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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto Departamento de Química Métodos Gravimétricos de Análise Determinação Gravimétrica do Niquel com DMG Funis de Gooch Peso constante (esperar esfriar) Pipetar 3 alíquotas de 25,00 mL para 3 béqueres de 250 mL Aquecer essas soluções até quase ebulição Adicionar 10 gotas de NH4OH e 10 gotas de DMG Previamente lavados e secos variação de ± 3 na ultima casa Pipetar corretamente Se o meio ficar vermelho colocar mais 2 ml de NH4OH Se o meio não ficar vermelho adicionar mais 5 gotas de NH4OH meio reacional vermelho Adicionar HCl até o meio tornar-se fracamente alcalino (desaparecimento da coloração vermelha) Aquecer até 60-70oC e adicionar 5-10 mL de DMG Adicionar lentamente e sob forte agitação a solução de NH4OH aparecimento da coloração vermelha Acrescentar 2 mL de NH4OH Completar o volume para 100 mL com água Digerir o precipitado a 60oC por ± 30 min Após Digestão Completar o volume (100 mL) com álcool se necessário Esfriar (30 min ou mais) utilizar banho de gelo Filtrar Não agitar o béquer antes de filtrar Lavar o precipitado com água fria Secar e pesar até massa constante Precipitado DMG+Niquel Digestão de precipitados coloidais Métodos Gravimétricos de Análise Exemplo Determinação de cálcio em águas 2NH3 + H2C2O4 → 2NH4 + + C2O4 2- Ca2+(aq) + C2O4 2- (aq) → CaC2O4(s) CaC2O4 → CaO (s) + CO(g) + CO2(g) Métodos Gravimétricos Métodos Quantitativos baseados na determinação da massa de um composto puro ao qual o analito está quimicamente relacionado 2 maneiras de usar a massa como sinal analítico: Determinação direta de sua massa ou pela determinação da massa de um composto que contém o analito; Determinação indireta pela medida da variação da massa devido à perda do analito ou a massa do composto formado como resultado de uma reação envolvendo o analito. Vantagens da Análise Gravimétrica É exata e precisa (precisão entre 0,3% a 0,5%); É um método absoluto (envolve medida direta, sem necessidade de padronização externa, interna, etc) Envolve aparelhagem relativamente barata; Fontes de erros são facilmente identificadas. Desvantagens Envolve procedimentos longos e trabalhosos Tipos de Gravimetria Gravimetria por precipitação; Gravimetria de volatilização; Eletrogravimetria; Titulação gravimétrica; Termogravimetria. Gravimetria por Precipitação Etapas na análise gravimétrica 1. Precipitação; 2. Coagulação; 3. Digestão; 4. Filtração; 5. Lavagem; 6. Secagem ou calcinação; 7. Pesagem. Etapas na análise gravimétrica 1. Precipitação; 2. Coagulação; 3. Digestão; 4. Filtração; 5. Lavagem; 6. Secagem ou calcinação; 7. Pesagem. Propriedades de Precipitados e Reagentes Precipitantes 1- Especificidade e Seletividade do Agente Precipitante Deve reagir especificamente ou pelo menos seletivamente com o analito; Reagentes específicos são raros; Normalmente encontramos reagentes seletivos. Propriedades de Precipitados e Reagentes Precipitantes Agentes Precipitantes Propriedades de Precipitados_Especificidade e Seletividade Agentes Precipitantes Propriedades de Precipitados_Especificidade e Seletividade 2- O precipitado deve ser insolúvel o bastante para não ocorrerem perdas durante filtração; 3- O precipitado deve ser facilmente filtrado e lavado para remoção de impurezas; 4-O precipitado deve ser convertido em uma substância pura de composição definida; 5- O precipitado não deve ser reativo com os constituintes da atmosfera; Propriedades de Precipitados e Reagentes Precipitantes 6- Uma pequena massa do analito deve produzir uma grande massa do precipitado Análise do Co3+ (mm = 58,933) Quando precipitado com o reagente 1-nitroso-2-naftol resulta no precipitado Co(C10H6O2)3.2H2O (mm = 569,433) Propriedades de Precipitados e Reagentes Precipitantes Exemplo Tamanho de Partícula e suspensões cristalinas e coloidais Suspensão cristalina Suspensão coloidal Tamanho de Partícula e suspensões cristalinas e coloidais Fatores que determinam o TAMANHO das partículas de precipitados Tamanho das partículas variam: Suspensões coloidais (10-7 a 10 -4 cm); Suspensões cristalinas. Q - S S Q = concentração do soluto em qualquer momento; S = solubilidade do precipitado no equilíbrio. Eq. de Von Weimarn Supersaturação relativa = Supersaturação relativa (SR) = (Q-S)/S Solubilidade do precipitado Temperatura Concentração dos reagentes Velocidade que os reagentes são misturados Tamanho das partículas dos precipitados Quando SR e grande precipitado coloidal Quando SR é pequeno precipitado é um sólido cristalino Elevação da temperatura aumenta a solubilidade e, assim, diminui a supersaturação: Manter grande o volume de solução concentrações do analito e reagente precipitante sejam baixas: Supersaturação relativa = Q - S S Supersaturação relativa = Q - S S Tamanho das partículas dos precipitados Tamanho das partículas dos precipitados Adição lenta do reagente precipitante, com agitação intensa, para evitar uma condição local de muita supersaturação, principalmente se a solubilidade for pequena. Como é o crescimento de um Cristal? Crescimento de Cristais 2 Fases (i) Nucleação (ii) Crescimento da partícula Aumento da SR aumenta a velocidade de nucleação; Diminuição da SR velocidade de crescimento das partículas tente a predominar. Nucleação e Crescimento da partícula versus SR Mecanismo de Formação de Precipitado Q - S S Supersaturação relativa = Alguns íons (ou moléculas) juntam-se aleatoriamente formando pequenos agregados (nucleação homogênea); Estes núcleos também podem ser formados sobre a superfície de um sólido contaminante suspenso, como partículas de sujeira (nucleação heterogênea); Os núcleos são instáveis e crescem até atingirem o tamanho de partículas coloidais. Nucleação Envolve a adição de mais íons (ou moléculas) ao núcleo de cristalização para formar um cristal. A precipitação adicional envolve uma competição entre a nucleação adicional e o crescimento dos núcleos existentes. Crescimento da partícula Dependendo do mecanismo predominante: Nucleação grande número de partículas pequenas; Crescimento da partícula um numero pequeno de partículas grandes é produzido; Nucleação e Crescimento da partícula São partículas individuais pequenas (1-100 nm di) que não podem ser retidas por filtros comuns Movimento browniano previne sua decantação O precipitado permanece suspenso na solução devido a repulsões elétricas entre as partículas que impedem a aglomeração Precipitados Coloidais D u p la C am ad a E létrica Precipitados coloidais Repulsão pela dupla camada elétrica Precipitados Coloidais Efeito Tyndall As suspensões coloidais podem ser utilizadas para análisegravimétrica desde que: Suas partículas sejam convertidas em uma massa amorfa que possa ser filtrada coagulação (ou aglomeração). Neste processo a dupla camada elétrica pode ser diminuída por aquecimento ou pela adição de um eletrólito adequado. Precipitados coloidais Etapas na análise gravimétrica 1. Precipitação; 2. Coagulação; 3. Digestão; 4. Filtração; 5. Lavagem; 6. Secagem ou calcinação; 7. Pesagem. Coagulação dos precipitados coloidais Diminuir a dupla camada elétrica Coagulação dos precipitados coloidais Diminuir a dupla camada elétrica Soluções mais diluídas quanto menor a concentração do agente precipitante a distancia entre as partículas diminuem coagulação Aquecimento e agitação diminui o número de íons adsorvidos e a espessura da dupla camada; Partículas adquirem energia cinética vencem a barreira imposta pela dupla camada. Adição de um eletrólito adequado Aumenta a concentração do contra-ion na vizinhança de cada partícula Diminui a camada de adsorção primária Diminui o tamanho da camada elétrica Precipitados coloidais Etapas na análise gravimétrica 1. Precipitação; 2. Coagulação; 3. Digestão; 4. Filtração; 5. Lavagem; 6. Secagem ou calcinação; 7. Pesagem. Digestão É um processo no qual o precipitado é aquecido na solução que foi formado (solução mãe) durante um terminado tempo antes da filtragem Promove uma recristalização lenta; Formação de partículas maiores; Íons são melhores arranjados dentro dos cristais; Diminuição da adsorção superficial e inclusão de impurezas; Melhora as características dos precipitados Digestão de precipitados coloidais Etapas na análise gravimétrica 1. Precipitação; 2. Coagulação; 3. Digestão; 4. Filtração; 5. Lavagem; 6. Secagem ou calcinação; 7. Pesagem. Filtração Peptização dos colóides Processo no qual o colóide coagulado é revertido ao seu estado coloidal Cuidados na lavagem dos precipitados: Remoção do eletrólito