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Principais instituições do comércio exterior brasileiro

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Para atuar no mercado externo, é fundamental conhecer as instituições do seu próprio país, suas normas e regulamentos, a fim de que os processos de exportação e importação sejam realizados de acordo com os parâmetros determinados, evitando ocorrências que possam causar embaraços à concretização das operações.
O que é comércio internacional?
O comércio internacional é o conjunto de operações realizadas entre os países por meio do intercâmbio de bens e serviços e movimento de capitais. É regido por normas e regras acordadas internacionalmente por organismos como a Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização Mundial das Aduanas (OMA) e Câmara de Comércio Internacional (CCI).
O comércio mundial é um importante fator de desenvolvimento dos países envolvidos. Ao se abrir ao mercado externo, um país adquire novas tecnologias e formas de gestão, aprimorando seus processos produtivos.
Denomina-se comércio exterior a relação comercial de determinado país com os demais, por meio de regras, legislação e normas internas, que visam resguardar os interesses nacionais. Assim, a expressão “comércio exterior” é seguida pelo nome do país respectivo, como Comércio Exterior do Brasil.
Para apoiar e orientar o comércio exterior, o governo brasileiro possui sistemas e procedimentos nas seguintes áreas, cujas funções respectivas são:
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Administrativa
Determinação de regulamentos que permitam o controle das operações e competitividade das empresas brasileiras.
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Fiscal/ tributária
Adoção de medidas para desonerar as exportações e gerenciar as importações, por meio de alíquotas adequadas de tributos e de regimes aduaneiros especiais.
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Financiamento
Facilitação de oferta de linhas de crédito que possam estimular as exportações, para que sejam competitivas no cenário internacional.
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Cambial/Monetária
Manutenção do equilíbrio da moeda, garantindo segurança aos envolvidos no comércio exterior.
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Promoção
Divulgação das empresas e produtos brasileiros, e localização de parceiros comerciais.
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Infraestrutura e logística
Oferecimento de condições físicas apropriadas, com integração e facilitação dos processos de embarque e desembarque.
Para alcançar todas essas áreas, estabelecer normas, acompanhar e fiscalizar o comércio exterior, existem diversas instituições, que compõem a estrutura do comércio exterior brasileiro.
Instituições ligadas ao Ministério da Economia
Quanto às principais instituições que atuam no comércio exterior, o Ministério da Economia está organizado da seguinte maneira:
O ME tem as seguintes principais entidades vinculadas:
Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB)
Instituição do Ministério da Economia, responsável pela administração dos tributos de competência da União, inclusive os previdenciários e os relativos ao comércio exterior. Além disso, subsidia o Poder Executivo na formulação da política tributária brasileira, prevenindo e combatendo a sonegação fiscal e executa a gestão das atividades de arrecadação.
Cabe à RFB na área de comércio exterior fiscalizar os embarques relativos à exportação, procedendo aos despachos das mercadorias, assim como desembaraçar os produtos na importação. Além disso, arrecada os direitos aduaneiros incidentes sobre as operações de comércio exterior.
A RFB, por meio do Sistema Radar, também é responsável pela habilitação dos exportadores e importadores para acessarem a plataforma Siscomex, necessária para registrar as operações de exportação e importação.
Na exportação, a conferência aduaneira identifica o exportador, verifica a mercadoria e a correção das informações relativas à quantificação, natureza, preço e todas as obrigações fiscais. Os despachos de exportação são parametrizados, podendo ser atribuídos os canais verde, laranja e vermelho. Veja mais detalhes:
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Canal verde
O sistema efetua o desembaraço automático da mercadoria, dispensando o exame documental e a verificação física.
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Canal laranja
É realizado apenas o exame documental.
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Canal vermelho
Além do exame documental, é efetuada a conferência física da mercadoria.
Na importação, o despacho aduaneiro é o procedimento para que a mercadoria seja desembaraçada e por meio do qual são verificados os dados informados pelo importador, sua relação com as mercadorias, com os documentos apresentados e com a legislação respectiva.
Toda mercadoria importada, em caráter definitivo ou não, deve ser submetida ao despacho aduaneiro, que será apresentado à unidade da Receita Federal, e também selecionada para a parametrização no canal de conferência, que será verde, amarelo, vermelho ou cinza. Confira mais detalhes:
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Canal verde
O sistema registra o desembaraço automático da mercadoria, sendo dispensados o exame documental e a verificação física. Entretanto, caso o auditor-fiscal identifique algum elemento que possa indicar irregularidade, a mercadoria pode ser objeto de conferência física ou documental.
