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Resenha- Tipos de Pena

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FAHESA - Faculdade de Ciências Humanas, Econômicas e da Saúde de Araguaína
ITPAC - INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS LTDA.
Av. Filadélfia, 568
–
Setor Oeste
–
Araguaína
–
TO
–
CEP 77.816-540
–
Fone: 63' 3411-8500
www.i tpac.br
CNPJ
–
02.941.990/0001-98 Inscrição Municipal
–
8452
Direito Penal II
–
3º Período
Atividade extra-sala supervisionada
Nomes dos Acadêmicos:
_____________________________________ _________________________________
_____________________________________ _________________________________
_____________________________________
(data e assinatura ao final, obrigatórias)
Entrega até 17/setembro/2015
Resenha-resumo:
 Direito Penal II
 Pena e sua aplicação
 Livro: Curso de Direito Penal
 Autor: Paulo José da Costa Jr
 Editora: Saraiva
 
Terceira Parte
Capítulos I, II, III, V, VI, VII, VIII e IX
JR, Paulo José da Costa. Espécies de Pena. Curso de Direito Penal: Saraiva.
Resenhado por: Enilton S. Alves e Tadeu Júnior de S. Costa
CAPÍTULO I - ESPÉCIES DE PENA
Antes da Reforma em 1984 o Código Penal de 1940, trazia as penas de: Reclusão, Detenção e Multa. Após sua reforma, uniram-se as penas de Reclusão e Detenção em uma só; as Penas Restritivas de Liberdade. Incluiu ainda as Penas Restritivas de Direitos como parte das penas principais. Cabe ressaltar algumas diferenças no Código Penal antes da reforma no que diz respeito às diferenças entre Reclusão e Detenção:
RECLUSÃO:
Se as condições do recluso permitissem era previsto o isolamento inicial durante o período diurno, não superior a três meses.
A Suspensão condicionada (sursis) não era concedida na reclusão, salvo se o individuo se tratassem de menor de vinte e um anos ou maior de setenta.
Também não cabia fiança aos crimes apenados com reclusão, salvo contanto, de se tratar de réus menores de vinte e um anos e maiores de setenta, quando ainda apena aplicada não ultrapassasse dois anos.
DETENÇÃO:
O detento poderia escolher o trabalho que iria desempenhar segundo suas aptidões ou ocupações anteriores.
Se a pena não superasse dois anos, admitia-se sempre o benefício da suspensão condicional da pena.
Atualmente os traços que diferenciam a Detenção da Reclusão são relacionados à execução da pena, como cita o art. 33, sendo a reclusão inicialmente cumprida em regime fechado, e detenção, via de regra, iniciará a ser cumprida no regime semi-aberto , entretanto existe a possibilidade do detento vir a ser transferido para regime mais rigoroso, nas hipóteses dos artigos; art. 50, art. 111 e art. 118 da lei nº 7.210, (Lei de Execução Penal).
ESPÉCIES DE REGIMES
São três os tipos de regimes de cumprimento de penas que encontramos descritos no art. 33 caput e descrevendo-os no §1.°, sendo o regime fechado cumprido em estabelecimento de segurança máxima ou média. O regime semi-aberro sendo cumprido em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. E por último, o regime aberto, este sendo cumprido em casa de albergado ou estabelecimento adequado. 
Será o magistrado em sua sentença condenatória que determinará o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade, observando para tanto certos critérios como; a culpabilidade do réu, seus antecedentes e conduta social, sua personalidade, motivos, circunstâncias e consequências do crime e também o comportamento da vítima. Deve-se ressaltar que é de competência do juiz da execução penal, modificar a sentença condenatória de modo a favorecer o condenado, declarar extinta a punibilidade, decidir sobre soma ou unificação das penas, dentre outras atribuições dispostas no art. 66 da Lei De Execução Penal.
Existem exceções em que o regime inicial de cumprimento da pena é obrigatoriamente em regime fechado, como para crimes hediondos e outros equiparados como; a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo, assim disposto no art. 2°, §1° da Lei de crimes Hediondos Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990.
FORMA PROGRESSIVA
As penas privativas de Liberdade podem ser cumpridas de forma progressiva, ou seja, iniciar em um regime mais rigoroso e posteriormente seguir para outro regime mais brando, isso segundo o mérito do condenado. De forma contrária, também pode o condenado sofrer regressão da pena conforme seu demérito.
