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Psicopatologia Infantil Transtornos do Espectro Autista Antigamente conhecida como Esquizofrenia de início da infância, sendo Bleuler o primeiro a associar o transtorno como ‘Autismo’. É comum o uso de Antipsicóticos, a fim de tratar os sintomas agressivos: Aririprazol e Risperidona. *Regressão Autistica: Criança está ‘normal’ até tal idade, depois regride todo desenvolvimento e ‘se torna autista’ para sempre. * Kanner fez seu estudo com 11 crianças e percebeu comportamentos atípicos. ‘Autismo de Kanner’ é tipicamente um autismo grave. Asperger também fez um estudo com 11 crianças, na Alemanha, por escrever em alemão seu trabalho, não é muito conhecido no ocidente. As crianças apresentavam dificuldades de integração social, apesar das habilidades intelectuais preservadas; tinham baixas expressões afetivas, pouca empatia, tendência de intelectualizar emoções, discursos incoerentes e formais, e interesses restritos que dominavam o discurso, sem que percebessem o interesse do interlocutor. O transtorno caracterizado como ‘Asperger’ é um autismo mais leve, onde a linguagem é preservada. Apresentam apego completo as rotinas do dia a dia, isolamento extremo e preferência aos objetos inanimados em relação às pessoas. Todas as características descritas, associadas muitas vezes a um retardo mental evidente, criam uma barreira ao relacionamento humano. Estabelece-se uma tríade de prejuízos centrais: Interação Social; Linguagem e Estereotipias. Os sintomas relacionados a qualquer um dos três domínios podem ocorrer em variados graus de intensidade e com diferentes manifestações. Interação Social: Não querem/entendem interação, por isso não são recíprocos; Veem pessoas como objetos; Comportamentos interpessoais bem falhos: não fazem contato visual, não esboçam seus sentimentos através da expressão facial, postura e linguagem corporal indiferente; Não compreendem as convenções sociais, isso quando as desenvolvem. Por não mostrar ou apontar objetos, não costumam substituir a fala, por gestos. Falham na interação conjunta; Não tem imitação bem desenvolvida e quando a apresentam, é totalmente fora de contexto (Ver algo agora e reproduzir depois de dias); Preocupam-se com detalhes; Evitam contatos físicos ou, quando o querem, é de forma estranha; Preferem atividades solitárias e por isso, não participam de atividades em grupo; Por responderem pelo nome, são normalmente confundidas com surdas; Comprometimento da Teoria da Mente: Interpretar e inferir o que o outro está pretendendo, reconhecer sinais...; Importante diagnóstico precoce para estimular interação, linguagem...forçar a neuroplasticidade. Linguagem e Comunicação: Isso quando têm linguagem; Têm dificuldade de iniciar e manter uma conversa; Uso estereotipado e repetitivo da linguagem; Ecolalia: Repetição de termos, constantemente; Linguagem idiossincrática: Criação de termos próprios, a fim de se comunicar; Só elas compreendem; Têm prejuízo da imitação social; Quando falam, usam de uma entonação e ritmo de fala estranho; Não compreendem humor, ironia, duplo sentido (Ligado com a Teoria da Mente); Não se interessam pelo ‘todo’, veem brinquedos como junção de partes, não têm um ‘Brincar Simbólico’; Suas respostas são concretas, pragmáticas. Comportamento Estereotipado: São comportamentos fora de contexto, restritos e repetitivos; Movimentos estereotipados, como ficar batendo palmas, ficar balançando, andar na ponta dos pés; Têm adesão inflexível a mudanças de rotinas ou rituais já estabelecidos. Simples mudanças trazem irritação; Sameness: Quer ter tudo igual, sempre; são inflexíveis; Costumam enfileirar brinquedos (têm tendência a classificar as coisas em cor, tipo, tamanho...); Em razão de um interesse restrito em determinadas atividades, podem desenvolver habilidades excepcionais, como memória, capacidade aritmética e conhecimentos acerca de determinado assunto; Podem se interessar por objetos que não utilizam de forma funcional, como caixas de fósforo, ou pegam-se excessivamente a determinados brinquedos de forma rígida. Interessam-se sobretudo por partes de um brinquedo, como roda de um carro, e deixam de brincar funcionalmente com ele. Técnicas para o tratamento: ABA – Análise Aplicada do Comportamento, ou seja, terapia