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Canal amarelo
É efetuado o exame documental e, não sendo detectada qualquer irregularidade, o desembaraço é efetuado sem a verificação física da mercadoria.
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Canal vermelho
A mercadoria só será desembaraçada após a realização do exame documental e da verificação física.
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Canal cinza
É realizado o exame documental, a verificação física da mercadoria e a aplicação de controle especial aduaneiro, para verificar indícios de fraude, incluindo o preço declarado da mercadoria.
Os recintos aduaneiros ou recintos alfandegados da Receita Federal localizam-se na zona primária (portos, aeroportos, pontos de fronteira, como Foz do Iguaçu e lojas francas) e na zona secundária ( portos secos e terminais alfandegados).
Como vimos, no que diz respeito ao comércio exterior, a Secretaria da Receita Federal (RFB) responde pela parte aduaneira (despacho e desembaraço de mercadorias) e recolhimento dos tributos.
Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (SECINT)
Instituição do Ministério da Economia, que tem como função tratar das questões relacionadas à política de comércio exterior. Suas principais secretarias são: a Secretaria-executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A seguir, vamos conhecer cada uma dessas secretarias.
Secretaria-Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex)
A Camex tem como objetivo formular, adotar, implementar e coordenar políticas e atividades relativas ao comércio exterior de bens e serviços, aos investimentos estrangeiros diretos, aos investimentos brasileiros no exterior e ao financiamento às exportações, visando promover o aumento da produtividade da economia brasileira e da competitividade do país.
É a instância máxima de deliberação do governo federal em matéria de comércio exterior, cabendo a ela propor a estratégia e as diretrizes da política de comércio exterior, com vistas à inserção do país na economia internacional.
São membros de seu Conselho de Estratégia Comercial o presidente da República, o Ministro de Estado Chefe da Casa Civil, o Ministro de Estado da Defesa, o Ministro de Estado das Relações Exteriores, o Ministro de Estado da Economia e o Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A Camex é integrada por diversos colegiados, que têm as seguintes competências:
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Conceder as diretrizes para as negociações de acordos e convênios bilaterais, regionais ou multilaterais relativos ao comércio exterior.
Manifestar-se sobre a aplicação de contramedidas para proteger os interesses brasileiros em questões de litígio internacional.
Coordenar as políticas de promoção comercial no exterior.
Estabelecer as diretrizes para a política de financiamento das exportações de bens e serviços, e para a cobertura dos riscos de operações a prazo.
Determinar as diretrizes da política tarifária na importação e exportação, estabelecendo alíquotas do imposto de importação e de exportação.
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A atuação da Camex, portanto, é ampla e complexa, já que abrange assuntos importantes do comércio exterior. Cabe a ela coordenar os diversos órgãos da administração pública, para que sejam executadas ações integradas por parte do governo. Dessa forma, matérias relevantes dos demais órgãos devem ser previamente submetidas à Camex.
Secretaria de Comércio Exterior (Secex)
Instituição do Ministério da Economia, integrante da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais. Secex é o órgão licenciador do comércio exterior, cabendo a ele o tratamento administrativo comercial. Visa incrementar a participação brasileira no comércio internacional, disseminando a cultura exportadora, por meio de ações de aperfeiçoamento dos mecanismos operacionais e de adequação do setor produtivo.
É composto por cinco subsecretarias, que possuem as seguintes atribuições:
Subsecretaria de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior (SITEC)
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Produz, analisa e divulga estatísticas relacionadas ao comércio exterior.
Subsecretaria de Operações de Comércio Exterior (SUEXT)
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Responsável pelas operações de comércio exterior, analisa aspectos comerciais, preços, incluindo licenciamento de exportação e de importação, elabora normas operacionais, estudos econômicos, administra o drawback e o Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).
Drawback: É o regime que permite suspender ou eliminar os tributos incidentes, tanto nas importações quanto nas aquisições no mercado interno, sobre insumos utilizados na produção da mercadoria a ser exportada, melhorando a competitividade do produto brasileiro.
Subsecretaria de Facilitação de Comércio Exterior e Internacionalização (SUFAC)
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Responsável pelos registros de promoção no SISPROM (Sistema de Registro de Informações de Promoção), utilizado para registro de operações com redução a zero da alíquota do imposto de renda no pagamento ao exterior de despesas com promoção comercial.
