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Direito Tributário II - Parte 2 - 8 sem - 2013-2

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1 
 
1 
 
Direito Tributário II 
 
Parte 2 
 
 
Por Rommel Andriotti 
2º Semestre de 2013 
 
2 
 
Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
1. Lançamento Tributário 
 Aula 09 (09.10.2013) - CTN, art 142 a 150) 
1.1 Crédito tributário vs Débito tributário 
Crédito e débito tributário são a mesma coisa. Na verdade, eles são duas 
facetas da mesma moeda, sendo que na perspectiva de um sujeito da 
relação esse valor é passivo e do outro lado ativo. 
1.2 Constituição do crédito 
Trata-se do surgimento/nascimento do crédito tributário. Teoricamente a 
obrigação tributária surge com a prática do fato imponível. No entanto, o 
código, no artigo 142 diz diferente: 
Art. 142. Compete privativamente à 
autoridade administrativa constituir o 
crédito tributário pelo lançamento, assim 
entendido o procedimento administrativo 
tendente a verificar a ocorrência do fato 
gerador da obrigação correspondente, 
determinar a matéria tributável, calcular o 
montante do tributo devido, identificar o 
sujeito passivo e, sendo caso, propor a 
aplicação da penalidade cabível. 
Então, se formos prestar exames de ordem, etc, a resposta esperada é a 
do código, ou seja, a constituição do crédito tributário se dá com o 
lançamento, e não com o fato imponível. 
Academicamente, é majoritária a posição de que a constituição do 
crédito tributário se dá abstratamente com a prática do fato imponível. 
1.3 Lançamento Tributário 
Ato administrativo (CTN, art. 142), da categoria dos simples, modificativos, 
ou assecuratórios e vinculados (CTN, art. 142, par. único), mediante o qual 
se declara o acontecimento de fato jurídico tributável, se identifica o 
sujeito passivo da obigação correspondente, se determina a base de 
3 
 
Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
cálculo e a alíquota aplicável, formalizando o crédito e estipulando os 
termos de sua exigência. 
- Paulo de Barros Carvalho 
1.4 Mas para que serve o lançamento? 
Quando há a prática de um fato imponível, a obrigação é que surge é 
ilíquida, incerta e inexigível. 
O lançamento fará com que o crédito seja formalizado, ou seja, o 
transformará em uma obrigação líquida, certa e exigível. Essa 
formalização declara que o fato imponível realmente aconteceu, indica 
quem é o sujeito passivo da obrigação tributária (normalmente previsto 
em lei), estabelece a base de cálculo e a alíquota aplicável (Previsto em 
lei), por fim estabelecendo os termos da exigibilidade do tributo. 
Uma definição mais simples para o lançamento é o ato de aplicação da lei 
tributária material ao caso concreto. 
Alberto Xavier 
Nota: O responsável pelo lançamento tributário é o sujeito ativo. Nos casos 
de parafiscalidade a responsabilidade pelo lançamento passa a ser do 
ente delegado, ainda que seja sujeito de direito privado. 
Nota 2: Antigamente não havia como pagar o tributo sem o carnê do IPTU. 
Hoje em dia há uma importância menor para o envio da formalização do 
crédito (A folhinha ou carnê). Atualmente qualquer um que tenha o 
número do contribuinte pode realizar o pagamento sem problemas no 
banco, intenet banking, etc. 
Em alguns casos, quem estipula lançamento tributário é o próprio sujeito 
passivo, quando o lançamento se demonstra muito dificultoso ao fisco. O 
melhor exemplo é o pagamento do ICMS, pois nesse caso o próprio sujeito 
passivo faz a formalização do tributo que que ele mesmo vai pagar. O 
4 
 
Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
dono da loja de roupa não fica esperando o fisco enviar o cálculo de ICMS 
pela venda de todas as roupas que ele venderá. O próprio contador dele 
fará o cálculo, e então ele pagará o valor encontrado. 
A única diferença nesses casos é que o fisco poderá homologar o cálculo 
ou não. 
Por incrível que pareça, na maior parte dos tributos essa formalização é 
feita da segunda forma, pelo sujeito passivo, pois o fisco não tem recursos 
humanos suficientes para formalizar todos os tributos do país inteiro. 
1.5 Natureza jurídica do lançamento 
O lançamento é um ato jurídico administrativo. Mas o código diz que 
lançamento é "procedimento administrativo" tendente a verificar a 
ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a 
matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o 
sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
1.5.1 Observações sobre a definição do código 
Não se trata de procedimento, mas sim de ato administrativo. 
Procedimento é um conjunto de atos. 
Propor penalidade cabível não se trata no caso, pois confunde-se ato 
fiscais com atos sancionatórios. 
1.6 Vinculação 
É ato vinculado: 
 Art. 142. Parágrafo único. A atividade 
administrativa de lançamento é vinculada 
e obrigatória, sob pena de 
responsabilidade funcional. 
1.7 Irretroatividade 
 Art. 144. O lançamento reporta-se à 
data da ocorrência do fato gerador da 
obrigação e rege-se pela lei então vigente, 
5 
 
Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
ainda que posteriormente modificada ou 
revogada. 
Deve-se aplicar a lei em vigor por ocasião da ocorrência do fato imponível. 
Mas cuidado pois há exceções à irretroatividade no artigo 106, CTN. A que 
mais nos interessa no momento é: 
 Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato 
pretérito: 
 c) quando lhe comine penalidade menos 
severa que a prevista na lei vigente ao 
tempo da sua prática. 
Então, se a lei posterior prever uma penalidade menos gravosa, aplica-se 
a penalidade da menos gravosa. 
Na próxima aula: modalidades de lançamento (direto/ofício; 
misto/declaração; por homologação/autolançamento) 
2. Modalidades de lançamento tributário 
Aula 10 (16.10.2013) 
A doutrina critica o termo modalidades, sendo que na verdade as 
modalidades são de procedimento, e não de lançamento. 
Para alcançar as modalidades, levaremos em consideração quem 
participa da formalização do lançamento. Para se saber a qual 
modalidade especificamente se destina alguns tributos, consulta-se a lei 
que o prevê. 
2.1 Direto ou de ofício (CTN, art. 149) 
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto 
de ofício pela autoridade administrativa nos 
seguintes casos: 
I - quando a lei assim o determine; 
6 
 
Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
Participa desse lançamento a autoridade administrativa (fisco), realizando 
todo o lançamento. Esse artigo 149 contém nove incisos. Os oito restantes 
serão comentados posteriormente. 
Ex.: IPTU. No caso desse tributo, toda a declaração da ocorrência do fato 
é realizada completamente pela prefeitura. 
Ex. 2: IPVA. O contribuinte não precisa fazer nada para honrar com as 
obrigações do IPVA. 
2.2 Misto ou Por Declaração 
CTN, art. 147 
Art. 147. O lançamento é efetuado com 
base na declaração do sujeito passivo ou 
de terceiro, quando um ou outro, na forma 
da legislação tributária, presta à autoridade 
administrativa informações sobre matéria 
de fato, indispensáveis à sua efetivação. 
Participam desse lançamento o sujeito passivo e o fisco. Nesse caso, o 
sujeito passivo presta ao fisco informações, e então o fisco verifica a 
incidência do tributo e formaliza o crédito realizando o lançamento 
tributário. Após o lançamento o contribuinte realiza o pagamento do que 
for indicado. 
Alguns dizem que atualmente não há nenhum exemplo de tributo 
brasileiro se submete a este tipo de modalidade. Outros autores indicam 
pelo menos três exemplos. 
2.2.1 Tributos que incidam sobre comércio exterior 
ITBI - quando alguém compra um imóvel, e vai realizar a averbação, é 
necessário demonstrar o pagamento do ITBI.O contribuinte então informa 
uma série de informações ao sistema de prefeitura, que informará pra ele, 
usando valores e tabelas próprias, quanto o contribuinte deverá pagar. 
7 
 
Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
2.3. Por homologação ou auto lançamento (CTN, art. 150) 
Art. 150. O lançamento por homologação, 
que ocorre quanto aos tributos cuja 
legislação atribua ao sujeito passivo o dever 
de antecipar o pagamento sem prévio 
exame da autoridade administrativa, 
opera-se pelo ato em que a referida 
autoridade, tomando conhecimento da 
atividade assim exercida pelo obrigado, 
expressamente a homologa. 
Participa do "lançamento" somente o sujeito passivo, que declara a 
ocorrência do fato tributável, verifica a base de cálculo e alíquota, faz a 
conta, formaliza a obrigação tributária, e por fim realiza o pagamento. 
Ex.: ICMS. O vendedor que realiza todo o procedimento do lançamento, 
e o eventual pagamento. Na maior parte dos casos o ISS também se 
enquadra nessa modalidade. 
Atenção pois o imposto de renda faz parte da terceira modalidade. 
Embora haja uma "declaração" de renda, é o contribuinte que realiza 
todo o procedimento, cabendo depois ao fisco 
Esse é o único caso em que o pagamento não necessariamente extingue 
a obrigação tributária, pois será necessária a homologação pelo fisco, 
que pode ser feita de forma expressa (o fisco declara que o tributo foi 
pago corretamente), ou tacitamente, quando o fisco não anuncia nada 
e, se terminar o prazo do CTN, o pagamento se presumirá homologado: 
CTN. Art. 150. § 4º - Se a lei não fixar prazo a 
homologação, será ele de cinco anos, a 
contar da ocorrência do fato gerador; 
expirado esse prazo sem que a Fazenda 
Pública se tenha pronunciado, considera-se 
homologado o lançamento e 
definitivamente extinto o crédito, salvo se 
8 
 
Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
comprovada a ocorrência de dolo, fraude 
ou simulação. 
2.4 Lançamento x notificação do lançamento 
O que o contribuinte recebe em seu domicílio é a notificação do 
lançamento, e não o lançamento em si. A notificação do lançamento 
está para o lançamento como a intimação da sentença está para a 
sentença. 
2.5 Auto de infração 
Na hipótese de o cálculo/pagamento feito pelo contribuinte estiver errado, 
o fisco pune o cidadão com o auto de infração. Nesse auto, há 
simultaneamente a prática de quatro atos administrativos: 
Lançamento - lançamento direto do valor correto a ser pago; 
Auto de infração - o oficial informa que o valor foi pago incorretamente e 
a multa é cabível; 
Notificação do lançamento - a correspondência é um ato de notificação 
do ato administrativo; 
Notificação do auto de infração - a correspondência é um ato de 
notificação do ato administrativo; 
2.6 Alteração 
CTN, Art. 145 a 149 
Art. 145. O lançamento regularmente 
notificado ao sujeito passivo só pode ser 
alterado em virtude de: 
I - impugnação do sujeito passivo; 
Se por alguma razão o contribuinte não concordar com a cobrança, ele 
pode impugnar o valor; 
II - recurso de ofício; 
Veremos posteriormente, no semestre que vem; 
9 
 
Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
III - iniciativa de ofício da autoridade 
administrativa, nos casos previstos no artigo 
149. 
Lembra que o 149 tinha 9 incisos e só vimos 1? Então, é aqui que entram 
os restantes. Leia atentamente os incisos. 
I - quando a lei assim o determine; 
II - quando a declaração não seja prestada, 
por quem de direito, no prazo e na forma 
da legislação tributária; 
III - quando a pessoa legalmente obrigada, 
embora tenha prestado declaração nos 
termos do inciso anterior, deixe de atender, 
no prazo e na forma da legislação tributária, 
a pedido de esclarecimento formulado 
pela autoridade administrativa, recuse-se a 
prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, 
a juízo daquela autoridade; 
IV - quando se comprove falsidade, erro ou 
omissão quanto a qualquer elemento 
definido na legislação tributária como 
sendo de declaração obrigatória; 
V - quando se comprove omissão ou 
inexatidão, por parte da pessoa legalmente 
obrigada, no exercício da atividade a que 
se refere o artigo seguinte; 
VI - quando se comprove ação ou omissão 
do sujeito passivo, ou de terceiro 
legalmente obrigado, que dê lugar à 
aplicação de penalidade pecuniária; 
10 
 
Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
VII - quando se comprove que o sujeito 
passivo, ou terceiro em benefício daquele, 
agiu com dolo, fraude ou simulação; 
VIII - quando deva ser apreciado fato não 
conhecido ou não provado por ocasião do 
lançamento anterior; 
IX - quando se comprove que, no 
lançamento anterior, ocorreu fraude ou 
falta funcional da autoridade que o 
efetuou, ou omissão, pela mesma 
autoridade, de ato ou formalidade especial. 
Parágrafo único. A revisão do lançamento 
só pode ser iniciada enquanto não extinto 
o direito da Fazenda Pública. 
Para esse parágrafo único, leia-se antes a decadência. A veremos no final 
da matéria. 
3. Suspensão do crédito tributário 
Aula 11 (23.10.2013) 
CTN, 151 a 155 A 
Logo a princípio, critica-se a frase "suspensão do crédito tributário", pois na 
verdade, o que há é a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. 
A suspensão é um período que, praticado um fato, evita temporariamente 
que o fisco execute a dívida. 
Obs.: ainda que diante da suspensão do crédito tributário, as obrigações 
acessórias permanecem, conforme par. Único do 151 do CTN. 
Obs. 2: se alguém não tem dívida nenhuma com o fisco, ela pode obter 
uma certidão negativa de débito. Mas e quem tem dívidas suspensas? 
Nesse caso, é possível obter uma certidão positiva com efeitos de negativa. 
11 
 
Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
Existe classificação para as causas desse período (art. 151): 
3.1 Moratória 
Dilação do prazo estipulado para o normal recolhimento do tributo, 
mediante regramento detalhado e sujeito a diversos requisitos. 
A moratória é concedida sempre pelo fisco, e as situações de moratória 
são previstas em lei, já que trata-se de dinheiro público. 
art. 152. A moratória somente pode ser 
concedida: 
I - em caráter geral: 
a) pela pessoa jurídica de direito público 
competente para instituir o tributo a que se 
refira; 
b) pela União, quanto a tributos de 
competência dos Estados, do Distrito 
Federal ou dos Municípios, quando 
simultaneamente concedida quanto aos 
tributos de competência federal e às 
obrigações de direito privado; 
Esse dispositivo é muito criticado e considerado inconstitucional, pois lesa 
o princípio federativo. 
II - em caráter individual, por despacho da 
autoridade administrativa, desde que 
autorizada por lei nas condições do inciso 
anterior. 
Parágrafo único. A lei concessiva de 
moratória pode circunscrever 
expressamente a sua aplicabilidade à 
determinada região do território da pessoa 
jurídica de direito público que a expedir, ou 
12 
 
Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
a determinada classe ou categoria de 
sujeitos passivos. 
3.2 Parcelamento 
Forma de pagamento de débito tributário após o período de seus 
vencimentos, em prestação mensais durante alongado período de tempo. 
Esse não é aqueles casos de parcelamento de IPTU e IPVA. Nessa situação, 
surge a obrigação tributária, o contribuinte não paga, e surge uma 
oportunidade de o contribuinte arcar com suas dívidas. 
Os parcelamentos são muito vantajosos para o contribuinte. Enquanto ele 
está adimplente com os pagamentos mensais, a dívidaestará suspensa. 
Art. 155-A. O parcelamento será concedido 
na forma e condição estabelecidas em lei 
específica. 
§ 1º - Salvo disposição de lei em contrário, o 
parcelamento do crédito tributário não 
exclui a incidência de juros e multas. 
§ 2º - Aplicam-se, subsidiariamente, ao 
parcelamento as disposições desta Lei, 
relativas à moratória. 
§ 3º - Lei específica disporá sobre as 
condições de parcelamento dos créditos 
tributários do devedor em recuperação 
judicial. 
§ 4º - A inexistência da lei específica a que 
se refere o § 3º deste artigo importa na 
aplicação das leis gerais de parcelamento 
do ente da Federação ao devedor em 
recuperação judicial, não podendo, neste 
caso, ser o prazo de parcelamento inferior 
ao concedido pela lei federal específica. 
13 
 
Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
3.3 A suspensão por impugnação ou defesa administrativa 
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do 
crédito tributário: 
III - as reclamações e os recursos, nos termos 
das leis reguladoras do processo tributário 
administrativo; 
Caso o contribuinte não concorde com uma cobrança, ele tem duas 
opções, podendo ou agir em esfera administrativa ou em judicial (não é 
possível as duas simultaneamente). 
No entanto, em termos de ajuizamento de demanda judicial, o efeito 
suspensivo não é automático. O advogado pode conseguir a suspensão 
mediante concessão de medida liminar ou antecipação de tutela: 
Art. 151. IV - a concessão de medida liminar 
em mandado de segurança; 
V - a concessão de medida liminar ou de 
tutela antecipada, em outras espécies de 
ação judicial; 
Se o contribuinte não conseguir a concessão, ele pode depositar 
judicialmente o valor cobrado pelo fisco com a finalidade de suspender a 
dívida, conforme o inciso II do mesmo artigo: 
II - o depósito do seu montante integral; 
Esse depósito tem de ser integral e em dinheiro, segundo entendimento do 
STJ. 
4. Extinção do crédito tributário 
Aula 12 (06.11.2013); 
O artigo 156 do código tributário nacional traz um rol de hipóteses que 
ensejam a extinção do crédito tributário: 
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
14 
 
Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
I - o pagamento; 
II - a compensação; 
III - a transação; 
IV - remissão; 
V - a prescrição e a decadência; 
VI - a conversão de depósito em renda; 
VII - o pagamento antecipado e a 
homologação do lançamento nos termos 
do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; 
VIII - a consignação em pagamento, nos 
termos do disposto no § 2º do artigo 164; 
IX - a decisão administrativa irreformável, 
assim entendida a definitiva na órbita 
administrativa, que não mais possa ser 
objeto de ação anulatória; 
X - a decisão judicial passada em julgado. 
XI - a dação em pagamento em bens 
imóveis, na forma e condições 
estabelecidas em lei. 
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos 
efeitos da extinção total ou parcial do 
crédito sobre a ulterior verificação da 
irregularidade da sua constituição, 
observado o disposto nos artigos 144 e 149. 
O mais importante é notar que o rol desse artigo é exemplificativo, como 
nota-se pelo fato de que a extinção por dação em pagamento era 
considerada causa extintiva sem estar no rol (ela foi incluída em 2011 no 
inciso XI), o desaparecimento do sujeito ativo sem deixar sucessor, do 
15 
 
Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
sujeito passivo sem deixar bens, a confusão (quando cedro e devedor se 
confundem na mesma pressão). 
Comentaremos agora as principais formas de extinção. 
4.1 - Pagamento 
O pagamento é modalidade de extinção do crédito tributário por 
excelência. É quando o sujeito passivo entrega o dinheiro devido ao ativo 
conforme esperado. 
Nós temos do artigo 157 até o 164 uma seção tratando somente sobre o 
pagamento. Alguns desses artigos estarão a seguir sem estarem 
comentados, pois menos importantes, mas atente para a leitura deles 
mesmo assim. 
Art. 157. A imposição de penalidade não 
ilide o pagamento integral do crédito 
tributário. 
Art. 158. O pagamento de um crédito não 
importa em presunção de pagamento: 
I - quando parcial, das prestações em que 
se decomponha; 
II - quando total, de outros créditos 
referentes ao mesmo ou a outros tributos. 
4.1.1 Tempo 
Art. 160. Quando a legislação tributária não 
fixar o tempo do pagamento, o vencimento 
do crédito ocorre trinta dias depois da data 
em que se considera o sujeito passivo 
notificado do lançamento. 
Parágrafo único. A legislação tributária 
pode conceder desconto pela 
antecipação do pagamento, nas 
condições que estabeleça. 
16 
 
Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
Se por algum motivo não houver previsão na notificação para o 
pagamento, então considera-se como prazo trinta dias a partir da 
notificação do lançamento. 
Se o lançamento for por homologação, deve haver uma referência 
expressa na lei sobre o tempo do pagamento. 
4.1.2 Lugar 
Art. 159. Quando a legislação tributária não 
dispuser a respeito, o pagamento é 
efetuado na repartição competente do 
domicílio do sujeito passivo. 
É o foro do domicílio do contribuinte. 
4.1.3 Modo 
Art. 162. O pagamento é efetuado: 
I - em moeda corrente, cheque ou vale 
postal; 
II - nos casos previstos em lei, em estampilha, 
em papel selado, ou por processo 
mecânico. 
§ 1º - A legislação tributária pode 
determinar as garantias exigidas para o 
pagamento por cheque ou vale postal, 
desde que não o torne impossível ou mais 
oneroso que o pagamento em moeda 
corrente. 
§ 2º - O crédito pago por cheque somente 
se considera extinto com o resgate deste 
pelo sacado. 
§ 3º - O crédito pagável em estampilha 
considera-se extinto com a inutilização 
17 
 
Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
regular daquela, ressalvado o disposto no 
artigo 150. 
§ 4º - A perda ou destruição da estampilha, 
ou o erro no pagamento por esta 
modalidade, não dão direito a restituição, 
salvo nos casos expressamente previstos na 
legislação tributária, ou naquelas em que o 
erro seja imputável à autoridade 
administrativa. 
§ 5º - O pagamento em papel selado ou por 
processo mecânico equipara-se ao 
pagamento em estampilha. 
Muitos dos modos de pagamento previstos legalmente já estão 
ultrapassados. Ninguém paga o tributo com papel selado ou estampilha 
por exemplo. 
Hoje em dia são aceitas novas formas de pagamento não previstas 
anteriormente legalmente, como o pagamento de boletos e pagamentos 
via internet banking. 
4.1.4 Indébito tributário 
Arts. 165 a 169 
Ocorre quando o contribuinte paga incorretamente. Dessa forma, toda a 
vez que o contribuinte paga algo errado em favor do fisco, há a 
devolução da quantia. 
Essa devolução deveria ser voluntária, mas normalmente isso não ocorre, 
sendo que o contribuinte tem que provocar o fisco para esse fazê-lo. 
Ha uma ação que se presta para requerer essa devolução, e essa é 
chamada "ação de repetição de indébito tributário". 
4.2 Conversão do depósito em renda 
Esse depósito é aquele que já tratamos, que deve ser integral e em 
dinheiro, quando o contribuinte deposita o valor do tributo cobrado para 
18 
 
Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
tentar ver suspensa a exigibilidade do tributo. A conversão do depósito em 
renda ocorre quando o contribuinte perde uma ação em razão de uma 
decisão desfavorável a ele e que essa decisão seja irreformável. 
Quando isso ocorre, aquele depósito que ele havia feito em juízo é 
convertido emrenda, ou seja, é entregue ao fisco como pagamento pelo 
tributo. 
4.3 - Pagamento antecipado E homologação do lançamento 
Se aplica aos tributos que se sujeitam ao lançamento por homologação 
ou auto lançamento. 
Lembre-se que nos casos de lançamento por homologação ou auto 
lançamento, o pagamento por si só não extingue a obrigação tributária. 
Como é o sujeito passivo que calcula a quantia devida, é óbvio que ele 
pode ter errado, sendo então imprescindível que haja a homologação, 
expressa ou tácita. 
Veja que nós temos o pagamento E homologação, portanto as duas 
coisas estão cumuladas. 
4.4 Consignação em pagamento 
Art. 164. A importância de crédito tributário 
pode ser consignada judicialmente pelo 
sujeito passivo, nos casos: 
I - de recusa de recebimento, ou 
subordinação deste ao pagamento de 
outro tributo ou de penalidade, ou ao 
cumprimento de obrigação acessória; 
II - de subordinação do recebimento ao 
cumprimento de exigências administrativas 
sem fundamento legal; 
III - de exigência, por mais de uma pessoa 
jurídica de direito público, de tributo 
idêntico sobre um mesmo fato gerador. 
19 
 
Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
§ 1º - A consignação só pode versar sobre o 
crédito que o consignante se propõe pagar. 
§ 2º - Julgada procedente a consignação, 
o pagamento se reputa efetuado e a 
importância consignada é convertida em 
renda; julgada improcedente a 
consignação no todo ou em parte, cobra-
se o crédito acrescido de juros de mora, 
sem prejuízo das penalidades cabíveis. 
Essa consignação não pode ser confundida com aquele depósito feito em 
juízo para suspender a exigibilidade do título. A consignação em 
pagamento é uma medida judicial que está à disposição do sujeito 
passivo para que ele possa realizar a liquidação do débito, nas hipóteses 
acima. 
Enquanto o depósito é realizado para discussão do valor em juízo, a 
consignação em pagamento tem razão para liquidar o crédito. 
Obviamente, a consignação para extinguir o crédito deve ser julgada 
procedente. 
4.5 Compensação 
Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as 
garantias que estipular, ou cuja estipulação 
em cada caso atribuir à autoridade 
administrativa, autorizar a compensação 
de créditos tributários com créditos líquidos 
e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito 
passivo contra a Fazenda pública. 
Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito 
do sujeito passivo, a lei determinará, para os 
efeitos deste artigo, a apuração do seu 
montante, não podendo, porém, cominar 
redução maior que a correspondente ao 
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Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
juro de 1% (um por cento) ao mês pelo 
tempo a decorrer entre a data da 
compensação e a do vencimento. 
Art. 170-A. É vedada a compensação 
mediante o aproveitamento de tributo, 
objeto de contestação judicial pelo sujeito 
passivo, antes do trânsito em julgado da 
respectiva decisão judicial. 
Em poucas palavras, a Compensação é o encontro de contas do fisco e 
do contribuinte quando forem credor e devedor um do outro. 
A compensação para ocorrer depende de lei. 
A validade tem relação com o valor da compensação, sendo que se o 
contribuinte credor for devedor ao fisco de valor superior ao seu crédito, 
ele pagará ainda a diferença do que faltou. 
Há muitos outros detalhes abordáveis sobre a compensação, conforme 
trazido pelos artigos, que não serão abordados agora pois matéria do 
próximo semestre, mas recomenda-se a leitura dos artigos para a prova. 
4.6 Transação 
Art. 171. A lei pode facultar, nas condições 
que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo 
da obrigação tributária celebrar transação 
que, mediante concessões mútuas, importe 
em determinação de litígio e conseqüente 
extinção de crédito tributário. 
Parágrafo único. A lei indicará a autoridade 
competente para autorizar a transação em 
cada caso. 
Acordo firmado entre fisco e contribuinte, com base em lei. 
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Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
O simples acordo não extingue a obrigação, mas sim o cumprimento dele. 
Logo, o que extingue na verdade é o pagamento, e não a transação 
propriamente dita. 
4.7 Remissão 
Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade 
administrativa a conceder, por despacho 
fundamentado, remissão total ou parcial do 
crédito tributário, atendendo: 
I - à situação econômica do sujeito passivo; 
II - ao erro ou ignorância excusáveis do 
sujeito passivo, quanto a matéria de fato; 
III - à diminuta importância do crédito 
tributário; 
IV - a considerações de eqüidade, em 
relação com as características pessoais ou 
materiais do caso; 
V - a condições peculiares a determinada 
região do território da entidade tributante. 
Parágrafo único. O despacho referido neste 
artigo não gera direito adquirido, 
aplicando-se, quando cabível, o disposto 
no artigo 155. 
Remissão é o perdão do débito tributário (multa e correção inclusos). 
Não confundir remissão com anistia!!! A remissão é o perdão do tributo e 
a anistia é o perdão somente da multa, que pode ser parcial ou total. 
4.8 Dação em pagamento de bens imóveis 
É entregar um bem para pagamento de um tributo. Isso deve estar previsto 
em lei. Além disso, entende-se que bens móveis também podem ser dados 
em dação. 
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Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
O problema dessa forma é a avaliação, o que resulta inúmeros litígios. 
5. Decadência 
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública 
constituir o crédito tributário extingue-se 
após 5 (cinco) anos, contados: 
I - do primeiro dia do exercício seguinte 
àquele em que o lançamento poderia ter 
sido efetuado; 
II - da data em que se tornar definitiva a 
decisão que houver anulado, por vício 
formal, o lançamento anteriormente 
efetuado. 
Parágrafo único. O direito a que se refere 
este artigo extingue-se definitivamente com 
o decurso do prazo nele previsto, contado 
da data em que tenha sido iniciada a 
constituição do crédito tributário pela 
notificação, ao sujeito passivo, de qualquer 
medida preparatória indispensável ao 
lançamento. 
Art. 150. § 4º - Se a lei não fixar prazo a 
homologação, será ele de cinco anos, a 
contar da ocorrência do fato gerador; 
expirado esse prazo sem que a Fazenda 
Pública se tenha pronunciado, considera-se 
homologado o lançamento e 
definitivamente extinto o crédito, salvo se 
comprovada a ocorrência de dolo, fraude 
ou simulação. 
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Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
É a decadência sob a perspectiva do fisco. É a perda do direito de 
lançamento pelo fisco em razão de sua inércia durante um período de 
tempo. 
Note que os marcos temporais são muito importantes aqui, trazidos pelos 
incisos I e II do artigo. 
Quanto ao inciso I, vemos que se o lançamento poderia ser feito em um 
ano e não foi, a decadência começa a contar do ano seguinte ao que 
ele deveria ser feito. Ex.: IPTU de 2013 não foi lançado. Começando a 
contar de 2014, a decadência se dará em 2018. 
Para efeitos do inciso II, temos o seguinte: 
5.1 conceito 
A decadência nada mais é do que a perda do direito do fisco para realizar 
o lançamento. 
A decadência pode ser arquiva de ofício pelo juiz ou mediante 
provocação da parte. 
5.2 O início da contagem de prazo 
Varia teorias são defendidas, e versam sobre o art. 173 e 150, par. 4º. 
Uma das teorias mais aceitas é a de que cada um deles se aplica a certa 
esfera. O 173 vale para lançamentos diretos ou mistos, enquanto o 150, 
