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Me´todo do ponto fixo ufca Me´todo do Ponto Fixo Considere a func¸a˜o a seguir: f(x) = x− 1 +√2 cosx, x ∈ [a, b] Se p e´ uma raiz de f , enta˜o por definic¸a˜o f(p) = 0 Enta˜o, se definirmos uma func¸a˜o g : [a, b]→ R como g(x) = 1− √ 2 cosx Teremos g(p) = p Dizemos que p e´ um ponto fixo de g Portanto, obter um zero para f sera´ equivalente a obter um ponto fixo para g Me´todo do Ponto Fixo Enta˜o, para o nosso exemplo temos que g(x) = x ⇐⇒ x = 1− √ 2 cosx, x ∈ [a, b] Portanto, p e´ ponto fixo de g se este e´ um ponto de intersec¸a˜o entre a curva (x, g(x)) e a reta y = x Me´todo do Ponto Fixo f(x) = x− 1 + √ 2 cosx, x ∈ [−4, 4] g(x) = 1− √ 2 cosx Me´todo do Ponto Fixo f(x) = x− 1 + √ 2 cosx, x ∈ [−4, 4] g(x) = 1− √ 2 cosx Existeˆncia Um ponto fixo de uma func¸a˜o g : [a, b]→ R e´ um ponto p ∈ [a, b] tal que g(p) = p Existeˆncia Um ponto fixo de uma func¸a˜o g : [a, b]→ R e´ um ponto p ∈ [a, b] tal que g(p) = p Lema. Se g : [a, b] ⊂ R→ [a, b] e´ cont´ınua, enta˜o a func¸a˜o g possui ao menos um ponto fixo em [a, b] Existeˆncia Um ponto fixo de uma func¸a˜o g : [a, b]→ R e´ um ponto p ∈ [a, b] tal que g(p) = p Lema. Se g : [a, b] ⊂ R→ [a, b] e´ cont´ınua, enta˜o a func¸a˜o g possui ao menos um ponto fixo em [a, b] Demonstrac¸a˜o. Considere a func¸a˜o f : [a, b]→ R definida por f(x) = g(x)− x Certamente, f e´ cont´ınua. Suponha que o ponto fixo na˜o e´ a nem b Existeˆncia Um ponto fixo de uma func¸a˜o g : [a, b]→ R e´ um ponto p ∈ [a, b] tal que g(p) = p Lema. Se g : [a, b] ⊂ R→ [a, b] e´ cont´ınua, enta˜o a func¸a˜o g possui ao menos um ponto fixo em [a, b] Demonstrac¸a˜o. Considere a func¸a˜o f : [a, b]→ R definida por f(x) = g(x)− x Certamente, f e´ cont´ınua. Suponha que o ponto fixo na˜o e´ a nem b Sendo assim g(a) > a =⇒ f(a) > 0 e g(b) < b =⇒ f(b) < 0 Existeˆncia Um ponto fixo de uma func¸a˜o g : [a, b]→ R e´ um ponto p ∈ [a, b] tal que g(p) = p Lema. Se g : [a, b] ⊂ R→ [a, b] e´ cont´ınua, enta˜o a func¸a˜o g possui ao menos um ponto fixo em [a, b] Demonstrac¸a˜o. Considere a func¸a˜o f : [a, b]→ R definida por f(x) = g(x)− x Certamente, f e´ cont´ınua. Suponha que o ponto fixo na˜o e´ a nem b Sendo assim g(a) > a =⇒ f(a) > 0 e g(b) < b =⇒ f(b) < 0 Pelo Teorema do Valor Intermedia´rio, existe p ∈ (a, b) tal que f(p) = 0 Existeˆncia Um ponto fixo de uma func¸a˜o g : [a, b]→ R e´ um ponto p ∈ [a, b] tal que g(p) = p Lema. Se g : [a, b] ⊂ R→ [a, b] e´ cont´ınua, enta˜o a func¸a˜o g possui ao menos um ponto fixo em [a, b] Demonstrac¸a˜o. Considere a func¸a˜o f : [a, b]→ R definida por f(x) = g(x)− x Certamente, f e´ cont´ınua. Suponha que o ponto fixo na˜o e´ a nem b Sendo assim g(a) > a =⇒ f(a) > 0 e g(b) < b =⇒ f(b) < 0 Pelo Teorema do Valor Intermedia´rio, existe p ∈ (a, b) tal que f(p) = 0 Mas este p e´ um ponto fixo de g, pois f(p) = 0 ⇐⇒ 0 = g(p)− p =⇒ g(p) = p Logo, existe ao menos um ponto fixo para g Existeˆncia Um ponto fixo de uma func¸a˜o g : [a, b]→ R e´ um ponto p ∈ [a, b] tal que g(p) = p Lema. Se g : [a, b] ⊂ R→ [a, b] e´ cont´ınua, enta˜o a func¸a˜o g possui