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EA D Avaliação Institucional e dos Processos de Aprendizagem 8 1. OBJETIVOS • Compreender e caracterizar o termo “didática”. • Reconhecer as concepções de avaliação da aprendizagem. • Identificar alguns instrumentos de avaliação. 2. CONTEÚDOS • Caracterizando o termo. • As concepções de avaliação da aprendizagem. • Alguns instrumentos de avaliação. 3. ORIENTAÇÃO PARA O ESTUDO DA UNIDADE Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que você leia as orientações a seguir: 1) Para autoavaliar a aprendizagem dos conteúdos, é im- portante que, durante o estudo desta unidade, você faça © Didática do Ensino Superior106 perguntas a si mesmo sobre os assuntos estudados, tais como: o que já aprendi sobre isto? O quanto já progredi? O quanto sabia antes e quanto sei agora? 2) Fique atento a todo o conteúdo desta unidade, na qual você encontrará conceitos importantes para sua apren- dizagem. 4. INTRODUÇÃO À UNIDADE Nas unidades anteriores, você estudou o histórico da Didáti- ca e sua conceituação, o processo de ensino, o trabalho docente e as novas visões de formação docente. Além disso, estudou a inter- disciplinaridade, refletida no contexto do Ensino Superior, e o ato de planejar. Nesta unidade, nos deteremos no estudo da avaliação como importante instrumento de orientação do processo de aprendiza- gem. A caracterização do termo “avaliação”, embora desperte grande interesse entre professores e pesquisadores, não é uma tarefa fácil, porque são diversos os conceitos, os campos e as di- mensões inerentes a essa temática, os quais, muitas vezes, trilham caminhos divergentes. Desse modo, ao tratar das questões relativas à avaliação, é importante termos um olhar claro da perspectiva que orienta nos- sa abordagem do tema. Dessa forma, nosso primeiro passo será definir a perspectiva de avaliação a ser adotada. Em nosso estudo, analisaremos a avaliação sob uma pers- pectiva político-social, uma vez que acreditamos no seu caráter dinâmico e conflituoso, bem como na constante transformação de seus enfoques e efeitos, acompanhando os movimentos e as mu- danças dos fenômenos sociais (DIAS SOBRINHO, 2003). Veremos que essa perspectiva da avaliação deve nortear nossa busca pela compreensão das concepções de avaliação da Claretiano - Centro Universitário 107© U8 - Avaliação Institucional e dos Processos de Aprendizagem aprendizagem adotadas ao longo do tempo. Perceberemos, tam- bém, que, apesar das diversas concepções de avaliação já tão pro- clamadas pelos estudiosos desse tema, podemos partir de duas grandes correntes para entendermos seus enfoques e efeitos. Finalmente, traçaremos um panorama acerca da avaliação institucional, no sentido de compreendermos seus principais obje- tivos e seu direcionamento atual. Bons estudos! 5. CARACTERIZANDO O TERMO Vamos partir do entendimento de que nenhuma avaliação é neutra, pois tem sua caracterização vinculada aos valores, à visão de mundo e aos paradigmas adotados pela pessoa ou grupo que a coloca em prática. Partindo do entendimento de que toda intervenção humana contém um caráter ideológico, como já visto na Unidade 6, pode- mos afirmar que, como a avaliação é uma ação humana, não pode ser neutra, tampouco considerada isoladamente, desvinculada de seus atores. É preciso buscar a compreensão da avaliação por meio da intencionalidade presente em seu processo, ou seja, devemos per- guntar: quem avalia? Por que avalia? O que avalia? Quem é avalia- do, a quem se dirige? Sintetizando, podemos afirmar que o caráter político-social da avaliação está relacionado, de um lado, a sua larga utilização pelo homem, aos diversos efeitos por ela produzidos no âmbito das sociedades e, de outro lado, aos papéis que ela assumiu nos mais variados grupos sociais em que foi objeto de uma prática efe- tiva. © Didática do Ensino Superior108 Além disso, podemos concluir, que os diversos papéis e efei- tos assumidos pela avaliação estão relacionados às diferentes e conflituosas opções técnicas e científicas presentes no contexto mais amplo da sociedade. Nossa caracterização inicial da avaliação nos permite com- preender que se trata de um tema complexo, com múltiplas con- cepções, as quais não produzem verdades absolutas, uma vez que não são neutras, mas carregadas de interesses, valores e concep- ções de mundo. Nesse sentido, é importante ter em mente que, sendo o âm- bito educacional um espaço privilegiado para a utilização da ava- liação, é nele, também, que se encontram as maiores polêmicas em torno da validade dos modelos de avaliação, bem como das ideologias que tais modelos carregam. Aqui, também, o apoio a um ou a outro modelo varia de acordo com as concepções de Educação, com os interesses e com os valores privilegiados pelos grupos que as defendem. 6. CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM No interior das diversas tendências em relação à concepção de avaliação da aprendizagem, podemos apontar genericamente duas grandes correntes como as mais disseminadas nesse âmbito: a avaliação medida e a avaliação formativa. É claro que na literatura sobre o tema encontramos vários desdobramentos dessas concepções. Contudo, nosso objetivo é compreender os aspectos gerais dessas concepções para nos de- termos nos procedimentos avaliativos que melhor têm respondido às necessidades de aprendizagem dos nossos estudantes, espe- cialmente no que se refere à Educação Superior. Claretiano - Centro Universitário 109© U8 - Avaliação Institucional e dos Processos de Aprendizagem Vamos compreender melhor porque podemos considerar essas duas correntes como passíveis de fornecer um entendimen- to amplo dos antagonismos presentes nas diversas concepções de avaliação da Educação. Avaliação como medida Entendemos que a avaliação medida está vinculada à con- cepção cientificista de avaliação, a qual sofreu forte influência da corrente positivista. Os adeptos mais radicais dessa concepção acreditam que podemos quantificar a aprendizagem dos alunos com precisão. Muitos críticos, como Apple e Zákia, apontam para a pre- sença dessa concepção de avaliação no interior dos sistemas de avaliação externa, tão utilizados pelos governos atuais no Exame Nacional de Cursos (ENC), no Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) e no Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB). A concepção da avaliação como medida tem suas raízes na Psicologia e encontra-se relacionada mais estritamente à Psicome- tria. Essa concepção buscava, em sua origem, apontar com exati- dão o desempenho dos alunos. Nesse sentido, a Psicometria em- penhou-se na construção de instrumentos confiáveis e objetivos, valorizando especialmente os testes de inteligência (VIAL, 2001; ROMÃO, 1998). Veja que a avaliação-medição, em sua versão original, rece- bendo uma profunda influência da teoria positivista, tem como eixo central a Psicometria. Consistindo-se basicamente por testes de verificação, mensuração e quantificação do desempenho do aluno, empenha-se em saber qual a quantidade de conteúdos assi- milados pelo estudante (DIAS SOBRINHO, 2003). Segundo Aranha (1996, p. 139), A teoria positivista teve em Augusto Comte seu grande expoente. Essa teoria valoriza o real, o objetivo, o científico em oposição ao © Didática do Ensino Superior110 teológico e ao metafísico. Para os positivistas importa o palpável, o quantificável. Na educação, o positivismo foi marcante na defesa do ensino leigo das ciências em contraposição ao ensino tradicional humanista religioso. É importante lembrar que toda avaliação da aprendizagem possui certa conotação de medida, mesmoque subjetiva, uma vez que avaliar significa, também, construir um juízo de valor acer- ca do objeto avaliado, produzindo um limite do que se considera aceitável em termos da aprendizagem construída até o momento da intervenção avaliativa. Nesse sentido, promove-se um baliza- mento daquilo que se julga importante, estabelecendo dessa for- ma um tipo de medida. O termo medida pode comportar diversos significados. Me- dida é um termo complexo, segundo o Dicionário Aurélio, pode designar: "1.Medição.2. v. padrão. 3.Qualquer objeto destinado a medir uma quantidade. 4. Limite, termo. 5. Grau, alcance. 6. Re- gra, norma. 7. Moderação, comedimento. 8. Dimensão, tamanho. 9. O número de sílabas de um verso. 10. Disposição, providência. 11. fig. Meio de comparação e julgamento; padrão, estalão. 12. Anal. Mat. Qualquer função aditiva de um conjunto que só é nula quando seu argumento é o conjunto vazio. 13. Fís. Ato ou processo de comparar uma grandeza com outra com o objetivo de associar à primeira um número característico do seu valor em face da gran- deza com a qual foi comparada, medição” (FERREIRA, 2004, grifo nosso). Dito de outro modo, ao avaliar a aprendizagem, o avaliador concebe, mesmo que essa concepção seja intuitiva, o mínimo de conhecimento necessário para alcançar a aprendizagem avaliada. A concepção desse mínimo leva o avaliador a construir um julga- mento acerca da produção da aprendizagem que está em questão no momento da avaliação. O grande problema desse tipo de avaliação encontra-se na verdadeira obsessão pela objetividade. Essa obsessão leva muitos adeptos da avaliação medida a valorizarem os testes como único Claretiano - Centro Universitário 111© U8 - Avaliação Institucional e dos Processos de Aprendizagem meio possível de avaliar com segurança, uma vez que, para eles, estes testes são fechados, não deixando espaço para a ambiguida- de, e fornecendo, assim, resultados precisos (ROMÃO, 1998). Veja, nas palavras de Dias Sobrinho (2003, p. 19), o que sig- nificou a ênfase dada à avaliação medida na primeira metade do século 20: Verificou-se