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Relações Raciais na Educação*

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1
Profa. Dra. Marcilene Garcia de Souza
Relações Étnico-raciais no 
Ensino de História e Cultura 
Afro-brasileira e Africana
Teleaula 4
Grupo Uninter
Relações Raciais 
na Educação
� Marcos legais importantes 
de se observar:
• Constituição Brasileira, 1988
• LDB - Lei de Diretrizes e Base 
da Educação Nacional
• Lei 10.639/2003
• Parecer da Lei 10.639/2003
• Plano Nacional de Implementação 
das Diretrizes Curriculares 
Nacionais para Educação das 
Relações Étnico-raciais e para 
o ensino de História e Cultura 
Afro-brasileira e Africana
• Lei 11.645/2008
• Lei 12.288/2010 – Estatuto 
da Igualdade Racial
“O acesso às séries iniciais do Ensino 
Fundamental, praticamente universalizado 
no País, não se concretiza, para 
negros(as), na séries finais da Educação 
Básica. Há evidências de que os 
processos discriminatórios operam 
nos sistemas de ensino, penalizando 
crianças, adolescentes, jovens, adultos 
negros(as), levando-os à evasão e ao 
fracasso, resultam no reduzido número de 
negros que chegam ao Ensino Superior.” 
(Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais 
para Educação das Relações Étnico-raciais e para o ensino de História e 
Cultura Afro-brasileira e Africana, 2009. p. 09)
� Não se valoriza a diversidade 
étnico-racial tanto nos livros 
didáticos quanto na formação dos 
professores(as).
A Escola ainda tem sido um 
espaço de reprodução de 
estigmas e estereótipos sobre 
a população negra e 
valorização de valores 
“eurocêntricos”
2
Média de Anos de Estudos –
População de 15 Anos ou 
mais, por Grandes Regiões 
do Brasil – IBGE, 2009/2010
Total Branco Preto Pardo
Diferença em 
anos de estudo a 
menos p/negros
Brasil 7,6 8,4 6,7 6,7
-1,7 anos (pretos 
e pardos)
Norte 7,2 8,1 6,7 6,9
-1,4 anos (pretos)
-1,2 anos (pardos)
Nordeste 6,3 7,3 6,2 5,9
-1,4 anos(pardos)
-1,1 anos (pretos)
Sudeste 8,2 8,9 7,0 7,3
-1,9 anos (pretos)
-1,6 anos (pardos)
Sul 8,0 8,3 6,9 6,7
-1,6 anos (pardos)
-1,4 anos (pretos)
Centro-
-oeste
7,9 8,6 7,2 7,3
-1,4 anos (pretos)
-1,3 anos (pardos)
� Negros possuem desvantagem educacional 
em todas as e Regiões e Estados do País
Taxa de Analfabetismo, 
Pessoas com 15 Anos ou 
mais, para Grandes Regiões 
do Brasil – Cor/Raça – IBGE, 
2009/2010
Total Branco Preto Pardo
Brasil 9,7 5,9 13,3 13,4
Norte 10,6 7,2 14,6 11,3
Nordeste 18,7 14,2 19,8 20,6
Sudeste 5,7 4,0 9,5 7,6
Sul 5,5 4,4 9,5 9,5
Centro-
oeste
8,0 6,0 11,3 9,2
� Valorização da Diversidade 
étnico-racial, de gênero, de 
orientação sexual, geracional, 
religiosa etc., pressupõe uma 
relação entre “o eu e o outro”.
� Portanto, conhecer e reconhecer 
a diferença do outro é um caminho 
importante para sua valorização
Valorização da Diversidade
� Altera a Lei 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996, que 
estabelece as diretrizes e bases 
da educação nacional, para incluir 
no currículo oficial da Rede de 
Ensino a obrigatoriedade da 
temática "História e Cultura 
Afro-Brasileira", e dá outras 
providências
Lei 10.639/2003
3
� Reinvidicação dos Movimentos
Negros para modificar os
caminhos das “concepções
educacionais”
� Contrapõe ao pensamento
eurocêntrico
� Revela o perfil de inclusão
subalternizada dos negros no 
Brasil que são traduzidas em
desigualdades educacionais
e segregações espaciais
� Revela a negação da 
importância da: Filosofia; 
Religião; Cosmovisão africana
e afrodescendente; 
Qualidades dos indivíduos
e suas coletividades
O que Sabemos sobre a 
História dos Africanos e 
Afrodescendentes no Brasil?
� Vídeo
� Altera a Lei 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996, modificada 
pela Lei 10.639, de 9 de janeiro 
de 2003, que estabelece as 
diretrizes e bases da educação 
nacional, para incluir no currículo 
oficial da rede de ensino a 
obrigatoriedade da temática 
“História e Cultura Afro-
-Brasileira e Indígena”
Lei 11.645/2008
Para refletir!
“Não é possível conhecer a verdadeira 
História do Brasil sem conhecer 
a História dos Africanos e 
afrodescendentes no País. Conhecer 
a história dos africanos e 
afrodescendentes permite construir 
estratégias de intervenção na realidade 
e na transformação social, cultural, 
econômica e política das relações 
étnicas brasileiras” 
Prof. Dr. Henrique Cunha Jr.