Contudo os conceitos de mérito e demérito são muitos subjetivos, e para possibilitar uma avaliação mais concreta da personalidade do condenado de modo a avaliar seu desenvolvimento no processo de ressocialização, a LEP (Lei n° 7.210/84, art. 7º) criou a Comissão Técnica de Classificação, que tem como principal objetivo realizar o programa individualizado da pena privativa de liberdade ao condenado ou preso provisório, no momento de ingresso da pessoa no sistema penitenciário para fins de orientação do plano individualizado da pena, sendo esta composta pelo diretor do estabelecimento penitenciário e no mínimo dois chefes de serviço, um psicólogo e um assistente social.
Cabe ressaltar que a LEP, sofreu uma importante alteração em 2003, por meio da lei n° 10.792/2003, mais especificamente no art. 122 da referida lei, essa alteração impactou a forma do corpo técnico atuar, retirando do texto original a exigência do exame criminológico para concessão da progressão de regime e do livramento condicional, bastando apenas à comprovação de bom comportamento carcerário emitido pelo diretor do estabelecimento. 
A PENA APLICADA
Conforme disposto no art. 33, § 2°, as penas restritivas de liberdade deveram ser cumpridas de forma progressiva, segundo o mérito do condenado. De modo que o condenado a pena superior a oitos anos iniciará a cumpri-la em regime fechado. O condenado não reincidente cuja pena, seja superior a quatro anos, mas não superior a oito poderá inicialmente cumpri-la em regime semi-aberto. E sendo o condenado não reincidente cuja pena seja inferior a quatro, poderá cumpri-la inicialmente em regime aberto.
Dessa forma poderá o presidiário progredir de um regime rigoroso para um mais brando, após decisão motivada do juiz, precedida de parecer da Comissão Técnica de Classificação e observados os critérios do art. 112 da LEP: 
O condenado tenha cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior;
Ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento.
Da mesma forma poderá o magistrado decretar a transferência do condenado para um regime mais rigoroso, por demérito do mesmo, tendo este o direto de ser ouvido, em respeito ao princípio da ampla defesa. As hipóteses de regressão de pena estão dispostas no art. 118 da LEP:
I- Praticar fato definido como crime ou falta grave;
II- Sofrer condenação, por crime anterior, cuja, pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível a transferência para outro regime mais brando.
Quanto à progressão para crimes hediondos, estes ficam regularizados pelo art. 2°, § 2°, da Lei n° 8.072/90 que versa: “A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.”
AUMENTO DE PENA E REPARAÇÃO DO DANO
A Lei n° 10.763, de 12-11-2003, aumentou a pena para crimes relacionados a corrupção ativa e passiva, passando de 1 a 8 anos para 2 a 12 anos de reclusão, bem como condicionou a progressão de regime mediante a reparação do dano causado. Dessa forma é imprescindível que o condenado por crime contra a administração pública, repare o dano ou devolva o produto do ilícito.
CAPITULO II - REGRAS DOS REGIMES
REGIME FECHADO
Trabalho Penitenciário
Anteriormente a reforma no código de 1940, a remuneração do condenado era prevista no próprio código, após a reforma passou a integrar a LEP. É mister dizer que o trabalho do sentenciado não deve ser somente ser gratificado como forma de diminuição da pena imposta, mas também remunerado.
Quanto a quem deveriapagar a salário do condenado, ficou assente no congresso da ONU no ano de 1960 em Londres, que o recluso deveria pagar o seu próprio sustento para que este não ficasse moralmente desvantajosa aos trabalhadores livres. O trabalho do condenado além de ser remunerado, também é um dever social e condição de dignidade humana, como dispõem o art. 28 da LEP, cabendo ressaltar que a remuneração não poderá ser inferior a três quartos do salário mínimo vigente, art. 29 LEP.
A remuneração deverá ser destinada à indenização do dano (desde que estabelecida judicialmente), à assistência familiar e ao ressarcimento do Estado pela manutenção do condenado. A LEP também possibilitou aos maiores de sessenta anos ocupação adequadas à idade, e aos doentes ou deficientes físicos o exercício de atividades apropriadas ao seu estado (art. 32, § 2° e 3º).
O trabalho fora do estabelecimento
 No regime fechado, o trabalho poderá ser realizado dentro ou fora do estabelecimento. Dentro do estabelecimento carcerário, trabalho será comum, conforme as aptidões ou ocupações anteriores do condenado. Fora do estabelecimento, este poderá ser realizado apenas em serviços e obras públicas. Não se faz necessário a vigilância do pessoal penitenciário no trabalho externo, ficando a cargo da administração penitenciária, tomar “cautelas contra a fuga e em favor da disciplina” (LEP, art. 36). Interessante imaginarmos como seria possível tomar cautela contra fugas sem uma vigilância.
