Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR NMES Neuromuscular Electrical Stimulation Profa. Dra. Patrícia Pereira Alfredo Texto de base sobre NMES Lucinda L. Baker ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA PARA AUMENTAR A ATIVIDADE FUNCIONAL In: CURRIER, DP; NELSON, RM; HAYES, KW (editores): Eletroterapia Clínica. 3ª ed., São Paulo: Editora Manole, 2002 Estimulação Elétrica Funcional Estimulação do músculo através de seu nervo periférico intacto, que não apresente distúrbios de excitabilidade elétrica Com o objetivo de restaurar, manter ou melhorar sua capacidade funcional. NMES EXIGE INTEGRIDADE NEUROMUSCULAR Corrente Farádica (FAR) Estimulação Elétrica Funcional (FES) Corrente Russa (CR) Corrente Interferencial (IFC) Corrente Australiana (Aussie) A NMES compreende: NMES (EE Clínica) Estimulação Elétrica Neuromuscular Estimulação do músculo através de seu nervo periférico intacto, com o objetivo de restaurar, manter ou melhorar sua capacidade funcional. [NMES = nome geral do procedimento = NMES/FES, RUSSA e AUSSIE] FES (EE Funcional) Estimulação Elétrica Funcional Estimulação de músculos desprovidos de controle motor ou com insuficiência contrátil ou "postural", com o objetivo de produzir um movimento funcional e/ou substituir uma órtese convencional. [FES = nome para NMES e FES] NMES ou FES? Programas Clínicos de EE Neuromuscular (NMES) Fortalecimento Muscular Manutenção de ADM e Controle de Contraturas Controle da Espasticidade Facilitação e Reeducação Neuromuscular EE para Melhora do Fluxo Sanguíneo - Edema EE em Disfunções Urinárias Programas Funcionais de Substituição Ortótica (FES) FES para Ortostatismo e Marcha em Lesões Medulares FES no Auxílio Funcional aos MMSS FES para Dorsiflexão Assistida do Pé e Tornozelo FES para Subluxação do Ombro FES no Controle da Escoliose Pressuposto teórico Exercício voluntario: nunca gera a maior força muscular possível Estimulação elétrica: recruta e dispara as unidades motoras de uma forma sincrônica. Por ser sincrônicas, as contrações eletricamente induzidas podem gerar mais força e tensão, porem geraram maior fadiga. Eletrodos de superfície Tem como objetivo transmitir a corrente gerada no equipamento para o paciente. Variação pelo tamanho: Eletrodos menores apresentam maior resistência da pele. O profissional deve escolher o eletrodo em função do tamanho e profundidade da área a ser tratada. Os eletrodos maiores promovem uma maior resposta motora com menor estimulo doloroso. Eletrodos de superfície 1- Silicone-carbono; 2-Auto-adesivo; Colocação dos Eletrodos Limpeza da pele com Álcool; Tricotomia; Ponto-motor; Cuidado com o acoplamento PONTOS MOTORES Pontos situados na superfície da pele que apresentam baixa impedância a passagem de corrente elétrica Permite uma maior contração do músculo com menor intensidade de estimulação Representam os pontos onde um nervo motor é bem superficial Como encontrar o ponto-motor TENS palpação; Mapas; Pontos motores da face Pontos motores do dorso posterior Pontos motores do dorso anterior Pontos motores do MS face posterior Pontos motores do MS face anterior Pontos motores MI face posterior Pontos motores MI face anterior Pontos motores MI face posterior Pontos motores MI face anterior Técnicas de Colocação: Bi (conforto) ou Monopolar (especificidade) Parâmetros ajustáveis no equipamento T (µs); Freqüência (Hz); Ton / Toff; Rampas; Modo; Sincrônico, seqüencial, Grupos, normal. i (mA); Ttto (minutos); Ton / Toff e Rampa Frequência X Fadiga (Quanto > a frequência, > a fadiga) Influencia da “i” sobre o torque Baker et al., 1981 Indicações na Dermato - funcional Reabilitação de queimados. Redução de medidas. Melhora da qualidade do Fibro edema gelóide. Melhora na diástase abdominal. Aumento do tônus muscular basal . Manutenção de ADM. Substituição de órteses (escoliose idiopática). Ganho de força muscular e controle de contratura. Ombro subluxado. Melhora na aparência das rugas (Cuidado “i”). Edema. Programa para