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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS – UCG Ciências Aeronáutica Aerodinâmica e Teoria de VOO Alta velocidade Prof. Gustavo Montoro Voo em baixa velocidade Deslocamento das partículas de ar a frente do avião, que por sua vez , desloca as partículas de ar situadas mais a frente. Ondas esféricas na velocidade do som (340 m/s 1220 km/h ISA) Voo na velocidade do som (alta velocidade) As ondas de pressão não consegue se afastar do avião (mesma velocidade). •Acumulo das ondas de pressão no nariz do avião •Fina parede de ar comprimido – Onda de choque Voo na velocidade do som (alta velocidade) •Deslocamento do ar atmosférico a frente do avião antecipado; •Escoamento do ar suave com pequeno drag. Voo na velocidade do som (alta velocidade) Na velocidade do som, as camadas de ar à frente do avião não podem ser “avisadas” de sua aproximação. São pegas de supressa e recebem o impacto do avião, sendo comprimidas e achatadas na forma de onda de choque. Onda de proa Aumento do arrasto Voo na velocidade do som (alta velocidade) Onda de proa Aumento do arrasto Voo acima da velocidade do som (MACH > 1) Onda de proa passa a ser oblíqua - Cone de MACH Ângulo de MACH - Quanto maior a velocidade menor o angulo. Número de MACH •Forma de se medir as velocidades elevadas; •Razão entre a velocidade verdadeira e a velocidade do som no mesmo flight level. •Ernst Mach (1838-1916) – Físico Austríaco: destaque no estudo do fluxo supersônico. MACH O número de Mach 1 significa que a velocidade aerodinâmica é 100% da velocidade do som; Mach = 0,8 significa que a velocidade aerodinâmica é 80% da velocidade do som (mantendo a mesma temp.); A velocidade do som depende principalmente da temperatura MACH Assim, ao subir de nível a uma velocidade aerodinâmica constante o numero de MACH aumentara Compressibilidade Substancias compressíveis e incompressíveis: Volume varia de acordo com a pressão por ela suportada Pressão aumenta volume diminui Pressão diminui volume aumenta Não havendo variação de volume – subst. incompressível Compressibilidade Substancias compressíveis: variação do volume corresponde a uma modificação da densidade Mesma massa volume diferente Compressibilidade Substancias compressíveis e incompressíveis: Na natureza não existe subst. 100% incompressíveis – todas elas, quando suficientemente comprimidas, reduzem seu volume. Na pratica, líquidos e sólidos são incompressíveis Ex. Água contrai 50 milionésimos de volume por aumento de 1 atmosfera de pressão. 1 litro de água – 2 atmosfera – redução de 0,00000002 litro 1 litro de ar atmosférico – 2 atmosfera – redução de 0,5 litro mesma temperatura Sabemos que o ar é compressível, isto é, seu volume e sua densidade são variáveis. A força da gravidade comprime a atmosfera de modo que a máxima densidade do ar (massa por unidade de volume) ocorre na superfície da Terra. O decréscimo da densidade do ar com a altura é bastante rápido (decréscimo exponencial) de modo que na altitude de ~5,6 km a densidade já é a metade da densidade ao nível do mar e em ~16 km já é de apenas 10% deste valor e em ~32 km apenas 1%. Perfis Verticais de Pressão e Densidade milibar milibar Aumento da pressão de um gás Aumento a temperatura Aumento a densidade Lei de Boyle-Mariotte Quanto menor for o volume ocupado pelo gás, maior será o número de colisões por cada unidade de superfície e, consequentemente, maior será a pressão. 