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 1 
Ciência Política 
 
 
Significado da Palavra Política 
 
“A palavra política significa elevação para a participação no poder ou para a 
influência na sua repartição, seja entre os Estados, seja no interior de um 
Estado ou entre os grupos humanos que nele existem”. (Max Weber) 
 
“É política, o estudo das relações de autoridade entre os indivíduos e os 
grupos, da hierarquia de forças que se estabelecem no interior de todas as 
comunidades numerosas e complexas”. 
 
A ciência política estuda a relação entre o Poder e Chefes de Estado, ou seja: 
 
Ciência Política 
 
Poder: Governantes e sua função, indaga-se se é sinônimo biológico ou de 
força. 
Para Marx — Coação econômica. Resumindo: É uma pressão social difusa e 
coação por enquadramento coletivo pela mídia e propaganda – coação 
psicológica, fator essencial do poder. 
Chefes de Estado: Dita as regras/normas para a sociedade, criando as leis e 
disciplinas. 
 
Definições 
 
Pressão Social Difusa: Poder de outra pessoa ou familiar sobre a pessoa; 
 
Coação Por Enquadramento Coletivo: Partidos políticos e religiões que 
promovem manifestações a favor ou contra determinados candidatos. 
 
Teoria Geral do Estado 
 
A Teoria Geral do Estado foi aplicada a partir de 1900, enquanto que a ciência 
política foi escrita por Maquiavel. No processo histórico, a ciência política se 
baseia em Maquiavel, que pela primeira vez usou a palavra Estado. 
 
Sociedade 
 
Para os filósofos Platão, Aristóteles, Cícero e Santo Tomas de Aquino — A 
sociedade forma o Estado. A sociedade nasce dada a natureza humana do 
homem, que a cria para a sua sobrevivência. 
Há duas idéias sobre o início da sociedade — Natureza Humana e Escolha. 
 
Natureza Humana 
 
Aristóteles: O homem é um ser social por natureza. É o único animal racional 
que possui o discernimento sobre o bem e o mal, sobre o justo ou injusto e 
sobre a moral é a ética. 
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 2 
Platão: A organização social é construída racionalmente e que não existe uma 
necessidade natural para o homem viver em sociedade. 
O único ponto em comum com os contratualista é a total submissão da vida 
social à razão e a vontade. 
 
Cícero: A espécie humana não nasceu para o isolamento e sim com uma 
disposição que o leva a procurar o apoio comum, mesmo quando dispõe de 
todos os bens. 
“Não são apenas os motivos materiais que levam o homem a viver em 
sociedade”. 
 
Santo Tomas de Aquino: O homem é por natureza um animal social e político, 
vivendo em multidão. A vida solitária é uma anomalia, exceto por três 
hipóteses: 
Ser um santo eremita; 
Ser deficiente mental; 
Sofre um acidente (náufrago) 
 
Ranelett: O homem é induzido fundamentalmente por uma necessidade 
natural. A associação é uma condição essencial da vida. Só com a convivência 
o homem pode beneficiar-se das energias, dos conhecimentos, da produção e 
da experiência dos outros acumulada por gerações, obtendo assim os meios 
necessários para que possa atingir os fins de sua existência, desenvolvendo 
todo o seu potencial de aperfeiçoamento no campo técnico e moral. 
 