ombro subluxado Efeitos SEMELHANTES AQUELES PRODUZIDOS PELA CONTRAÇÃO VOLUNTÁRIA: Hipertrofia muscular; Melhora da potência muscular; Melhora da irrigação sanguínea local (Supf. e Prof.); Aumento do retorno venoso e linfático; Aumento do metabolismo muscular; Oxigenação e liberação de resíduos metabólicos; Dilatação das arteríolas; Frequência dos treinamentos com NMES Mínimo = 3 X por semana; Ideal = Estimulação diária; Melhor resultado = 2 X por dia; Cuidado com a Habituação no tratamento (princípios de treinamento) Variando “i”, Frequência dos tratamentos, tempo . . . Programa de treinamento “iniciante” F = 20 – 80 Hz (20 Hz ótimo); T = 250 ms; Ton / Toff = 1/5 (10seg/50seg); Rampa de subida = Lenta (3 – 5 seg); Duração da sessão = 1 – 3 series de 10 – 30 repetições, 3 X por semana; Tipo de contração = Isométrica, Isométrica + contração voluntaria leve; Intensidade = Motora confortável; Programa de treinamento “avançado” F = 20 – 80 Hz (60 Hz ótimo); T = 250 ms; Ton / Toff = 1/2 - 1/1; Rampa de subida = Moderada; Duração da sessão = 3 – 5 series de 10 – 30 repetições, 5 X por semana; Tipo de contração = Isométrica + contração voluntaria maxima, isotônica + contração vol; Intensidade = Máxima suportável. Programa de drenagem de edema F = 30 Hz (ou menor que 15 Hz); T = 250 ms; Ton / Toff = 2/1; Rampa de subida e sust. = 1 seg; Duração da sessão = 25 min, Diariamente; Tipo de contração = Isométrica (Clônica) ; Intensidade = Motora confortável (mínima); Modo sincrônico; ▪ Distal para proximal; ▪ Associar com Elevação do membro, RTM e enfaixamento compressivo. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS Pacientes com fraqueza muscular Após imobilizações prolongadas Pós-operatórios de joelho, ombro e outras articulações Lesados medulares, antes de utilizar uma órtese elétrica funcional. Fortalecimento Muscular Músculos Sadios ou Músculos Fracos: Quem se beneficia mais da estimulação? Comparação da Capacidade de Geração de Torques Induzidos Eletricamente entre Membros Inferiores Sadios e Submetidos a Reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior. JAMILSON S. BRASILEIRO (2001) Alguns Benefícios da FES Mantém massa muscular Melhora circulação em MMII Melhora a saúde cardiovascular Retarda progressão da osteoporose Beneficios psicológicos resultam da melhora da funcionalidade e da independência física. MARCHA EM LESADOS MEDULARES Marcha com FES • O sistema é de instalação muito custosa ao paciente. • A marcha é muito lenta e causa muita fadiga • Os pacientes acabam achando mais fácil se movimentar em cadeira de rodas A cadeira é mais rápida! O esforço físico namarcha assistida pela FES é 6 vezes maior do que na marcha normal. Por isso, menos de 5% dos usuários FES andam mais que 1,500 metros sem repouso. Desse modo, a ambulação com FES não é uma alternativa prática para a cadeira de rodas. Hipertrofia Muscular Após Lesão Medular? • É possivel produzir hipertrofia muscular após lesão medular completa? • Estudos mostram uma modesta hipertrofia (0-20%). Exercícios em bicicleta ergométrica mostram 12% de aumento na área muscular. – É o exercício mais adequado? – 12% é suficiente? FES e Exercício Terapêutico Lesados medulares: mais problemas de saúde pela falta crônica de atividade física regular. Exercício terapêutico (ET) assistido pela FES pode ajudar nesse aspecto. FES-ET usa ergômetros (e.g., bicicleta estacionária, manivelas, aparelhos de remo) para exercitar MMII e MMSS ERGYS 2 system Programas de Auxílio Funcional ao Membro Superior Aplicações em Extremidade Superior Restaurar a capacidade de “pegar e largar” Uso Clínico da FES para AVDs em MMSS Dorsiflexão Assistida do Tornozelo EE como alternativa aos coletes Contraindicações Marcapasso Aparelhos elétricos intra-corporais Dificuldades • Sensibilidade (desconforto) • Fadiga Contraindicações relativas • Danos musculares, tendinoses • Disfunção articular aguda como artrite • Fibras não consolidadas (ossos, ligamentos) • Algumas miopatias
Compartilhar