naquela época uma notável expansão da tecnologia de elaboração de testes, movidos os estudiosos pela crença de que os instrumentos técnicos podem, sem margem de erros e sem lugar para dúvidas, quantificar e classificar com precisão e detalhes os rendimentos e produtos. A pretensão de garantir resultados inquestionáveis por meio de uma avaliação da aprendizagem ancorada por instrumentos de medição precisos torna-se inviável na medida em que tende a ra- dicalizar em direção à objetividade, desconsiderando a inevitável subjetividade da ação avaliativa, como vimos no início desta uni- dade, quando caracterizamos o termo avaliação. Esses instrumentos de medição, entre os quais os mais utili- zados são os testes padronizados, podem ser mais facilmente apli- cados e analisados, contudo seus resultados revelam somente a parte da formação do indivíduo, que pode ser medida de forma objetiva. Avaliação formativa A avaliação formativa é apontada por muitos estudiosos das concepções de avaliação da aprendizagem (ALLAL, 1986; HADJI, 1994; JANELA, n.d) como a mais adequada à orientação do proces- so de aprendizagem. Tais estudiosos acreditam que uma avaliação mais abrangen- te exige a inserção de análises voltadas para os aspectos humanos, psicossociais, culturais e políticos, os quais, por terem caráter sub- jetivo, não podem ser medidos de maneira precisa, pois reivindi- cam uma construção negociada coletivamente. © Didática do Ensino Superior112 Hadji (2001) vai além nessa questão, quando aponta para a inevitável subjetividade da avaliação. Ele afirma que mesmo as avaliações fechadas, centradas em conteúdos específicos, apre- sentam uma objetividade ilusória, uma vez que a seleção dos obje- tivos da avaliação, bem como a definição dos critérios e dos graus de êxito, nunca são neutras. Veja, nas palavras do próprio Hadji (2001, p. 53), sua visão da abordagem técnica na avaliação: A objetividade é apenas ilusória, na medida em que os professores- -avaliadores (quando se trata deles) usam a margem de liberdade de que dispõem para determinar os conteúdos de aprendizagem, administrar as provas escritas que servem para controlar o grau de aquisição desses conteúdos, modular as condições de realização dessas provas [...]. Podemos deduzir, então, que mesmo restringindo a ação avaliativa à verificação da aprendizagem dos conteúdos desenvol- vidos em sala de aula, ainda assim não haverá uma precisão incon- testável nos resultados, uma vez que a escolha desses conteúdos está diretamente relacionada ao tipo de formação considerada re- levante pelo grupo que avalia. Podemos dizer, com segurança, que toda avaliação contém uma parcela de subjetividade que reclama uma negociação coleti- va, envolvendo todos os sujeitos envolvidos nessa ação. Observe que a objetividade não é capaz de dar conta de toda a complexidade que integra o processo de aprendizagem, pois esse processo encontra-se carregado de subjetividade não mensurável, construída por escolhas, visões de mundo e concepções de vida. Enquanto educadores, nós devemos ter em mente que a medida como método único de avaliação reduz a compreensão global da aprendizagem, centrando-se unicamente na verificação de conhecimentos objetivos e mecânicos. Claretiano - Centro Universitário 113© U8 - Avaliação Institucional e dos Processos de Aprendizagem Como afirma Bonniol (2001, p. 95): Não se trata, atualmente, de “rejeitar a medição”, mas, de evitar a importação da ideologia positivista da avaliação ou uma metodolo- gia extraída das Ciências da Natureza, apresentada como inevitável e como única garantia da cientificidade. A concepção de avaliação formativa tem suas raízes nos es- tudos de Scriven (apud BONNIOL, 2001), que definiu essa avalia- ção como integradora de duas funções principais: a apreensão do comportamento do aluno e a retificação dos erros, no sentido de adequação do comportamento ao esperado inicialmente, ou seja, é necessário identificar os limites da aprendizagem, para corrigir os desvios em relação ao que se pretendeu ensinar. O principal diferencial da avaliação formativa em relação à medida está na intencionalidade. Enquanto a avaliação medi- da pretende verificar a aprendizagem, a avaliação formativa tem como principal objetivo conhecer os limites dessa aprendizagem para tomar decisões, no sentido de otimizá-la. Méndez (2002, p. 83) coloca essa questão da seguinte forma: Avaliamos para conhecer quando corrigimos construtiva e soli- dariamente com quem aprende, não para confirmar ignorâncias, desqualificar esquecimentos, penalizar aprendizagens não adquiri- das. Quando os professores agem como corretores que explicam e comunicam razoavelmente, são fonte de aprendizagem mediante a informação compreensível e argumentada que devem fornecer nessa tarefa. A intensificação dos estudos relativos à avaliação formativa levou à