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04/03/2015 1 Suspensões Profa. Tatiana Pereira 1 O que é Suspensões – Considerações gerais 2 Preparações que contem partículas de fármaco finamente divididas (suspensóide) distribuídas de modo uniforme em um veículo no qual esse fármaco exibe mínima solubilidade Tamanho de partículas : 10 a 50 µm Porque Suspensões – Considerações gerais 3 04/03/2015 2 Razões para o uso das suspensões:- Aumentar a estabilidade do fármaco Administrar forma farmacêutica líquida • Facilitar a deglutição Mascarar sabor desagradável Flexibilidade da administração de diferentes doses Prolongar a liberação (diminui freqüência de administração e efeitos colaterais) • Modificações químicas nos fármacos. Ex. Palmitato de cloranfenicol • Facilita desenvolvimento farmacotécnico Suspensões – Considerações gerais 4 Características necessárias a uma suspensão farmacêutica: Suspensões Outras formas farmacêuticas Características que se aplicam de forma específica as suspensões: Eficácia terapêutica, estabilidade química, durabilidade e aparência da formulação Suspensões – Considerações gerais 5 Natureza da fase dispersa e do meio dispersante/ escolha dos adjuvantes farmacêuticos Sedimentação lenta Facilidade de redispersão após agitação suave Tamanho das partículas deve se manter constante por longos períodos de tempo Escoamento rápido e uniforme do recipiente Suspensões – Considerações gerais 6 04/03/2015 3 7 Suspensões – aspectos físico-químicos das formulações Flutuação das partículas suspensas: Sólido em contato com o líquido: Líquido molhar totalmente o sólido Líquido permanece na superfície do sólido Molhar parcialmente o sólido, formando ângulo de contato 8 Suspensões – aspectos físico-químicos das formulações Flutuação das partículas suspensas: Sólido não está molhado pela fase dispersante Depende ta tensão interfacial (sólido-líquido) Agentes molhantes: facilitam saída do ar adsorvido na superfície das partículas, favorecem substituição da interface sólido-ar para sólido-líquido Agentes molhantes: alta concentração na interface, rápida difusão no agente dispersante, atoxicidade, atuar em baixa concentração, quimicamente inerte Agentes molhantes: diminui tensão interfacial, diminui ângulo de contato, aumenta molhabilidade Ex: tensoativos, glicerina, propilenoglicol, álcool, Lei de Stokes (Velocidade de sedimentação das partículas): Tamanho das partículas dispersas Densidade da fase dispersa e do meio dispersante Viscosidade do meio dispersante Aceleração da gravidade 9 Suspensões – aspectos físico-químicos das formulações Propriedades interfaciais: Suspensões: sistemas termodinamicamente instáveis: tendem a diminuir área superficial de contato resultando em agregação das partículas e sedimentação 04/03/2015 4 Tamanho das partículas: Redução do tamanho das partículas é benéfica a estabilidade da suspensão Velocidade de sedimentação mais lenta e uniforme 10 Suspensões – aspectos físico-químicos das formulações 11 Velocidade e modo de sedimentação Um pó apresenta densidade de 1,3 mg/mL e diâmetro médio de 2,5 µm (supondo que as partículas sejam esféricas). De acordo com a Lei de Stokes, esse pó sedimentará em água (viscosidade de 1cps) numa velocidade de: (2,5x 10-4) 2 (1,3-1,0) (980) = 1,02 x 10-4 cm/segundos 18 x 0,01 Se o tamanho da partícula do pó for reduzido para 0,25 µm (2,5x 10-5) 2 (1,3-1,0) (980) = 1,02 x 10-6 cm/segundos 18 x 0,01 Redução de 10 x no tamanho das partículas Redução de 100 x na velocidade de sedimentação Suspensões – aspectos físico-químicos das formulações Técnicas utilizadas para redução do tamanho das partículas Trituração a seco Micropulverização (10-50 µm): impacto ou atrito a altas velocidades Moinhos a jato ou micronizadores (<10 µm): atrito provocado por corrente de ar em alta velocidade (sônica e supersônica). Preparações parenterais e oftálmicas Nebulização (Spray-drying): solução contendo fármaco é aspergida e rapidamente seca por uma corrente de ar quente e seco. Produz partículas extremamente finas Redução demasiada no tamanho das partículas pode levar a formação de massas sólidas (cake). 