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Pagamentos Internacionais e Cambiais

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AULA 8
PAGAMENTOS INTERNACIONAIS E ASPECTOS CAMBIAIS
Pagamentos internacionais
É o pagamento de bens ou serviços adquiridos ou embarcados por pessoas físicas ou jurídicas brasileiras, ou de outros países.
 Para os operadores de comércio exterior (importadores e exportadores) brasileiros receberem ou enviarem esse pagamento do ou para o exterior, é preciso que esse operador execute um outro contrato comprando ou vendendo moeda estrangeira numa operação contratual, que chamamos de contrato de câmbio.
A moeda transacionada no mercado de câmbio é chamada de divisa e o contrato de câmbio no Brasil é celebrado, obrigatoriamente, sempre que houver troca de divisas entre o Brasil e o seu parceiro comercial. 
É proibida a troca de moedas no Brasil sem a intervenção do Banco Central do Brasil, o qual funciona como órgão gestor das operações cambiais através do Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI), que disciplina essas práticas no Brasil. O RMCCI substituiu a Consolidação das Normas Cambiais (CNC) em 2005.
Aspectos cambiais
A questão cambial é muito importante, pois ela pode fortalecer ou enfraquecer a presença de um país no comércio internacional.
Um país com uma moeda desvalorizada em relação ao US$, por exemplo, terá os seus produtos mais baratos no mercado internacional e, assim, esse país será mais competitivo na oferta dos seus produtos ao exterior.
A China, por exemplo, por ser um país comunista, o Estado decide quanto valerá a sua moeda que é desvalorizada no mercado cambial para tornar os produtos chineses ainda mais competitivos internacionalmente.
No Brasil, o sistema cambial adotado é do tipo flutuante, desde  01/02/1999, com o Banco Central do Brasil (BCB) intervindo apenas ocasionalmente. As transações no mercado de câmbio são efetuadas por bancos, corretoras e agências de turismo autorizadas pelo BCB, sendo que as duas últimas apenas operam com papel-moeda e cheques de viagem. Aos bancos é permitido operar no mercado futuro de câmbio, mas dentro de limites fixados pelo BCB. Estas operações devem ser liquidadas em até 360 dias.
Com isso, se o Brasil quiser desvalorizar o Real para ficar comercialmente mais competitivo no exterior, o BCB terá que intervir no mercado e entrar comprando US$ para forçar a subida dessa divisa pela força da demanda, o que, consequentemente, forçará a desvalorização da nossa moeda barateando o preço dos nossos produtos no exterior.
Devido à guerra cambial que vivemos atualmente, penso que em um  futuro próximo caberá a OMC regular também os efeitos cambiais no comércio internacional, além das barreiras tarifárias e não tarifárias que hoje controla.
Cobertura cambial
Valor passível de pagamento ao exterior em conseqüência de importação realizada por pessoa física ou jurídica domiciliada no País.
Podemos ter importações COM cobertura cambial ou SEM cobertura cambial.
Formas / Modalidade de pagamentos internacionais
Para a perfeita escolha da forma de pagamento a ser aplicada na compra/venda internacional, caberá ao importador/exportador avaliar e calcular os riscos e custos a serem assumidos. A má escolha da forma de pagamento poderá representar o fracasso da operação como um todo.
Para tanto, os players deverão coletar informações sobre a idoneidade comercial do seu parceiro antes de decidir qual a melhor forma de pagamento a escolher.  
Pagamento antecipado
Valor a ser pago ao exportador estrangeiro por força de condições contratuais em que se estabelece que o pagamento total ou parcial da mercadoria comprada deve ocorrer anteriormente ao seu embarque no exterior. Exige do importador alta confiabilidade no exportador, que é bastante favorecido com a antecipação das divisas para seu financiamento antes mesmo de fabricar o produto.
O importador, portanto, fica desprovido de qualquer garantia comercial de que o exportador embarcará o produto-objeto do contrato nas condições e prazos acordados na fatura pro-forma, documento usado pelo importador para providenciar a remessa antecipada das divisas.
Devido à peculiaridade dessa operação comercial, a remessa sem saque é realizada usualmente entre empresas com vínculo comercial, como matriz e filial da mesma holding.