diversificação nas posturas de conceitualização dessa mo- dalidade de avaliação. Conforme a tendência conceitual adotada, a concepção des- sa modalidade de avaliação pode encontrar-se mais voltada para a adequação do aluno em relação às metas de ensino-aprendizagem definidas a priori, ou pode, por outro lado, voltar-se mais para a adaptação dos meios de aprendizagem às necessidades do aluno. © Didática do Ensino Superior114 A diversidade das posturas adotadas em relação à avaliação formativa está diretamente relacionada ao tratamento que se dá aos resultados obtidos. Quando os procedimentos em relação a esses resultados centram-se na adequação do aluno, eles se voltam, especificamen- te, a identificar as dificuldades de aprendizagemdesse aluno para reorientar o ensino em direção à superação dessas dificuldades. Parte-se, nesse sentido, do seguinte princípio: "se ensinamos e os alunos não aprendem e estamos interessados em que aprendam, há que se ensinar até que aprendam; deve-se investir na constru- ção dos resultados desejados" (LUCKESI, 1998, p. 99-100). Quando os procedimentos em relação aos resultados da ava- liação têm como preocupação principal a adaptação dos meios de aprendizagem às necessidades do aluno, temos, então, uma am- pliação no contorno formativo da avaliação, uma vez que importa, além da construção da aprendizagem desejada, a relevância da- quilo que está sendo priorizado nesse processo. Veja que essa mudança coloca o aluno cada vez mais como ator central desse processo. Nas palavras de Méndez (2002, p. 74): a avaliação torna-se importante no momento da informação prática aos professores sobre a qualidade das aprendizagens que os alunos estão realizando. Ao mesmo tempo, oferece uma boa oportunida- de para melhorar tanto o processo de aprendizagem – enquanto visa à recuperação e às dificuldades que devem ser vencidas por quem aprende – quanto às ações futuras de ensino, mediante a reflexão, a autocrítica e a auto-correção a partir da prática escolar. Em uma análise teórica mais geral, podemos dizer que a ava- liação formativa de caráter mais amplo busca identificar-se com o paradigma da teoria holística, reivindicando para si um perfil de avaliação voltado para os aspectos qualitativos da formação, ou seja, enquanto a avaliação medida centra-se na objetividade, na certificação e na verificação do desempenho, a avaliação forma- tiva volta-se para a subjetividade, para a compreensão dos cami- nhos percorridos ao longo do processo de ensino-aprendizagem. Claretiano - Centro Universitário 115© U8 - Avaliação Institucional e dos Processos de Aprendizagem Nessa análise geral, podem ser relacionadas as concepções medida e formativa da avaliação da aprendizagem aos paradigmas teóricos adotados por duas linhas opostas de pensadores. De um lado, encontra-se o paradigma mecanicista, voltado para a valorização da razão em detrimento de todo pensamento subjetivo; de outro lado, encontra-se o paradigma holístico, volta- do para a subjetividade, para o oculto, refutando qualquer tipo de objetividade. Vial (2001, p. 32) faz a seguinte consideração acerca do anta- gonismo entre esses dois paradigmas: A querela entre os cientistas e os outros, entre quantitativistas e qualitativistas, que faz parte desse conflito paradigmático na avalia- ção, também indica a influência oculta de uma longa linhagem de pensadores nos quais foi observada (mais do que eles escreveram) uma oposição entre um paradigma da racionalidade, da razão sóli- da, do direito do eu e, do outro lado, o brumoso, o louco, o vento, o torcido, o Outro. Contudo, em nossa prática docente é necessário ter em mente que adotar incondicionalmente um desses procedimentos de avaliação seria reduzir, em ambos os casos, a aprendizagem a um aspecto humano, amputando o outro, uma vez que tanto a racionalidade quanto a subjetividade são características inerentes ao homem. Veja o alerta de Vial (2001, p. 32) sobre o equívoco de se fazer uma escolha radical entre esses procedimentos: A escolha, a adoção incondicional de um modelo de avaliação, é uma forma desesperada – porque sempre fracassa – de reduzir o conflito paradigmático, supervalorizando uma das duas hastes pa- radigmáticas e colocando-se sob influência (oculta) de apenas um esquema. Precisamos, então, abrir mão de buscar lugares comuns e assumir a difícil tarefa de conjugar objetividade e subjetividade, verificação e adequação, articulando aspectos opostos, mas com- plementares, da formação humana. A articulação desses elemen- tos deve permitir a construção de um quadro mais complexo do processo de produção da aprendizagem. © Didática do Ensino Superior116 Finalmente, não podemos nos esquecer que, assim como o contexto educacional, de modo geral, também a avaliação reivin- dica a adoção de uma prática democrática, a qual será tão mais efetiva quanto maior