comportamental em autismo; utiliza de princípios do condicionamento clássico e operante para desenvolver habilidades e reduzir a frequência de comportamentos mal adaptativos. Não se usa punição pois quem tem autismo, não entende. Utiliza-se apenas reforços positivos. Podem ser gestos, voz, brinquedos, comidas; procura aumentar a frequência do comportamento desejado. Técnica de aprendizagem sem erro -> alguém tomar a iniciativa e o autista desempenhar algo. Capacitar o pai e a mãe para se portarem devidamente. Trabalhar a generalização e adaptação da criança, inclusive em outros ambientes. TEACH -> usa de cartões coloridos e outros materiais visuais para aperfeiçoar a linguagem, o aprendizado e reduzir comportamentos inapropriados. PECS -> facilita a comunicação e compreensão, através de adesivos e desenhos, associando assim as atividades a símbolos. Outros transtornos do espectro Autista Asperger: Possuem linguagem, inteligência preservada, parecem um robô falando; Não costumam ter atraso de linguagem, mas é algo bem concreto. Não entendem ironias e nem malicia; Podem estudar de maneira exaustiva; Leem e acumulam conteúdos, isso enquanto são sobre o mesmo tema. Quando muda o foco, se confundem; Evolução: Melhoram bem mais que os autistas, então os sintomas são mais sutis; Trabalho: Conseguem trabalhar sim, mas costumam ter problemas de relacionamento; Afetividade: Podem não ter vontade de relações sexuais. Transtorno de Rett: Só afeta a meninas; não é mais considerado do espectro autista; Têm um perímetro encefálico menor; Evoluem até os 05 meses e depois começam a regredir (dos 5 aos 48 meses); Perda de habilidades manuais voluntárias; Problemas de coordenação e prejuízo da linguagem expressiva e receptiva; Apresentam estereótipos; considerado um transtorno neurológico; DI grave; possuem convulsão associada. Transtorno desintegrativo da Infância / Síndrome de Helber: Raríssimo; Também há regressão: perdem linguagem, afeta o sensório-motor, interação, comportamentos adaptativos; DI grave; Psicose associada; Mais comum em meninos; No CID-10, ainda está presente. Autismo atípico / ou TEA’s não especificados Quando a criança apresenta várias características típicas de um autista, mas não todos os necessários para fechar um diagnóstico; costumam ter um início tardio de sintomas. Por exemplo: Criança com déficit de interação e fala, mas sem estereotipias. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade Envolve uma significativa interferência no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional; é frequente, não episódico; Desatenção e hiperatividade mais intensa, se comparadas a outras crianças; o transtorno é caracterizado só quando essas características são presentes em dois contextos distintos; Sintomas são aparentes antes dos 7 anos, mas são identificados posteriormente; Não ocorre durante na Esfera Autista, esquizofrenia, em transtornos de humor, personalidade e de ansiedade generalizada. Por ter critérios imprecisos, há muita discrepância entre a taxa de diagnósticos pelo mundo. O TDAH apresenta três esferas de comportamentos, e diagnostica-se como tal quando a criança apresenta ao menos 6 fatores de alguma das esferas: Desatenção: Falha a atenção sustentada, em focar por períodos grandes em um estímulo. Comum omitir detalhes dos processos que estejam inseridos. Perda de foco em coisas prazerosas; desistem antes do fim das atividades, por isso é comum trocarem de atividades continuamente. Comum serem desorganizados com suas coisas. Esquecimento de compromissos. Evitam esforço mental. Costumam perder suas coisas. Normal perder o foco, se distrair com coisas irrelevantes. Não conseguem manter contatos duradouros. *Comum emmeninas, fatores dessa esfera* Hiperatividade: Inquietação exagerada, a criança não consegue ficar parada. Sobe nas coisas, fica correndo, não senta, e é incontrolável. Não consegue ficar quieto; não respeitam alguns ambientes e contextos. Excesso de energia. Derruba as coisas, é desastrado; não consegue inibir movimentos. *Mais comum em meninos* Impulsividade: Dificuldade de adiar uma ação ou resposta apesar da antecipação de que haverá possivelmente consequências negativas. Interrompe o comportamento do outro. Falar por cima da fala dos outros. Age sem pensar. CARACTERÍSTICAS DO TDAH: Costumam ter crise de birra, ‘rage’; Baixa tolerância a frustação; Normal o estigmatismo, o isolamento; Autoestima baixa; Hostilidade com pessoas próximas; Depressão; Ansiedade; QI normalmente abaixo da média, afetada pela dificuldade na escola; Difícil diagnóstico em adultos, por ser muito subjetivo; 50% TDAH na infância, continua na fase adulta; No idoso, é mais difícil ainda, por normalmente já serem ansiosos pelo período biológico natural; Mais comum em homens. CAUSAS: Fatores pré-natais (infecção por chumbo, uso de drogas estimulantes), baixo peso perinatal... Fator genético: Prevalência alta em gêmeos monozigóticos. Que não quer dizer que seja puramente genético, é algo subjetivo e pode estar ligado ao fato de serem da mesma família, terem a mesma educação. Preza-se uma análise multifatorial. Fator neurológico: Ligada ao desiquilíbrio neuroquímico do lobo frontal, somado com neurotransmissores e receptores tipicamente associados a hiperatividade. Disfunções neurobiológicas também estão associadas a aversão ao adiamento, que é uma reação emocional negativa à imposição de aguardar. Fator psicossocial: Influência do meio, da educação oferecida; das amizades e contatos. Não é determinante. TRATAMENTO: Forçar um diagnóstico diferencial, através de forte estimulo, a fim de eliminar queixas que chegam ao consultório; Tratamento multimodal: envolver fonoaudiólogos, professores, familiares, psiquiatras... Motivar e reforçar quando as crianças respondem de forma satisfatória; Tratamento medicamentoso: Ritalina; Terapia comportamental e tratamento medicamentoso são as duas modalidades de tratamento que se mostraram eficazes para o tratamento dos sintomas nucleares do TDAH. Transtorno Desafiador de Oposição TOD ou TDO; de 5 a 10 anos; apresenta uma birra intensa e ininterrupta, contrariando a tudo e a todos. É hostil e desobediente, por 6 meses; Contraria e desafia a todos; Pode maltratar colegas e animais; Responsabiliza os outros pelos próprios erros; Sempre está com raiva e com rancor; Teimosia constante; Transtorno altamente social; Negligência ou educação ditatorial em excesso, são ambientes de risco; Importante o apoio dos pais e familiares para fornecer uma base moral a criança; Diagnóstico recorrente em clínicas; Comportamento bizarro mesmo com boa educação; Afeta o desempenho escolar, ocupacional e social; Eliminar hipóteses de ser Transtorno Psicótico, do Humor, de Conduta ou da Personalidade Antissocial; Mais comum em meninos, antes da puberdade; eles costumam apresentar mais comportamentos de confronto; Prevalência de 2 a 16%. Transtorno de Conduta Delinquência; padrão persistente de comportamentos inapropriados, por 12 meses. Comum tacar fogo nas coisas, depredar patrimônios públicos, explodir coisas, roubar coisas, graves violações de regras; Abusam dos outros, ainda mais quando foram abusados sexualmente anteriormente; Manipulam os outros, mentem; Violência verbal e física; Meninas: Pressão psicológica; xingam; denigrem; fazem apelidos; Meninos: Violência mais física; prender e bater nos outros; matam animais friamente; torturam; Comum em pré-adolescentes; Relacionamentos promíscuos, juntamente com comportamentos comuns ao pré-adolescente; Tendência a drogas psicoativas; Diferente de psicopatia, por assumir suas ações Níveis de gravidade: Leve, Moderado e Grave (Começar cedo, 9/10 anos, com dificuldade escolar e usuário de drogas, em meninos a psicopatia é quase certa). Tratamento: Psicoterapia psicodinâmica: Envolver familiares, professores, comunidade, capacitação de jovens, esportes...; Medicamentos (Lítio, antidepressivos, ansiolíticos); Intervenção Psicossocial é a mais eficiente; Assistência Social; Psicoterapia Individual: Reclusa Escolar 5% das crianças não vão à escola. Causas: Ansiedade: Por conta de bullying; Por timidez, insegurança; Medo: De lugares, situações, pessoas; Fobia social: medo de se expor, de interagir...tende a ser uma criança tímida e retraída. TOD (Transtorno Desafiador de Oposição): Se opõe por birra, por desafiar a autoridade; acha o contexto “chato”. Bullying: Criança que geralmente é capaz, é inteligente, torna-se desinteressada e mostra repulsa pelo ambiente aversivo (geralmente escola), por conta do bullying; Envolve principalmente apelidos ofensivos a pessoa, até as agressões