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AMPUTAÇÃO DE MMSS E MMII Prof. Esp.: Bruno Lucena Latim Ambi = ao redor Putatio = podar / retirar É a retirada total ou parcial de um membro. o Coto membro residual da amputação. • Responsável pelo controle da prótese durante o ortostatismo e marcha. AMPUTAÇÃO HISTÓRICO RIG-VEDA (Poema sagrado indiano) 1ª referência sobre prótese3500 a 1800 a.C. Rainha Vishpla, guerreira, confeccionou uma prótese em ferro para o MMII amputado por ferimento de guerra e retornou à batalha. 2300 a.C. Arqueólogos russos descobriram um esqueleto de uma mulher com uma prótese no pé feita por um pé de cabra adaptado ao coto. (publicada em 26-01-1971, artigo Francês). PRÉ-HISTÓRIA E ÉPOCA MEDIEVAL: Casamentos entre primos 1º grau = Deformidade Congênita (incompatibilidade sanguínea). Amputações traumáticas: batalhas, captura de inimigos, ou de punição judicial. Gangrena, tuberculose e lepra. ETIOLOGIA CAUSAS MAIS FREQUENTE EM MMSS: Traumáticas (acidentes de trabalho e explosivos); Tumorais; Vascular. ETIOLOGIA CAUSAS MAIS FREQUENTE EM MMII: *Vasculares (arteriosclerose); *Neuropático (diabetes, Hanse); *Traumáticos (acidentes); *Tumorais (sarcoma ósseo em crianças e jovens); * Infecciosas (traumáticos e vasculares); *Congênitos (Agenesias); * Iatrogênicos (consequências de tratamento ou cirurgia). ETIOLOGIA HIPÓCRATES, pai da medicina (460 – 377 a.C.), 1ª descrição técnica. Realizavam-se amputações por meio das articulações com guilhotinas. Indicação: gangrena. Anestesia: bebida alcoólicas. Cauterização: com óleo ou ferro quente. TÉCNICAS DAS AMPUTAÇÕES Celsus (25 a.C. a 50 d.C.), 2ª descrição mais antiga, conhecido também pela formulação dos sinais inflamatórios. o Indicação: gangrena. o Anestesia: bebida alcoólicas. o Cauterização: com óleo ou ferro quente. • OBS: níveis de amputações mais proximais, com secções ósseas e em tecidos vivos. TÉCNICAS DAS AMPUTAÇÕES Em 1846, Morton, descoberta da anestesia. • Em 1867, Lister, anti-sepsia. • 1ª guerra mundial: 300.000 soldados amputados na Europa. • Necessidade de técnicas cirúrgicas mais avançadas. TÉCNICAS DAS AMPUTAÇÕES DESARTICULAÇÃO INTERFALANGIANA: Indicação: traumática ou vascular. • OBS: hálux, manter a base da falange proximal, pois nela encontra-se a inserção dos tendões extensor e flexor curto. NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO DESARTICULAÇÃO METATARSOFALANGIANA: Indicação: traumática ou vascular. • OBS: hálux, comprometimento na fase final da marcha (impulso). Pode ser a retirada de todos os artelhos ou não. NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO TRANSMETATARSIANA: • Parcial ou total o Indicação: traumática ou vascular. • OBS: são realizadas as secções ósseas na base dos metatarsos, pois sua diáfise cortical, longa e fina, pode ser reabsorvida ou perfurá-las. NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO AMPUTAÇÃO DE LISFRANC: • É a desarticulação dos metatarsos com os ossos cubóide e cuneiforme. Indicação: traumática ou vascular. • OBS: causa deformidade em flexão plantar, pois dificultam a protetização. NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO DESARTICULAÇÃO NAVICULOCUNEIFORME E TRANSCUBÓIDE: • Escassez na literatura • Encontra-se entre os níveis de Lisfranc e Chopart NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO AMPUTAÇÃO DE CHOPART: • Conhecido como a amputação do retropé. • É a desarticulação realizada entre o osso navicular e cubóide com o tálus e o calcâneo Indicações: vasculares, infecciosas, traumáticas e até tumorais. NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO AMPUTAÇÃO DE SYME: É a desarticulação tibiotársica e posteriormente uma secção óssea logo abaixo dos maléolos lateral e medial, conservando a