Critério qualitativo
A quantidade da pena aplicada não deveria servir de critério de cumprimento em regime; aberto, semi-aberto ou fechado, indaga-se de forma que, enquanto um homicida poderia ser condenado inicialmente ao regime fechado se sua pena superasse oito anos, um estuprador, poderia cumprir a sua pena inicialmente em regime mais brando. 
Isolamento noturno
O isolamento noturno do condenado no regime fechado visa principalmente, atenuar os efeitos de vícios, de imoralidade e de contágio criminal. Nota-se também que o isolamento em cela no período diurno e noturno no cumprimento da pena, se mostra nocivo e contrario a natureza humana, enquanto que, o isolamento noturno preserva-lhe a dignidade bem como protege de possíveis agressões comumente acontecem. Infelizmente a superpopulação carcerária do nosso país não permite que este objetivo da norma seja concretizado.
REGIME SEMI-ABERTO 
No regime semi-aberto, o trabalho poderá ser desenvolvido no próprio estabelecimento prisional ou fora dele, sem nenhuma restrição de serviço ou local, como acontece no regime fechado. Ainda é previsto no regime semi-aberto: a formação profissional ao preso e a instrução de segundo grau ou superior. Mas contudo a lei não se atentou para um quesito de suma importância, que é o analfabetismo, poderia a lei prever assim, o curso primário, ajudando assim a recuperação do delinquente.
REGIME ABERTO
O regime aberto poderá ser aplicado tanto no início da execução da pena como em meio a seu decurso, em decorrência da progressão. Para esse regime ser aplicado logo no início da execução, é necessário alguns requisitos como: pena não superior a quatro anos, demonstrar o condenado que está trabalhando ou pode fazê-lo imediatamente (LEP, art. 114, I e II). Na hipótese do condenado já estiver cumprindo pena em outro regime, a progressão se dará pelo mérito apresentado do condenado.
 A norma não prevê o “salto de regimes”, passando o condenado do regime fechado diretamente para o aberto. Contudo já ouve uma corrente jurisprudencial que passou a admitir, de modo excepcional, a aplicação da progressão do regime “por salto”, possibilitando o preso que estiver cumprindo pena no regime fechado ser transferido diretamente para o regime aberto, deixando de passar pelo regime semiaberto, caso neste não haja vaga suficiente ou mesmo nem exista instalações adequadas para esse cumprimento. 
O principal fundamento para a progressão do regime “por salto” se baseia na aplicação do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana e no argumento de não ser correto, nem adequado, que o condenado cumpra pena em regime mais severo devido à omissão do Estado, que não possui meios apropriados para recebê-lo no sistema prisional menos severo. Infelizmente, a 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça a Súmula 491, publicada no dia 13 de agosto, que veda a progressão por salto, nos seguintes termos: “É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional”.
Forma regressiva
O cumprimento da pena em regime aberto está sujeito a regressão, passando a cumprir a pena em regime mais rigoroso. A regressão ocorrerá sempre que: a) o condenado vier a praticar fato definido como crime doloso ou falta grave, dispõe o art. 50 da LEP sobre falta grave; b) frustrar os fins da execução, ou, podendo, não pagar a multa cumulativa aplicada; c) sofrer condenação por crime anterior, cuja apena somada ao restante da pena em execução torne incabível o regime. Caberão as atribuições tanto de regressão como de progressão de pena ao Juiz de Execução Penal, LEP, art. 66, III, b. 
Trabalho externo
O trabalho será realizado fora do estabelecimento e sem nenhuma vigilância, da mesma forma ocorrerá com cursos que o condenado vir a frequêntar. 
Deferimento do regime aberto
Aceitando o condenado o programa de execução que lhe foi estabelecido, poderá o Juiz impor outras condições além das dispostas pela LEP, no art. 115, que este julgar necessárias, levando em conta a natureza do delito e às condições do condenado. Haverá a hipótese do condenado que estiver cumprindo pena no regime aberto, vir a cumprir em residência particular, nas seguintes condições: a) condenado maior de 70 (setenta) anos; b) condenado acometido de doença grave; c) condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; d) condenada gestante.
MULHERES: REGIME ESPECIAL
As mulheres haverão de cumprir a pena em estabelecimentos próprios da mulher, somente assim poderão ser observados os deveres inerentes à sua condição pessoal, como determina a norma. Impõem-se os mesmos deveres e direitos: o trabalho durante o dia e o isolamento noturno, aplica-se aos mesmos regimes: o direito à freqüência a cursos profissionalizantes ou de instrução de segundo grau ou ensino superior, no regime semi-aberto; o trabalho externo, desprovido de vigilância, no regime aberto; a progressão ou regressão da pena, segundo o mérito ou demérito da conduta da carcerária.