ao menos um ponto fixo em [a, b] Unicidade Teorema. Seja g ∈ C1[a, b] e g(x) ∈ [a, b], ∀x ∈ [a, b]. Se existir uma constante c tal que |g′(x)| ≤ c < 1, para todo x ∈ [a, b], enta˜o g possui um u´nico ponto fixo em [a, b] Unicidade Teorema. Seja g ∈ C1[a, b] e g(x) ∈ [a, b], ∀x ∈ [a, b]. Se existir uma constante c tal que |g′(x)| ≤ c < 1, para todo x ∈ [a, b], enta˜o g possui um u´nico ponto fixo em [a, b] Demonstrac¸a˜o. Pelo teorema anterior, g possui ao menos um ponto fixo em [a, b] Suponha que p 6= q sa˜o dois pontos fixos de g em [a, b] e que existe c ∈ R tal que |g′(x)| ≤ c < 1, para todo x ∈ [a, b], Pelo Teorema do Valor Me´dio, existe d ∈ [a, b] localizado entre p e q tal que g(p)− g(q) p− q = g ′(d) ⇐⇒ g(p)− g(q) = (p− q)g′(d) Tomando o mo´dulo em ambos os lados |g(p)− g(q)| = |(p− q)g′(d)| ≤ |p− q||g′(d)| ≤ c|p− q| < |p− q| Como p e q sa˜o pontos fixos, temos tambe´m que p− q = g(p)− g(q) ⇐⇒ |p− q| = |g(p)− g(q)| < |p− q| Contradic¸a˜o! Exemplo 1 Mostre que g(x) = (x2 − 1)/3 possui um u´nico ponto fixo no intervalo [−1, 1]. Escolha da func¸a˜o de iterac¸a˜o Considere equac¸a˜o f(x) = x2 − x− 1 = 0 Escolha da func¸a˜o de iterac¸a˜o Considere equac¸a˜o f(x) = x2 − x− 1 = 0 Neste caso, existem duas formas de definir g ou Escolha da func¸a˜o de iterac¸a˜o Considere equac¸a˜o f(x) = x2 − x− 1 = 0 Neste caso, existem duas formas de definir g ou Escolha da func¸a˜o de iterac¸a˜o g′(x) = 1 2 √ x+1 c © 2 0 1 1 B ro o k s/ C o le , C en g a g e L ea rn in g Escolha da func¸a˜o de iterac¸a˜o g′(x) = 1 2 √ x+1 g′(x) = 1 2 √ x+1 < 1 ∀x > − 34 c © 2 0 1 1 B ro o k s/ C o le , C en g a g e L ea rn in g Escolha da func¸a˜o de iterac¸a˜o g′(x) = − 1x2 c © 2 0 1 1 B ro o k s/ C o le , C en g a g e L ea rn in g Escolha da func¸a˜o de iterac¸a˜o g′(x) = − 1x2 g′(x) < 0 ∀x ∈ R c © 2 0 1 1 B ro o k s/ C o le , C en g a g e L ea rn in g Convergeˆncia Teorema. Seja g ∈ C1[a, b] e g(x) ∈ [a, b], ∀x ∈ [a, b]. Suponha que existe uma constante 0 < c < 1 tal que |g′(x)| ≤ c, para todo x ∈ [a, b]. Enta˜o, para qualquer valor inicial p0 ∈ [a, b], a sequeˆncia definida por pn = g(pn−1), n ≥ 1, converge para um u´nico ponto fixo p em [a, b] Convergeˆncia Teorema. Seja g ∈ C1[a, b] e g(x) ∈ [a, b], ∀x ∈ [a, b]. Suponha que existe uma constante 0 < c < 1 tal que |g′(x)| ≤ c, para todo x ∈ [a, b]. Enta˜o, para qualquer valor inicial p0 ∈ [a, b], a sequeˆncia definida por pn = g(pn−1), n ≥ 1, converge para um u´nico ponto fixo p em [a, b] Esboc¸o da demonstrac¸a˜o. Convergeˆncia Teorema. Seja g ∈ C1[a, b] e g(x) ∈ [a, b], ∀x ∈ [a, b]. Suponha que existe uma constante 0 < c < 1 tal que |g′(x)| ≤ c, para todo x ∈ [a, b]. Enta˜o, para qualquer valor inicial p0 ∈ [a, b], a sequeˆncia definida por pn = g(pn−1), n ≥ 1, converge para um u´nico ponto fixo p em [a, b] Esboc¸o da demonstrac¸a˜o. Pelo Teorema do Valor Me´dio, existe p∗ entre pn−1 e p tal que |pn − p| = |g(pn−1)− g(p)| ≤ |pn−1 − p||g′(p∗)| ≤ c|pn−1 − p| ≤ c (c|pn−2 − p|) ≤ c2 (c|pn−3 − p|) ... ≤ cn|p0 − p| Convergeˆncia Teorema. Seja g ∈ C1[a, b] e g(x) ∈ [a, b], ∀x ∈ [a, b]. Suponha que existe uma constante 