for a participação ativa de todos os atores envolvidos no processo avaliativo. Dessa forma, a avaliação deve ser pensada e discutida por meio da comunicação e da negociação com relação aos seus objetivos, enfoques e efeitos. Dias Sobrinho (2003, p. 177), ao defender a avaliação de ca- ráter democrático afirma: Entendemos que ela é um universo de significações abertas, que adquire força e se expande por meio de processos de interativi- dade ou de comunicação intersubjetiva e construção coletiva. A avaliação assim compreendida é uma prática social orientada, so- bretudo, para produzir questionamentos e compreender os efeitos pedagógicos, políticos, éticos, sociais, econômicos do fenômeno educativo, e não simplesmente uma operação de medida e muito menos um exercício autocrático de discriminação e comparação. Em suma, a avaliação dos processos de aprendizagem reivin- dica, do avaliador, uma postura voltada para a busca de otimização da construção da aprendizagem, bem como para a negociação e a reflexão coletiva. 7. ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO Quando pensamos nos possíveis instrumentos para empre- endermos uma avaliação mais abrangente sobre a construção da aprendizagem por nossos alunos, é importante ficar claro que a utilização de diversos instrumentos para avaliar um mesmo objeto de aprendizagem pode se constituir em um fator extremamente favorável a uma compreensão mais complexa desse processo de construção. Isso ocorre porque cada pessoa tem um tipo de percepção mais aguçada, uns são visuais, outros são auditivos, outros, ainda, são gráficos, ou seja, cada um apreende melhor a realidade utili- zando um “sentido” diferente. Claretiano - Centro Universitário 117© U8 - Avaliação Institucional e dos Processos de Aprendizagem Podemos afirmar que se utilizarmos diversos instrumentos de avaliação para um mesmo objetivo avaliativo, teremos uma vi- são mais ampla da situação do processo de aprendizagem. Esse procedimento possibilita ainda analisar diferentes aspectos (apre- ensão de conceitos, cooperação, capacidade de interação, expec- tativas em relação à aprendizagem) em um mesmo processo ava- liativo. Aqui, ressaltaremos alguns instrumentos mais voltados para a avaliação na Educação Superior e no Ensino Médio. Prova A prova escrita é de longe o instrumento de avaliação mais utilizado pelos professores. É preferível que se construa uma avaliação escrita aliando- -se questões abertas e fechadas, ou seja, de múltipla escolha e dissertativas. Essa escolha pode possibilitar, por um lado, ao alu- no mais objetivo, a demonstração de que apreendeu os conceitos avaliados por meio da resposta aos testes; por outro lado, permite que o aluno mais prolixo também manifeste seu entendimento, dissertando acerca dos conceitos apreendidos. Trabalhos em grupo Os trabalhos em grupo permitem analisar questões relati- vas à capacidade de interação, de autogestão, de produção coleti- va etc. Veja que esse tipo de avaliação reclama uma análise mais voltada para os aspectos subjetivos da formação. É preciso muito cuidado na avaliação desse instrumento para não se deixar levar pela intuição. Faz-se necessário, antes de promover atividades em grupo, levantar, com clareza quais serão os objetos de análise ao longo do trabalho. Desse modo, é importante a sistematização da avaliação (ter claro o que será avaliado, como e o porquê). © Didática do Ensino Superior118 Vale lembrar, ainda, que os trabalhos em grupo podem ser mais bem avaliados quando se formam grupos menores (até qua- tro integrantes) e se estabelece para os alunos, comclareza, quais serão os objetos da avaliação. Portfólio O uso desse instrumento de avaliação da aprendizagem vem ganhando força nos últimos anos. Geralmente, o portfólio é cons- truído sob a forma de uma coletânea de documentos vinculados a um texto acompanhado de uma lógica reflexiva. A vantagem desse instrumento é que ele permite acompa- nhar a evolução acadêmica do aluno ao longo dos meses ou até mesmo dos anos, conforme sua utilização se torne frequente na instituição escolar. O portfólio pode se transformar em uma espécie de dossiê acadêmico, no qual constam as principais atividades desenvolvi- das pelo estudante ao longo de um curso ou de uma etapa de en- sino. Esse instrumento pode ser utilizado tanto pelo aluno como pelo professor para desenvolver uma reflexão acerca do processo de aprendizagem, visando aprimorar competências, ou ainda para demonstrar conhecimentos adquiridos ao final de um curso. Entrevistas As entrevistas não podem ter perfil de prova oral. Elas devem possibilitar que o professor conheça melhor o aluno, suas expec- tativas e ansiedades acadêmicas, seus hábitos e posicionamentos. Não se esqueça de, ao entrevistar um aluno, manter um cli- ma agradável e de confiança, fazendo perguntas claras e deixando- -o falar na