Remessa sem Saque ou remessa direta
Valor a ser pago ao exportador estrangeiro por força de condições contratuais em que se estabelece que o pagamento total ou parcial da mercadoria comprada deve ocorrer em prazo preestabelecido entre comprador e vendedor, após o embarque da mercadoria pelo exportador ao exterior. Exige do exportador alta confiabilidade no importador, que é bastante favorecido com a remessa das divisas sem os custos operacionais e formais que determina a obrigatoriedade do pagamento.
Com isso, o exportador fica desprovido de qualquer garantia comercial de que o importador pagará o produto já embarcado nas condições e prazos acordados na fatura comercial, documento usado pelo importador para instruir o despacho aduaneiro do produto importado sujeito à nacionalização.
Devido à peculiaridade dessa operação comercial, a remessa sem saque é realizada, usualmente, entre empresas com vínculo comercial, como matriz e filial da mesma holding.
O Saque, também conhecido como Draft, cambial ou letra de câmbio, é um título de crédito endossável que segue uma padronização internacional e representa o direito do exportador em receber as divisas vinculadas ao seu embarque. E, nessa modalidade, o exportador embarca a mercadoria sem esse título.
Cobrança documentária
Essa operação de cobrança exige a participação de bancos intervenientes, que não avaliarão a operação, mas apenas darão uma formalização a ela com mais este ator no cenário comercial que se apresenta. Essa operação, por envolver uma série de documentos, é chamada de cobrança documentária.
Podendo ser à vista ou a prazo, como os bancos não tem força legal para exigir o pagamento, o exportador fica sem garantias do pagamento pelo importador do produto já embarcado.
Embora não haja essa garantia dos bancos, essas instituições financeiras formalizam a entrega dos documentos ao importador para que ele promova o despacho aduaneiro do produto importado mediante o compromisso firmado em saque, onde o importador assume que retirou os documentos do embarque da mercadoria no banco, sujeito ao pagamento no prazo estipulado pelo exportador na fatura comercial.
O banco remetente encaminha os saques juntamente com os documentos, que instruem o despacho aduaneiro de importação a um banco designado como cobrador, que seja seu correspondente no exterior. 
Na cobrança à vista, os documentos que instruem o despacho aduaneiro de importação, o banco designado pelo banco remetente destes documentos os entregará contra o pagamento integral da operação. Esses documentos também podem ser enviados diretamente ao importador por courrier, uma vez que o banco não garante o pagamento da operação. Essa modalidade é bastante utilizada na venda de produtos perecíveis, que demandam um prazo bastante reduzido entre a produção e o consumo.  
Na cobrança a prazo, os documentos que instruem o despacho aduaneiro de importação serão entregues a este importador contra o seu aceite (assinatura nas cambiais – processo de reconhecimento da dívida vinculada à transação comercial). Deverá, portanto, o importador voltar ao banco cobrador dentro do prazo firmado com o exportador para liquidar a sua obrigação financeira.
Carta de Crédito (Letter of Credit) L/C ou Crédito – Documentário
Esta forma de pagamento apresenta garantias formais a ambos, comprador (importador) e vendedor (exportador). Devido a esse conforto oferecido, a carta de crédito vem a ser a forma de pagamento mais usada nas primeiras operações de importação e exportação entre parceiros sem tradição comercial. A carta de crédito é aconselhável nas operações de alto risco de não pagamento.
Partes intervenientes na Carta de Crédito são as seguintes:
Proponente/tomador (applicant/taker): comprador, importador, aquele que solicita ao banco emitente a abertura/emissão
da Carta de Crédito.
Banco Emitente (issuing bank): banco que, a pedido e por conta do tomador, emite a Carta de CRÉDITO.
Banco Avisador (advising bank): banco através do qual o banco emitente emite a Carta de Crédito e que é responsável de avisar o beneficiário (entregar a Carta de Crédito ao beneficiário).
Banco Confirmador (confirming bank): banco que, a pedido ou sob autorização do banco emitente, confirma a Carta de Crédito.
Beneficiário (beneficiary): vendedor, exportador, aquele em favor do qual a Carta de Crédito é emitida.
