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Densidade & Adsorção de gases Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) – Campus Itabira Daniel Andrada Itabira, 24 de maio de 2013 •Densidade real •(picnometria, Hg) •Densidade aparente •Densidade “bulk” •Densidade “tap” •Densidade efetiva Physical adsorption Low heat of adsorption Reversible process Multi layer interaction .... Chemical adsorption High heat of adsorption Irreversible process Single layer interaction ... Quando um gás ou vapor é colocado em contato com uma superfície sólida uma parte dele ficará ligado à superfície na forma de uma camada adsorvida. O sólido é o adsorvente e o gás o adsorvido. As ligações envolvidas na adsorção de gases e vapores pelos sólidos são de tipo van der Waals, ligações fracas não-direcionais. Qualquer sólido é capaz de adsorver uma certa quantidade de gás. Esta quantidade depende da temperatura e da pressão existentes no substrato adsorvente e das características específicas da superfície. Os adsorventes mais notáveis são materiais altamente porosos, como o carvão e a sílica gel, que na forma de pós muito finos possuem áreas superficiais próximas de 1000m2/g. Assim, apenas 11 gramas destes materiais poderiam, hipoteticamente, cobrir a área de um campo de futebol de 120 metros de comprimento por 90 de largura. A relação entre a quantidade de gás adsorvido e a pressão do gás, numa dada temperatura, são conhecidas como isotermas de adsorção. Para a maioria dos casos, considera-se que a adsorção de um gás por um sólido é um processo exotérmico . Gás adsorvido N2 T= 77 K A 77K e P = 1 atm equilíbrio entre N2 liquido e N2 gás A 77K a pressão de condensação de N2 é 1 atm Medidas de adsorção do gás para P < 1 atm Escala de Pressão P/Po : 0 - 1 [ ] CteTads PfV == )( CteTo ads P PfV = = Medida experimental P/Po Vads mL/g (SPT) Condensação Capilar Fenômeno de Histerese Curvas de Adsorção e de Dessorção • Material poroso • Poros cilíndricos • Raio r Sólido teórico Curvas de Dessorção A curva inferior mostra a quantidade de gás adsorvida com o aumento da pressão relativa, enquanto que o ramo superior representa a quantidade de gás dessorvida no processo inverso. O fenomeno da histerese pode ser observado quando o processo de evaporação é diferente do processo de condensação. A condensação se dá dentro dos poros, onde as forças de atração são maiores devido à proximidade entre as moléculas de gas. A evaporação, porém, é dificultada pelo formato do poro. Os diferentes caminhos caracterizam uma histerese entre os processos de adsorção e dessorção. A amplitude da histerese será mais pronunciado quanto maior for a dispersão de tamanhos de poro. A ausência de histerese não significa a ausência de porosidade, já que alguns formatos de poro podem levar a processos iguais de adsorção e dessorção Curvas de Dessorção Classificação dos Poros pelo tamanho do poro (IUPAC): Microporos 0 ~ 2 nm (0 ~ 20 Å) Mesoporos 2 ~ 50 nm (20 ~ 500 Å) Macroporos 50 ~ 7500 nm (0,05 µm ~ 7,5 µm ) Megaporos > 7500 nm ( > 7,5 µm ) Exemplos de Sílica Macroporosa • Isoterma tipo 2 • Formação de multicamadas • Condensação somente ocorre com P/Po próximas de 1 Isoterma de sílica macroporosa (D > 50 nm): Exemplo de Sílica Microporosa • Isoterma do tipo 1 • Enchimento gradual dos microporos com o adsorbato a baixa pressão relativa • Sem histerese Isoterma de sílica microporosa (D < 2 nm): Exemplo de Sílica Mesoporosa • Isoterma do tipo 4 • Multicamada de adsorbado • Acima de P/Po = 0,4 há aumento de gás adsorvido • Perfil horizontal da curva próxima a P/Po =1 ⇔poros cheios com adsorbato líquido. • Há histerese: o “loop” formado Isoterma de sílica mesoporosa (D 2~50 nm): • Tipo de material poroso? A Área Superficial Específica Com o objetivo de se obter informações sobre as características porosas, principalmente sobre a área de um sólido a partir da isoterma de adsorção, vários métodos foram desenvolvidos com base em modelos empíricos e teóricos. A primeira teoria que relaciona a quantidade de gás adsorvida com a pressão de equilíbrio do gás foi proposta por Langmuir em 1918. Essa teoria deveria ser aplicada principalmente a sistemas envolvendo adsorção química, já que se limita em considerar apenas a formação de uma monocamada do gás. A adsorção em monocamadas O fenômeno de adsorção é atribuído à colisão não-elástica entre as moléculas do gás e a superfície do sólido. Esse fato permite a formação da monocamada por um pequeno intervalo de tempo limitado pelo retorno do adsorvato à fase gasosa. Considerando que a adsorção é função apenas de forças que atuam a pequenas distâncias, a formação de camadas subseqüentes de gás é impedida pela primeira camada. Essa promove a colisão elástica de outras moléculas do gás, que retornam à fase gasosa. O modelo matemático considera que o número de moléculas que evaporam da superfície do sólido é igual ao numéro de moléculas que condensam sobre essa superfície A Equação de B.E.T Langmuir considerou também a possibilidade