maior parte do tempo. De acordo com Libâneo (1994, p. 215-216), a entrevista: é uma técnica simples e direta de conhecer e ajudar o aluno no desempenho escolar. Tem como objetivo ampliar os dados que o Claretiano - Centro Universitário 119© U8 - Avaliação Institucional e dos Processos de Aprendizagem professor já tem, tratar de um problema específico detectado nas observações, esclarecer dúvidas quanto a determinadas atitudes e hábitos do mesmo. Autoavaliação De acordo com PCN: a auto-avaliação é uma situação de aprendizagem em que o aluno desenvolve estratégias de análise e interpretação de suas produ- ções e dos diferentes procedimentos para se avaliar. Além desse aprendizado ser, em si, importante, porque é central para a cons- trução da autonomia dos alunos, cumpre o papel de contribuir com a objetividade desejada na avaliação, uma vez que esta só poderá ser constituída com a coordenação dos diferentes pontos de vista tanto do aluno quanto do professor (BRASIL, 2014). Acesse o link do site Ser Professor Universitário, no Tópico E-Referências, ao final da unidade, e veja o que Gilberto Teixeira (2014) afirma sobre os instrumentos de avaliação. Sintetizando, a avaliação deve permitir ao aluno lançar um olhar sobre o que ele faz, sobre o significado desse fazer, mostran- do-lhe que o fato de ele tomar consciência do que faz, pode ser uma ajuda determinante para melhorar a eficácia de sua ação. Essa tomada de consciência deve possibilitar ao aluno com- preender o sentido da própria aprendizagem, por meio da explici- tação do caminho percorrido. Também deve conferir autonomia ao aluno, oferecendo-lhe ao mesmo tempo a iniciativa e a orien- tação do aprofundamento, da alteração de direção ou da consoli- dação do percurso de sua aprendizagem. Convido você a refletir sobre essas questões quando for construir o próximo instrumento de avaliação. Se você ainda não é educador, já poderá iniciar sua carreira pensando nisso. 8. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL Após voltarmos nossa atenção para as especificidades das avaliações dos processos de aprendizagem, vamos agora refletir um pouco sobre algumas questões relativas à avaliação institucional. © Didática do Ensino Superior120 Quando tratamos das questões referentes à avaliação insti- tucional, é importante que tenhamos em mente quais são os obje- tivos desse tipo de avaliação. Então, podemos dizer, grosso modo, que a avaliação institucional tem como objetivo central analisar a qualidade do trabalho dos educadores e da instituição escolar, como o próprio nome já sugere. A preocupação em avaliar as instituições de ensino intensi- ficou-se no contexto da globalização econômica das últimas dé- cadas. Esse contexto levou ao aumento da competitividade inter- nacional, e é claro que o poder de competitividade de um país está relacionado, entre outros fatores, com a qualidade da sua Educação. Desse modo, tal contexto provocou a intensificação da preocupação com a melhoria da qualidade da Educação no Brasil. No âmbito da Educação Superior, a ampliação descontrolada da abertura de vagas nesse nível de ensino, especialmente a partir da década de 1980, levou a grande insatisfação com a qualidade da Educação oferecida. Veja como Dias Sobrinho (2003, p. 54) descreve esse contex- to: A avaliação da educação superior ganhou importância central em todos os países que, no contexto da reforma dos Estados e com a fi- nalidade de alcançar maior competitividade internacional, empre- enderam políticas de transformação desse nível educativo. Enten- dida como elo importante das reformas, a avaliação da educação superior transborda os limites propriamente educativos e se situa nos planos mais amplos da economia e da política. Vimos, então, especialmente, a partir do final da década de 1990, o Estado assumindo a avaliação como estratégia governa- mental para responder à crescente demanda popular por Educa- ção, em meio a uma crescente restrição econômica. Vale lembrar que, ao contrário das outras etapas de ensino, a presença direta (ou seja, a oferta de vagas) do Estado na Educação Superior é muito menor que a presença do setor privado. Desse modo, avaliar o Ensino Superior pode configurar-se em uma forma de se fazer presente nesse nível de ensino. Claretiano - Centro Universitário 121© U8 - Avaliação Institucional e dos Processos de Aprendizagem Esse cenário, no qual o Estado passou a utilizar a avaliação da Educação como estratégia governamental, deu origem à expressão "Estado avaliador", a qual é largamente utilizada nos meios universitários de todo o mundo. Essa expressão designa o Estado como um verificador de de- sempenho, que busca responsabilizar docentes e instituições pela qualidade (ou falta dela) apresentada na Educação, bem como pautar suas medidas, no setor, por essa verificação (prêmio, cas- tigo). Sobre essa