Banco Designado ou Nomeado (nominated bank): banco a quem os documentos deverão ser apresentados.
Banco Negociador (negotiating bank): banco que está autorizado a negociar.
Esta forma de pagamento é também chamada de Crédito Documentário por estabelecer, em regra, que o seu pagamento será feito contra ou após a apresentação – pelo beneficiário – de documentos ao banco designado – (nominated bank).
Ao importador fica garantido que o exportador tem a obrigação de embarcar o produto e preparar a documentação necessária para a instrução do despacho aduaneiro de importação, para que o exportador possa negociar a carta de crédito vinculada a essa operação.
Ao exportador fica garantido que, se o importador não pagá-lo, o banco emissor da carta de crédito o fará. O banco emissor funciona como um avalista da operação.
Como o banco tem que arcar com o pagamento da operação se o importador não o fizer, ele, o banco, exigirá do importador uma série de garantias para firmar/assumir essa responsabilidade, que deveria ser exclusiva do importador.Essas garantias podem ser diversas como exigência de comprovação patrimonial do importador. Poderá lhe ser exigido a apresentação de um ativo de sua empresa como garantia ao banco emissor ou, até mesmo, o depósito de todo valor da operação nos cofres do banco emissor, antes da emissão da carta de crédito.
Para o serviço bancário ser prestado a contento, o importador terá que arcar com um alto custo, seja para a contratação da carta de crédito, seja  para atender as exigências de garantias do banco.
Sendo à vista ou a prazo, o banco só pagará a carta de crédito ao exportador se ele, o exportador, atender literalmente as exigências de embarque e emissão de documentos previstas na carta de crédito, e só entregará os documentos que instruem o despacho aduaneiro de nacionalização ao importador se ele, o importador, formalizar o saque dos documentos assumindo o compromisso de pagar o importador no prazo estipulado na fatura comercial.A carta de crédito é um documento formal e de grande importância operacional, e não deve ficar ao encargo de amadores a contratação do importador e a negociação do exportador. Por isso, o importador deverá saber os custos e garantias exigidos pelo banco emissor e a expertise dessa instituição financeira em operações de comércio exterior.
As discrepâncias poderão ser solúveis ou insolúveis e estão sujeitas à emendas.
EMENDA: Quando o exportador recebe a L/C e observa que há erros ou necessidade de correção de algum campo específico para cumprimento das obrigações negociadas, pode solicitar ao importador que providencie junto ao seu banco a emissão de EMENDA(s) à Carta de Crédito, antes do embarque.
DISCREPÂNCIA: Quando o Banco no exterior recebe os documentos para conferência e encontra alguns itens desconforme à L/C, irá apontar e cobrar DISCREPÂNCIA(s) à Carta de Crédito. O importador pode aceitar ou não a(s) Discrepância(s). Caso não aceite, o Banco pode não efetivar o pagamento ao Exportador.
A segurança de uma carta de crédito não dependerá apenas da instituição financeira que a emite. Poderemos ver o caso de um banco poderosíssimo, mas que esteja localizado num país instável econômica e politicamente com intervenções estatais na rede bancária, provendo insegurança se o negócio será honrado ou não, inclusive poderão estar sujeitos a não poderem remeter divisas ao exterior no caso de uma moratória.
Pagamento à vista, “cash against documents”
Valor a ser pago ao exportador estrangeiro em razão de condições negociais em que se estabeleça que o pagamento total ou parcial da mercadoria comprada deve ocorrer a partir da apresentação dos documentos de embarque ao importador ou ao seu preposto.
Podemos considerar o pagamento à vista como uma ausência de prazo para o pagamento.  
Pagamento a prazo
Valor a ser pago ao exportador estrangeiro em razão de condições negociais onde se estabeleça que o pagamento total ou parcial da mercadoria comprada deve ocorrer, em tempo certo, em um determinado período de tempo após o embarque da mercadoria no exterior ou, em alguns casos, em data certa.
Pagamento antecipado
Valor a ser pago ao exportador estrangeiro por força de condições contratuais em que se estabelece que o pagamento total ou parcial da mercadoria comprada deve ocorrer anteriormente ao seu embarque no exterior. Exige do importador alta confiabilidade no exportador, que é bastante favorecido com a antecipação das divisas para seu financiamento antes mesmo de fabricar o produto.
