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19/09/2013 1 Profa. PhD. Denise Botelho de Oliveira Braga Universidade Federal Fluminense Uso de fitoterápicos em expansão Biodiversidade e potencialidade das plantas medicinais Investimento em pesquisa e desenvolviment o de novos produtos PRODUTOR RURAL DISTRIBUIDORA / PESQUISA INDÚSTRIA / COMÉRCIO VAREJISTA CADEIA PRODUTIVA DE FITOTERÁPICOS 19/09/2013 2 Quem são? Associações de pequenos produtores rurais, comunidades indígenas, sociedades organizadas, cooperativas ou outros tipos de organizações, principalmente em estados como RS, PR, SP e BA. Empresários autônomos representantes de vários agricultores. O quê cultivar? Lei da oferta e da procura Entrave Falta de qualificação dos produtores, pois estes não têm apoio técnico-científico, legislação ou parâmetros específicos para cada matéria-prima e dependem muito de fatores climáticos e apoio econômico da esfera política. 19/09/2013 3 PNPMF - Decreto nº 5.813 de 22/06/2006 Estabelece diretrizes e linhas prioritárias para o desenvolvimento de ações pelos diversos parceiros em torno de objetivos comuns voltados à garantia do acesso seguro e uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos no País. Tem estimulado a formação de redes ou grupos organizados (como a Rede Fito Mata Atlântica SP e a Rede Fito RS), que promovem o uso sustentável de PMs, o apoio técnico aos agricultores, investimentos em difusão do conhecimento etnofarmacológico e estudos de demanda e produção de acordo com cada região. Responsável pela limpeza e preparo da matéria- prima. Grande parte está preparada e qualificada com profissionais, local de armazenamento, transporte e, principalmente, laboratório de CQ. Isto facilita a padronização, a rastreabilidade e a melhoria na qualidade das PMs. 19/09/2013 4 Matéria-prima chega com uma embalagem inadequada, com presença de grande quantidade de talos, areia, material estranho, alta umidade e adulteração. Para o controle de qualidade das plantas medicinais, na distribuidora são avaliados os seguintes parâmetros: Matéria-prima vegetal Análise macroscópica e umidade Amostragem para controle de qualidade Controle de qualidade* Aprovado Garantia de qualidade Produto liberado As distribuidoras de insumos fitoterápicos atendem diversos ramos industriais como o alimentício, de bebidas, cosmético, farmacêutico e varejistas (farmácias de dispensação e manipulação, ervanarias...) Desafio dos órgãos regulatórios Criar uma legislação específica para este setor com objetivo de qualificar as empresas. 19/09/2013 5 Universidades públicas Empresas públicas de pesquisa Grandes empresas em diversos setores industriais Universidades e empresas públicas • Equipamentos e profissionais habilitados a realizarem pesquisas com a flora brasileira, fitomedicamentos, investimentos, parcerias público-privadas, patentes e reconhecimento internacional. • Apoio: Federal - CNPq, CAPES, PNPMF Estadual - Ex.: FAPERJ Identificação botânica e avaliação farmacognóstica; Identificação dos principais PAs (padronização do produto) e estudos toxicológicos e farmacológicos (in vitro e in vivo). Desenvolvimento de formulações; Estudos farmacológicos e toxicológicos com as formulações intermediárias e finais; Estudo de estabilidade e registro do produto. 19/09/2013 6 Indústrias de extratos (extratos fluídos, secos, moles e glicólicos); Indústrias cosméticas e de essências (aromas e óleos essenciais); Indústrias de alimentos, de bebidas e de chás. 1ª etapa na indústria: Estudo de mercado e avaliação da disponibilidade de matéria-prima vegetal, para suprir toda a demanda de pesquisa e, posteriormente, comercialização do fitomedicamento. Fatores facilitadores na produção de fitoterápicos no BR: amplo conhecimento etnofarmacológico, diversidade da flora brasileira, diversas publicações científicas na área. 19/09/2013 7 Regulamentação de fitomedicamentos: Resolução da Diretoria de Colegiado da Anvisa (RDC) nº 48, junto com as resoluções RE 88, RE 89, RE 90 e RE 91 que complementam as exigências do setor. RDC n° 48 de 16 de março de 2004 Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos na íntegra (pré e pós registro). RE n° 88 de 16 de março de 2004 Lista de Referência Bibliográfica para avaliação da segurança e eficácia de fitoterápicos. RE n° 89 de 16 de março de 2004 Lista de Produto de Registro Simplificado. Os medicamentos constantes desta lista estão dispensados da comprovação de eficácia e segurança para o seu registro. 