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Patologia I Mineralização Patológica Yathiaia Rolim É a deposição de sais de cálcio em qualquer tecido exceto no tecido ósseo e nos dentes. Nos dentes e osso temos tecido duro, compacto, resistente e a um depósito de cálcio fisiológico. Em tecidos que não era para haver deposição de cálcio – calcificação e mesmo assim isto ocorre gera uma mineralização patológica. A fisiologia tem um controle de cálcio sanguíneo onde o cálcio do nosso sangue deve estar sempre no nível adequado. Se o cálcio diminuir demais temos uma parada cardíaca porque é necessário do cálcio para a contração muscular, então o coração consome oxigênio, glicose e cálcio. Hipocalcemia = baixa quantidade de cálcio no sangue Hipercalcemia = alta de cálcio no sangue. Animal gestante e em lactação precisa de uma demanda de cálcio ainda maior. Um animal que está com dose filhote precisa de muito cálcio para produzir 12 esqueletos, então o osso é fonte de cálcio e quando os animais estão em lactação, gestação, ela pode apresentar hipocalcemia porque está demandando seu cálcio para a produção dos fetos e do leite. O ideal para fêmeas que se encontram nesse estado o ideal é alimentá-las com ração para filhotes, pois a ração de filhotes é mais rica em cálcio, fosfato e proteína. Quando se precisa de cálcio devido hipocalcemia a glândula paratireoide libera paratormônio que detecta os níveis de cálcio baixa, ativa os osteoblastos coletando cálcio dos tecidos de reserva – osso e manda para o sangue. Ou seja, a liberação de PTH serve para demandar cálcio do osso e mandar para o sangue. Quando o animal tem uma Hipercalcemia, por exemplo um neonato lactante, ele apresenta muito cálcio no sangue que deve ir para os ossos, nesse caso a calcitonina liberada pela tireoide. A mineralização patológica é classificada em duas. A distrófica e a metastática. Na metastática há Hipercalcemia, descompensamento na glândula e produção excessiva de PTH (tumor por exemplo) o cálcio do sangue irá aumentar. Quando o cálcio do sangue aumenta ele vai para os tecidos moles acarretando em mineralização patológica. Hiperpatireoidismo – excesso de produção de paratormônio gera a mineralização patológica metastática. Ou seja, a primeira etiologia é a retirada de cálcio do sangue devido a hiperpatireoidismo. Segunda etologia – nutricional. Dieta com excesso de cálcio, como o caso de adultos que se alimentam com ração de filhotes. Ocorre também quando o animal quebra a pata e os donos suplementam cálcio achando que a recuperação da fratura será mais rápida. Alguns animais são alimentados com ração de filhotes e ainda suplementados o que irá originar hipercalcemia. Então só deve suplementar com cálcio animais gestantes e em lactação. Terceira etologia – plantas toxicas. Plantas calcinogênicas são plantas que possuem um princípio ativo que parece com a vitamina D. A vitamina D é responsável por aumentar a absorção de cálcio no intestino. Se eu como cálcio e não tenho vitamina D o cálcio vai embora nas fezes, então a vitamina D pega o cálcio do intestino e leva para o sangue. Se não tiver vitamina D não tem absorção do cálcio intestinal. Distrófica não tem níveis de cálcio elevado, então o tecido começa a se mineralizar, ficar duro, corte com aspecto de areia que é caracterização de mineralização. A calcificação da distrófica se dar por lesão tecidual, onde muda o pH, e com isso quando o cálcio entra no tecido e entra em contato com o pH ácido ele precipita e vira cristal. Então todo o processo de mineralização não é rápido tratando se então de uma doença crônica, ou seja, desenvolvimento é lento. Um dos tecidos moles que mais se calcificam são as artérias gerando distúrbios circulares, aumento de pressão... Se a mineralização aparecer no coração o animal irá apresentar insuficiência cardíaca. O sintoma está sempre relacionado com o órgão em que está tendo mineralização. Caso clinico: Deficiência de vitamina E selênio que leva a necrose do coração caracteriza mineralização distrófica porque foi decorrente de uma lesão tecidual. Patologias que levam a Hipercalcemia: - suplementação com cálcio: administração de Ca++ via oral; administração de vitamina D. - disfunção da paratireoide: alta produção de PTH – descontrolada; neoplasias primárias da paratireoide. - insuficiência renal crônica - destruição óssea: maior demanda de cálcio ósseo; calculo dentário, osteomielite. - plantas tóxicas: liberação de toxinas calcinogênicas.
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