O importador, portanto, fica desprovido de qualquer garantia comercial de que o exportador embarcará o produto-objeto do contrato nas condições e prazos acordados na fatura pro-forma, documento usado pelo importador para providenciar a remessa antecipada das divisas.
Devido à peculiaridade dessa operação comercial, a remessa sem saque é realizada usualmente entre empresas com vínculo comercial, como matriz e filial da mesma holding.
AULA9
ROTEIRO DE EXPORTAÇÃO
Fases da exportação
Fase Comercial
Essa fase inicia-se com a escolha do mercado-alvo e a adequação dos atributos do produto ao comportamento do mercado escolhido.
Fase operacional
Divide-se em fase administrativa e fiscal / tributária.
 A fase administrativa inicia-se com o registro da RE (Registro de Exportação) que, na maioria dos casos, é efetivado automaticamente. A efetivação do RE encerra a fase administrativa das exportações.
 A fase fiscal e tributária das exportações inicia-se com o registro da DDE (Declaração de Despacho de Exportação), que se encerrará com o respectivo desembaraço aduaneiro.
É importante saber que, para o exportador ingressar na fase operacional de suas exportações, ele precisará estar devidamente habilitado:
Credenciamento de representantes para acesso ao SISCOMEX
 
Somente poderão ser credenciados para exercer atividades relacionadas com o despacho aduaneiro no SISCOMEX:
I - despachante aduaneiro;
II - dirigente ou empregado da pessoa jurídica representada;
III - empregado de empresa coligada ou controlada da pessoa jurídica representada; 
IV - funcionário ou servidor especificamente designado, nos casos de habilitação especial.
As operações no SISCOMEX poderão ser efetuadas pelo importador, por conta própria, mediante habilitação prévia, ou por intermédio de representantes credenciados, nos termos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal (SRF).
Registro de exportadores e importadores
A inscrição no Registro de Exportadores e Importadores (REI), da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) é automática, sendo realizada no ato da primeira operação de importação em qualquer ponto conectado ao Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX).
Os importadores já inscritos no REI terão a inscrição mantida, não sendo necessária qualquer providência adicional.
A pessoa física somente poderá importar mercadorias em quantidades que não revelem prática de comércio desde que não se configure habitualidade.
A inscrição no REI poderá ser negada, suspensa ou cancelada nos casos de punição em decisão administrativa final, pelos motivos abaixo:
I - por infrações de natureza fiscal, cambial e de comércio exterior; 
II - por abuso de poder econômico.
Habilitação no radar da SRFB:
A empresa deverá eleger um responsável legal de acordo com a legislação específica, para constituir ou destituir o representante legal. 
Despacho aduaneiro de exportação
É o procedimento fiscal previsto no Regulamento Aduaneiro,
mediante o qual se processa o desembaraço da mercadoria ao exterior, seja ela exportada a título definitivo ou não. Ele se inicia no momento em que o exportador, já com seu RE efetivado, faz - via SISCOMEX - a Declaração de Despacho de Exportação junto à secretaria da Receita Federal.
Documentação e etapas do despacho
Nessa fase, as mercadorias devem estar à disposição da Secretaria da Receita Federal (normalmente, em Recinto Alfandegado), acompanhadas da seguinte documentação básica:
a 1ª via da Nota Fiscal acompanhada dos originais do Conhecimento de Embarque e do Manifesto Internacional de Carga para o transporte terrestre e mais o extrato do RE e DDE, para que seja feita a presença de carga em alguns casos.
Os documentos, apresentados pelo exportador ou seu representante legal, são conferidos com os dados constantes do RE. A critério da fiscalização da Receita Federal, pode ser realizada, também, uma verificação física da mercadoria.
Caso concluídos os estágios anteriores sem que ocorra qualquer exigência, prossegue o processo de despacho, com a consequente autorização para trânsito, embarque ou transposição de fronteira.
O ato final do despacho aduaneiro é a "averbação", que consiste na confirmação, por parte da fiscalização, do embarque ou transposição de fronteira. A averbação é registrada eletronicamente, via SISCOMEX.
