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Trabalho de Direito Penal Dos crimes contra o Patrimônio Titulo II- Furto Art.155 e Furto de Coisa Comum Art.156 Alunos Eva Franciele Giselle Glauciana Graziella Grazielle Karina Leonardo Diferença entre furto e roubo Artigo 155 Furto Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: (SEM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA) Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. O conceito de furto é basicamente o assenhoramento da coisa com o fim de apoderar- se dela de modo definitivo. (EMBORA AINDA EXISTE DIVERGÊNCIAS DOUTRINÁRIAS ONDE FALAM QUE A POSSE ESTÁ DIRETAMENTE PROTEGIDA E SE CONFUNDAM POSSE DE PROPIEDADE O DISPOSITIVO PROTEGE TANTO A POSSE QUANTO PROPIEDADE DIRETA E INDIRETAMENTE. POSSE: É a exteriorização da propriedade, é o estado de fato que corresponde ao direito de propriedade RELAÇÃO DE FATO TRANSITÓRIO . PROPRIEDADE: é sinônimo de domínio RELAÇÃO DE DIREITO PERMANETE.) 4 Elementos Subtrair: Retirar sem o consentimento da vítima. Mover, tirar de forma fraudulenta. (SUBTRAIR É O NÚCLEO DO TIPO) Subtrair para si: Animo de assenhoramento definitivo, quer a coisa. Subtrair para outrem: Transitoriedade. Passa o bem para um terceiro. (O TERCEIRO QUE COMPRA A COISA FURTADA RESPONDERÁ POR RECEPTAÇÃO CULPOSA OU DOLOSA ART. 180) Elementos Coisa móvel: Tudo aquilo que pode ser movido de um lugar a outro. Não se equipara a coisa móvel no direito civil. (CP: toda substância corpórea, material, ainda que tangível, suscetível de apreensão e transporte e que são imóveis ou equiparados EX: corpos gasosos, instrumentos ou títulos, partes do solo ou da casa, arvores, navios e aeronaves.) Tem que ter um valor econômico. (valor de troca e alguns autores o que tiver valor afetivo EX: mechas de cabelo, fotografias, cartas amorosas e etc...) Sujeitos Ativo: Todo aquele que se apodera do bem, desde que não seja o possuidor ou proprietário do mesmo. (AUTOR DETENTOR DA COISA ALHEIA.) Passivo: Será aquele que tem posse ou propriedade da coisa. (VÍTIMA COMO POSSUIDOR OU PROPIETÁRIO.) Obs: A doutrina majoritária não aceita o detentor como sujeito passivo, já que o mesmo não terá seu patrimônio diminuído em caso de furto. (NESSE CASO SERÁ APROPIAÇÃO INDÉBITA NÃO COMETE FURTO E SIM CRIME PREVISTO NO ART. 346 O PROPIETÁRIO QUE SUBTRAI COISA SUA QUE SE ACHA EM PODER DE OUTREM.) DISTINÇÃO: Não responde por furto: Coautoria ou participação artigo 349 do CP. Subtração de nota promissória e sua destruição artigo 305 do CP, Aquele que subtrai coisas alheias para se pagar ou ressarcir de prejuízos artigo 345 do CP. A“trombada” desde que leve não descaracteriza o furto mas pode ser interpretada de modo a configurar a violência essa que compõe o roubo artigo 157 do CP. As pessoas que adquirem a coisa subtraída, sabendo de sua origem ou por culpa responderão por receptação dolosa ou culposa artigo 180 do CP. E aqueles que prestam auxilio após a consumação, não havendo conserto prévio, respondem por crime de favorecimento real artigo 349. §1° A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno • É um AGRAVAMENTO e não uma qualificadora. • Não é quando está escuro, mas sim quando a pessoa esta de repouso ou dormindo de noite. (O HORÁRIO DE REPOUSO NOTURNO SERÁ VARIÁVEL POIS DEVE SE OBEDECER AOS COSTUMES SOCIAIS LOCAIS DA POPULAÇÃO.) § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. Furto privilegiado: SÃO FURTOS DE PEQUENO VALOR A SUBTRAÇÃO. O PRIVILÉGIO NO FURTO É UMA CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO DE PENA. Tem que ser réu primário e o bem ser de valor pequeno concomitantemente. NÃO PODE TER SOFRIDO CONDENAÇÃO ANTERIOR EM RAZÃO DE OUTRO CRIME TRANSITADO EM JULGADO E NÃO PODE GOZAR DO BENEFICIO O AGENTE QUE É NÃO REICIDENTE TECNICAMENTE. § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. • IRÁ CARACTERIZAR O FURTO SOMENTE SE QUANDO O AGENTE DESVIAR A ENERGIA ELÉTRICA INDEVIDAMENTE: EX: DE UM POSTE DE LUZ PARA UTILIZAÇÃO EM CASA. • SE O AGENTE USAR DE QUALQUER ARTEFATO RESPONDERÁ POR ESTELIONATO ART. 171. EX: VICIAR O RELÓGIO DE MARCAÇÃO DO CONSUMO. Mais vulgarmente conhecido como “gato”. Tv a cabo, internet, entre outros § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: Furto qualificado das seguintes formas: SÃO OS MODOS DE EXECUÇÃO DO DELITO PARA