� “Para obter êxito, a escola e seus 
professores não podem 
improvisar. Têm que desfazer a 
mentalidade racista e 
discriminadora secular, superando 
o etnocentrismo europeu, 
reestruturando relações étnicos-
-raciais e sociais, desalienando
processos pedagógicos”. 
(Parecer da Lei 10.639/2003)
Lei 10.639/2003
4
� Focos de resistências aos valores
africanos e afrodescendentes são
também os espaços religiosos de 
matriz africana (Terreiros) e as 
Comunidades Remanescentes
Quilombolas que estão
espalhadas em todo o País
� Parte do movimento social negro 
luta para se fazer uma revisão
justa da história do Brasil
Resistências Culturais! � Problemas:
• A Escola penaliza os africanos
e enaltece os escravizadores
(senhores)
• Os escravizados aparecem
sem cultura, sem
conhecimento, sem
civilização, e resumidos a 
força bruta
• Banaliza-se como sendo algo
natural a produção escravista
�Alunas(os) negras(os) ainda são
vítimas de chacotas, humilhações
pela sua aparência, pela sua
descendência africana, suas
religiões são consideradas
do “mal”
�Negros aparecem sem
“conchecimentos e técnicas”
Alguns Problemas
� A África é reforçada como
sendo um Continente sem
História
� Pouco ou nada se conhece dos 
heróis negros brasileiros ou
africanos
� IBGE: entre 1997 e 2007 o 
acesso dos negros ao 
ensino superior cresceu, mas 
continua sendo metade do 
verificado entre os brancos
Hiato entre Brancos e 
Negros no Ensino Superior � IBGE: entre os jovens brancos 
com mais de 16 anos, 5,6% 
frequentavam o Ensino Superior 
em 2007, enquanto entre 
os negros esse percentual 
era 2,8%
5
� De acordo com o Prof. José Jorge 
de Carvalho, mesmo o Brasil 
sendo a Segunda Nação negra 
do Planeta, em 2002, 98% dos 
professores Universitários de 
instituições públicas eram 
brancos
Para refletir...
� Maximizar os programas de ações 
afirmativas para negros na 
Educação Superior 
� Consolidação das Leis 10.639/03 
e 11.645/2008 em todas as 
escolas públicas e privadas do País
� Formação adequada sobre 
Educação das Relações Étnico-
-raciais nos cursos de graduação 
e tecnólogos
Desafios na Democartização
na Educação Superior
� Ampliação dos Programas de 
Ações Afirmativas para negros 
através de reserva fixadas de 
vagas (cotas raciais) nas 
instituições de Ensino Superior 
públicas
� Ampliar vagas oferecidas pelo 
Prouni - Programa Universidade 
para Todos, que também assegura 
reserva de vagas para negros
� Cotas raciais para negros: são 
medidas de caráter paliativo 
presentes em Programas de 
“Ações Afirmativas” em 
dezenas de Universidades 
Públicas do Brasil que visam 
promover “igualdade de 
oportunidade” (...)
Cotas Raciais nas 
Universidades Públicas
(...) para grupos que sofreram 
injustiças históricas 
(escravização), que carecem 
de políticas compensatórias e 
reparatórias, que encontram-se 
em situação de desvantagens 
sociais e simbólicas em função do 
“racismo”, “discriminação racial” e 
“preconceito racial” presentes na 
sociedade brasileira, sobretudo na 
educação
� Experimento ousado e 
revolucionário do Direito
� Não tem por objetivo prejudicar
nenhum grupo
� Visa promover igualdade de 
oportunidade
Ações Afirmativas nas 
Universidades Públicas
6
� Provoca mudança
de mentalidades
� Aproveita talentos disperdiçados
� Valoriza a diversidade
� Maximiza a democracia
� Provoca mudanças do ponto de 
vista pedagógico, psicológico,histórico etc.
“Temos o direito a ser iguais 
quando a nossa diferença nos 
inferioriza, e temos o direito a ser 
diferentes quando a nossa 
igualdade nos descaracteriza. Daí a 
necessidade de uma igualdade que 
reconheça as diferenças e de uma 
diferença que não produza,
alimente ou reproduza as
desigualdades”.
(Boaventura Santos)
Resultados
� Os programas de cotas raciais 
tem ajudado a democratizar as 
Universidades Públicas
� Os programas tem sido “um 
sucesso” e só revelam que 
jovens negros, quando 
alcançam uma oportunidade, 
aproveitam
� Os cotistas raciais tem tido 
rendimento acadêmico acima, 
equivalente ou quase equivalente 
aos outros alunos
� Os cotistas raciais tem tido um 
número de evasão menor que 
outros alunos
� GOMES, Joaquim Barbosa. 
Princípios constitucionais 
da igualdade: o direito como 
instrumento de transformação 
social, a experiência dos EUA. 
Rio de Janeiro: Renovar, 2001.
� Indicadores do IBGE, 2010.
Referências de Apoio

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