12 espécies em 2000, 34 em 2004 e 36 em 2008. Especificações citadas Nomenclatura botânica ..........Hypericum perforatum L Nome popular ......................... hipérico Parte usada ............................. partes aéreas Padronização/marcador ..........hiperecinas Formas de uso .........................extratos, tintura Indicações ...............................estados depressivos leves a moderados, não endógenos Dose diária ............................... 0,9 a 2,7 mg em hiperecinas Via de administração ............... oral Restrição de uso ....................... venda com prescrição médica ESPECIFICAÇÕES CITADAS DEVEM SER OBEDECIDAS INTEGRALMENTE 19/09/2013 8 RE n° 90 de 16 de março de 2004 Guia para realização de estudos de Toxicidade Pré-Clínica de Fitoterápicos. devem ser conduzidos com amostras padronizadas do fitoterápico ou derivado vegetal. AMOSTRA TOXICIDADE AGUDA TOXICIDADE DE DOSES REPETIDAS TOXICIDADE SUB-CRÔNICA TOXICIDADE CRÔNICA AVALIAÇÃO TOXOLÓGICA TÓPICA SENSIBILIZAÇÃO DÉRMICA IRRITAÇÃO CUTÂNEA ESTUDO ESPECIAL IRRITAÇÃO OCULAR GENOTOXICIDADE 19/09/2013 9 RE n° 91 de 16 de março de 2004 Guia para a realização de alterações, inclusões, notificações e cancelamentos pós- registro. A ANVISA ou MAPA poderão a qualquer momento e a seu critério exigir provas adicionais relativas à identidade e qualidade dos componentes e da segurança e eficácia do medicamento, caso ocorram dúvidas ou que seja necessário avaliações complementares mesmo após a concessão do registro. Se destacam as farmácias com manipulação, que adquirem o produto na forma de pó, extrato fluido e seco e óleos para preparo das mais diversas formas farmacêuticas. 19/09/2013 10 No setor de dispensação é permitida a venda de plantas em forma de rasuras ou sachês, sem indicação de uso na embalagem, dos produtos dispensados de registro, conforme a RDC nº 267 (Brasil, 2005), a RDC nº 277 (Brasil, 2005) e a RDC nº 219 (Brasil, 2006). A produção de fitoterápicos exige o cumprimento de diretrizes regulamentadas para evitar e prevenir os riscos na qualidade e segurança dos produtos. A garantia da qualidade é um importante aspecto a ser considerado desde o projeto até a liberação do produto ao consumidor. A qualidade deve ser alcançada através do controle de todo o processo de produção, desde a matéria prima até o produto acabado, ou seja: Droga vegetal Derivado de droga Produto acabado 19/09/2013 11 19/09/2013 12 É necessário que a produção ocorra de acordo com as boas prática de fabricação e controle (BPFC) e ter estabilidade e reprodutibilidade. Laudo de identificação botânica e diferenciação de outras espécies. Relatório descritivo dos métodos de secagem, estabilização e conservação. 19/09/2013 13 Testes de pureza e integridade, incluindo: características organolépticas (aparência, cor, odor e sabor), umidade, pesquisa de matérias estranhas e contaminantes microbiológicos. Referências bibliográficas da farmacopéia consultada e reconhecida pela ANVISA/MAPA.Nomenclatura botânica oficial. Parte da planta usada. Solventes excipientes e/ou veículos usados na extração. Características organolépticas. Testes de pureza e integridade, incluindo: umidade, solubilidade, cinzas, cinzas insolúveis em ác. clorídrico e teor de metais pesados. Análise qualitativa e quantitativa de PA e/ou marcadores ou classes de compostos químicos característicos da espécie. Descrição detalhada de todas as metodologias usadas no controle de qualidade. Análise qualitativa e quantitativa de componentes característicos da planta. 19/09/2013 14 Resultado da prospecção fitoquímica ou perfil cromatográfico. Controle biológico. CONCLUSÕES: A qualidade microbiológica de produtos constitui um dos atributos essenciais para o seu desempenho adequado, principalmente em relação à segurança, eficácia e aceitabilidade destes produtos. Matéria-prima, água e pessoal são fontes importantes de contaminação microbiana e devem ser controlados. A qualidade microbiológica é definida por padrões microbianos descritos em compêndios oficiais e normas regulamentadoras. Contaminação microbiana gera: comprometimento do desempenho do produto devido à quebra da estabilidade da formulação, alteração das características físicas e inativação dos PAs da formulação; 19/09/2013 15 agravamento do quadro clínico de pacientes já debilitados pela doença; perda de confiança na empresa. Os processos de fabricação devem ser documentados a cada lote de produção, constando no histórico do produto todas as ações de CQ em todas as etapas do processo de fabricação. Lippia alba Aloysia triphylla Nome popular: erva cidreira Melissa officinalis Cymbopogon citratus 19/09/2013 16 Nome popular: boldo Melissa officinalis Coleus barbatus Vernonia condensata Peumus boldus Plectranthus barbatus Arnica montana Nome popular: arnica Porophyllum ruderale Lychnophora ericoides Solidago microglossa FIM
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