Coordena ações e participa de eventos relativos a acordos de facilitação ao comércio da OMC. Esses acordos buscam simplificar a burocracia e agilizar os procedimentos para o comércio internacional de bens, com medidas de reforço de transparência na elaboração de normas e a cooperação entre as autoridades aduaneiras. A implementação no Brasil do Portal Único de Comércio Exterior foi resultante do acordo de facilitação ao comércio.
Subsecretaria de Negociações Internacionais (SEINT)
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Elabora estudos e participa das negociações internacionais de comércio, juntamente com outros órgãos do governo, nos âmbitos regional, bilateral, multilateral e de bloco econômico, prestando apoio técnico. Desenvolve atividades de comércio exterior com organismos internacionais e administra regulamentos de origem de acordos firmados pelo Brasil.
Subsecretaria de Defesa Comercial e Interesse Público (SDCOM)
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Trata de assuntos relacionados à defesa comercial, investigações de dumping, salvaguardas e subsídios, com vistas à aplicação de medidas compensatórias.
Com a maior abertura do país ao comércio, as empresas brasileiras estão mais expostas e, muitas vezes, há a necessidade de medidas antidumping, compensatórias e de salvaguardas. Cabe à SDCOM examinar a procedência e o mérito de solicitações de adoção de medidas contra práticas desleais de comércio, por meio de investigações de dano à produção doméstica.
Como exemplo de defesa comercial, foi concedido em 2016 pelo governo brasileiro o direito antidumping sobre as importações de magnésio metálico originados da Rússia. Esse direito é uma medida válida por até cinco anos, sendo aplicada na forma de alíquota de US$890,73 por tonelada sobre as importações de magnésio metálico originados da Rússia.
Entidades vinculadas
Entidades vinculadas são as que não estão diretamente subordinadas ao Ministério da Economia, podendo suas atividades serem por ele supervisionadas. As principais são:
Banco Central do Brasil
Banco do Brasil
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
Banco Central do Brasil
Autarquia federal, integrante do Sistema Financeiro Nacional, vinculada ao Ministério da Economia, tem como missão assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente.
Suas principais funções são:
Banco dos bancos
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Cabe ao Banco Central prover liquidez no sistema financeiro, mediante empréstimos exclusivos, bem como manter os depósitos compulsórios dos bancos comerciais, regulando a moeda no mercado.
Os Depósitos compulsórios são os valores que os bancos são obrigados a depositar em uma conta no Banco Central, referentes à parte dos recursos captados de seus clientes nos depósitos à vista, a prazo ou poupança. É um dos instrumentos utilizados pelo BC para controlar a quantidade de dinheiro que circula na economia do país.
Supervisor do sistema financeiro
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Cabe ao Banco Central monitorar o sistema financeiro nacional, exercendo fiscalização e concedendo autorização para funcionamento das instituições financeiras.
O Banco Central também atua para que o sistema financeiro nacional não seja utilizado para fins ilícitos, sendo um dos focos a prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo (PLD/FT). Assim, exige que as instituições financeiras bancárias e não bancárias implementem medidas e controles de PLD/FT.
Cabe ao BC, sempre que necessário, comunicar indícios de crimes previstos na Lei nº 9.613/98 e relacionados à lavagem de dinheiro e à corrupção, ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), ao Ministério Público e à Secretaria da Receita Federal.
COAF é o órgão de inteligência financeira do país, que tem a finalidade de disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas na Lei.
Emissor de moeda
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É o responsável pela emissão de moeda em todo o país, em quantidade autorizada pelo Conselho Monetário Nacional.
Depositário das reservas cambiais
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Controla as reservas cambiais do país. Reservas cambiais ou internacionais são os ativos do Brasil em moeda estrangeira e funcionam como uma espécie de seguro para o país fazer frente às suas obrigações no exterior e a choques de natureza externa, tais como crises cambiais e interrupções nos fluxos de capital para o país.
Além da função de cobrir eventuais déficits nas contas externas, as reservas internacionais podem ser usadas para proteger o sistema monetário, minimizando a volatilidade do mercado de câmbio. Grandes reservas são quase sempre sinal de que o país é capaz de suportar turbulências econômicas.