Escolha da Sociedade 
 
Rousseau: Preocupa-se com os temas mais importante da filosofia clássica, 
como a passagem do estado de natureza ao estado civil, o contrato social, a 
liberdade civil, o exercício da soberania, a distinção entre o governo e o 
soberano, o problema da escravidão e o surgimento da propriedade. 
Propõe o exercício da soberania pelo povo, como condição primeira para sua 
libertação. 
Acredita na bondade humana, num homem essencialmente bom, que só se 
preocupa com a sua conservação. A ordem social não provém da natureza e 
sim de convenções. É à vontade e não a natureza humana, o fundamento da 
sociedade. 
“É necessário encontrar uma forma de associação que defenda e proteja a 
pessoa e os bens de cada associado de qualquer força comum, e pela qual 
cada um, unindo-se a todos não obedeça, senão a si mesmo, ficando assim, 
tão livres quanto dantes”. 
Nesse processo ocorre a alienação de cada associado, com todos os seus 
direitos a favor da comunidade e o ato de associação produz um corpo moral e 
coletivo, que é o Estado. O soberano continua a ser o conjunto das pessoas 
associadas, mesmo depois de criado o Estado, sendo a soberania inalienável e 
indivisível. 
É contra a subordinação política. O povo tem vontade própria, que é a vontade 
geral. A vontade geral é a síntese das vontades individuais. O fim de toda 
legislação é assegurar a liberdade e a igualdade. 
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 3 
No pacto social o homem perde a liberdade natural, mas ganha a liberdade 
civil. O povo é que elabora as suas leis e obedecê-las é um ato de liberdade. 
O Estado é um funcionário do soberano (povo), mas a tendência é que o 
governo subjugue o povo ao invés de submeter-se à ele. 
Não admite representação pela soberania. Vontade não se representa, mas a 
representação é um mal necessário e não se deve descuidar dos 
representantes, cuja tendência é agirem em nome de si mesmos e não 
daqueles que representam. 
Os representantes devem ser trocados com freqüência. O povo só recupera 
sua liberdade através das revoluções, porém as revoluções são exceções na 
vida política de um povo. 
 
Rousseau: Absolutista e acredita que só a vontade humana justifica a vida em 
sociedade. No estado de natureza há a guerra de todos contra todos. 
A constituição do Estado soberano equivale a um homem ou pequeno grupo 
como representante do povo (pacto de vantagens) para que pudesse existir um 
Estado soberano onde todos respeitam as regras impostas. A função deste 
homem era impor a autoridade a qualquer custo, mesmo que tivesse que usar 
de poder de terror e de força. 
Cabe ao soberano a responsabilidade pela distribuição das terras, visando a 
paz e a defesa comum dos súditos, estabelecendo uma lei que garanta a cada 
um o que é seu, porém essa divisão cabe somente ao Estado determinar o que 
é de cada um, não necessariamente atendendo a vontade dos súditos. 
“O homem é o lobo do homem”. Os homens não são selvagens. 
Ele não acredita na transformação do homem com o passar da história. Os 
homens não são absolutamente iguais, mas sim são “tão iguais que..” iguais o 
bastante para que nenhum possa triunfar de maneira total sobre os outros. 
No estado de natureza os homens vivem em guerra de todos contra todos, pois 
o que importa é a honra, o poder e a glória O Estado controla e reprime. 
 
Locke: Liberal e fundador do empirismo e com forte influência teológica é 
contra o absolutismo, acredita que o conhecimento parte da experiência. 
O consentimento expresso dos governados é a única fonte de poder legítimo. 
Parte do estado de natureza que, pela mediação do contrato social, realiza a 
passagem para o estado civil. 
A existência do indivíduo é anterior ao surgimento da sociedade e do Estado. 
Ele acredita em um Estado de relativa paz, concórdia e harmonia e que os 
homens já possuíam razão e propriedade. Propriedade significa vida, liberdade 
e os bens como direitos naturais do ser humano. A defesa da propriedade é a 
principal função do Estado. O Estado não pode violá-la. 
O trabalho social é um pacto de consentimento em que os homens concordam 
livremente em formar a sociedade civil para preservar a propriedade. 
Os principais fundamentos do Estado civil são: 
Livre consentimento da comunidade para a formação do governo; 
A proteção dos direitos de propriedade pelo governo; 
O controle executivo pelo legislativo e o controle do governo pela sociedade. 
Legítimo direito de resistência quando o Estado viola a propriedade 
deliberadamente. 
Estado civil significa a passagempara a sociedade, ou seja, pautada nas 
normas e regras. É contrário ao que governantes imaginem que todo governo é 
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apenas produto da força e da violência e que os homens vivem juntos pelas 
mesmas regras dos animais. 
Que o poder político dá o direito de fazer leis com pena de morte, penalidades 
menores para regular e preservar a propriedade e até empregar a força na 
comunidade na execução de tais leis e na defesa da comunidade contra a 
agressão estrangeira. 
Estado perfeito de natureza significa direitos iguais a todos os cidadãos e um 
Estado democrático, contudo, com regras justas de modo a não permitir 
licenciosidade. 
 
