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MATHEUS NASCIMENTO OLIVEIRA – matheusolivern@gmail.com Discente de Biomedicina – Faculdade de Tecnologia e Ciências (Jequié-BA) RESUMO: SISTEMA DIGESTÓRIO E DIGESTÃO Este material não substitui a leitura de fontes referência. Aqui encontra-se somente a visão geral dos processos fisiológicos. Material produzido em 2015. Conjunto de órgãos que realiza a ingestão de alimentos, sua digestão e absorção dos nutrientes (produtos resultantes). O processo digestório inicia-se com a boca. Os lábios ajudam a capturar os alimentos sob auxílio de um fluido chamado saliva (secretado pelas glândulas salivares). À boca segue-se a faringe (situada na região da garganta) que leva ao esôfago, um fino tubo de tecido muscular liso que atravessa o diafragma (membrana muscular que separa o tórax do abdome) e desemboca no estomago. O estômago é uma bolsa musculomembranosa localizada no lado esquerdo e superior do abdome. Vazia tem forma de “J” e pode comportar 1,5 de conteúdo. Comunica-se com o esôfago por meio do esfíncter cárdico, uma válvula (anel de musculatura lisa) que abre e fecha, permitindo a passagem do bolo alimentar (alimento mastigado + saliva). O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6m de comprimento e 4cm de largura. Dividido em três partes (duodeno, com cerca de 25cm; jejuno com 4,5cm; e íleo com 1,5cm). No duodeno desemboca o canal colédoco, que traz secreções do fígado e do pâncreas. O intestino grosso tem cerca de 0,5m e divide-se em ceco, colo e reto. Digestão é o conjunto de processos físicos e químicos que quebram o alimento reduzindo-o a substâncias assimiláveis pelas células. A digestão mecânica consiste na trituração dos alimentos e (em humanos) é realizada pelos dentes, língua e peristaltismo do tubo digestório. A digestão química é realizada por enzimas secretadas por glândulas na parede do tubo digestório e por glândulas anexas (salivares e pâncreas). Os dentes quebram o alimento. A saliva contém uma enzima, a amilase salivar, que quebra as moléculas de amido e glicogênio. Os sais presentes na saliva neutralizam a acidez dos alimentos. A língua mistura o alimento À saliva (processo de insalivação) e o bolo alimentar (alimento mastigado +saliva) é empurrado pela língua para a faringe, rumo ao esôfago (deglutição). Durante a deglutição, a comunicação da faringe com a laringe é fechada para que o alimento não passe para o sistema respiratório. Se pequenas quantidades passarem para a laringe, ocorre a tosse, para expulsão do alimento. Da faringe o alimento segue para o esôfago. O bolo alimentar entra no estomago, onde pode permanecer por até quatro horas ou mais. As glândulas estomacais são formadas por células parietais (que secretam ácido clorídrico – pH 2 – e destrói microrganismos, amolece o alimento e favorece a ação da pepsina – que só age em meio muito ácido) e pelas células principais (produtoras de enzimas que atuam na digestão de proteínas – a pepsina é a principal). Em conjunto, essas secreções formam o suco gástrico. A pepsina é liberada em forma inativa, ativando-se ao entrar em contato com o HCl. A digestão estomacal resulta em uma massa acidificada e semilíquida (chamada quimo) que vai sendo liberada aos poucos para o duodeno. A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras porções do jejuno sob ação de dezenas de enzimas em meio alcalino. Os sucos envolvidos são o suco entérico (intestinal) e o suco pancreático, além da bile (secretada pelo fígado). Os nutrientes absorvidos pelas vilosidades intestinais passam para a corrente sanguínea doo intestino. Passam pelo fígado que converte parte da glicose em glicogênio para ser armazenado. Depois seguem à veia cava, onde, posteriormente são levados aos demais sistemas. O que não é absorvido (resíduos) chegam ao intestino grosso que absorve água e alguns sais. Formam-se então as fezes. Em certas situações, como infecções intestinais, acontece a aceleração do peristaltismo, logo, a água não é absorvida como deveria, o que resulta em fezes diarreicas.
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