CAPÍTULO III - DIREITOS, DEVERES E ATIVIDADE LABORAL DO PRESO
DIREITOS
São direitos do presidiário, consagrados na Constituição Federal, art. 5°, LXIII, LXIV: ser informado de seus direitos, direito de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado e direito a identificação dos responsáveis por sua prisão ou interrogatório policial (inciso LXIV).
Em nenhum momento o Código Penal exclui do preso outros diretos, exceto aqueles que atinjam a perda da sua liberdade, como o direito de livre locomoção. O art. 41 da LEP elencou todos os outros direitos do preso, entretanto, o direito sexual e o direito ao voto não são citados pela referida lei, somente traz no seu art. 41, X; “visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados”. Contudo o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária regula o direito à visita íntima a pessoa presa, recolhida nos estabelecimentos prisionais coma a RESOLUÇÃO CNPCP Nº 4, DE 29 DE JUNHO DE 2011.
DIREITOS
O rol de direitos e deveres, não é taxativo como estabeleceu a LEP, outros poderão ser acrescentados, desde que esteja em harmonia com a integração social do condenado ou internado. O art. 39 da LEP enumerou os deveres do presidiário: “I- comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença; II- obediência ao servidor e respeito a qualquer outra pessoa com quem deva relacionar-se;.... V- execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;... ”, dentre outros.
ATIVIDADE LABORAL
Atividades laborais referem-se, a qualquer atividade quedesenvolva uma forma de trabalho. É obrigatório a remuneração, não sendo inferior a três quartos do salário mínimo vigente (LEP, art. 29). Também são garantidos os benefícios da previdência social (LEP, art. 41, III). Poderá ainda o preso em regime fechado ou semi-aberto, redimir (descontar) parte do período da execução penal, na proporção de um dia de pena por três de trabalho (LEP, art. 126). Para que se reconheça a remição, é necessário que o condenado cumpra uma jornada de trabalho não superior a seis horas diárias (LEP, art. 33).
UMA PROPOSTA: REMIÇÃO PELA INSTRUÇÃO
É de fundamental importância para a recuperação do criminoso a alfabetização e, sobretudo a cultura que o presidiário venha a adquirir. No entanto, o privilégio a frequência a cursos profissionalizantes ou de instrução ficou restrito ao sujeito em cumprimento no regime semi-aberto. Observando que o regime fechado é meramente quantitativo (pena superior a oitos anos de reclusão), não existe qualquer razão ponderável para que se exclua o recluso no regime fechado da oportunidade de cursar estabelecimentos profissionalizantes, escolas de segundo grau ou superior. 
Seria conveniente que, a alfabetização passasse a ser obrigatória a todos os detentos, estimulando aqueles mais rebeldes à alfabetização com a redução da pena que restasse a ser cumprida. Da mesma forma, alcançado o preso o segundo grau a redução seria ainda maior. Concluindo o ensino superior, o preso alcançaria uma consciência do ilícito e resistência maior ao impulso criminógeno. Estimulado pela remição de pena conforme aumentasse seu grau de instrução, o preso iria assim, procurar com dedicação e afinco, profissionalizar-se ou adquirir instrução e cultura. 
CAPÍTULO V - PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
Os autores da reforma penal de 84 tentaram encontrar fórmulas que pudessem substituir as penas de prisão, levando em conta que a pena, de Privação de Liberdade, já estava na época, falida, sucumbirá à falta de infra-estrutura e o descaso para sua efetiva aplicação, de modo que, não cumpri seu papel de reeducar e recuperar o condenado. O Legislador deveria recorrer da Pena Privativa de Liberdade somente em casos extremos acha vista a ineficácia de sua aplicação para recuperação do condenado.
As soluções alternativas a Pena Privativa de Liberdade, são vantajosas em diversos aspectos, não só por evitarem o agravamento da situação jurídica do réu (reformation in pejus), como por representar uma economia significativa aos cofres públicos. É interessante observarmos que as expressões nos incisos do art. 43, do Código Penal, salvo o inciso V, não correspondem exatamente a “Penas Restritivas de Direitos”. Seria melhor o Legislador defini-las de forma abrangente, como pena alternativas.