Montesquieu: Preocupa-se com o funcionamento dos regimes políticos e com 
sua estabilidade. 
Tenta compreender a decadência da monarquia, a partir dos conflitos intensos 
que a minaram e os mecanismos que garantiram sua estabilidade por tantos 
séculos. 
Noção de moderação (estabilidade). A tipologia dos governos e a teoria da 
separação dos poderes. 
Condições de manutenção do poder. Ao romper com o estado de natureza, o 
pacto que institui o estado de sociedade deve garantir a estabilidade contra o 
risco de anarquia e de despotismo. 
Considera duas dimensões do funcionamento das instituições — A natureza e 
o princípio de governo, que diz respeito a quem detém o poder. 
Monarquia: Um só governa através de leis fixas e instituições (honra). 
República: Governa o povo no todo ou em parte (classes x poder). 
Despotismo: Governa a vontade de um só. 
Na república o povo escolhe mas não governa, pois escolhe movido pela 
paixão. 
O poder é exercido pela paixão, toda república deveria ser virtuosa. 
O princípio da monarquia é a honra e o da república é a virtude. 
Despotismo é uma extensão do estado de natureza. República e despotismo 
são iguais em um ponto essencial — O povo. 
Para a república o povo é tudo. Para o despotismo o povo não é nada. 
 
Maquiavel: Fala sobre o Estado, mas sobre o Estado real, capaz de impor a 
ordem. Ele substitui o reino do dever ser pelo reino do ser da realidade. 
Afirma que os homens são ingratos, volúveis, simuladores, covardes ante o 
perigo e ávidos de lucro. 
Acredita que estudando o passado, podemos prever os acontecimentos futuros 
com relação ao Estado. Crê numa histórica cíclica, que se repete 
indefinitivamente, já que não há meios absolutos para domesticar a natureza 
humana. Como é impossível extinguir as paixões e os instintos humanos, o 
ciclo se repete. 
O poder político tem origem mundana. Nasce da malignidade do ser humano e 
tem que haver equilíbrio entre a Virtú e a Fortuna. A instabilidade e a desordem 
têm duas causas: 
Imutável da natureza humana 
Duas forças opostas — Povo X Governantes 
Principado: Governo forte 
República: Povo 
O príncipe não é um ditador é um fundador do Estado. 
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Virtú — Verdadeira virilidade e inquestionável coragem; 
Fortuna — Deusa boa que possuía a honra, a riqueza, a glória e o poder. 
 
Origem do Estado 
 
Há duas indagações sobre a origem do Estado. Qual a época do aparecimento 
do Estado e quais os motivos que determinaram e determinam o surgimento 
dos Estados 
 
A palavra Estado vem do latim (status – estar firme), significando situação 
permanente de convivência e ligado à sociedade política. Aparece pela 
primeira em “O Príncipe” de Maquiavel, passando a ser usado pelo povo 
italiano sempre relacionado ao nome de uma cidade independente. 
 
Há inúmeras teorias sobre a época do aparecimento do Estado, contudo, 
podem ser resumidas a três fundamentais. 
 
O Estado, assim como a sociedade, existiu sempre, pois desde que o homem 
vive sobre a Terra acha-se integrado numa organização social dotada de poder 
e com autoridade para determinar o comportamento de todo o grupo. 
 
Que a sociedade humana existiu sem o Estado durante um certo período. 
Depois, por motivos diversos, este foi constituído para atender às necessidades 
ou às conveniências dos grupos sociais. Não houve concomitância na 
formação do Estado em diferentes lugares, uma vez que este foi aparecendo 
de acordo com as condições concretas de cada lugar. 
 
Que o conceito de Estado não é um conceito geral válido para todos os 
tempos, mas é um conceito histórico concreto, que surge quando nascem a 
idéia e a prática da soberania, o que só ocorreu no século XVII. Balladore 
Pallieri indica o ano do nascimento do Estado, sendo o ano de 1648, quando foi 
assinada a paz de Westfália. 
 
Formação do Estado 
 
Originária: Parte de agrupamentos humanos ainda não integrados em 
qualquer Estado; 
Derivada: Surge de desmembramentos de outros Estados preexistentes, 
sendo: 
a) Fracionada: Parte do território é desmembrada e constituindo novo Estado. 
b) União: Adoção de constituição comum, extinguindo os Estados 
preexistentes que aderiram à União. 
 
Teorias da Formação do Estado 
 
Natural: Que o Estado se formou naturalmente, não por um ato puramente 
voluntário; 
Contratual: Que por força de vontade de alguns homens, ou então de todos os 
homens. 
 