Executor das políticas monetária e cambial
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O Banco Central pode, para a operacionalização das políticas monetária e cambial do governo, introduzir ou adquirir moeda do mercado, regular a taxa de juros e atuar no mercado de câmbio, com vistas à estabilidade das taxas de câmbio.
Na área de comércio exterior, o BC atua basicamente no sentido de regular e estabelecer normas sobre as operações de câmbio e buscar o equilíbrio do balanço de pagamentos, que é o registro de todas as transações econômicas realizadas durante certo período entre os residentes do país e os residentes de outros países. É um demonstrativo contábil, onde estão registradas todas as importações, exportações, fretes, empréstimos, capitais internacionais, entre outros. Uma das subcontas do balanço de pagamentos engloba a balança comercial, que é o registro de todos os valores recebidos pelas exportações e pagos pelas importações.
Na área cambial, o BC fiscaliza as instituições financeiras que efetuam o câmbio para pagamento de importações e recebimento das exportações.
Banco do Brasil
Sociedade de economia mista, atua como parceiro do governo federal nas políticas de comércio exterior, disponibilizando produtos e serviços ligados ao comércio internacional.
Como agente delegado pelo governo, executa as seguintes atribuições de comércio exterior:
Emissão de atos concessórios deDrawback
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O Banco do Brasil analisa e concede o ato concessório para que a empresa se beneficie deste regime.
Emissão de Certificado de Origem (Form A)
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Este certificado é necessário para a obtenção de tratamento preferencial junto a determinados países industrializados, denominado Sistema Geral de Preferência (SGP). Esses países concedem facilidades de acesso de determinados produtos originários de nações em desenvolvimento, reduzindo total ou parcialmente o imposto de importação. Assim, para comprovar nas alfândegas estrangeiras a origem da mercadoria, é necessária a apresentação deste documento.
Administração do Programa de Financiamento às Exportações (Proex)
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O Banco do Brasil é o agente exclusivo da União para operacionalização do Proex.
O Proex é um programa do Governo Federal para apoiar as exportações brasileiras de bens e serviços pós-embarque, por meio de financiamento com taxas de juros compatíveis aos praticados no mercado internacional, utilizando recursos do Tesouro Nacional.
O governo brasileiro, procurando dar suporte financeiro às exportações, disponibiliza recursos para financiar as vendas externas, oferecendo condições semelhantes àquelas de seus concorrentes internacionais, de modo que o exportador recebe à vista o valor de sua exportação efetuada a prazo.
Concessão do Proger Exportação
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O Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger) é uma linha de crédito exclusiva para micros e pequenas empresas para o incremento das exportações brasileiras. O programa financia a produção de bens, assim como as atividades de promoção de exportação, como participação em eventos comerciais, aluguel e montagem de estandes em feiras, exposições, aquisição de passagens, hospedagem, remessa de mostruários ou material promocional.
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Instituição vinculada ao Ministério da Economia que, na área de comércio exterior, concede linhas de crédito aos exportadores brasileiros. Essas linhas de financiamento garantem a competitividade das empresas brasileiras no mercado externo.
O BNDES tem duas frentes de financiamento:
Sistema integrado de gestão (ERP).
Veja o papel de cada frente de financiamento:
BNDES Exim Pré-embarque
Apoia a produção de bens e serviços, possibilitando a aquisição de insumos, matérias-primas e outros recursos para a produção.
BNDES Exim Pós-embarque
Financia a comercialização de bens e serviços no exterior em condições competitivas com as linhas similares oferecidas no mercado internacional.
Outras instituições
Além dos órgãos com funções administrativas, fiscais e cambiais, fazem parte da estrutura do Governo outras instituições ligadas à promoção, à divulgação, ao controle e à logística do comércio exterior.
Departamento de Comércio e Promoção de Investimentos (DPR)
O Departamento de Comércio e Promoção de Investimentos (DPR) está inserido na estrutura do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e tem como objetivo organizar, dirigir e implementar políticas de promoção das exportações brasileiras e de captações de investimentos estrangeiros no país. Para tanto, planeja e executa programas e atividades específicas, inclusive participando e realizando eventos que promovam nossa capacidade produtiva e tecnológica, como missões comerciais, exposições, seminários, rodadas de negócios etc.
O Ministério das Relações Exteriores é responsável pelas relações do Brasil com os demais países e pela participação brasileira em organizações internacionais.