sindesmose tibiofibular (Desarticulação do tornozelo). Indicação: vascular, traumático, anomalias congênitas, deformidades adquiridas ou quando as amputações transmetatarsianas, de Lisfranc e Chopart não são possíveis. • Nível de amputação bastante indicado, pois permite uma protetização e reabilitação precoce. NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO AMPUTAÇÃO DE PIROGOFF: *É uma técnica similar a de Syme, porém é mais difícil e demorada. *É realizada uma artrodese entre a tíbia e o calcâneo, tendo em vista que o calcâneo é seccionado verticalmente. Indicação: vascular, traumático, anomalias congênitas, deformidades adquiridas ou quando as amputações transmetatarsianas, de Lisfranc e Chopart não são possíveis. NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO AMPUTAÇÃO DE BOYD: Similar a de Pirogoff • OBS: Técnica cirúrgica. Calcâneo é seccionada horizontalmente. NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO AMPUTAÇÃO TRANSTIBIAL: A amputação transtibial é realizada entre a desarticulação tibiotársica e a de joelho. 03 níveis: • Terço proximal, médio e distal. Indicação: vasculares, traumáticos, infecciosos e neoplásicos ou anomalias congênitas. NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO DESARTICULAÇÃO DE JOELHO: Na desarticulação do joelho, preconiza-se a preservação da patela. Indicação: traumatismos irreversível, para casos de anomalias de tíbia e/ou fíbula e tumores. NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO AMPUTAÇÃO TRANSFEMORAL: Amputação entre a desarticulação de joelho e a de quadril. 03 níveis: o Terço proximal, médio e distal. NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO DESARTICULAÇÃO DE QUADRIL: Consiste na retirado de todo membro inferior. Não apresenta coto ósseo, apenas cobertura musculocutânea do glúteo máximo. Indicação: traumatismo complexos e processos tumorais. NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO DESARTICULAÇÃO SACROILÍACA: OBS: Consiste em uma cirurgia radical, na qual é realizada a remoção de metade da pelve e de todo o membro inferior homolateral NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO AMPUTAÇÃO BILATERAL Ocorrem em níveis: transtibiais, transfemorais, amputações parciais do pé e tornozelo e das desarticulações de joelho e de quadril. *O membro dominante é aquele que apresenta um nível mais distal. *Pacientes desarticulados de tornozelo ou joelhos podem deambular descarregando o peso corpóreo sobre os cotos. Pacientes com amputações transtibiais geralmente locomovem-se ajoelhados ou em cadeira de rodas. • Estes apresentam grande grau de encurtamento de isquiostibiais, contribuem para as deformidades de quadril e joelho. AMPUTAÇÃO BILATERAL Para Friedmann (1994) e Ray (2000), os principais problemas que surgem como consequência da amputação são os seguintes: • Edema; • Contraturas; • Dor; • Sensação fantasma; • Dor fantasma; • Neuromas; • Problemas cutâneos; • Problemas psicológicos; • Infecções; • Problemas ósseos; • Escoliose. COMPLICAÇÕES FATORES PARA UM BOM COTO MIOPLASTIA: é utilizada para fixar as extremidades de músculos antagônicos e também para proteger o coto ósseo distal; • MIODESE: reinserção dos músculos e tendões seccionados à extremidade óssea amputada, proporcionando poder de contração. Coxim firme para o controle da prótese; • NEURECTOMIA: deve ser realizada com leve tração nervosa e corte brusco. O coto nervoso deve estar profundo; • TECIDOS ÓSSEOS: resecção das arestas e arredondamento das bordas; • SUTURAS: em planos e sem tensões exageradas para evitar aderências; • POSICIONAMENTO: correto para se evitar as retrações e encurtamentos musculares. FATORES PARA UM BOM COTO OBRIGADO!!!
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