faceta do Estado, Dias Sobrinho (2003, p. 59-60) destaca que: Como "avaliador" ou "interventor", o Estado costuma praticar uma avaliação predominantemente controladora e organizadora de suas políticas de distribuição de recursos – diretamente sob a forma de orçamentos, indiretamente, por meio de premiações e incentivos –, hierarquização institucional com base em resultados de testes de rendimentos e quantificação de produtos, (re)credenciamento de cursos e accreditation. Em geral, são avaliações externas, somativas, orientadas para o exame dos resultados, realizadas ex post e seguem prioritariamente os paradigmas objetivistas e quantitativistas. No Brasil, podemos destacar como exemplo dessa postura do Estado o Exame Nacional de Cursos ou "Provão", como ficou conhecido esse exame. Leia a explicação sobre a implantação do Provão, em 1997, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, nas pala- vras de Franco (2001), um estudioso desse tema. –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– O Exame Nacional de Cursos, também conhecido como Provão, é um dos componentes da avaliação dos cursos superiores de graduação [...] o foco concentra-se na avaliação do curso de graduação, e não na avaliação de seus alunos individualmente. Por essa razão, são apresentados resultados médios em uma escala de cinco níveis, de “A” a “E”, dependendo do desempenho médio dos alunos de cada IES (Instituto de Educação Superior). [...] O Provão tem seus resultados expressos em uma escala que envolve comparações internas. Para cada área avaliada, as instituições que oferecemos cursos são ordenadas e classificadas da seguinte forma: 12% das instituições cujos alunos obtiveram as melhores médias recebem conceito “A”. Recebem conceito “B” 18% das instituições ordenadas logo a seguir. O conceito “C” é atribuído a 40% das instituições situadas no meio da lista ordenada por médias. © Didática do Ensino Superior122 Os conceitos “D” e “E” são atribuídos, respectivamente, aos 18% das instituições imediatamente abaixo daquelas classificadas com conceito “C” e aos 12% das instituições com piores médias (FRANCO, 2001, p. 20-21). –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– A descrição do Provão, feita por Franco (2001), reforça a ideia da presença do Estado como "avaliador" na Educação Superior. O Estado busca resultados objetivando, principalmente, responsabilizar instituições, definir sobre o credenciamento ou a supressão de cursos, bem como a distribuição de recursos e incen- tivos. Atualmente, em uma tentativa de reduzir o caráter contro- lador e arbitrário da avaliação da Educação Superior, o Governo implantou, a partir de 2004, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), que substituiu o ENC (Provão). O Sina- es procura articular a avaliação externa, realizada pelo MEC, com a autoavaliação das instituições de Ensino Superior. Por meio do Sinaes, procura-se assegurar: 1) A análise global e integrada dos diversos elementos da avaliação institucional. 2) A publicidade dos procedimentos, dados e resultados dos processos avaliativos. 3) O respeito à identidade e à diversidade de instituições e de cursos. 4) A ampla participação da comunidade acadêmica e da so- ciedade civil. Segundo o Ministério da Educação, representado, em relação ao Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Cona- es), os princípios que orientam esse sistema de avaliação são: 1) responsabilidade social com a qualidade da Educação Superior; 2) reconhecimento da diversidade do sistema; 3) respeito à identidade, à missão e à história das institui- ções; Claretiano - Centro Universitário 123© U8 - Avaliação Institucional e dos Processos de Aprendizagem 4) globalidade, isto é, compreensão de que a instituição deve ser avaliada a partir de um conjunto significativo de indicadores de qualidade, vistos em sua relação orgânica e não de forma isolada; 5) continuidade do processo avaliativo. O Sinaes é composto por três diferentes instrumentos de avaliação, aplicados em momentos distintos. Esses instrumentos devem fornecer um quadro revelador da realidade da Educação Superior oferecida em nossas instituições de ensino. São eles: 1) A Avaliação das Instituições de Educação Superior (Ava- lies), constituída pela autoavaliação, implementada por uma comissão composta por membros das próprias instituições de Ensino Superior (sendo cada instituição responsável pela sua autoavaliação) e pela avaliação ex- terna de responsabilidade do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), orientada pelas dire- trizes da Conaes. 2) A Avaliação dos Cursos de Graduação (ACG), responsá- vel pelo reconhecimento dos cursos de graduação, bem como pela renovação deste. Esse instrumento de avalia- ção inclui visitas locais, promovidas por comissões exter- nas às instituições. 