A lei 9.714/98, alterou as condições necessárias para à substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos. Para tanto: a) apena privativa de liberdade não poderá exceder quatro anos. Quando o crime for culposo, poderá substituir-se independentemente da quantidade da pena aplicada. Se a condenação for igual ou inferior a um ano, sendo o crime doloso ou culposo, a pena privativa poderá ser substituída por multa ou por uma pena restritiva de direitos. Se a pena imposta for superior a um ano, poderá ser substituída por, uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas penas restritivas de direitos (§ 2º, do art. 44, CP).
b) O crime não poderá ter sido cometido com violência ou grave ameaça à pessoa (art. 44, I).
c) A não-reincidência do réu em crime doloso, mesmo este não sendo primário, terá direito a substituição, salvo no caso de reincidência específica (art. 44, § 3º).
d) Será necessário avaliar também, como critério de substituição, a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias do crime.
CONVERSÃO DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
Ocorrerá a conversão da Pena Restritiva de Direito em Pena Privativa de Liberdade quando: “... ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta”, art. 44, § 4°, CP. Dispõem ainda o § 4°, que, uma vez realizado a conversão, o cálculo da pena restante, será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. 
PRESTAÇÃO PECÚNIARIA
Consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação sócia de importância fixada pelo juiz, não inferior a um nem superior a 360 salários mínimos. Essencialmente a pena de Prestação Pecuniária não deveria estar inserida no rol das Penas Restritivas de Direitos, pois ela se caracteriza mais como, uma pena alternativa à pena privativa de liberdade.
Não dispondo o condenado de meios para o pagamento da prestação pecuniária, deverá o juiz, converter a prestação pecuniária em prestação de outra natureza (art. 45, § 2°, CP), ou convertê-la em prestação de serviços a comunidade ou a entidades públicas. Não poderá o condenado, sofrer uma conversão para pena privativa de liberdade, tão pouco detido pela sua inadimplência.
PERDA DE BENS E VALORES
A perda de bens e valores é modalidade de pena, prevista no art. 5°, XLVI, b, da CR/88. A perda de bens e valores pertencentes aos condenados será em favor do Fundo Penitenciário Nacional, ressalvada disposição em contrário da legislação especial. Poderão ser bens imóveis ou moveis a lei não fixa valor mínimo, mas apenas máximo, podendo ser o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em razão do cometimento do crime, optando-se pelo valor maior.
Se faz mister, mencionarmos uma diferença entre o que reza o art. 5°, XLV da CF/88 e o art. 45, § 3°, do CP, uma vez que o art. 5° da CF versa: "Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido". Possui assim o artigo da Constituição um efeito extra penal genérico da condenação, ou seja, não precisam ser abordados pelo juiz na sentença, disciplinado pelo art. 91, II, b, CP.
 Já pena de perda de bens e valores determinado pelos arts. 43, II e 45, § 3°, configuram uma modalidade de sanção pena de caráter "pessoal, individuada, intransferível, adstrita à pessoa do delinqüente"; "a morte do condenado rompe o vínculo jurídico entre o Estado-condenador e o morto-réu", e "a família, quanto aos descendentes, ascendentes e colaterais, não fica sob a incidência da pena, exaurida para sempre com a morte do réu" (J. CRETELLA JÚNIOR, Comentários à Constituição 1988, 3á ed., Forense Universitária, v. I, p. 497). Contudo, a perda de bens mencionada pelo art. 91, II, b, do CP, é efeito civil e não penal da condenação podendo, portanto, ser estendida aos sucessores e contra eles executada, nos termos do art. 5°, XLV, da CR/88.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE OU A ENTIDADES PÚBLICAS
No VI congresso da ONU (Caracas, 1980), foi conceituado essa medida como serviço em favor da comunidade estabelecido em sentença, na qual o condenado se obriga a dedicar uma parte de seus serviços ao interesse geral, como forma de reparar o dano resultante do crime, como. É aplicável a prestação de serviços a comunidade ou entidades públicas, a penas privativas de liberdade superiores a seis meses (art. 46, CP). A pena privativa de liberdade não superior a seis meses pode ser substituída pela de multa observados os critérios dos incisos II e III do art. 44, (art. 60, § 2°, CP).
As tarefas atribuídas deverão respeitar as aptidões do condenado e serem cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação, (art. 46, § 3°, CP). E importante lembrar, que todas as penas restritivas de direito, terão a mesma duração das penas privativas de liberdade a qual irão substituir (art. 55, CP), exceto, se a pena substituída for superior a um ano, nesse caso é permitido ao condenado cumprir a pena substitutivaem menor tempo, mas, nunca inferior a metade da pena privativa de liberdade que lhe foi aplicada (art. 46, § 4°. CP). Dessa forma o cumprimento da pena fica mais facilitado, levando em conta que, uma hora de serviço prestado corresponde a um dia de condenação, assim, se o condenado realizar várias horas de serviço por dia cumprira a pena substitutiva em menor tempo, respeitando sempre o limite da metade do tempo da pena privativa de liberdade.