par. 4º vale para os lançamentos de homologação. 
 Art. 173.O direito de a Fazenda Pública 
constituir o crédito tributário extingue-se 
após 5 (cinco) anos, contados: 
I - do primeiro dia do exercício seguinte 
àquele em que o lançamento poderia ter 
sido efetuado; 
II - da data em que se tornar definitiva a 
decisão que houver anulado, por vício 
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Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
formal, o lançamento anteriormente 
efetuado. 
O prof. Paulo de Barros Carvalho entende ser a única causa de 
interrupção do lançamento. 
Parágrafo único. O direito a que se refere 
este artigo extingue-se definitivamente com 
o decurso do prazo nele previsto, contado 
da data em que tenha sido iniciada a 
constituição do crédito tributário pela 
notificação, ao sujeito passivo, de qualquer 
medida preparatória indispensável ao 
lançamento. 
Art. 150. § 4º - Se a lei não fixar prazo a 
homologação, será ele de cinco anos, a 
contar da ocorrência do fato gerador; 
expirado esse prazo sem que a Fazenda 
Pública se tenha pronunciado, considera-se 
homologado o lançamento e 
definitivamente extinto o crédito, salvo se 
comprovada a ocorrência de dolo, fraude 
ou simulação. 
Na situação da exceção do final desse artigo, entende-se que se aplica o 
art. 173, I, CTN. 
5.2.1 Observação sobre as decisões 
Decisão administrativa irreformável - É a decisão que na esfera 
administrativa é definitiva e FAVORÁVEL AO CONTRIBUINTE. 
Claro, tem que ser favorável, pois se não for não há que se falar em 
anulação do lançamento, sendo que o contribuinte pagará o 
lançamento original que estava em discussão na ação perdida. 
Decisão judicial transitada em julgado - É idêntica à anterior, mas judicial. 
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Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
6. Prescrição 
Art. 174. A ação para a cobrança do 
crédito tributário prescreve em cinco anos, 
contados da data da sua constituição 
definitiva. 
Parágrafo único. A prescrição se 
interrompe: 
I - pelo despacho do juiz que ordenar a 
citação em execução fiscal; 
II - pelo protesto judicial; 
III - por qualquer ato judicial que constitua 
em mora o devedor; 
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que 
extrajudicial, que importe em 
reconhecimento do débito pelo devedor. 
É prescrição sob a perspectiva do fisco. É a perda da ação de execução 
fiscal pelo seu não exercício durante um certo período de tempo. 
Note que aqui o lançamento já esta feito, mas não foi pago o tributo, 
então cabe o fisco mover a respectiva execução fiscal nesse tempo. 
PORTANTO, TEMOS QUE A DECADÊNCIA ESTÁ INTIMAMENTE LIGADA COM 
O LANÇAMENTO, ENQUANTO A PRESCRIÇÃO ESTÁ LIGADA COM A 
EXECUÇÃO FISCAL (“AÇÃO DE COBRANÇA DO FISCO”). 
6.1 Conceito 
É a perda do direito da ação que protege o direito. Em outras palavras, é 
a perda do prazo para promover a execução fiscal. 
Entende-se que o juiz não pode reconhecer de ofício. 
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Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
6.2 Início da contagem do prazo 
Art. 174. A ação para a cobrança do 
crédito tributário prescreve em cinco anos, 
contados da data da sua constituição 
definitiva. 
Considera-se o lançamento como definitivo quando há o transcurso do 
prazo de trinta dias para a impugnação. Claro que se houver a 
impugnação, o lançamento só será definitivo quando a questão for 
decidida definitivamente na esfera administrativa e tiver transcorrido o 
prazo dado por esta decisão. 
6.3 Interrupção da contagem do prazo de prescrição 
Parágrafo único. A prescrição se 
interrompe: 
I - pelo despacho do juiz que ordenar a 
citação em execução fiscal; 
II - pelo protesto judicial; 
III - por qualquer ato judicial que constitua 
em mora o devedor; 
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que 
extrajudicial, que importe em 
reconhecimento do débito pelo devedor. 
6.4 Suspensão da contagem do prazo prescricional 
As mesmas hipóteses do 151. 
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do 
crédito tributário: 
I - moratória; 
II - o depósito do seu montante integral; 
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Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
III - as reclamações e os recursos, nos termos 
das leis reguladoras do processo tributário 
administrativo; 
IV - a concessão de medida liminar em 
mandado de segurança. 
V - a concessão de medida liminar ou de 
tutela antecipada, em outras espécies de 
ação judicial; 
VI - o parcelamento. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo 
não dispensa o cumprimento das 
obrigações assessórios dependentes da 
obrigação principal cujo crédito seja 
suspenso, ou dela conseqüentes. 
Lei das execuções fiscais (6830/80), art. 2º, 
par. 3º 
 § 3º - A inscrição, que se constitui no ato de 
controle administrativo da legalidade, será 
feita pelo órgão competente para apurar a 
liquidez e certeza do crédito e suspenderá 
a prescrição, para todos os efeitos de 
direito, por 180 dias, ou até a distribuição da 
execução fiscal, se esta ocorrer antes de 
findo aquele prazo. 
Conteúdo da prova 
Na prova cairá tudo até aqui. 
Dicas: 
 Memorizar art. 151 (suspensão) 
 Memorizar o artigo 156 (extinção) 
 Memorizar art. 175 (exclusão do crédito tributário) 
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Direito falimentar pt. 2 – Rommel Andriotti 
 
Aula 13 (13.11.2013) 
7. Exclusão do débito tributário 
Vão dos art. 175 ao 182 
As causas são a isenção e a anistia. 
7.1 Anistia 
É o perdão da falta cometida por aquele que comete uma infração 
tributária e da sua penalidade. Em outras palavras, é o perdão da multa. 
7.2 Remissão 
É o perdão da dívida em si. 
7.3 Isenção 
Lembrando, é hipótese de não incidência legalmente qualificada. Não é 
considerada modalidade de exclusão, pois em casos de isenção o tributo 
nunca chegou a existir. 
É competente o ente político competente para a instituição do tributo. 
CF 155, par. 2º, XII, e: Nesses casos, excepcionalmente a constituição 
concede isenção. 
As isenções podem ser revogadas, salvo se concedida por prazo certo e 
com condições específicas, pode ser revogada a qualquer tempo 
Leia-se: respeite o princípio da anterioridade prevista na constituição (art. 
150, CF), matéria do fim do semestre passado. 
Ler a respeito de garantias e privilégios para as provas que virão. Na 
regimental essa matéria não cai, e está nos artigos subsequentes do CTN. 
 
FIM 
Por Rommel Andriotti

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