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Farmacodinâmica FARMACODINÂMICA Definição: É o estudo dos efeitos fisiológicos e bioquímicos das drogas e dos seus mecanismos de ação. Local de Ação Mecanismo de Ação Efeitos Farmacológicos FARMACODINÂMICA Medicamentos estruturalmente específicos: Ação biológica depende essencialmente de sua estrutura química. Se ligam aos receptores formando um complexo → alteração da função celular. Pequenas variações na estrutura química podem resultar em alterações na atividade farmacológica. Ação farmacológica ocorre em concentrações menores do que as necessárias pelos agentes inespecíficos. FARMACODINÂMICA Medicamentos estruturalmente inespecíficos: O efeito não decorre da estrutura química do fármaco agindo em um determinado receptor, mas sim promovendo alterações físico-químicas (grau de ionização, solubilidade, coeficiente de partição). Ex: Anestésicos gerais Fonte: Propriedades Estruturais e Ação dos Fármacos. Trindade, A.C.L.B. URFP. (http://people.ufpr.br/~qmf/index_arquivos/propriedadesestruturais.pdf) FARMACODINÂMICA Medicamentos estruturalmente específicos: Seu efeito farmacológico se deve a interação específica com determinada biomacromolécula, denominada receptor ou bioreceptor; está interação e dependente da estrutura do fármaco (arranjo espacial dos grupamentos funcionais), que deve se complementar ao sítio de ligação nas biomacromoléculas. Fonte: Propriedades Estruturais e Ação dos Fármacos. Trindade, A.C.L.B. URFP. (http://people.ufpr.br/~qmf/index_arquivos/propriedadesestruturais.pdf) FARMACODINÂMICA Fonte: Propriedades Estruturais e Ação dos Fármacos. Trindade, A.C.L.B. URFP. (http://people.ufpr.br/~qmf/index_arquivos/propriedadesestruturais.pdf) FARMACODINÂMICA RECEPTORES Ação do fármaco: Consequência inicial da combinação fármaco-receptor Efeitos do fármaco: eventos posteriores da combinação (fármaco-receptor). Tais efeitos são sempre quantitativos, jamais qualitativos. FARMACODINÂMICA • RECEPTOR: Componente macromolecular dos tecidos com Interação droga + receptor = ação • Proteínas, enzimas, ácidos nucléicos ou outros constituintes celulares • Receptores muscarínicos (PTNS) / AChE (enzimas)/ canais iônicos FARMACODINÂMICA Interação droga-receptor e relação estrutura atividade • A combinação droga–receptor incluem: • Ligações iônicas • Hidrogênicas • Forças de van der Waals • Ligações covalentes (complexos estáveis) ex. ligação da colinesterase pelos fosfatos e carbamatos. FARMACODINÂMICA • Agonistas- Possuem estruturas semelhantes àquelas do ligante endógeno, interagem com o receptor e desencadeia a resposta positiva deste, isto é, o mesmo efeito do ligante endógeno FARMACODINÂMICA • Agonistas completos ou totais: produzem resposta máxima por ocupar todos os receptores ou parte deles • Agonistas parciais: • Atuar de maneira competitiva, semelhante aos antagonistas, diminuindo a ação do ligante endógeno. • A ação máxima observada será aquela do agonista parcial sozinho. A maioria dos fármacos pertence a este grupo Agonista parcial Ligante endógeno M E N O R INTENSIDADE QUE O ENDÓGENO • TIPOS DE ANTAGONISMO • ANTAGONISMO COMPETITIVO SIMPLES (REVERSÍVEL) • ANTAGONISMO NÃO-COMPETITIVO (IRREVERSÍVEL) FARMACODINÂMICA • Antagonista competitivo: Situação onde um fármaco se liga a um determinado tipo de receptor sem ativa-lo impedindo a ação do agonista. Ex Atropina FARMACODINÂMICA • Antagonista não competitivo / irreversível: Reduz a atividade do agonista. Ex: Aspirina FARMACODINÂMICA Afinidade Descreve a tendência de uma droga para combinar-se com um tipo particular de receptor Eficácia ou atividade intrínseca Efeito máximo que uma droga possa produzir FARMACODINÂMICA Eficácia (efeito máximo) • Relacionado as propriedades inerentes à ligação D+R • Representado por um platô na curva dose-resposta • Pode ser limitada pelos efeitos colaterais. Ex. aspirina x morfina - diferem no efeito analgésico máximo. (eficácia x potência) FARMACODINÂMICA Potência • É a dose de um fármaco necessária para produzir um efeito particular de determinada intensidade. • Representada ao longo do eixo da concentração ou dose. • Potência in vivo sofre influência dos parâmetros farmacocinéticos e parâmetros farmacodinâmicos (afinidade pelos receptores) • Potência in vitro apenas parâmetros farmacodinâmicos. • Medicamentos pouco potentes → doses mais elevadas (administração) x muito potentes (intoxicações). • Somente drogas que agem no mesmo receptor e com mesmo mecanismo podem ser comparadas com relação à potência FARMACODINÂMICA RELAÇÃO DOSE-RESPOSTA QUANTAL • Índice terapêutico ou margem de segurança • Margem de segurança - amplitude de doses entre a dose letal e a dose que produz o efeito desejado é referida como → • Índice Terapêutico é definido como dose letal mediana/ dose efetiva mediana (DL50/ DE50) • Fator de certeza de segurança - DL1/ DE99 DE 50 DT 50 DL 50 FARMACODINÂMICA INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA 1-SINERGISMO • Sinergismo por adição • Sinergismo por potenciação (normalmente mecanismos diferentes) → interferem na farmacocinética. FARMACODINÂMICA • 2-ANTAGONISMO • Antagonistas Fármaco que bloqueia a resposta produzida por agonista. Interagem com os receptores ou com outro componente do mecanismo efetor, porém são desprovidos de atividade intrínsecas. FARMACODINÂMICA Antagonismo competitivo • Completamente reversível Ex.: atropina / propranolol (beta-bloqueador) Antagonismo não competitivos • Conceitualmente remove o receptor ou potencial de resposta do sistema • Irreversível FARMACODINÂMICA EFEITOS ANORMAIS AOS MEDICAMENTOS • Hiper-reativo - doses que não causam efeitos na maioria dos indivíduos • Hiporreativos • Tolerância- exposição prévia ao fármaco (alterações farmacocinéticas e/ou dinâmicas) → < resposta farmacológica. • - pode ser a causa da hiporreatividade. • Taquifilaxia ou dessensibilização- hiporreatividade que se desenvolve no decorrer de alguns minutos e não dias. • Idiossincrasias (efeito incomum) • Hipersensibilidade- antígeno-anticorpo → histamina
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