Buscar

Atividade Pedagógica I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Atividade Pedagógica
 I
Matéria: Psicologia e Administração
Aluno: Daniel Sales Pimentel
Assunto: Meio Ambiente
Uma visão crítica sobre as atividades humanas no planeta.
	Como podemos notar, o espaço ambiental atual do planeta é carregado de ar poluído, falta de integridade, ruídos irritantes, poluentes químicos, estresse físico e mental, do enaltecimento do ter em função do ser, entre muitas outras coisas. Existe a total compreensão de que precisamos mudar, mas como fazê-lo se não sabemos como se iniciou este processo? Onde está o problema? Como conduzirmos a sociedade a uma saída?
	Inicialmente vamos voltar e analisar as pessoas que influenciaram toda a forma de pensar e de agir do mundo atual.
	René Descartes, autor da célebre frase “cogito, ergo sum”, “Penso, logo existo”, baseava os seus conhecimentos e análises na dúvida existencial. E foi exatamente o que fez o pensador assumir um método analítico sobre as coisas. Descartes para assumir que algo era verdadeiro, utilizava-se do seu conhecimento matemático, algébrico, para provar a veracidade de tal coisa. Este método analítico que Descartes tinha, consistia em dividir os pensamentos e problemas em “blocos” menores ordenando-os logicamente, e assim facilitando a análise e compreensão das coisas.
	É a partir daí que damos o primeiro passo para a percepção do porque a sociedade se comporta desta forma nos dias de hoje. Além de todas as outras contribuições que Descartes fez à ciência, este método provavelmente é a maior delas. A importância deste método analítico é inimaginável, pois é exatamente este método que tornou possível tamanha tecnologia moderna, desenvolvimento de teorias científicas, e assim ao longo do tempo, moldou o moderno pensamento científico. Como isto poderia afetar a sociedade? A entonação dada ao método de Descartes, fez com que todo o pensamento geral fosse fragmentado em decorrência do método reducionista. A partir daí, julgou-se que todos os acontecimentos e fenômenos complexos poderiam ser entendidos a partir da utilização do reducionismo, gerando a utilização constante deste método pela ciência. 
	Como Descartes utilizava este método para compreender todas as coisas ao seu redor, ele começou a valorizar a mente em relação à matéria, pois era o meio que ele utilizava para encontrar a verdade, passando todo este ensinamento para as sociedades atuais. Esta concepção que foi introduzida ao longo do tempo em nossa cultura permitiu que déssemos ao trabalho mental um maior valor em comparação ao trabalho “braçal”, gerando assim preconceitos e discriminações entre as pessoas que tinham uma maior habilidade mental e aquelas que tinham uma maior habilidade “braçal”.
	Vale ressaltar, que essa diferença sócio-econômica entre as pessoas já existia em parte, mesmo antes de Descartes desenvolver o método, e assim, enaltecendo as habilidades intelectuais, as pessoas que não tinham acesso às informações não tiveram a oportunidade de escolha.
	Assim sendo, o tempo passou e a competitividade entre as pessoas cresceu de uma forma exponencial, trazendo sérios problemas para a convivência dentro da sociedade. Essa competitividade desequilibrou o sistema de forças de auto-afirmação e de integração. A força de auto-afirmação é aquela em que a pessoa consegue mostrar o seu valor diante da sociedade, garantindo sua continuação dentro desta e a possibilidade de continuar a crescer, evoluindo junto com os outros. A força de integração poderia ser traduzida pela força de cooperação com o próximo. É aquela que consiste na colaboração de todos com todos e assim assegurando um futuro melhor. Um pequeno desequilíbrio entre estas forças, pode acarretar conseqüências imensas, como as que estão acontecendo. Leonardo Boff descreve esta situação de equilíbrio em seu livro “Ética e Moral, a busca dos fundamentos”, dizendo: “Nenhuma dessas forças é suficiente sem a outra. Ambas precisam atuar sinergeticamente, se reforçando mutuamente e se completando. Qualquer ruptura de equilíbrio é fatal. Caso o ser humano apenas se auto-afirme sem se integrar, se isola e se inimiza com os demais, sendo ameaçado ou tendo que usar mais e mais força para se defender. Caso se integre no todo sem se auto-afirmar, perde a identidade e acaba desaparecendo, assimilado no todo. A lógica sábia da natureza faz com que as duas forças de auto-afirmação e de integração sempre funcionem num sutil equilíbrio e numa medida justa para que os seres não destruam a harmonia do todo e, ao mesmo tempo, conservem sua singularidade”. 
	A supervalorização da auto-afirmação em detrimento da integração causou a ruptura deste sutil equilíbrio. As pessoas agora apenas se interessam em mostrar os seus valores, o que elas podem fazer, e se esquecem de ajudar, compreender, enxergar e aprender o valor do próximo. 
	Uma vez encontradas e apontadas as razões pelas quais a sociedade se comporta de tal modo, vamos ao que interessa. Explanar a situação e tentar localizar possíveis soluções. 