da formação de camadas múltiplas através do mecanismo de evaporação e condensação, porém a equação para a isoterma por ele derivada era muito complexa. Na década de 30, Brunauer, Emmett e Teller derivaram uma equação para a adsorção de gases em multicamadas na superfície de sólidos. A equação, denominada BET (letras iniciais dos nomes dos três autores), se baseia na hipótese de que as forças responsáveis pela condensação do gás são também responsáveis pela atração de várias moléculas para a formação de multicamadas. Brunauer, Emmett e Teller generalizaram a equação de Langmuir considerando que a velocidade de condensação das moléculas da fase gasosa sobre a primeira camada é igual à velocidade de evaporação da segunda camada e das camadas posteriores A equação de BET foi desenvolvida com o objetivo de relacionar valores obtidos a partir das isotermas de adsorção com a área específica de um sólido. Todo o tratamento matemático desenvolvido leva em consideração a formação de multicamadas, porém, observou-se que a equação não é valida em toda a faixa de valores de pressão. A relação linear só é obedecida, para a maioria dos sistemas adsorvente/adsorvato, na faixa de valores de pressão relativa entre 0,05 e 0,35. O valor máximo dessa faixa determina o ponto onde começa a formação de camadas múltiplas. • Seleção da faixa linear do método B.E.T Distribuição de tamanhos de poro A distribuição de tamanhos de poro é um parâmetro muito importante para o estudo da estrutura porosa, já que está intimamente relacionado à área total do sólido. Vários métodos foram desenvolvidos a fim de se determinar a distribuição de poros de acordo com seu tamanho. Dentre esses citam-se a microscopia eletrônica, a absorção de raios gama, entre outros. Os dois métodos mais usados, porém, são os que utilizam a adsorção física de gases, como já mostrado na determinação de área específica, e a intrusão de mercúrio. A distribuição de tamanhos ou de volumes de poro em função do diâmetro de poro pode ser calculada a partir da pressão relativa na qual os poros são preenchidos com um líquido proveniente da condensação de um gás. O processo inverso, ou seja, a evaporação do líquido contido no poro, também pode ser utilizado Sólidos mesoporosos dão origem a isotermas do tipo IV (Figura 4), onde a histerese está relacionada com diferenças entre os processos de adsorção e dessorção, como já dito anteriormente. Esse comportamento está associado ao fenômeno de condensação capilar, que justifica o aumento da adsorção em sólidos mesoporosos quando comparados a sólidos não- porosos O fenômeno de condensação capilar pode ser utilizado na determinação da distribuição do tamanho de poros na faixamesoporosa desde que alguma função matemática correlacione o tamanho de poro com a pressão de condensação. A relação mais utilizada para esse fim é a equação de Kelvin: ( )P/PLn V RT r 1 r 1 o M21 σ −= + Equação de Kelvin Curvatura do menisco = f (pressão relativa) ( )P/PLn V RT r 1 r 1 o M21 σ −= + r1 e r2 : raios do menisco σ : tensão superficial : volume molar do líquido T : temperatura absoluta MV r1 r2 Forma dos poros ( )P/PLn V RT r 1 r 1 o M21 σ −= + poros fendas r1 = largura da fenda r2 = ∞ r1 = r2 r1 r1 r2 r2 poros cilíndricos • Precauções e Observações Experimentais Referencias -Padrões utilizados para area supercial e volume de poros são “inadequados” por algumas razões: (reaçoes quimicas irreversiveis podem ocorrer na superficie especialmente causada pela umidade e oxigenio) (As particulas sofrem abrasão e fragmentação durante o uso e manuseio) (Segregação de partículas) (Não homegeinidade..) Teoricamente um padrao desse tipo deve ser manuseado com extrema precausão e prefenrecialmente utilizado uma única vez (e se possível calibrado por outra técnica) Gas: Pureza do gás é fundamental Porta amostras: Calibrados periodicamente, e preferencialmente utilizados para mesmos tipos de amostras Amostras: -Representativas -Não fragmentacao (segregação) agitação mecanica? Utilização de tecnicas reprodutivas de amostragem e homogeinização Procedimento de purga e temperatura: -Degradação da amostra -Sinterização ou alteração das prop. Texturais -etc • Precauções e Observações Experimentais Exemplo de Sílica Mesoporosa Exemplo de Sílica Mesoporosa Slide Number 1 Slide Number 2 Slide Number 3 Slide Number 4 Slide Number 5 Slide Number 6 Slide Number 7 Slide Number 8 Slide Number 9 Slide Number 10 Slide Number 11 Slide Number 12 Slide Number 13 Slide Number 14 Medida experimental Condensação Capilar Slide Number 17 Slide Number 18 Slide Number 19 Curvas de Dessorção Slide Number 21 Slide Number 22 Slide Number 23 Classificação dos Poros pelo tamanho do poro (IUPAC):� Exemplos de Sílica Macroporosa Exemplo de Sílica Microporosa Exemplo de Sílica Mesoporosa Slide Number 28 Slide Number 29 Slide Number 30 Slide Number 31 Slide Number 32 Slide Number 33 Slide Number 34 Equação de Kelvin Forma dos poros Slide Number 37 Slide Number 38 Slide Number 39 Slide Number 40