pode ser uma tarefa bastante difícil, é feito através da observação muito cautelosa para não haver engano, os primeiros sintomas observados são relacionados à linguagem e à capacidade de comunicação, já que a criança começa a apresentar dificuldades de expressar sentimentos e emoções começando também a apresentar dificuldades em utilizar palavras que já eram conhecidas por elas.
 Os passos seguintes da síndrome são a perda de autonomia, diminuição gradativa do controle intestinal até atingir o nível da perda total, diminuição do interesse pelas atividades sociais que anteriormente eram interessantes, isolamento, perda das capacidades motoras. Com isso a criança com Síndrome de Heller passa a ter dificuldades em andar, segurar objetos realizar algo simples para qualquer Criança não portadora.
 O tratamento é feito de forma multimodal, que inclui remédios que diminuem sintomas secundários da doença, como os transtornos de sono. Também é feito as terapias sociais tentando a reintegração da criança no meio social que vive e também é feito fisioterapias, os medicamentos utilizados no tratamento da Síndrome de Heller também auxiliam a criança a conseguir se readaptar ao convívio social, especialmente com a sua família. Além disso, esses medicamentos também buscam fazer com que a criança recupere ao menos em parte, o seu desenvolvimento motor, que fora perdido com a manifestação da Síndrome (MERCADANTE; VAN DER GAAG & SCHWARTZMAN, 2006). 
As causas ainda são desconhecidas, embora a maioria dos pesquisadores tratam a Síndrome como um autismo tardio em sua etiologia, porém alguns defende que pode ser má formação nas placas amiloides ou algum problema no encéfalo. 
	
3 METODOLOGIA
O presente estudo mostra-se de natureza aplicada, realizado através de uma revisão sistemática de literatura. Foi executado através da consulta de artigos científicos utilizando como fonte de busca o SCIELO, LILACS. O mesmo estudo utilizou-se dos descritores: Heller; Regressão; Transtorno. Optou-se por basear na análise de 10 artigos, onde apenas 4 foram utilizados como base de dados. Para apreciação do tema escolhido seguiu-se os critérios de inclusão: ser publicado entre os anos de 1995 a 2006 e observado pelo menos quatro descritores nos artigos selecionados, sua relevância científica e sua relação ao sujeito em estudo. A revisão foi realizada entre os meses de fevereiro a agosto de 2015
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de tudo que foi apresentado conclui-se que a Síndrome de Heller não é tratada com a devida importância, nem ao menos podemos citar suas reais causas entendemos que a Síndrome de Heller merecia pesquisas mais avançadas. Como um quadro irreversível a criança que antes tinha tudo para ser normal, passa a ter sua vida revirada pelo avesso, tornando-se totalmente dependente pelo resto da vida. Sem sociabilização e autonomia nenhuma.
O fato é que se trata de uma doença que traz muito sofrimento para as crianças e também para os pais, que sofrem ao ver seus filhos desaprendendo o básico do que haviam aprendido até então. As equipes profissionais devem dar total apoio aos pais, pois enfrentarão uma nova fase da vida que não irá passar, fazendo com que eles entendam e mesmo que seja difícil, tenham paciência. O principal apoio da equipe deve ser na criança, porque o quão difícil é saber andar e fazer coisas simples sozinhas e de repente já não conseguir mais.
REFERÊNCIAS
BERCHERIE, P. (2001). A clínica psiquiátrica da criança. In O. Cirino, Psicanálise e psiquiatria com crianças: desenvolvimento ou estrutura. (pp. 129-144). Belo Horizonte, MG: Autêntica.
DSM-IV-(1995). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Porto Alegre: Artes Médicas. Disponível em: <http://www.psiquiatriageral.com.br/dsm4/sub_index.htm> Acessado em 30/02/2015
IS – ÍNDICE DE SAÚDE, PROFISSIONAIS DE
SAÚDE, Disponível em: <http://www.indicedesaude.com/artigos_ver.php?id=2443> Acessado em: 24/03/2016
MERCADANTE, Marcos T; VAN DER GAAG, Rutger J; SCHWARTZMAN, Jose S. Transtornos invasivos do desenvolvimento não-autísticos: síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância e transtornos invasivos do desenvolvimento sem outra especificação. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo ,  v. 28, supl. 1, p. s12-s20, May 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462006000500003&lng=en&nrm=iso>. Acessado em: 30/08/2015

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