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ad1 de currículo 2.2015

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD
 
AVALIAÇÃO A Distância 1 – 2015-2
1 – Retome a questão proposta no livro-base da disciplina na página 21. Após os estudos iniciais feitos, como responderia a essa questão: Uma das questões que tínhamos no início dessa aula era: nossa compreensão sobre o processo de ensino-aprendizagem “afeta” nossa prática curricular? Qual seria a compreensão de prática curricular subjacente a cada uma das perspectivas de ensino-aprendizagem?
Sim, pois é a nossa concepção de ensino-aprendizagem que influencia a escolha de uma determinada proposta curricular, que, por sua vez, orientará as atividades desenvolvidas, a organização do espaço-tempo escolar, a metodologia e as relações entre os sujeitos.
O inatismo ou apriorismo concebe que o indivíduo, ao nascer, traz consigo, já determinadas, as condições do conhecimento e da aprendizagem em sua bagagem genética. Assim, a escola tem como função revelar e desenvolver as habilidades e competências naturais dos sujeitos. Por isso, pouco se tem a fazer por aqueles que não aprendem, já que a capacidade de aprender é inata. Logo, esta concepção motivou um tipo de ensino que acredita que o educador deve interferir o mínimo possível. Também apresenta um ensino com dois níveis diferentes: um voltado para atividades laborais e outro para a preparação para carreiras intelectuais.
O empirismo entende o aluno como tábula rasa, um recipiente vazio, na medida em que o conhecimento advém do meio externo pela experiência sensorial. Logo, ensinar é modificar o ambiente, controlar as estratégias de trabalho para operar as mudanças desejadas nas respostas dos alunos. Na prática é possível observar cadeira individualmente enfileiradas, a repetição dos mesmo exercícios, explicações e saberes a prender.
O interacionismo parte da premissa de que tanto os fatores internos como externos influenciam no desenvolvimento e na aprendizagem dos indivíduos. Ademais, entendem o conhecimento como algo inacabado, incerto e provisório. A relação das pessoas umas com as outras, assim como a atuação sobre o objeto do conhecimento favorece as aprendizagens. Por esse motivo, sua prática valoriza a pesquisa, o trabalho em equipe e a troca de informações. O ambiente e o tempo são flexíveis. Enfatiza se a participação dos alunos de maneira ativa e relações horizontais.
2- Já estudamos as três primeiras unidades do livro-base. Apresente, em linhas gerais, uma síntese de dos estudos feitos até aqui. O que caracterizaria as perspectivas tradicionais, críticas e pós-críticas de currículo?
Na perspectiva tradicional, o currículo é entendido como campo neutro onde os conhecimentos encontram se hierarquicamente organizados. Tem como missão principal a formação para o trabalho mediante a aquisição de habilidades. É baseado nos princípios de Taylor que igualava o sistema educacional ao modelo organizacional das empresas, por isso, prioriza se métodos eficientes de organização e planejamento, com ênfase em objetivos, atribuindo um caráter tecnicista a proposta. 
As teorias críticas do currículo denunciam a exclusão social e as práticas escolares excludentes, além de anunciar possibilidade de superação. Entendem a função do currículo para além de um conjunto ordenado de matérias, tomando certas promessas seriamente, como, por exemplo, emancipação do sujeito por meio do entendimento dos conceitos de ideologia, poder e cultura. Seus percussores são: Bourdieu, Passeron, Paulo Freire, Saviani, Libânio, dentre outros.
Para as pos críticas, as questões culturais são inseparáveis das questões de poder, ao mesmo tempo, implicam ideias de identidade e diferença, e isso seria mais importante do que a existência de desigualdades sociais apontadas pelas teorias criticas. O currículo tende, assim, ser percebido como complexo, plural, não predizível e sempre em transição.

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