A LEP prevê que o trabalho terá a duração de oito horas semanais e será realizado aos sábados, domingos e feriados ou dias úteis, em horários fixados pelo juiz (LEP, art. 149, § 1°). É de competência do juiz da condenação determinar a substituição da pena privativa pela de prestação de serviços (CP, art. 59, IV). Compete-lhe ao Juiz da execução, a designação do programa ou entidade, determinação dos horários e eventuais alterações. Na hipótese da substituição não ter sido determinada pelo juiz da condenação, pode o da execução realizá-la, também pode o juiz da execução alterar a forma de cumprimento da pena de prestação de serviços (LEP, art. 148).
INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS
Pode ser considerada a única pena verdadeiramente restritiva de direitos. Só são aplicáveis em substituição a pena fixada por crime cometido no exercício de profissão, atividade, cargo ou função, quando tiver havido violação dos deveres que lhes são inerentes, impedindo que assim que o sentenciado continue a exercer a atividade no desempenho da qual mostrou-se irresponsável ou perigoso, dessa forma será impedido de produzir condições que poderiam, naturalmente, levar à reincidência. É primordial para sua aplicação, que o delito praticado esteja diretamente relacionado com o uso do direito interditado. Ao contrário, a pena violaria o direito do cidadão de desenvolver livremente a atividade lícita que eleger, além de ser prejudicial à obtenção de meios para o sustento pessoal e de seus familiares.
São as penas de Interdição Temporária de Direitos, conforme o art. 47, I,II,III,IV e V: 
I — proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo;
II — proibição do exercício de profissão, atividade ou
ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou
autorização do poder público;
III — suspensão de autorização ou de habilitação para
dirigir veículo;
IV — proibição de freqüentar determinados lugares.
LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA
Consiste na obrigação do condenado permanecer em casa de albergado ou em estabelecimento adequado, cumprindo a sanção penal por 5 horas diárias, em dias normalmente dedicados ao descanso (sabados e domingos), sem prejudicar as atividades laborais do condenado, bem como a sua relação sócio-familiar. A lei não fala em dias feriados, obrigando à sua exclusão. Possui caráter reeducativo com o oferecimento de cursos e palestras, bem como no envolvimento do apenado em atividades educativas, sem os quais não se pode afirmar que esta pena pretende alguma ressocialização ou algum reajuste na conduta do condenado. 
Infelizmente, a quase-inexistência de casas de albergado e de verbas para construí-Ias, inviabiliza a aplicação desse tipo de pena, além do mais existindo esses estabelecimentos, a limitação, só iria servir para misturar espécies bem diversas de condenados, prejudicando a todos. O prazo de cumprimento da limitação de fim de semana deve ser idêntico ao da pena preventiva de liberdade a que deve substituir. Por exemplo: condenado por crime doloso a onze meses de prisão, pode essa punição ser substituída pela limitação de fim de semana, pelo mesmo prazo de onze meses da pena original, passando a contar o prazo a partir do primeiro sábado ou domingo do comparecimento. 
CAPÍTULO- VI PENA DE MULTA
Vantagens e desvantagens da pena pecuniária
Com o intuito de sanar os diversos problemas das penas privativas de liberdade, tem-se aconselhado a aplicação da pena de multa sempre que cabível ao crime. Em países mais adiantados a pena de multa passou a ser aplicada em larga escala, chegando a se sobrepor as penas privativas de liberdade em crimes mais brandos.
Sistemas
Existem três sistemas para a aplicação pecuniária, sendo elas.
O clássico: conhecido também por multa global, sendo aquela que o juiz condena a uma quantia concreta, estando ligada a gravidade do delito e da situação econômica do próprio réu.
Sistema temporal (de multa escalonada): Esta fixa a sanção pecuniária tendo como base o padrão de vida do condenado.
Sistema de dias-multa: É um mecanismo bifásico usado para a fixação da sanção, atentando as regras pré estabelecidas pelo legislador, considerando a culpabilidade, tanto quanto a gravidade da conduta entre outras circunstâncias legais e judiciais, não podendo ser inferior a dez, e nem inferior a trezentos e sessenta. Após será fixado o valor da multa, levando em consideração as condições econômicas do réu, não podendo ser inferior a um trigésimo do salário mínimo e nem superior a cinco vezes esse salário.´
Atualização: O art 49 em seu § 2º possibilita a atualização do valor do dia-multa dados os índices de correção monetária.