3) Avaliação do Desempenho dos Estudantes (Enade), de caráter amostral, é aplicada aos alunos do primeiro e do último ano dos cursos de graduação, tendo como objeti- vo verificar o rendimento acadêmico desses estudantes. 4) Finalmente, podemos dizer que o Sinaes busca ofere- cer à avaliação institucional um caráter de maior arti- culação entre instituições e órgãos centrais (MEC), bem como um perfil mais democrático. Busca, ainda, ofere- cer maior ênfase na avaliação enquanto preocupação com a melhoria da qualidade do ensino e não como orientação para o mercado. Não podemos nos esquecer, também, de que a experiência do Brasil em avaliações institucionais é relativamente recente. Queremos acre- ditar que estamos caminhando para um meio-termo en- tre a necessidade de supervisão da qualidade do ensino © Didática do Ensino Superior124 oferecido pelas instituições e a indispensável democrati- zação das atividades educacionais. Para saber mais sobre o Sinaes, entre no site do INEP e leia o artigo de Barreyro e Rothen (2006). Os links encontram-se no Tópico E-Referências, ao final desta unidade. Você sabia que... ––––––––––––––––––––––––––––––––––––– O Claretiano – Centro Universitário acredita que a avaliação é uma oportunidade para “repensar os objetivos, os modos de atuação e os resultados na perspectiva de se fazer uma Instituição mais adequada às exigências e mudanças do cotidiano”. Nessa perspectiva, em sua autoavaliação, o Claretiano lança mão de quatro instrumentos, a saber: a) Avaliação Fechada. b) Avaliação Aberta. c) ASI (Avaliação Semestral Interdisciplinar). d) Meta-avaliação interna. –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Veja a definição desses instrumentos de avaliação, constante em nosso Guia Acadêmico: 1) Avaliação Fechada: "composta de questionários aplica- dos aos diversos agentes do processo acadêmico, procu- ra aferir o grau de satisfação, ou insatisfação, e mesmo desconhecimento do assunto proposto em cada dimen- são acadêmica". 2) Avaliação Aberta: é um programa "desenvolvido por meio de reuniões semestrais com os representantes de turma de todos os cursos para avaliação dos serviços prestados pela Instituição de maneira geral e dentro de cada curso". 3) Avaliação Semestral Interdisciplinar (ASI): este instru- mento procura "avaliar os perfis e competências dos alu- nos num plano vertical e horizontal e envolve todas as disciplinas cursadas até o momento da avaliação". 4) Meta-avaliação interna: responsável pela sistemati- zação e análise dos resultados das avaliações de ren- dimento (ASI e Enade), tem como objetivo repassar as conclusões da análise dos resultados "aos setores/cur- sos adequados como subsídios para a revisão de seus Claretiano - Centro Universitário 125© U8 - Avaliação Institucional e dos Processos de Aprendizagem programas e quando os indicadores atingirem aspectos mais gerais, para revisão do próprio Plano de Desenvol- vimento Institucional". 9. CONSIDERAÇÕES Chegamos ao final de nosso passeio pelo campo da avalia- ção. Como vimos, não há verdades absolutas, nem consensos fáceis sobre a melhor prática avaliativa. O importante é termos consciência dos nossos objetivos, da concepção de Educação que estamos defendendo em nossa prática, dos paradigmas que esta- mos adotando. Enfim, é importante que façamos de nossa prática avaliativa uma ação intencional e sistematizada. Agora você já pode testar seus conhecimentos analisando a prática avaliativa dos professores que você conhece ou mesmo a sua, se você já for um profissional docente. Alguns dos tópicos aprendidos aqui serão levados com você em sua prática profissional, pois são imprescindíveis à nossa pro- fissão. A manutenção e atualização diária de seus conhecimentos sobre a Didática devem ser preservadas por você. 10. E-REFERÊNCIAS BARREYRO, G. B.; ROTHEN, J. C. "Sinaes" contraditórios: considerações sobre a elaboração e implantação do sistema nacional de avaliação da Educação Superior. Educ. Soc., Campinas, v. 27, n. 96 – Especial, p. 995-977, out. 2006. Disponível em: <www. scielo.br/pdf/es/v27n96/a15v2796.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2014. BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/ seb/arquivos/pdf/livro01.pdf>. Acesso em: 4 jul. 2014. INEP.Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Orientações gerais para o roteiro da auto-avaliação das instituições (2004). Disponível em: <http:// download.inep.gov.br/download/superior/sinaes/orientacoes_sinaes.pdf>. Acesso em: 27 fev. 2009. © Didática do Ensino Superior126 TEIXEIRA, G. Técnicas e instrumentos de avaliação. Disponível em: < http://download. inep.gov.br/educacao_superior/avaliacao_cursos_graduacao/instrumentos/2012/ instrumento_com_alteracoes_maio_12.pdf>. Acesso em: 27 fev. 2009. 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AFONSO, A. 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