FACILITAÇÃO DA CONSUMAÇÃO. I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa: QUEBRAR O VIDRO DE UM CARRO PARA FURTAR O SOM. II - com abuso de confiança: PRATICADO POR PORTEIRO, VIGIA, ou mediante fraude: DISTRAÇÃO DA VÍTIMA, escalada: HABILIDADE FÍSICA ou destreza: HABILIDADE E AGILIDADE PARA REALIZAR ALGO. EX: AS MÃOS. III - com emprego de chave falsa: UTILIZA UM ISNTRUMENTO FALSO COM OU SEM FORMA DE CHAVE. IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas: REUNEM MAIS PESSOAS NA VIOLAÇÃO DE DOMICILIO. EM ALGUNS REQUISITOS O EXAME PERICIAL É INDISPENSÁVEL. § 5º - A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. Também é furto qualificado. FURTO: ESPÉCIE VEÍCULO AUTOMOTOR: OBJETO MATERIAL. POR DESCUIDO DO LEGISLADOR QUANDO A AÇÃO FOR PRATICADA POR 3ª PESSOA NÃO IRÁ COMINAR A PENA DE MULTA CUMULATIVA COM A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. Consumação É consumado o furto ainda que o agente tenha posse tranquila da coisa por pouco tempo fora da esfera de vigilância da vítima, também a posse tranquila da coisa subtraída quando ocultada em esconderijo. SOMENTE QUANDO ATINGIR O RESULTADO: SUBTRAÇÃO DA COISA ALHEIA. Tentativa Temos a tentativa punível: quando o agente começa a subtração da coisa, mas não consegue finalizar por fatos alheios a sua vontade. Ao tentar subtrair carteira do bolso da vitima alguém bate na mão do agente ou quando erra o bolso. Temos a tentativa a conduta do agente: quando o mesmo esconde sob suas roupas a coisa que quer subtrair e é detido ao tentar passar pelo caixa do supermercado por exemplo. Classificação: Comum: PODE SER PRATICADO POR QUALQUER PESSOA Doloso: VONTADE DE REALIZAR A CONDUTA E PRODUZIR O RESULTADO Material: O OBJETO TEM QUE SER ALCANÇADO Livre: NÃO SE FALA COMO PRATICAR A AÇÃO Comissivo: TEM AÇÃO ATIVIDADE POSITIVA DO AGENTE DE FAZER Instantâneo: SE CONSUMA NO MOMENTO De dano: SÓ SE CONSUMA COM A EFETIVA LESÃO DO BEM JURIDICO VISADO Unisubjetivo: UMA SÓ PESSOA Plurisubsistente: VÁRIOS ATOS PARA REALIZAÇÃO Artigo 156 Furto de Coisa Comum Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum: Haverá uma relação de confiança entre o sujeito ativo e passivo do crime. O AGENTE IRÁ SUBTRAIR A COISA QUE PERTENCE TAMBÉM A OUTREM. Elementos Subtrair sem o consentimento da vítima algo que ambos detém. Assim como no furto simples, pode ser para si ou para outro. A coisa não é mais alheia e sim de uma determinada pessoa na qual se divide o bem. EX: OS SÓCIOS Sujeitos Ativo: será o condônimo, co-herdeiro ou sócio como descreve o caput, ou seja, será uma pessoa específica. Passivo: será o mesmo do ativo, mas ele é o que perdera o valor patrimonial enquanto o outro será acrescido. § 1º - Somente se procede mediante representação. O sujeito ativo tem que necessariamente ser possuidor ou detentor da coisa de forma legítima. § 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente. EXCLUDENTE DE ANTIJURICIDADE: POIS PARA SE FALAR EM CRIME É NECESSÁRIO: FATO TIPICO, ATO ILICITO E CULPÁVEL. DESCARACTERIZA O CRIME POIS NÃO TERÁ TODOS OS REQUISITOS. Consumação e tentativa Se aplica o mesmo do artigo 155 do código penal. Classificação Próprio: EXISTE QUALIDADE ESPECÍFICA DO AGENTE: CONDÔNIMO, CO-HERDEIRO, OU SÓCIO Material: O OBJETO TEM QUE SER ALCANÇADO Comissivo: TEM AÇÃO ATIVIDADE POSITIVA DO AGENTE DE FAZER Doloso: VONTADE DE REALIZAR A CONDUTA E PRODUZIR O RESULTADO Livre: NÃO SE FALA COMO PRATICAR A AÇÃO Instantâneo: SE CONSUMA NO MOMENTO De dano: SÓ SE CONSUMA COM A EFETIVA LESÃO DO BEM JURIDICO VISADO Unisubjetivo: UMA SÓ PESSOA Plurisubsistente: VÁRIOS ATOS PARA REALIZAÇÃO CONCLUSÃO De forma simples e prática abordou-se os aspectos dos crimes contidos nos artigos 155 e 156 do Código Penal Brasileiro. O furto embora muito confundido com o roubo possui suas particularidades e é tido como um crime de menor potencial, ainda assim há abertura para vários tipos de interpretação doutrinarias em determinados aspectos. O furto de coisa comum é uma maneira especializada de furto. O legislador se preocupou em normatizar determinado tipo de furto que acontece entre condôminos, co-herdeiros e sócios. Infelizmente, a maioria dos objetos furtados não é encontrada, pois como o crime é feito à surdina muitas vezes nem se sabe quem praticou o delito.
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