inerte. Lavagem dos colóides com um eletrólito que se volatiliza: Ex. lavagem do cloreto de prata com solução diluída de ácido nítrico. Eletrólitos voláteis: HNO3, HCl, NH4NO3, NH4Cl, (NH4)2CO3 Etapas na análise gravimétrica 1. Precipitação; 2. Coagulação; 3. Digestão; 4. Filtração; 5. Lavagem; 6. Secagem ou calcinação; 7. Pesagem. Secagem ou Calcinação Precipitação a partir de uma solução homogênea O Precipitado é formado pela geração lenta de um reagente precipitante de forma homogênea em toda solução Supersaturação relativa é mantida baixa; Precipitados são geralmente mais puros e fáceis de serem filtrados; Geração Homogênea de Agentes Precipitantes Geração Homogênea de Agentes Precipitantes Pesquisar quais os tipos de água presente em sólidos Secagem ou Calcinação Contaminação de Precipitados Os precipitados podem arrastar da solução outros constituintes solúveis que nem sempre são removidos pela simples lavagem do precipitado, dando origem a uma contaminação. A co-precipitação é um processo no qual substâncias solúveis estranhas são removidas da solução por um precipitado, durante sua formação. Em análise gravimétrica, estas contaminações são a maior fonte de erros. Co-Precipitação A co-precipitação pode acontecer de duas maneiras: 1) Por adsorção superficial: as impurezas encontram-se adsorvidas à superfície do cristal. 2) Por formação de solução sólida (inclusão ou oclusão): as impurezas encontram-se absorvidas, dentro do cristal Co-precipitação Um composto normalmente solúvel é removido da solução sobre a superfície do colóide coagulado Consiste em um íon primariamente adsorvido e em um íon de carga oposta oriundo da camada de contra-íon Ex. Co-precipitação do nitrato de prata (solúvel) com cloreto de prata Adsorção superficial É mais comum em precipitados coloidais devido à maior área superficial, mas também ocorre em sólidos cristalinos Co-precipitação Formação de cristal misto Um dos íons do retículo cristalino é substituído por um íon de outro elemento dois íons devem ter a mesma carga e seus tamanhos não sejam diferentes em mais de 5% Ex. SrSO4 em BaSO4 e MnS em CdS É mais provável quando o íon da impureza tem tamanho e carga semelhante ao de um dos íons do produto. Co-precipitação Formação de solução de oclusão Co-precipitação O contaminante fica preso dentro do precipitado conforme ele é formado durante um crescimento rápido do cristal. Ocorre somente para precipitados cristalinos Formação de solução de oclusão Co-precipitação A oclusão pode ser formadas de duas maneiras, à medida em que as partículas crescem: a) Os íons contaminantes são fisicamente adsorvidos na superfície do precipitado e ficam presos a ele durante o crescimento b) Uma porção da solução fica presa, dentro do precipitado, formando uma bolsa. Impureza precipitada após a formação do precipitado, quando este é deixado em repouso na água mãe. Ex. MgC2O4 após precipitação com CaC2O4 Pós-Precipitação Pós-precipitação Etapas na análise gravimétrica 1. Precipitação; 2. Coagulação; 3. Digestão; 4. Filtração; 5. Lavagem; 6. Secagem ou calcinação; 7. Pesagem. Fator Gravimétrico (FG) Relação entre a massa que você pesa e a massa que você interessa Que massa de NaCl fornecerá 0,500 gramas de AgCl? NaCl + AgNO3 → NaNO3 + AgCl 58,443 169,874 84,994 143,323 massa da subs de origem massa subs pesada 58,443 143, 32 FG = = = 0,4077 FG x massa interessa = 0,4077 x 0,500 = 0,2038 g Fator Gravimétrico (FG) Calcular a massa mínima de BaCl2 necessária para produzir 0,500g de AgCl BaCl2 → 2 AgCl 208,25 2 x 143,323 = BaCl2 2AgCl FG = 0,7265 208,25 286,64 = FG = 0,500 x 0,7265 = 0,3633 g de BaCl2 O analito é separado da amostra por volatilização (é convertido a gás). O produto volátil é absorvido por uma substância adequada. Sua massa pode ser calculada de duas maneiras: Pela variação da massa da substância absorvente; Determinação indireta, pela perda em massa da amostra. Gravimetria por Volatilização Gravimetria por Volatilização Aspectos Práticos da Gravimetria por Precipitação Porosidade 1 - Grossa média = 100 a 160µ 2 - Média = 40 a 100µ 3 - Média fina = 16 a 40µ 4 - Fina = 10 a 16µ Porosidade -7 a 8 microns -Levadas para calcinação em múflas, normalmente entre 800 a 1.000 graus
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