	Com toda esta confusão e diferenciação entre as pessoas ao passar do tempo, as pessoas com maior habilidade mental (minoria) começaram a utilizar as pessoas de maior habilidade braçal (maioria), para executar tarefas por elas criadas. Em um sistema capitalista de produção, o capital é o principal recurso e com a exploração, as pessoas com maior habilidade intelectual começaram a se sobrepor financeiramente sobre aquelas com habilidade braçal, e assim criando um círculo vicioso.
	Com a revolução industrial e o avanço da tecnologia, as empresas industriais sempre procuraram aumentar sua produtividade, e assim otimizar seus lucros (lembre-se que o capital significa poder no capitalismo). Este sistema econômico tornou-se obcecado com o crescimento e ampliação, sempre procurando novas formas tecnológicas de aumentar sua produtividade.
	A variedade de produtos que se encontram no mercado mundial nos dias atuais é imensa. Esses produtos em sua maioria são produtos descartáveis, de pouca utilidade ou de curta utilização (as empresas querem compras contínuas), e por isso, a produção é massiva. Muitos destes produtos são desenvolvidos com tecnologias avançadas para demonstrar produtos novos, e assim, aumentar as vendas. Essas tecnologias que são desenvolvidas para mudar o material do produto ou deixar o produto sempre de cara nova em um curto período de tempo envolvem o consumo intensivo de recursos naturais, que em muitas vezes estes recursos não são renováveis ou que são, mas que a quantidade retirada é de tal magnitude que não há tempo de repor as quantidades retiradas. Quando estamos falando de recursos não-naturais, o problema já não é a escassez, mas a falta de um tratamento apropriado para os resíduos químicos. Não é que seja impossível desenvolver tecnologias para dispor dos resíduos, é pelo simples fato que as empresas diante dos altos lucros que estão tendo, não querem ter um gasto “desnecessário”. O grande problema, é que a maioria destes recursos não-naturais, que envolvem produtos químicos criados em laboratórios, são altamente nocivos à saúde do ser humano e muitas vezes nocivos à vida como um todo, e quando despejados em local inapropriado entrando em contato com vegetação, animais, solo e seres humanos que por lá habitam, causa sérios danos, podendo tornar o ambiente estéril. Este é um grande problema, que já causou imensos danos tanto à terra como à população, e o povo já está começando a acordar diante desta situação. Uma das soluções lógicas é desenvolver uma tecnologia adequada que possa tratar e reciclar estes resíduos químicos. De qualquer forma, pensando em longo prazo, estas soluções não serão possíveis se o crescimento da produção continuar do modo com está.
	A utilização de combustíveis fósseis como recurso energético dentro das indústrias, consome uma boa parte do petróleo produzido pelas empresas petroleiras, fazendo com que essas empresas, procurem sempre aumentar a extração e refinamento do mesmo, causando mais danos ao ambiente. Os danos causados pela extração,produção, refinamento e utilização do petróleo são de ordem grave. Os derivados do petróleo como a gasolina, óleo diesel, óleos lubrificantes são utilizados para muitos fins, como recurso energético para indústrias, combustível para automóveis, entre outros. Causando em grande parte a poluição do ar. Qualquer tipo de combustão envolve uma reação química com a indispensável participação do oxigênio no processo, liberando CO (monóxido de carbono) que quando expelido para o ambiente transforma-se em CO2 (dióxido de carbono), sendo este último, um dos grandes responsáveis pela destruição da camada de ozônio junto com o clorofluorcarboneto (mais conhecido como CFC, usado como aerossóis e gases de refrigeração). Como a energia utilizada a partir de combustíveis fósseis, é decorrente da combustão dos seus derivados, podemos concluir que a utilização desenfreada e em grande escala destes tipos de combustíveis são altamente prejudiciais ao meio ambiente. Podemos citar também, eventuais colisões entre navios que transportam petróleo, derramando o óleo no mar, causando terrível desequilíbrio na vida marinha e no equilíbrio do ecossistema.
	O uso do carvão também como recurso energético pode ser considerado tão ruim ou pior que o uso do petróleo. A utilização do carvão causa devastação da área onde ocorre a extração, danos à saúde dos mineradores, fora os danos causados pela queima do carvão, que mostram os mesmos efeitos da combustão de derivados do petróleo. 
	É importantíssimo lembrarmos que os recursos são limitados e que no patamar que estamos os ganhos não podem ser distribuídos para todos, favorecendo uma minoria que tem a posse do capital. Além de termos recursos limitados, eles estão tornando-se escassos, pois a capacidade de regeneração do planeta se encontra em estado crítico pela exploração descontrolada dos mesmos. A utilização destes recursos não só os tornam escassos, mas também o modo como são usados causa danos inimagináveis ao planeta.
	Podemos pensar em milhares de formas para solucionar estes problemas, mas não adiantará de nada, se não mudarmos nossos valores, atitudes e estilo de vida. Esta falta de visão ecológica e ganância empresarial só podem ser resolvidas com uma grande mudança na filosofia de vida das pessoas, tornando-as mais integradas à sociedade e entendendo que este planeta e as pessoas que vivem nele, são partes indispensáveis ao todo.

Continue navegando