Buscar

DIREITO EMPRESARIAL III

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ALUNO:FLÁVIO ARNALDO DE CARVALHO 
 MATRÍCULA:201402247184 
 DIREITO EMPRESARIAL III:
 PRINCÍPIOS DO DIREITO CAMBIÁRIO:
Princípios Gerais do Direito Cambiário
Cartularidade, literalidade e autonomia.
A cartularidade nada mais é do que a posse do documento, da cártula. Por mais que uma pessoa, sabidamente, seja a credora, ela não terá dentro do regime jurídico-cambial, o direito de crédito, caso não esteja de posse do documento. Uma petição inicial, numa ação de execução judicial de um título de crédito, não pode ser ajuizada utilizando-se a fotocópia deste, é necessário que o titular apresente o documento original.
O princípio da literalidade diz que, só é válido aquilo que está, literalmente, expresso no título, ou seja, só tem importância para as relações jurídico-cambiais o que se apresenta na cártula. Inclusive, a quitação do título, após seu pagamento, precisa estar inscrita no mesmo, caso contrário, não surte o efeito jurídico desejado.
Já o princípio da autonomia determina que, as mais diversas obrigações que possam ser representadas por um título de crédito, são independentes entre si. O título pode “passear” na praça à vontade, passando de mão em mão incontáveis vezes, mas, as mais diversas relações obrigacionais que ele venha a representar, guardarão autonomia entre elas. O devedor que passou uma nota promissória, quando cobrado pelo portador da mesma, deverá pagá-la, independentemente de quem seja, ou de como ele tenha adquirido a referida nota – tudo dentro das margens da legalidade, por óbvio.
Dentro da autonomia, encontramos 2 subprincípios, a inoponibilidade e a abstração.
A abstração é uma formulação que dá relevância à ligação entre o título de crédito e a relação, ato ou fato jurídico que deram origem à obrigação por ela representada. O outro subprincípio é o dainoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé, é tão somente uma característica pessoal que delimita as matérias que poderão ser arguidas como defesa pelo devedor de um título de crédito executado.
Classificação dos títulos de crédito
Os títulos de crédito se classificam quanto:
1 – ao MODELO;
2 – à ESTRUTURA;
3 – à HIPÓTESE DE EXECUÇÃO; e
4 – à CIRCULAÇÃO
Quanto ao modelo, os títulos de crédito podem ser: livres ou vinculados. Os títulos livres não possuem um padrão ou norma que determinem como eles devem ser. Dentre estes estão a letra de câmbio e a nota promissória. Os títulos de crédito vinculados são aqueles que tem um padrão determinado pelo direito, neste modelo temos o cheque e a duplicata mercantil.
Em se tratando da estrutura, os títulos de crédito podem ser: ordem de pagamento ou promessa de pagamento. Quando existe umaordem de pagamento, o saque cambial faz surgir 3 situações jurídicas distintas: com relação a quem dá a ordem, quem é o destinatário da ordem e quem é o beneficiário da ordem de pagamento. Em se tratando de promessa de pagamento, são só 2 situações jurídicas que nascem do saque cambial: a de quem promete pagar e a do beneficiário da promessa. São ordens de pagamento: a letra de câmbio, o cheque e a duplicata mercantil; enquanto que a nota promissória é uma promessa de pagamento.
A terceira classificação dos títulos de crédito é quanto às hipóteses de emissão, que podem ser causais ou não causais (também chamados de abstratos), em virtude da lei delimitar, ou não, as causas que autorizam sua criação. Se ocorrer um fato que a lei determine como causa possível, pode-se então emitir um título causal. Já o título não causal, ou abstrato, pode ser originado por qualquer causa e representar uma obrigação de qualquer natureza no instante do saque. A duplicata mercantil é um exemplo de título causal, ela só pode ser emitida para representar uma obrigação decorrente de uma relação de compra e venda mercantil. Dois exemplos de títulos não causais, ou abstratos, são o cheque e a nota promissória, que podem ser criados para representar obrigações das mais diversas naturezas.
Por último, podemos classificar os títulos de crédito quanto àcirculação, que podem ser ao portador ou nominativos. Quando um título é ao portador, não se identifica o credor, são transmissíveis por simples tradição. Já os títulos nominativos identificam o credor, para serem transferidos, além da tradição, demandam a prática de outro ato jurídico.
Os títulos de crédito nominativos poder ser: “à ordem” ou “não à ordem”. Quando os títulos de crédito nominativos circulam “à ordem”, precisam da tradição e do endosso; já os títulos com a cláusula “não à ordem” circulam com a tradição acompanhada de cessão civil de crédito.
Títulos de Crédito no Código Civil
Encontramos entre os artigos 887 e 962 do Código Civil (doravante apenas: CC) as normas que regem os títulos de crédito, caso a lei específica, art. 903 do CC, contenha lacuna. Assim, o CC fica sem aplicação aos títulos de crédito, uma vez que estes já são disciplinados por lei própria. A nota promissória e a letra de câmbio, por exemplo, já são disciplinadas pela Lei Uniforme de Genebra. O cheque também possui lei própria. A duplicata é disciplinada pelas mesmas regras da letra de câmbio, conforme art. 25 da lei 5.474/68.
Fabio Ulhoa Coelho nos adverte que o CC, “principalmente em relação a circulação”, apresenta disposições diferentes das que encontramos no direito cambiário. Citando o endosso, pelo CC não importa, em princípio, responsabilidade do endossante, art. 914/CC. Porém, o art. 15 da LU e o art. 21 da LC, dizem exatamente o contrário, vinculando o endossante ao pagamento do título.
O CC se aplica, segundo Coelho, a 3 títulos de crédito, que ainda não possuem leis de regência: o Warrant Agropecuário, o Conhecimento de Depósito Agropecuário (lei 11.076/04) e a Letra de Arrendamento Mercantil (lei 11.882/08)

Continue navegando