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Origens da Formação 
 
Familial ou Patriarcal: Estas teorias situam o núcleo social fundamental na 
família. Cada família primitiva se ampliou e de origem a um Estado. 
 
Atos de Força: A superioridade de força de um grupo social permitiu-lhe 
submeter um grupo mais fraco, nascendo o Estado dessa conjunção. 
 
Causas Econômicas ou Patrimoniais: Teria se formado para se aproveitarem 
dos benefícios da divisão do trabalho e que a posse da terra gerou o poder e a 
propriedade gerou o Estado. 
A teoria de maior expressão é a de Marx e Engels. Além de negar que o 
Estado tenha nascido com a sociedade, Engels afirma que ele “é antes um 
produto da sociedade, quando ela chega a determinado grau de 
desenvolvimento”. Trata o Estado como uma instituição que assegura as novas 
riquezas individuais, que consagra a propriedade privada, estimulando a 
acumulação de riquezas e perpetua a divisão da sociedade em classes. 
Assegurando o direito da classe possuidora explorar a classe não possuidora e 
o domínio da primeira sobre a segunda. Portanto, a teoria marxista do Estado é 
que ele é um instrumento da burguesia para exploração do proletariado e que o 
Estado poderá ser extinto no futuro, uma vez que foi uma criação puramente 
artificial para satisfação dos interesses de uma pequena minoria. 
 
Desenvolvimento Interno da Sociedade: Sociedades que atingem maior grau 
de desenvolvimento e alcançam uma forma complexa, tem absoluta 
necessidade do Estado. Não há influências externas à sociedade, inclusive de 
interesses de indivíduos ou de grupos, mas é o próprio desenvolvimento 
espontâneo da sociedade que dá origem ao Estado. 
 
Evolução Histórica do Estado 
 
Estado Antigo: Família, religião, estado e a organização econômica formam 
um conjunto confuso. Havendo duas características principais. 
Natureza unitária Religiosidade: Estado antigo vai da Proto-História até o 
início do império Romano. A proto-história é a idade dos metais, quando o 
homem ainda não conhecia a escrita. Não havia separação organizada das 
instituições. 
Estado Grego: Não há um Estado único e sim dois principais Estados, Atenas 
e Esparta. 
Característica Principal: Cidade Estado e democracia para uma faixa restrita 
da população. 
Estado Romano: Domínio sobre grande extensão territorial 
Característica Principal: 
Base familiar e ampliação dos direitos dos plebeus. 
Estado Medieval: Tem como características principais o cristianismo, invasões 
dos bárbaros e feudalismo. 
Estado Moderno: Tem como características principais a soberania, territórioe 
povo, tendo como início a celebração da Paz de Westfália em 1648. 
 
Conceito de Soberania 
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Entre o Estado Antigo e o fim do Império Romano não há menção à soberania. 
Na Antigüidade nunca houve oposição entre o poder do Estado e outros 
poderes. As atribuições do Estado se limitavam à segurança e a arrecadação 
de tributos. 
 
Durante a Idade Média surgem duas soberanias concomitantes: a do Rei e a 
dos senhores feudais. O poder dos reis vai se firmando a partir de uma clara 
superioridade sobre os senhores feudais, da independência dos reis 
relativamente ao Imperador e ao Papa. 
 
Para Jean Bodin “Soberania é o poder absoluto e perpétuo de uma república”. 
Nenhuma lei humana limita o poder soberano, enquanto que para Rousseau 
“Soberania é inalienável e indivisível. 
 
A partir da metade do século XIX surge na Alemanha a teoria da personalidade 
jurídica do Estado, reconhecendo-o como titular da soberania. 
 
Concepções de Soberania 
 
Há três concepções sobre soberania. 
a) Política 
b) Jurídica 
c) Culturalista 
 
Características de Soberania 
 
Possui quatro características: 
a) una; 
b) indivisível; 
c) inalienável; 
d) imprescritível 
 
Teorias Justificadoras 
 
Há duas teorias justificadoras do poder soberano, sendo: 
a) Teoria teocrática 
b) Teoria democrática 
 
Em síntese: o conceito de soberania tem sua origem histórica exclusivamente 
política, e já se acha disciplinado juridicamente, quanto à sua aquisição, seu 
exercício e sua perda. Assim, o poder soberano como poder jurídico é 
importante obstáculo para o mundo arbitrário da força. 
 
