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Histologia do Sistema Urinário

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Histologia do Sistema Urinário 
Gustavo Ribeiro de Souza Filho 
INTRODUÇÃO 
O sistema urinário desempenha funções fundamentais no nosso organismo. Entre elas 
podemos citar: limpar o sangue de resíduos metabólicos por meio da filtração e excreção; 
equilibrar a concentração de eletrólitos e líquidos; manter a homeostase corporal por meio 
da reabsorção. 
O principal órgão deste sistema são os rins, que podem ser divididos em córtex e medula. 
A medula é formada por um conjunto de massas denominadas pirâmides medulares. Cada 
pirâmide somada com a cortical que a reveste é considerada um lobo renal, sendo limitado 
pelas colunas renais (estruturas residuais do desenvolvimento embriológico). 
Já os lóbulos estão presentes somente na cortical e podem ser definidos de duas maneiras. 
Uma delas considera o lóbulo renal como a parte da cortical margeada por duas artérias 
interlobulares ascendentes adjacentes. A outra divisão é considerando o ducto coletor no 
centro do lóbulo e os néfrons que drenam para ele, formando um raio medular. 
Cada lobo converge a excreção para seu ápice, nas papilas, que gotejam no cálice menor. 
Do cálice menor a excreção converge para o cálice maior e deste para a pelve renal. 
Por ser um órgão excretor, é importante discutir sobre o sistema vascular renal. O sangue 
oxigenado chega aos rins pela artéria renal e se divide em artérias interlobares, que 
percorrem as colunas renais. Destas artérias partem as artérias arqueadas, que percorrem 
o córtex até se ramificarem em artérias interlobulares. 
Das artérias interlobulares formam-se as arteríolas glomerulares aferentes, estas formam 
uma rede de capilares, que ficam dentro da cápsula de Bowman, local da filtração. A 
partir da cápsula saem as arteríolas glomerulares eferentes, que formam duas redes 
capilares. Este sistema de arteríola-capilar-arteríola é denominado sistema porta arterial. 
Uma das redes é a de capilares peritubulares, esta envolve os segmentos corticais dos 
túbulos uriníferos, participando da reabsorção. A outra rede constitui os vasos retos, que 
se estendem até a medula do rim. 
Mas o que seria o túbulo urinífero? Basicamente é constituído de um néfron e um ducto 
coletor. O néfron possui dois componentes: o corpúsculo renal e o túbulo renal. O túbulo 
renal, por sua vez, é composto de túbulo contorcido proximal, alça de Henle e túbulo 
contorcido distal, que desemboca no túbulo coletor. 
Abordaremos mais detalhadamente cada estrutura adiante. 
 
CORPÚSCULO RENAL 
O corpúsculo renal corresponde a uma cápsula de Bowman que cobre um tufo capilar, o 
glomérulo. A cápsula, por sua vez, é constituída de duas camadas: a camada visceral e a 
camada parietal. 
A camada visceral é fixada aos capilares, é revestida por células epiteliais denominadas 
podócitos e possui uma lâmina basal reforçada. Já a camada parietal se associa ao estroma 
de tecido conjuntivo, também possui uma lâmina basal e um epitélio simples 
pavimentoso. 
Enquanto isso, o glomérulo é constituído de dois componentes: os capilares glomerulares, 
revestidos por células endoteliais fenestradas; e células mesangiais. 
A soma das células endoteliais fenestradas, a lâmina basal reforçada e os prolongamentos 
dos podócitos cria a barreira de filtração glomerular. Esta barreira possui fendas de 
filtração, onde há pequenos diafragmas que impedem a passagem de proteínas 
plasmáticas e substâncias maiores. 
As células mesangiais são encontradas no aparelho justaglomerular. Estas células são 
responsáveis por: secretar substâncias como prostaglandinas e endotelina, esta induz a 
constrição das arteríolas glomerulares aferentes e eferentes; proporcionar suporte aos 
capilares e controlar a renovação da lâmina basal. 
Do aparelho justaglomerular fazem parte as células mesangiais; as células produtoras de 
renina; e a mácula densa, estrutura localizada na porção inicial do túbulo contorcido 
distal. Este aparelho como um todo atua na autorregulação renal, principalmente no 
controle do fluxo sanguíneo e na filtração. 
 