Um despacho aduaneiro de exportação pode conter um ou mais Registros de Exportação- RE, desde que estes se refiram, cumulativamente:
• ao mesmo exportador;
• à mercadorias exportadas para um mesmo país de destino;
• à mercadorias negociadas na mesma moeda e na mesma condição de venda;
• à operações com o mesmo enquadramento, ou seja, sob o mesmo código (ex.: exportação sem  cobertura cambial, exportação financiada etc.);
• à mesma repartição fiscal para despacho e ao mesmo local de embarque.
No despacho aduaneiro, as exportações passam pela "seleção parametrizada", onde, de acordo com uma série de fatores, a critério da Secretaria da Receita Federal, a operação recebe:
CANAL vermelho - implicando conferências física e documental da mercadoria;
CANAL amarelo - implicando conferência documental da mercadoria;
CANAL verde - implicando liberação para embarque.
No caso de divergências entre as informações prestadas na DDE, na documentação do referido despacho e na própria conferência física, a autoridade aduaneira, conforme o caso, pode proceder a averbação, registrando as divergências no Sistema (averbação com divergência), que deverão ser regularizadas posteriormente.
Após o desembaraço aduaneiro, o exportador poderá emitir o Comprovante de Exportação (CE), documento oficial que comprova o efetivo embarque da mercadoria para o exterior.
 Este documento consubstancia a operação de exportação e tem força legal para fins administrativos, cambiais e fiscais.
Existe, também, o chamado Despacho Sumário, que ocorre nas situações em que é dispensado o preenchimento do RE. No caso, o próprio servidor da Receita registra a operação. Destina-se a amparar a exportação de bagagem, encomendas, donativos e amostras sem valor comercial.
Termos técnicos utilizados no processo de despacho aduaneiro na exportação
UNIDADE DE DESPACHO: Estabelecimento da SRFB responsável pela verificação de carga, de documentos e do sistema, ou seja, conferência física e desembaraço da mercadoria( Zona Primaria ou Secundária). Zona Primaria- Alfandegados.
Zona Secundaria- Compreende a parte restante do território, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo. Compreende os portos e aeroportos alfandegados, assim coo a área adjacente aos pontos de fronteira.
RECINTOS ALFANDEGADOS: De Zona Primaria: pátios, armazend, terminais e outros locais destinados á movimentação e ao deposito, sob aduaneiro, de mercadoria destinadas á exportação.
De Zona Secundaria: entrepostos, depositos, terminais ou outras unidades destinadas ao armazenamento de mercadorias sob controle aduaneiro.
UNIDADE DE EMBARQUE: É o local da SRFB onde ocorre a saída física da mercadoria.
TRÂNSITO ADUANEIRO: Operação de transporte, com suspensão de tributos, de mercadoria do local de origem ao local de embarque. Ocorre quando a Unidade de Despacho difere da de Embarque.
AULA 10
ROTEIRO DE IMPORTAÇÃO
Uma importação, em sua etapa operacional, segue algumas fases que precisam ser conhecidas:
Fase Administrativa: A fase administrativa inicia-se com o registro da LI (Licenciamento de Importação) que, na maioria dos casos, é dispensado. O deferimento do LI encerra a fase administrativa das importações.
Fase fiscal/tributária: A fase fiscal/ tributária das importações inicia-se com o registro da DI (Declaração de Importação), que irá se encerrar com o respectivo desembaraço aduaneiro.
Tratamento administrativo à importação
Atualmente o tratamento administrativo às importações está disciplinado pela Portaria SECEX nº 23/2011. 
Importações não permitidas
Por País: Para alguns países, por razões de ordem econômica, política, ou social, e em função de recomendações de organismos internacionais, restringe-se o desenvolvimento de operações comerciais, resultando no impedimento de importações.
Por Mercadoria: Com o objetivo de preservar o meio ambiente, a saúde pública ou por diversos outros fatores, vários produtos são identificados, pela classificação fiscal no tratamento administrativo do Siscomex, como impedidas, o que representa proibição de importação.