Finalidades e Funções do Estado 
 
O fim do Estado é promover o bem comum, entendido como conjunto de todas 
as condições de vida social que consistam e favoreçam o desenvolvimento 
integral da personalidade humana. 
 
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Fins Objetivos: Fins universais objetivos, ou seja, fins comuns a todos os 
Estados de todos os tempos — Platão e Aristóteles. 
Fins Subjetivos: Relação entre os Estados e os fins individuais. 
Fins Expansivos: Para Estados totalitários — a) utilitários e b) éticas. 
Fins Limitados: Redução ao mínimo das atividades do Estado. Estado-Polícia, 
Estado-Liberal e Estado de Direito, ou seja, é o contratualismo. 
Fins Relativos: Teoria solidarista. Solidariedade entre os povos para garantir a 
igualdade de todos os indivíduos nas condições iniciais da vida social. 
Fins Exclusivos: Segurança externa e interna (fins essenciais) 
Fins Concorrentes: Grande importância social, mas não exclusiva do Estado. 
Organicista e Mecanicista: Não há finalidade do Estado. 
 
 O Poder do Estado 
 
O Estado não só tem um poder como é um poder. 
 
BORDEAU: O Estado é a institucionalização do poder, obriga e é poder 
abstrato, por isso não é afetado pelas modificações que atingem seus agentes. 
Sendo o Estado uma sociedade, não pode existir sem um poder, tendo este na 
sociedade estatal certas peculiaridades que o qualificam, como a soberania. 
 
Poder Dominante: Originário e irresistível. 
Poder não Dominante: Encontra-se em todas as sociedades que não o 
Estado. Não tem forças para obrigar. 
 
Poder Político X Poder Jurídico 
 
Tese do poder jurídico: Para Kelsen o Estado submete os homens ligando 
sua conduta a um dever jurídico. O poder do Estado é o direito do Estado. 
 
Estado Irresistível e Onipotente 
 
A origem do poder coativo é suposta, o que enfraquece essa tese. Na verdade, 
o poder do Estado é político e jurídico. Para Miguel Reale, assim como não há 
organização sem presença do direito, não há poder que não seja jurídico. 
 
Poder Jurídico: Está relacionado a uma graduação de juridicidade que vai de 
um mínimo para um máximo (Edmond Picard). 
Poder Político: Está relacionado à força. 
 
Ordem Jurídica 
 
É que determina que certos homens devem mandar e outros devem obedecer, 
aplicando-se a esses últimos em caso de desobediência a conseqüência 
coativa. Por tal motivo encontra-se na base de toda a vida social uma ordem 
jurídica, o verdadeiro sentido de poder ou dominação estatal não é de que uns 
homens estão submetidos a outros, mas sim de que todos os homens estão 
submetidos a normas. 
 
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Em síntese: A ordem jurídica significa a subordinação dos homens às normas 
emanadas pelo Estado. 
 
Conceito de Estado 
 
Há uma polêmica entre noção de força ou natureza jurídica do estado. 
 
Noção de Força 
 
Duguit: Estado é a força material irresistível limitada e regulada pelo direito. 
Heller: Estado é a unidade de dominação independente no exterior e interior, 
atuando de modo contínuo com meios de poder próprio e delimitado no pessoal 
e no territorial. 
Dordeau: O Estado é a institucionalização do poder. 
Gurvith: O Estado é o monopólio do poder. 
 
Noção Jurídica 
 
Ranelette: O Estado é uma corporação que possui povo e território 
Del Vecchio: O Estado é a unidade de um sistema jurídico que tem em si 
mesmo, o próprio centro autônomo que é possuidor da suprema qualidade de 
pessoa. 
Gerber: A preocupação com a noção jurídica de Estado surge no séc. XIX na 
Alemanha, procurando estabelecer o conceito de Estado como pessoa jurídica 
e subordinar as regras e o seu funcionamento. 
Jelineck: O Estado é uma corporação territorial dotada de um poder de mando 
originário 
Kelsen: O Estado é uma ordem coativa normativa da conduta humana. Para 
ser completa a noção de Estado deve dar mais ênfase ao fator jurídico. 
Max Weber: O Estado detêm a legitimidade do uso da força. Comunidade 
humana que, dentro dos limites de determinado território, reivindica o 
monopólio do uso legítimo da violência física. 
 