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Saiba mais
Nas suas 104 Embaixadas e Consulados ao redor do mundo por todos os continentes, existe um setor voltado à promoção comercial, são os SECOMs - Setores de Promoção Comercial, cujas principais atividades são:
· Apoiar localmente as empresas e entidades brasileiras, por meio de contatos, participações em feiras, missões etc.;
· Captar e divulgar informações sobre oportunidades comerciais e de investimentos;
· Elaborar ou contratar pesquisas de mercados e de produtos;
· Preparar análises de competitividade e de concorrência e identificação de obstáculos e restrições;
· Fornecer assistência a empresas estrangeiras que desejam investir no Brasil ou importar produtos ou serviços brasileiros.
Além disso, o MRE, por meio da página InvestExportBrasil, divulga informações sobre oportunidades comerciais para exportação e captação de investimentos estrangeiros, disponibiliza banco de dados com estatísticas, estudos de mercados, análises e pesquisas específicas na área de comércio exterior, com informações detalhadas sobre produtos em determinado país ou região, e divulga calendário de feiras no Brasil e no exterior.
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) atua na promoção de produtos e serviços brasileiros no exterior, consolidando a presença em mercados tradicionais e abrindo novos mercados. Além disso, também trabalha para a atração de investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira.
Atende empresas de todos os portes e em todos os estágios de conhecimento sobre exportação, desde aquelas que ainda não exportam até as que já estão em fases mais avançadas de internacionalização. Executa projetos em parceria com associações de classe e entidades regionais do setor privado e público, arcando com parte da despesa.
A sua atuação acontece de diversas formas para promover a competitividade das empresas brasileiras no processo de internacionalização, sendo seus principais serviços:
Inteligência de mercado
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Realiza estudos e análises de mercados para orientar as empresas quanto às melhores oportunidades para os negócios internacionais. Esses estudos podem abranger hábitos de consumo, concorrência, canais de distribuição e potenciais compradores.
Esse tipo de estudo é de grande relevância, já que para ingressar em um novo mercado há necessidade de conhecermos sua cultura, hábitos e ambiente de negócios. Com essas informações, a Apex auxilia as empresas que pretendem iniciar o processo de internacionalização.
Qualificação empresarial
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Oferece capacitação, consultoria e assessoria com o objetivo de incrementar a competitividade e promover a cultura exportadora nas empresas, preparando-as para os desafios do mercado internacional. O projeto PEIEX (Programa de Qualificação para Exportação), efetuado em parceria da Apex com instituições de ensino (universidades e parques tecnológicos) ou federações de indústria, proporciona serviços de consultoria e diagnóstico específico para cada empresa, para o processo de exportação de forma seja iniciado de forma planejada e segura. O programa é implementado em todas regiões do país.
Estratégia para internacionalização
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Fornece um conjunto de serviços que visa orientar empresas na definição de estratégias para inserção e avanço no processo de internacionalização.
Promoção de negócios e imagem
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Realiza ações que facilitam o acesso das empresas brasileiras aos mercados internacionais, diversificando os destinos das exportações brasileiras e melhorando a percepção internacional sobre as empresas, produtos e serviços brasileiros. Organiza e participa de feiras setoriais e multissetoriais, rodadas de negócios e missões comerciais. Este serviço permite aos empresários o contato direto com parceiros de negócios internacionais, auxiliando a entrada em mercados estrangeiros.
Atração de investimento
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Promove ações para facilitar a atração de investimentos estrangeiros diretos (IED), com o objetivo de melhorar a imagem do Brasil como um mercado atrativo para aportes de capital estrangeiro.
A Apex apoia inúmeros setores da economia e trabalha a imagem das empresas brasileiras, promovendo amplas ações de marketing e divulgação nos mercados externos junto a consumidores e empresários.
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Exemplo
Delegação brasileira com 77 empresas levada pela Apex-Brasil para o evento South by Southwest (SXSW), maior festival de economia criativa,realizada em Austin-Texas em março de 2019, fechou US$115,9 milhões em negócios. Os participantes disseram ter feito contato com mais de 1.600 possíveis compradores, investidores e parceiros. A Apex-Brasil comandou um dos mais concorridos eventos de networking do festival: um happy hour com show e comida brasileira.
Serviço brasileiro de apoio às micros e pequenas empresas (Sebrae)
Instituição vinculada à Confederação Nacional da Indústria (CNI), que contribui com orientação ao empresário de pequeno porte, oferecendo consultoria e capacitação técnica sobre procedimentos de exportação, importação, logística, formação de preços e fechamento de pedidos.