2ª Lei de Charles e Gay-Lussac Quanto maior for a temperatura, maior será a energia cinética média das partículas do gás, e consequentemente maior a velocidade dessas mesmas partículas, e, portanto, maior será o número de colisões e o seu grau de intensidade, isto é, maior será a pressão do gás. 1ª Lei de Charles e Gay-Lussac Quanto maior for a temperatura, maior o volume ocupado pelo gás, mantendo constante a pressão. Aumento da temp. de um gás Aumenta a pressão Diminui a densidade O rápido decréscimo da densidade do ar significa também um rápido declínio da pressão do ar com a altitude. Aumento da temp. de um gás Aumenta a pressão Diminui a densidade Um avião vooa a 130kt nas condições ISA (1013,2 hPa e 1,225 Kg/m3) Velocidade 0 / pressão máxima Todos os filetes acima e abaixo possuem velocidades maiores que 0, portando menor pressão estática. Um avião voa a 130kt nas condições ISA (1013,2 hPa e 1,225 Kg/m3) No ponto de estagnação a pressão aumenta 1% em relação a P. atmosférica 1023 hPa Densidade aumenta 0,7% devido ao aumento da temperatura 1,2335 Kg/m3 O mesmo avião voa agora a 680kt nas condições ISA No ponto de estagnação a pressão aumenta 18%. 1195,6 hPa Densidade aumenta 13% devido ao aumento da temperatura. 1,384335 Kg/m3 O Som Fator de grande importância no estudo de compressibilidade do ar; Série de impulsos de pressão que atingem nossos ouvidos numa freqüência que podemos ouvir; ISA a = 340,29 m/s Formula: a = 340,29. 273 + TFL 273 + 15 Impulsos de pressão Ao se deslocar na atmosfera o avião provoca mudanças de pressão e velocidade afetando o ar que o envolve. Os impulso de pressão se propagam na velocidade do som: Voando a baixa velocidade, os impulsos de pressão vão a frente do avião, influenciando o ar que ainda não entrou em contado com o avião. Filetes a frete do aerofólio com uma inclinação para cima Voando mais rápido do que o som, o ara a frente do avião não é “avisado” de sua chegada Ajustamento instantâneo Onda de choque = distúrbio do ar Rápida mudança de: •Velocidade ↓ •Pressão ↑ •Temperatura ↑ •Densidade ↑ Produção da sustentação Aerofólios aceleram os filetes de ar no extradorso; Neste locais as velocidades locais são sempre maiores que a velocidade do avião. Mach crítico Se continuarmos a aumentar a velocidade do avião, chegaremos a um valor no qual pela primeira vez, em algum ponto do avião os filetes atingem Mach 1 Valores superiores a Mach Crítico Região da asa com filetes a velocidade menor que a do som (subsônica) Região da asa com filetes a velocidade maior que a do som (supersônica) Regime transônico Regime transônico Passagem sub para supersônico é suave; Passagem super para subsônica é sempre acompanhada por uma onda de choque. Regimes de voo de acordo como número de Mach Nos regimes super e hipersônicos = todos os filetes de ar em contado com avião estão acima da V do som. Exceto camada limite 19 mil km em apenas cinco horas Avião hipersônico europeu estará pronto em 2033 O X-43A é a primeira aeronave a atingir velocidades hipersônicas usando motores que aspiram oxigênio Motor scramjet. Em vez de usar oxigênio a bordo para fazer o combustível de hidrogênio entrar em combustão, o scramjet colhe oxigênio enquanto viaja pela atmosfera. Os valores são apenas referenciais Depende muito da forma aerodinâmica do avião Voo subsônico com Mach .76 Voo transônico com Mach .74 Todo avião que voa em regime transônico ultrapassou o Mach critico Problemas de compressibilidade Jatos de transportes modernos MMo > MCRIT MMoMaximum operating speed = maior numero de Mach permitidopara operações normais Desaceleração dos filetes ao aproximar do bordo de fuga Necessidade de se igualar aos filetes não influenciados pelo avião Margem de orientação Margem de arrasto DOWNWASH UPWASH Ondas de choque normal Característica do regime transônico Impulsos de PRESSÃO Ondas de choque normal 1- Só ocorre quando o escoamento passa de supersônico para subsônico; O Mach após a onda de choque é aproximadamente inverso do Mach da onda 1,25 →→→→ 1/1,25 = 0,8 2- A direção dos filetes de ar não modifica ao passar pelaonda; Ondas de choque normal 3- Na onda ocorre aumento de pressão, densidade e temperatura do ar. Redução da velocidade dos filetes, consequentemente e redução da Mach. 4- Grande redução de energia dos filetes de