Personalidade Jurídica do Estado 
 
Teoria Ficcionista 
 
Savigny: Trata a personalidade jurídica do estado como ficção. As pessoas 
jurídicas como sujeitos artificiais (criação da lei). 
Kelsen: A personalidade jurídica do estado é um sujeito artificial, sendo a 
personificação da ordem jurídica. 
 
Teoria Realista 
 
Albrecht: Ele faz uma afirmação sobre a necessidade de se entender o Estado 
como pessoa jurídica. 
Gerber: Afirma que uma construção jurídica da personalidade jurídica do 
Estado, ou seja, o Estado existe por si só. 
Gierke: O Estado é um organismo moral. 
 
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Teoria Realista X Organicismo Biológico 
 
Gierke: O Estado pessoa jurídica é um organismo e através de órgãos próprios 
atua sua vontade. Isso acontece porque as pessoas físicas agem como órgãos 
do Estado. 
Lakand: O Estado é uma unidade organizada, uma pessoa que tem vontade 
própria. Os direitos e deveres do Estado são diferentes. 
Jellinek: Nada exige que a qualidade de sujeito de direitos seja atribuída 
apenas aos indivíduos. Assim o Estado como unidade coletiva pode ter direitos. 
Groppali: O Estado é composto pela vontade de pessoas físicas que 
constituem seus órgãos e que se põe com vontade direta. 
 
Teoria do Realismo Jurídico 
 
Esses pensadores refutam a personalidade jurídica do Estado. 
 
Max Sidel: O Estado é terra e gente dominada por uma vontade superior. O 
Estado é apenas objeto de direito de uma vontade superior. 
Donati: A personalidade do Estado é a personalidade dos governantes, que 
são portadores da soberania e a substância da subjetividade estatal. 
Duguit: O Estado é uma relação de subordinação entre os que mandam e os 
que são mandados. Essa relação jamais poderia se transformar em pessoa. 
Dallari: As pessoas físicas quando agem como órgãos do Estado, externam 
uma vontade que pode serconferida ao Estado e que não se confunde com as 
vontades individuais, sendo: 
Todas as pessoas físicas e jurídicas são sujeitos de direito; 
A noção do Estado como pessoa jurídica está subordinada a ordem jurídica 
para responsabilizar pelos atos do Estado. 
 
Estado - Direito e Política 
 
Estado X Direito: O Estado deve procurar o máximo de juridicidade. Assim é 
que acentua o caráter de ordem jurídica, na qual está sintetizado os limites 
componentes do Estado. 
O poder jurídico procura reduzir a margem de arbítrio e discricionaridade e 
assegurar a existência de limites jurídicos à ação do Estado. No entanto, não 
se pode reduzir o Estado exclusivamente para fins jurídicos. 
 
Estado X Política: O Estado é sociedade política voltada para fins políticos 
que convivem com a jurídica, influenciando-a e sendo por ela influenciada. 
O caráter político do Estado lhe dá a função de coordenar os grupos de 
indivíduos em vista de fins a ser atingidos, impondo a escolha dos meios 
adequados. Devem ser levados em conta a necessidade e a possibilidade dos 
indivíduos, a coletividade, a liberdade e a autoridade. 
 
Estado e Nação - Contexto Histórico 
 
Guerras e lutas religiosas sem interesse para o povo, forte conotação 
emocional, símbolo da unidade popular. 
 
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 11 
Criação Artificial 
 
Ocorre no século XVIII, com as lutas da burguesia contra a monarquia 
absolutista, enfraquecimento da monarquia, nação como superioridade, 
imperialismo. 
A nação foi utilizada como artifício para envolver o povo em conflitos de 
interesses alheios, não tendo significação jurídica. 
Estado é sociedade, Nação é comunidade. Não há mais coincidência entre 
Estado e Nação, a regra hoje é o plurinacionalismo. O Estado cria uma imagem 
nacional, simbólica e de efeitos emocionais para integrar o povo e reduzir 
conflitos. 
 
 
Texto extraído com site >http://br.geocities.com/jrvedovato/direito_tributario.htm>, 
acesso em 05 de julho de 2007

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