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT)
Possui o Programa Exporta Fácil, que é voltado para micro e pequenas empresas, e pessoas físicas como artesãos e agricultores. Este programa simplifica o processo de exportação, já que requer a utilização de um único formulário, dispensando a habilitação ou registro em órgão do governo, além de seus custos serem mais baixos.
Os embarques estão limitados a US$50.000,00 ou 30kg, havendo restrições às dimensões dos volumes.
Na importação, oferece o programa Importa Fácil, com limite de US$3.000,00 por operação, que também pode ser utilizado por pessoas físicas ou jurídicas.
Órgãos anuentes
Além das instituições mencionadas, existem os órgãos denominados anuentes no comércio exterior, que têm a função de efetuar uma análise complementar dos produtos a serem exportados ou importados, liberando ou não a saída ou entrada no país. Para isso, têm a responsabilidade de averiguar se as mercadorias estão de acordo com as normas internacionais.
Confira a seguir os principais órgãos anuentes:
· Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL);
· Agência Nacional de Mineração (ANM);
· Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
· Agência Nacional do Cinema (Ancine);
· Comando do Exército – Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC);
· Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN);
· Departamento de Polícia Federal (DPF);
· Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama);
· Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP);
· Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq);
· Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro);
· Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA);
· Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI);
· Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Vamos conhecer dois desses órgãos, que são muito demandados:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
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A Anvisa tem a responsabilidade de promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária. Além disso, a Agência inspeciona ambientes, processos, insumos e tecnologias relacionadas aos produtos, e também controla portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.
Como exemplo, na importação de remédio, a Anvisa verifica se o medicamento possui registro, certificados de análise, o responsável técnico etc.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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Também conhecido como Mapa, é o órgão do Governo Federal responsável pela gestão das políticas públicas de estímulo à agropecuária, pelo fomento do agronegócio e pela regulação e normatização de serviços vinculados ao setor.
Cabe ao Mapa regulamentar e controlar mercadorias de origem animal ou vegetal, importadas ou que serão exportadas, atestando sua qualidade e segurança.
Qualquer produto de origem animal e vegetal depende de prévia autorização do Ministério da Agricultura. A legislação brasileira e os acordos internacionais para o trânsito de produtos animais, vegetais e insumos agrícolas entre países estabelecem regras para garantia da qualidade, segurança e conformidade dos produtos, bem como a avaliação do risco de disseminação de pragas.
São analisados e fiscalizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa):
· Animais, seus produtos, derivados, partes e subprodutos;
· Vegetais, seus produtos, derivados, partes e subprodutos;
· Agrotóxicos e fertilizantes;
· Outros insumos agropecuários;
· Vinhos e bebidas.
Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB)
Existem ainda diversas associações e entidades que estão ligadas ao comércio exterior, entre elas a AEB, uma entidade privada, sem fins lucrativos, que congrega e representa o segmento empresarial de exportação e importação de mercadorias e serviços, bem como as atividades correlatas e afins. Defende a adoção de políticas e medidas que favoreçam a expansão competitiva e sustentável do comércio exterior.
A AEB é uma entidade presente nos debates dos temas relevantes para a expansão do comércio exterior, mantendo interlocução permanente com os poderes Executivo e Legislativo, com o objetivo de que sejam adotadas políticas e ações voltadas para o incremento das exportações e importações de mercadorias e serviços, bem como das atividades de apoio ao comércio exterior.
A AEB realiza dois grandes eventos gratuitos durante o ano, muito importantes para o comércio exterior:
Enaex
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O Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex) reúne representantes de toda a cadeia de negócios do comércio internacional e governo em palestras, debates, painéis e mesas-redondas sobre os principais temas da atualidade.
Enaserv
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O Encontro Nacional de Comércio Exterior de Serviços (Enaserv) é voltado para empresários, diretores, gerentes de empresas, autoridades e formadores de opinião do comércio exterior de serviços. O evento reúne um time de especialistas do setor privado e do governo para discutir as principais questões que envolvem o setor. O objetivo da AEB com a promoção do evento é propor sugestões e estimular debates para ampliar e tornar mais competitivo o comércio internacional de serviços. Para a AEB, este segmento deve estar inserido na agenda do governo e do setor privado para resgatar a produtividade, em razão dos ganhos tecnológicos que tal comércio pode proporcionar.
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