Importações Permitidas
O sistema administrativo das importações brasileiras compreende as seguintes modalidades:
Importações dispensadas de Licenciamento
Importações sujeitas a Licenciamento Automático
Importações sujeitas a Licenciamento não Automático
Nas importações sujeitas aos licenciamentos automático e não-automático, o importador deverá prestar, no Siscomex, as informações necessárias para registro, previamente ao embarque da mercadoria no exterior.
Nas situações abaixo indicadas, o licenciamento poderá ser efetuado após o embarque da mercadoria no exterior, mas anteriormente ao despacho aduaneiro, exceto para os produtos sujeitos a controles previstos no Tratamento Administrativo no Siscomex:
Importações ao amparo do regime aduaneiro especial de “drawback”;
mportações ao amparo dos benefícios da Zona Franca de Manaus e das Áreas de Livre Comércio, exceto para os produtos sujeitos a licenciamento;
Sujeitas à anuência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.
Os órgãos anuentes poderão autorizar diretamente no Siscomex o licenciamento anteriormente ao despacho aduaneiro quando previsto em legislação específica, mantidas as atribuições de cada anuente.
	Incidência
	O imposto incide sobre a mercadoria estrangeira.
	Fato Gerador
	O fato gerador do imposto é a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Para efeitos fiscais, será considerada como entrada no território aduaneiro a mercadoria constante de manifesto ou documento equivalente.
Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador:
• Na data do registro da Declaração de Importação de mercadoria despachada para consumo, inclusive a ingressada no país em regime suspensivo de tributação e a contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante, se aplicado ao caso o regime de importação comum;
• No dia do lançamento respectivo, quando se tratar de mercadoria contida em remessa postal internacional não compreendida na hipótese acima, bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou não, e mercadoria constante de manifesto ou documento equivalente, cuja falta ou avaria for apurada pela autoridade aduaneira.
	Base de Cálculo
	Valor aduaneiro apurado pela aplicação do Código de Valoração Aduaneira, acrescidos do valor do frete internacional e seguro.
	VALOR ADUANEIRO
	
	Taxa de Câmbio
	Os valores expressos em moeda estrangeira deverão ser convertidos em moeda nacional à taxa de câmbio vigente na data em que se considerar ocorrido o fato gerador.
De acordo com o disposto na Portaria MF n.º 6
de 26.01.99, esta taxa será fixada com base na cotação diária para a venda da respectiva moeda e produzirá efeitos no dia subsequente, sendo divulgada por intermédio da tabela específica “Taxa de Conversão de Câmbio” do Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX.
	
	
Imposto sobre produtos industrializados – I.P.I
PIS/PASEP – Importação e Cofins – instituidos pela Lei nº 10.865 de 30/04/2004
Fórmula para Cálculo (Instrução Normativa SRF 572 – DOU de 24/11/2005)
Os valores a serem pagos relativamente à Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins-Importação) serão obtidos pela aplicação das seguintes fórmulas, exceto quando a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) for específica:
Imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços – I.C.M.S/ RJ
Imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços – I.C.M.S/ RJ
Adicional ao frete para renovação da marinha mercante – AFRMM
Armazenagem aeroportuária
Conferência Aduaneira
Após o registro, a DI será submetida à análise fiscal, e selecionada para um dos seguintes canais de conferência aduaneira:
. verde: pelo qual o sistema registrará o desembaraço automático da mercadoria, dispensados o exame documental e a verificação da mercadoria.
Amarelo: pelo qual será realizado o exame documental, e, não sendo constatada irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação da mercadoria.
Vermelho: pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada após a realização do exame documental e da verificação da mercadoria.
cinza, pelo qual será realizado o exame documental, a verificação da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude, inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria, conforme estabelecido em norma específica .
A conferência física da carga dependerá do canal de parametrização como já vimos acima e, assim que a parametrização revelar a necessidade da conferência qualitativa e quantitativa da carga, o importador deverá promover a entrega dos documentos que instruem o despacho ao servidor da receita federal competente para distribuir o processo ao fiscal que conduzirá o processo do despacho aduaneiro rumo ao desembaraço. Essas etapas são conhecidas por recepção de documentos e distribuição.

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