ar (pressão estática e dinâmica Conseqüências das Ondas de Choque Estol ocorre porque os filetes da camada limite perdem energia cinética devido a viscosidade. Menos energia = não vencem o gradiente desfavorável de pressão - deslocam antes do bordo de fuga. Diminui L Aumenta D Onda de choque também causa diminuição da L e aumento do D Interação camada limite onda de choque Aumento considerável de espessura ao passar pela OC. Onda de choque de grande intensidade muito acima do Mach Critico junto com gradiente adverso = descolamento de filetes Estol de compressibilidade Estol de choque Estol de Mach Menos crítico que o estol subsônico devido – o coeficiente de sustentação máximo não se reduz continuamente Estol de compressibilidade no voo transônico Vibrações típicas do pré-estol (buffet) não só na baixa como tbm na alta. Como sair: Nas baixas velocidades – reduzir o α e aumentar a velocidade Nas altas velocidades – reduzir o Mach. Buffet limites bimotor anos 60 Fator de carga n = L W As velocidade dos buffet variam com a altitude; A velocidade indicada do pré-estol de baixa velocidade aumenta com a altitude: • Grandes altitudes a densidade do ar afeta a distribuição da pressões em torno do aerofólio – afeta a velocidade de estol. A velocidade indicada do pré-estol de alta velocidade (estol de compressibilidade) diminui com o aumento da altitude: Canto do caixão Para sair do coffin corner basta manter a altitude e consumir combustível Com o tempo - menor peso = buffet de baixa é diminuído e o de alta é aumentado Evitar o estol subsônico e estol de compressibilidade B-47 americano (1950) alcançava o coffin corner em voo nivelado Jatos atuais voam abaixo do nível de provável acontecimento do coffin corner (teto de serviço); Porem pode atingir o coffin corner com um fator de carga elevado (curva de grande inclinação); Voando nos maiores FL devem ser evitadas as curvas de grande inclinação. Aumento do arrasto {Mach de Divergência (MDIV)} OC – aumento da espessura da Camada Limite – deslocamento dos filetes – Arrasto de Onda ou de Compressibilidade Crescimento lento do arrasto após o Mach Crítico – inicialmente devido ao aumento da espessura da camada limite – aumento da velocidade até chegar ao MDIV (drag divergence Mach number) Aumento acentuado do arrasto Elevado aumento de consumo de combustível Bell XS-1 Décadas de 30 e 40 Velocidade da barreira do som 14 de outubro de 1947 – Mach 1,05 Cap. Charles E. Yeager Margem de orientação Margem de arrasto DOWNWASH UPWASH Variação da posição do centro de pressão do avião Redução do Downwash Onda de choque reduz o Downwash Diminuição da resultante aerodinâmica negativa Rollof (rolar lateral / rolamento errado) Pé direito levanta asa esquerda MMO = 0,90 MCRIT = 0,82 M = 0,75 Asa esquerda - ganho sustentação Rollof (rolar lateral / rolamento errado) Pé direito levanta asa esquerda MMO = 0,90 MCRIT = 0,82 M = 0,90 Asa esquerda - perda sustentação Voos próximo a velocidade no MMO não é aconselhável a utilização de leme de direção Tuck under – tendência de picar (abaixar o nariz) Deslocamento do centro de pressão para trás Redução do downwash da asa Até década de 40 Baixa velocidade Alta velocidade Vibrações na cauda ou em todo o avião Deslocamento dos filetes provocado pelas ondas de choque Comandos inoperantes Problemas de mergulho Voo Transônico Década de 40 – problemas de compressibilidade com M040; Atualmente aviões que atingem M092 e voam acima do FL400 De Havilland Comet, o primeiro jato comercial da história da aviação. Arrasto nas atuais velocidades de cruzeiro Induzido (25 a 40% do total) Parasita e de compressibilidade (restante) Arrasto induzido reapresenta 50 % do total em cruzeiro Asas com maiores alongamentos LOCKHEED L - 1049G SUPER CONSTELLATION DC-3 Progresso na redução do Arrasto Atualmente os aviões são mais limpos aerodinamicamente, com recurso para