físicas e verbais; Fatores estéticos e de personalidade são as principais causas para o bullying. Ocorrência em diferentes períodos: De 5 a 6 anos: Primeiro marco de reclusa escolar; fase com melhor prognóstico. De 11 anos até a pré-adolescência: Ansiedade pela passagem do Ensino Fundamental ao Ensino Médio; abandono da vida infantil; dificuldade de tratamento por conta de uma personalidade já formada do jovem. Na adolescência: Pressão por uma afirmação sexual; necessidade de começarem a se impor, formar opiniões; questões raciais, obesidade...são frequentes; bullying cruel quanto a doenças e más-formações; grande dificuldade de tratamento pela fase que estão passando (hormonal e descobertas). Disfarce Somático: Fingir sintomas para não ir à escola, ou até o tem por conta do condicionamento criado pela contingência: Dor de barriga, de cabeça, enjoo. Fatores precipitantes para o abandono escolar: Troca de professor; Troco de colégio; Troca de cidade/estado; Perda de colega da escola; Doenças ‘fisiológicas’ (visualmente aparentes); Pais muito protetores – causa intolerância a frustação e insegurança, não conseguem interagir, ter bom desempenho escolar, causa ansiedade; Alguma deficiência intelectual; Filho caçula, sofre pressão por talvez irmãos bem-sucedidos; Psicose, por conta dos sintomas; alucinações visuais mais intensas. Transtornos de Aprendizagem / Habilidades Escolares Rendimento abaixo do esperado para a idade; Se frustrar com a falta de habilidade esperada; Verificar se a criança não tem DI; Investigar o contexto social/cultural; Considerar o fator emocional; a baixo auto estima afeta muito, além de que a dificuldade escolar leva a evasão; Em adultos, leva a salários baixos, dificuldade para empregos bons; Ligado ao TC, TOD, TDAH, Trans. Depressivo e Síndrome do X-Frágil; Síndrome Alcoólico Fetal leva ao DI; Considerar deficiências auditivas e visuais; Investigar a alimentação da criança. Transtorno da Leitura: Velocidade baixa de leitura; Há testes padronizados para o diagnóstico; Embaralha as palavras; Não retém informações do que lê, ‘analfabeto funcional’; Lê errado. Dislexia: Escrita espelhada; dificuldade de memória recente; falha no processamento das palavras lidas; as palavras ficam invertidas e irreconhecíveis, falhando a leitura e fala; envolve as áreas de Broca, Wernicke e áreas secundárias da visão. Disgrafia: Falha na lateralidade; déficit no córtex pré-frontal; dificuldade para escrever; falha na integração visuomotora. Discalculia: Dificuldade em matemática por não conseguir solucionar problemas. Dificuldade Matemática: Não compreende sinais matemáticos; as vezes associado ao déficit atenção; Há testes padronizados para diagnóstico; baixo rendimento aritmético; Dificuldade em etapas matemáticas; comumente ligada a TDAH, TC; 1% de prevalência de crianças em idade escolar. Transtorno da Expressão Escrita: Baixo rendimento em escrita; dificuldade em compor textos; Erros gramaticais e caligrafia ruim. Tratamento para os transtornosde aprendizagem: Orientar os pais e professores a como estimular corretamente; TCC ou Psicoterapia psicodinâmica, a fim de generalizar bons comportamentos; Fonoaudiologia e, encaminhamento a escolas especiais em último caso quando necessário. Enurese e Encoprese Enurese Não conseguir controlar o xixi; Primária: Quando nunca conseguiu controlar; Secundária: Quando já conseguia controlar, e passa a não controlar; pode acontecer em irmãos mais velhos com a chegada de um irmão, há uma regressão a fim de atenção. Caracterizada quando acontece 2x na semana por 3 meses, depois dos 5 anos e causa sofrimento; Diurno: normalmente na roupa; mais em meninas, geralmente na escola e raro depois dos 9 anos; Noturno: geralmente na cama; mais em meninos, no REM ou nas primeiras horas de sono. Perguntar aos pais se a criança está tomando diurético, se toma muita água... Pode ser causada por conta de ansiedade; artifício para querer atenção; ou transtorno desafiador de oposição a autoridade/pais. Pode estar associada a encoprese; Há uma enurese que envolve a diurna e noturna (mista), mas é mais rara; Ligada a baixo autoestima; punição severa; pais muito rígido; Quando associada a uma hipersexualidade, mutismo e anedonia, há um alto risco de ter ocorrido algum abuso sexual; Investigar os atrasos