Decisões: É inadmissível a fixação da pena pecuniária sem qualquer fundamentação legal. Deve ser também estabelecida a quantidade de dias-multa conforme as circunstâncias judiciais, presentes no artigo 92 da lei n. 9.099 e 49 caput e 59 inciso II, do Código Penal.
Dificuldade em pagar multa: Em caso de dificuldades ao que se refere o pagamento da multa poderá requerer no espaço de dez dias o pagamento das parcelas sem juros, o juiz fará as averiguações para determinar as reais condições econômicas do réu.
Processo executório: O ministério público logo após o transito em julgado dará inicio ao processo executório, tendo o condenado o prazo de dez dias para efetuar o pagamento da multa. Decorrido o prazo estabelecido e não constando o pagamento e nem bens a penhora, será realizada sobre tantos bens for necessários para garantir a execução da pena.
Cobrança da multa: Ao tocante a cobrança da multa poderá essa se realizar através de descontos nos vencimentos ou no salário do condenado, não podendo ser superior a quarta parte e nem inferior a um décimo art 168 LEP.
Multa como divida de valor: Em face da transitada e julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de valor, dessa forma aplica se a pena pecuniária sendo ela pertinente a divida ativa da fazenda publica. A dívida de valor é a divida indexada, estabelecido o valor em UFIR será ele atualizado de acordo com a tabela vigente. 
Suspensão da execução da multa: Caso o réu seja acometido por doença mental, a execução será suspensa, se a doença sofrer um processo de reversão, a execução da pena será reiniciada.
CAPITULO -VII 
DA COMINAÇÃO DAS PENAS
Penas privativas de liberdade: 
	Tem- se por cominação a ameaça abstrata, contida no preceito secundário do texto legal, quanto mais grave o crime maiores serão os limites da sanção cominada. No passar do tempo o sistema de tabulação passaram por diversas variações, que engloba desde a indeterminação completa que se dava pela especificação de que o fato era punível porem sem mencionar a qualidade e a quantidade da pena ser imposta ate a determinação absoluta em que não restava ao juiz qualquer função individualizadora.
Penas restritivas de direito: Segundo o Art 54 juntamente com o art 44 conclui-se que as penas restritivas de direitos são aplicáveis independente de cominação na Parte Especial, ou seja, o juiz poderá aplicar a restrição de direitos desde que atendidas às condições legais independente da previsão legal. O art 55 do CP aborda sobre penas de prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas. No art 56 estabelece as condições em que pode ser proibido o exercício de cargo, função, atividade pública, mandato eletivo, profissão,atividade ou oficio, dependentes de habilitação especial, de licença ou autorização do Poder Público.
CAPITULO -XIII
APLICAÇÃO DA PENA
Diretrizes na fixação da pena: Para a fixação dapena é preciso seguir alguns critérios sendo esses os antecedentes, personalidade do agente, motivos, circunstâncias, e conseqüências do crime. O Foi introduzido no mesmo art 59 o comportamento da vitima, que substituiu “intensidade de dolo ou grau de culpa, pela culpabilidade dando melhor eficácia ao dispositivo.
Discricionariedade: Tem como objetivo não atentar contra o principio da legalidade, a discricionariedade não deve ser livre, mas sim vinculada, ou seja, são impostas limitações para a aplicação da pena atendendo os requisitos estabelecidos pelo tipo, e levando em conta os elementos do art. 59.
Finalidade da pena: A pena tem o objetivo de reprovar a conduta tanto quanto prevenir o crime, a reprovação do crime leva em consideração os elementos contidos no art. 59, já a prevenção é cumprida através da função repressiva da pena, intimando aqueles que cogitem iniciar uma pratica criminosa.
Antecedentes: São todos os fatos ou episódios da vita anteacta do réu, próximos ou remotos que possam de alguma maneira interessar à avaliação subjetiva do crime.
Conduta social: Entende se por conduta social o papel que o acusado teve em sua vida, na comunidade que que se integra, como exemplo se foi um homem voltado ao trabalho, altruísta, ou se foi anti-social entre outros.
Personalidade: A personalidade liga se diretamente a conduta, podendo o juiz atenuar ou aumentar à pena.
Motivos do crime: são os precedentes causais da ação,de natureza psicológica que por sua vez desencadeia a vontade realizando assim a conduta. Se o motivo integrar em uma qualificadora contemplada na parte especial, este não será apreciado nos fatores determinantes expostos no art. 59. 