reduzir o arrasto parasita e de compressibilidade - Parasita (EX: redução das aéreas planas equivalentes do DC-3 para DC-9-30) Progresso na redução do Arrasto 6m2 de placa plana equivalente; 105 passageiros; 13% menos de arrasto 7m2 de placa plana equivalente; 21 passageiros; 13% a mais de arrasto Principais conceitos: MCRT e MDIV Tipos de asa Reta Trapezoidal Elíptica Geometria variável Enflechamento negativo Flecha dobrada Enflechamento positivo Em delta Ogiva Delta dobrada Delta com timões Delta com Canard 1- Enflechamento de asa Pontos positivos e negativos do enflechamento .. + .. - Aumenta o MCRIT menor produção de sustentação; maior tendência de estolar na ponta da asa; produz pitch up; na grandes velocidades agrava o tuck under Aerofólios de pequena espessura e curvatura Gera menores velocidades no extradorso; Porém, ocorre menor redução do coeficiente de sustentação máxima e do volume para armazenar combustível e trens principais das asas. NACA série 6 – primeiros aerofólios laminares estudados NACA Airfoils (National Advisory Committee for Aeronautics) - www.pdas.com/naca456.htm Transição do escoamento laminar para turbulento o mais atrás possível da corda, com aumento suave da velocidade no extradorso. UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS – UCG Ciências Aeronáutica Aerodinâmica e Teoria de VOO Alta velocidade Prof. Gustavo Montoro Escoamento laminar não depende somente do formado do aerofólio Depende também: • número de Reynolds; • turbulência inicial dos filetes de ar; • rugosidade da superfície; • vibrações; etc. Todos fatores muito difíceis de serem controlados NÚMERO DE REYNOLDS – adimensional Re = V D ρρρρ µµµµ V – velocidade da massa de ar (m/s) D – corda (m) ρ- massa específica do ar (Kg/m3) µ - coeficiente de viscosidade (Kg/ms) Perfis supercríticos Maior raio do bordo de ataque; Curvatura superior reduzida; Curvatura em S próxima ao bordo de fuga. Regra da aérea (area rule) Dr. Richard T. Whitcomb Também desenvolveu o perfil supercrítico Whitcomb with F106 in 1991 (FAA 2008) Area rule Menor arrasto no regimes trans e supersônicos ocorre em aviões com seções retas ao longo do eixo longitudinal sem mudanças abruptas The YF-102A and YF-102 side by side. (FAA 2007) B-747. Supera velocidades acima do M 0,92 Geradores de vórtices (vortex generators) Dispositivo feito de uma asa de alongamento pequeno (aerofólio) colocada numa posição especifica do avião. Produzem sustentação perpendicular às suas superfícies. Subproduto da sustentação: vórtices que influenciam os filetes de ar de duas maneiras: 1- captar o ar fora da camada limite (com muita energia) misturando com o ar da camada limite (que já se encontra sem energia cinética). Camada limite energizada evitando o descolamento. Asas do 767 VORTEX GENERATORS FOR CESSNA AIRCRAFT Micro vortex generators are small metal blades placed in a spanwise line aft of the leading edge of the wing VORTEX GENERATORS FOR EXPERIMENTAL AIRCRAFT 2- VGs são posicionados para redirecionar os filetes de ar, prevenindo interações adversas. Alem de aumentar a sustentação nos grandes ângulos de ataque, reduz o arrasto. The VGs on the 767 are for tailoring (evitar) the stall Reduz o buffet de alta e baixa; Melhora o controle da aeronave. Nacelle Vortex Generator Large vortex generator located on a Boeing737 engine nacelle Vortex generators on the engine nacelle of an Airbus A319 McDonnell Douglas (now Boeing) C-17 Globemaster III Heavy Transport The 727 wing has a stall fence (barreira), but not VGs Estabilizador horizontal de incidência variável Servo assistido fs9 MACH TRIMMER Sensível ao número de Mach, atuando sobre o estabilizador horizontal ou profundor; Tornar positiva a estabilidade do avião em qualquer velocidade. MACH TRIMMER Aviões modernos conseguem evitar o tuck under sem Mach trimmer.
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