de desenvolvimento, que é comum estarem ligados a ‘Primária’; Pode afetar a aprendizagem, já que causa desconforto e vergonha pela situação; além de que é comum haver bullying, que pode levar a reclusa escolar; Persistência é baixa; Treino inadequado de como ir ao banheiro, influencia na persistência; Antes dos 10 anos, em 5% das crianças; 1% depois dos 15 anos; Tratamento: A psicoterapia responde muito bem a esses transtornos; tratando na essência dos problemas que geralmente são causas emocionais; Pediatras costumam conversar com os pais e os instruir a diminuir a administração de água as crianças; acordá-las no meio da noite para usar o banheiro; e em casos extremos, dar antidepressivos que retenham líquido (antidiurético). Encoprese Incontinência fecal; 1x por mês por 3 meses, depois dos 4 anos; Eliminar causas médicas e farmacológicas; “soiling” -> Quando não há o controle fecal e a criança ‘trava’, comum a saída de um líquido do ânus; Em meninas, em casos de abuso sexual, pode ocorrer a incontinência; Pode ser fruto de provocação dos pais, podendo estar ligado ao Transtorno de Conduta; Prevalência é de 1% depois dos 5 anos; Geralmente ocorre junto com a enurese; 3x mais comum em meninos; Pode ser causada por ansiedade, provação, abuso sexual; bullying (que pode levar a fobia de banheiro); A criança representa sua situação pelo brincar; O tratamento é por psicoterapia e orientação aos pais, professores; Diferente da enurese, não há tratamento medicamentoso. ABUSOS Abuso Físico: Mais evidente e mais fácil; lesões físicas (hematomas, cortes, queimaduras de cigarro); o abuso costuma ser em áreas escondidas, mas a criança fala; é possível ser acidente, negligência ou de propósito mesmo; normal a coação; comum haver enforcamento, sendo que quando com as mãos, fácil ver pelas marcas no pescoço...é difícil a caracterização quando é feito com travesseiro ou de outras formas; envenenamento (comum ser a mãe); Transtorno de Munchausen (fingimento): provocar sintomas nas crianças, a fim de fingir doenças e assim ter atenção pela preocupação – procurar separar a mãe da criança na anamnese para investigar essa hipótese; Relato dos pais costuma ser vago, incompatível, apresenta contradição...e ficam nervosos, quando ‘desmascarados’; provoca negação e fuga dos pais; investigar o desenvolvimento da altura e do peso da criança, a fim de saber se há negligência e desnutrição; se houve enurese e encoprese; se regrediu no rendimento escolar e na sociabilidade; Criança fica triste, não brinca, fica hipervigil e com medo. Abuso Sexual: Não envolve somente a penetração, mas também ser tocada ou ter que ficar nua na frente do agressor, fora ou dentro da família; pior prognóstico é a conivência dos pais; Prevalência de 5:1 para homens que abusam, quanto as mulheres (normalmente não são parentes de sangue da criança); só o médico pode examinar a criança com suspeita de abuso; importante a proximidade com diversos outros profissionais da saúde (pediatras, fonos...); Comum ocorrer a hipersexualidade, baixo rendimento escolar e sociabilidade falha; frequente o uso de drogas psicoativas e fuga do lar, após os abusos. Abuso Emocional: Privação de atenção; hostilidade; ameaça de abandono; exigir que as crianças trabalhem; menosprezar a criança e fazer com que se sinta inútil; humilhar; não a elogiarem, não darem carinho; A criança se torna apática, com baixo autoestima; quando abusada, é comum se rebelar e se drogar, ficar agressiva...para conseguir assim atenção; pode levar a depressão, enurese e encoprese; A avaliação psicológica bem-feita, consegue ‘diagnosticar’ esse abuso. Negligência: Falta de cuidados básicos; não dar higiene, educação, não levar ao médico quando mal, cuidados mínimos falhos; faltar com os estímulos cognitivos: não apoiar o estudo, não levar a escola, não ajudar nos deveres; Comum ocorrerem acidentes por conta da falta de cuidados; Criança cheira mal; não tem todas vacinas; muito magra e suja; com medo; costuma estar machucada...; pobreza não é justificativa. Fatores de Risco Gravidez indesejada, ou precoce; pais solteiros, com crise financeira; prematuridade; desemprego; pais isolados socialmente; ambientes aversivos e pais com algum tipo de transtorno; criança com DI.
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