0 < c < 1 tal que |g′(x)| ≤ c, para todo x ∈ [a, b]. Enta˜o, para qualquer valor inicial p0 ∈ [a, b], a sequeˆncia definida por pn = g(pn−1), n ≥ 1, converge para um u´nico ponto fixo p em [a, b] Esboc¸o da demonstrac¸a˜o. Como 0 < c < 1, enta˜o lim n→∞ |pn − p| ≤ limn→∞ c n|p0 − p| = 0 Convergeˆncia Teorema. Seja g ∈ C1[a, b] e g(x) ∈ [a, b], ∀x ∈ [a, b]. Suponha que existe uma constante 0 < c < 1 tal que |g′(x)| ≤ c, para todo x ∈ [a, b]. Enta˜o, para qualquer valor inicial p0 ∈ [a, b], a sequeˆncia definida por pn = g(pn−1), n ≥ 1, converge para um u´nico ponto fixo p em [a, b] Esboc¸o da demonstrac¸a˜o. Como 0 < c < 1, enta˜o lim n→∞ |pn − p| ≤ limn→∞ c n|p0 − p| = 0 Logo, {pn}∞n=0 e´ convergente Limitante do erro Corola´rio. Sob as hipo´teses do teorema anterior, e´ poss´ıvel mostrar que |pn − p| ≤ cnmax{p0 − a, b− p0} (1) |pn − p| ≤ c n 1− c |p1 − p0| (2) Ordem de convergeˆncia Observe que: lim n→∞ |pn − p| |pn−1 − p| = limn→∞ |g(pn−1)− g(p)| |pn−1 − p| = |g′(p)| ≤ c Ordem de convergeˆncia Observe que: lim n→∞ |pn − p| |pn−1 − p| = limn→∞ |g(pn−1)− g(p)| |pn−1 − p| = |g′(p)| ≤ c Logo, a ordem de convergeˆncia e´ linearOrdem de convergeˆncia Observe que: lim n→∞ |pn − p| |pn−1 − p| = limn→∞ |g(pn−1)− g(p)| |pn−1 − p| = |g′(p)| ≤ c Logo, a ordem de convergeˆncia e´ linear A convergeˆncia sera´ mais ra´pida quanto menor for |g′(x)| ≤ c < 1 Geometria da convergeˆncia c © 2 0 1 1 B ro o k s/ C o le , C en g a g e L ea rn in g Geometria da convergeˆncia c © 2 0 1 1 B ro o k s/ C o le , C en g a g e L ea rn in g Algoritmo function [ p , n i t e r ]= p o n t o f i x o ( g , p0 , t o l , nmax ) n i t e r = 0 ; while %t n i t e r = n i t e r + 1 ; p = g ( p0 ) ; e r r = t o l ∗max(1 , abs ( p ) ) ; i f abs ( p − p0 ) < e r r | n i t e r > nmax then break ; end p0 = p ; end i f n i t e r > nmax then warning ( ’ ponto f i x o : Numero maximo de i t e r a c o e s a t i n g i d o . ’ ) ; end endfunction Algoritmo Resultado para g(x) = √ x+ 1 −−>d e f f ( ’ y=g ( x ) ’ , ’ y=s q r t ( x + 1) ’ ) −−>[p , n i t e r ] = p o n t o f i x o ( g , 0 , 1e−2, 100) i t e r p n p n+1 | p n+1−p n | 1 0.000000000 1.000000000 1.000000000 2 1.000000000 1.414213562 0.414213562 3 1.414213562 1.553773974 0.139560412 4 1.553773974 1.598053182 0.044279208 5 1.598053182 1.611847754 0.013794572 6 1.611847754 1.616121207 0.004273452 n i t e r = 6 . p = 1.6161212 Algoritmo Resultado para g(x) = 1x + 1 −−>d e f f ( ’ y=g ( x ) ’ , ’ y=1/x + 1 ’ ) −−>[p , n i t e r ] = p o n t o f i x o ( g , 1 , 1e−2, 100) i t e r p n p n+1 | p n+1−p n | 1 1.000000000 2.000000000 1.000000000 2 2.000000000 1.500000000 0.500000000 3 1.500000000 1.666666667 0.166666667 4 1.666666667 1.600000000 0.066666667 5 1.600000000 1.625000000 0.025000000 6 1.625000000 1.615384615 0.009615385 n i t e r = 6 . p = 1.6153846 ECI0010 - Métodos Num. Aplicados à Eng. Civil - Zeros de funções não-lineares Método do Ponto Fixo Existência Unicidade Exemplo 1 Escolha da função de iteração Convergência Limitante do erro Ordem de convergência Algoritmo
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