 
 
TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL 
Esta parte constitui o início do túbulo renal. Sua parede é de células epiteliais cúbicas, 
que permanecem unidas por junções oclusivas. Entre as características principais destas 
células podemos citar: borda em escova, com microvilos; invaginações e interdigitações 
na membrana plasmática; e grande quantidade de mitocôndrias para fornecer ATP para a 
bomba sódio-potássio ATPase. 
O túbulo contorcido proximal utiliza de transportes passivos e ativos para reabsorver a 
maior parte dos íons, como sódio, cloreto e potássio, além de 70% da água filtrada. 
 
ALÇA DE HENLE 
A alça de Henle reabsorve também íons e água, porém em menor quantidade. Ela 
constituída por ramo descendente espesso, descendente delgado, ascendente delgado e 
ascendente espesso, nesta ordem. Os segmentos espessos são constituídos de epitélio 
pavimentoso, enquanto os delgados de epitélio cúbico. 
 
TÚBULO CONTORCIDO DISTAL 
Este segmento do túbulo renal é caracterizado por possuir baixa reabsorção, contudo, a 
ação de hormônios pode torná-lo permeável à água. O hormônio antidiurético (ADH) 
causa um aumento da permeabilidade tanto do túbulo distal como dos ductos coletores. 
Além disso, as células desta região são cuboides mais baixas, sem apresentar bordas em 
escova. Entretanto, há uma área especial denominada mácula densa, em que há grande 
sensibilidade a concentrações de sódio, participando assim do sistema de autorregulação. 
 
DUCTO COLETOR 
Local onde desemboca os túbulos distais, esta estrutura é formada por células cuboides 
de dois tipos: principais e intercaladas. As primeiras apresentam cílios primários e 
invaginações, também atuam reabsorvendo sódio e água. Já as intercaladas possuem 
microvilos e secretam íons hidrogênios ou bicarbonato. 
 
VIAS EXCRETORAS 
A partir dos ductos coletores, a excreta prossegue para as papilas renais, flui para os 
cálices e, em seguida, para a pelve. Depois, a urina segue para os ureteres, entrando na 
bexiga, onde é armazenada. Com exceção dos ductos coletores e as papilas, todas as 
demais estruturas citadas possuem um epitélio de transição, também denominado 
urotélio, com uma lâmina própria subjacente. 
Tanto a camada epitelial quanto a lâmina são cercadas por camadas de células musculares 
lisas que permitem a peristalse da urina. 
Esta ao prosseguir para a uretra encontra certas diferenças histológicas entre a uretra 
masculina e a feminina. A masculina é dividida em uretra prostática, membranácea e 
esponjosa, sendo a primeira de epitélio de transição e as duas últimas de epitélio 
pseudoestratificado. Já a feminina é coberta por um epitélio estratificado pavimentoso 
com uma camada interna de músculo liso e uma externa de músculo estriado. 
 
REGULAÇÃO DA ABSORÇÃO DE ÁGUA E SÓDIO 
A água e o sódio são quase que completamente reabsorvidos pelos túbulos renais. 
Contudo, esta reabsorção está sujeita ao controle por parte de 4 substâncias principais: 
angiotensina II; aldosterona; hormônio antidiurético (ADH); e fator natriurético atrial. 
A angiotensina II, que participa do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Este sistema 
é de extrema importância para a retroalimentação tubuloglomerular e a manutenção da 
pressão arterial. 
O que ocorre é que uma baixa de concentração de íons NaCl nos túbulos contorcidos 
distais causa a sensibilidade da mácula densa. Com isso, são estimuladas as células 
justaglomerulares a produzirem renina, substância que converte angiotensinogênio em 
angiotensina I, que é convertida em angiotensina II por uma enzima. Já a angiotensina II 
causa a vasoconstrição, o aumento da reabsorção de NaCl nos túbulos contorcidosproximais e estimula a secreção de aldosterona e ADH. 
A aldosterona nas células principais do ducto coletor aumentando a reabsorção de NaCl. 
Enquanto o ADH aumenta a permeabilidade do ducto coletor, causando a reabsorção de 
água. 
Por último, o fator natriurético atrial atua de maneira contrária. Ele possui duas funções 
que são: aumentar a excreção urinária de NaCl e água, e inibir a liberação de ADH.

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