12 Suspensões – aspectos físico-químicos das formulações 04/03/2015 5 13 Velocidade e modo de sedimentação Densidade das fases e viscosidade do meio Glicerina for utilizada como veículo: densidade= 1,25 mg/mL e viscosidade =400 cps Partículas com 2,5 µm (2,5x 10-4) 2 (1,3-1,25) (980) = 4,25 x 10-8 cm/segundos 18 x 4 Agentes suspensores: Goma guar, bentonita, carboximeteilcelulose, HEC, HPMC, Suspensões – aspectos físico-químicos das formulações 14 Velocidade e modo de sedimentação CUIDADO com aumento da viscosidade: escoamento fácil da formulação e fácil redispersão das partículas no veículo mediante fácil agitação Condição Velocidade de sedimentação (cm/segundos) Partículas 2,5 µm em água 1,02 x 10-4 Partículas 0,25 µm em água 1,02 x 10-6 Partículas 2,5 µm em glicerina 4,25 x 10-8 Alteração da fase dispersante: maior mudança na velocidade de sedimentação/ Estabilidade da suspensão Suspensões – Considerações gerais 15 Agentes suspensores : requisitos Suspensões – aspectos físico-químicos das formulações Ser inócuo Não apresentar atividade farmacológica na concentração empregada apresentar apreciável aumento de viscosidade Não alterar as propriedades reológicas do sistema com o tempo de armazenagem Agentes suspensores : escolha Possíveis incompatibilidades Facilidade de preparação Grau de pureza (de acordo com a via de administração) pH e temperatura de estabilidade 04/03/2015 6 16 Suspensões – aspectos físico-químicos das formulações Modo de sedimentação Tendência das partículas agregarem depende das forças atrativas e repulsivas Tipo de agregados formados determina as características do sedimento Defloculadas Partículas existem como entidades separadas A velocidade de sedimentação é lenta O sedimento não se dispersa com facilidade A suspensão mantêm se mais tempo com bom aspecto Sobrenadante turvo Floculadas Partículas formam agregados A velocidade de sedimentação é rápida O sedimento é facilmente redisperso A suspensão desfaz-se rapidamente Sobrenadante límpido 17 Suspensões – Resumindo... Partículas floculadas: Estão fracamente ligadas umas às outras Separação nítida entre sobrenadante e sedimento Sedimentam rapidamente Não formam “cake” Sedimento redispersível Sobrenadante límpido Partículas defloculadas: Estão fracamente ligadas umas às outras Não há separação nítida entre sobrenadante e sedimento Sedimentam lentamente Formam “cake” Sedimento compacto, não redispersível Sobrenadante turvo 18 Suspensões – aspectos físico-químicos das formulações 04/03/2015 7 19 20 Suspensões – floculação controlada 21 Suspensões – floculação controlada Agentes floculantes: Eletrólitos: Reduzem o potencial zeta fazendo com que as partículas se aproximem Tensoativos: Semelhante a presença de eletrólitos pois estes reduzem o potencial zeta Polímeros: Parte da molécula fica adsorvida na superfície da partícula e parte se projeta para o meio, formando pontes entre as partículas que resultam na formação deflóculos Floculação controlada em veículos estruturados: Uso de agentes suspensores, ocasionando diminuição da velocidade de sedimentação. Ex: carbopol, CMC, veegum Observar compatibilidade entre cargas elétricas : agente suspensor e partícula. Ex: sulfonamida +, potencial zeta -, floculação Cl-, agente suspensor aniônico Avaliação das partículas em suspensão: Curva de sedimentação Curva de potencial zeta 04/03/2015 8 22 23 Suspensões – Preparo 24 Suspensões – Preparo
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