Circunstâncias e conseqüências do crime: São aqueles elementos acessórios, que não integram o crime, mas que influem na sua gravidade deixando assim inalterado a sua existência. As circunstancias legais são aquelas presentes nos arts. 61,62 e 65 do CP, ao passo que as judiciais são as contidas no art. 59. Já as conseqüências dar se pelo maior ou menor dano a vitima, sua família e sociedade.
Comportamento da vitima: O Código Penal atual presta relevância ao comportamento da vitima antes ou durante o fato punível, uma vez que as vezes o próprio comportamento vitima se transforma em um fator criminoso.
Opções do magistrado: É delegado ao juiz inicialmente optar dentre as penas cominadas por uma delas. Estabelecida a pena aplicável deverá ser fixada a quantidade dentro dos limites previstos pela norma.
Fixação da pena: Inicialmente fixa se a pena base obedecido o disposto no art. 59, em seguida as circunstancias atenuantes e agravantes, incorporam se ao cálculo e por fim as causas de diminuição e aumento.
Regime inicial: O regime inicial é um fator indispensável para a individualização da pena, a determinação desse regime atenderá a quantidade da pena imposta, à qualificação subjetiva do condenado e os critérios do art. 59.
Critério na fixação da pena de multa: O Código determina que a dosimetria da multa o juiz deve atentar se principalmente à situação econômica do réu, mas não sendo essa unicamente as circunstancia. Foi rejeitado anteriormente o sistema de pena tarifada para o sistema dia-multa.
Substituição da pena privativa de liberdade: A pena privativa de liberdade de curta duração tem sido substituída por pena de multa estabelecida pelo § 2º do art 60 quando não superior a seis meses.
CAPITULO IX
CIRCUNSTÂNCIAS
Conceito: É tudo o que modifica um fato, sem alterar lhe a essência, sendo eles elementos, acidentes e acessórios que encontram ao redor do tipo, influindo dessa forma apenas na quantificação penal.
Agravante, aplicação obrigatória: Uma vez que o art. 61 não estabelece o quantum da agravação e nem os critérios norteadores da fixação do aumento, fica dessa forma sujeito a discricionariedade judicial, que após estabelecido a pena base aplica então as circunstancias legais, agravantes e atenuantes.
Reincidência: Caracteriza na situação daquele que pratica um fato punível quando definitivamente condenado por crime anterior.
Significado da reincidência: O reincidente é aquele que volta a delinqüir após sofrer uma condenação anterior.
Motivo fútil e torpe: Caracteriza se motivo fútil o antecedente psíquico que se apresenta desproporcionado com a reação do agente. Sendo o motivo mesquinho com vistas ao resultado, explicitando a moral do agente. O motivo torpe é o motivo objeto repugnante que ofende a moralidade media ou os princípios éticos que dominam determinados meios.
Conexão: è quando um crime vem a ser praticado como meio para facilitar a execução de outro.
Traição, emboscada, dissimulação: A traição ocorre com a quebra da confiança depositada no agente, sendo ela de conteúdo moral. A emboscada representa uma atitude maliciosa, aguardar escondido, atocaiando a vitima para agredi-la. Por ultimo a dissimulação, é o encobrimento dos próprios desígnios, compreendendo o uso de disfarce.
Os meios: Meio insidioso é o dissimulado em sua eficiência maléfica, é o que aumenta o sofrimento do ofendido ou revela uma brutalidade fora do comum.
Abuso de poder ou violação de dever: caracteriza se abuso como o uso do poder além dos limites legais. Violação de dever de oficio diz respeito ao uso ilegítimo do poder inerente ao oficio.
Crime contra criança, maior de sessenta anos, enfermo ou mulher grávida:
A razão da agravante dar-se-a devido a perversidade e covardia da agente e na maior fragilidade da vitima. A norma não estabeleceu ate que idade deve a vitima tA norma penal não tinha esclarecido nada a respeito do velho, sendo suprido pelo estatuto do idoso. Já o enfermo deve ser interpretado em sentido amplo abrangendo os que padecem de moléstia, física ou mental bem como os deficientes físicos. E por ultimo os crimes praticados contra a mulher grávida para que incida a agravante o agente deverá ter o conhecimento da gravidez.
Ofendido sob proteção da autoridade: O agravamento se deve não so ao atrevimento do agente como ao desrespeito à autoridade. O ofendido deve estar sob proteção imediata da autoridade.
Atenuantes: As circunstancias legais atenuantes, de aplicação cogente atuam diminuindo a reprovabilidade da ação conseqüentemente a culpabilidade pelo crime praticado. 
Calculo da pena: Quanto ao calculo da pena consiste na individualização da sanção, circunstancias legais e causa de aumento e diminuição da pena.

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