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Ar Condicionado e Refrigeração Prof. Rogério Soares UFRPE-UACSA Período Letivo - 2022.1 Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 1 / 165 Literatura: Acesso: https://integrada.minhabiblioteca.com.br Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 2 / 165 https://integrada.minhabiblioteca.com.br Sumário: 1 Termodinâmica aplicada à refrigeração Conceito de sistema e volume de controle Propriedades e estado termodinâmico Primeira Lei da Termodinâmica Segunda Lei da Termodinâmica Exergia (Disponibilidade) 2 Fluidos refrigerantes Características Classificação 3 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Motivação para o uso de sistemas de múltiplos estágios Remoção de gás de flash Intercooling em múltiplos estágios Resfriamento intermediário combinado Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 3 / 165 4 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios em cascata Motivação Combinação de fluidos refrigerantes Análise via CoolProp 5 Sistemas de Refrigeração por Absorção - SRA Características Definições 6 Psicrometria Definições Temperaura de saturação adiabática Carta Psicrométrica Problemas Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 4 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Termodinâmica aplicada à refrigeração Aula - 01 Tópicos: 1. Conceito de sistema e volume de controle 2. Propriedades e estado termodinâmico Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 5 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Conceito de sistema e volume de controle Conceito de sistema e volume de controle: Tudo externo ao sistema é considerado vizinhança do sistema O sistema e sua vizinhança são separados por uma fronteira. Figura 1: A fronteira (boundary) pode está em repouso ou em movimento. Delinear a fronteira torna-se imprescindível à correta análise do problema. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 6 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Conceito de sistema e volume de controle Tipos de Sistemas: Sistema Fechado: Uma porção definida e constante de matéria está sob análise. Figura 2: Gás representa o sistema. Massa não atravessa a fronteira (boundary), apenas energia.Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 7 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Conceito de sistema e volume de controle Sistema Isolado: Trata-se de um sistema fechado onde nenhum tipo de interação ocorre através da fronteira. Figura 3: Gás representa o sistema. Massa nem energia atravessam a fronteira (boundary). Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 8 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Conceito de sistema e volume de controle Sistema aberto: Região do espaço por onde há fluxo de massa/energia. Figura 4: Massa e energia atravessam a fronteira do volume de controle. O termo Volume de Controle representa uma definição mais precisa e será usada daqui em diante. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 9 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Conceito de sistema e volume de controle Analisando problemas: (a) (b) Figura 5: Volume de controle construído em torno da placa apenas. Nesta análise, tem-se um sistema aberto (volume de controle) com fluxo de calor por radiação, mais fluxo de massa e energia pela entrada 1 e saída 2 . Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 10 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Conceito de sistema e volume de controle Analisando problemas: (a) (b) Figura 6: O VC deve ser construído sobre aquilo que se deseja analisar. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 11 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Propriedades e estado termodinâmico Processo termodinâmico: Transformação que um sistema passa de um estado para outro. Figura 7: Uma massa de gás (sistema) sofre um processo termodinâmico. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 12 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Propriedades e estado termodinâmico Ciclo termodinâmico: Sequência de estados que um sistema passa até voltar ao inicial. Figura 8: Ciclo de refrigeração por compressão de vapor. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 13 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Propriedades e estado termodinâmico Regime permanente: Estado no qual um sistema se encontra onde suas propriedades não variam com o passar do tempo. dE dt ∣∣∣∣∣ V.C. = 0 (1) Regime transiente: Propriedades variam com o passar do tempo. dE dt ∣∣∣∣∣ V.C. ̸= 0 (2) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 14 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Propriedades e estado termodinâmico Substância pura: Aquela que possui composição química invariável independente da estado termodinâmico em que se encontra. Exemplo: O ar, apesar de ser uma mistura, para a grande maioria das aplicações, pode ser considerado uma substância pura. O mesmo não se pode dizer quando aplicado em processos que envolvem temperaturas muito baixas (< 100℃). Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 15 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Propriedades e estado termodinâmico Pressão manométrica (gauge-pressure): Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 16 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Propriedades e estado termodinâmico Escalas de temperatura: Escalas de temperatura Símbolo Fórmula de conversão Celcius (centígrados) ℃ Fahrenheit (English Unit) °F (℃ × 1.8) + 32 = °F . Rankine °R (°R − 491.67) (5/9) = −272.6℃ Kelvin K K = ℃ + 273.15. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 17 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Primeira Lei da Termodinâmica Primeira Lei da Termodinâmica: Balanço energético sobre um sistema:( Variação de energia ) = ( Troca líquida de calor ) − ( Troca líquida de trabalhosistema ) (3) que pode ser escrita como: ∆E = Q − W (4) A variação da energia do sistema leva em consideração: ( Variação de energia ) = Variação deenergia cinética ∆K + Variação deenergia potencial ∆P + Variação deenergia interna ∆U Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 18 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Primeira Lei da Termodinâmica Que pode ser escrita como: ∆Esist. = ∆K + ∆P + ∆U (5) Esta análise não se preocupa com o tempo que o sistema passou para sofrer um processo termodinâmico. Balanço de energia instantâneo sobre um sistema: A taxa de variação de energia do sistema = Taxa líquida de calor que cruza as fronteiras do sistema − Taxa líquida de trabalho que cruza as fronteiras do sistema (6) dE dt ∣∣∣∣∣ sist. = Q̇ − Ẇ (7) onde: dE dt ∣∣∣∣∣ sist. = dK dt + dP dt + dU dt (8) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 19 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Primeira Lei da Termodinâmica Taxa: Variação de energia: [J] Variação de tempo: [s] [W ], Watt Taxa líquida: Somatório das contribuição das transferências de energia que entram no sistema − Somatório das contribuição das transferências de energia que saem no sistema Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica ArCondicionado e Refrigeração: 2022.1 20 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Primeira Lei da Termodinâmica Primeira Lei da Termodinâmica Aplicada a Volumes de Controle: 1. Conservação da Massa •A aplicação do conceito de Sistema Fechado torna-se útil quando a massa contida no mesmo é fixa. •Em muitas situações, o conceito de Volume de Controle - VC se faz mais apropriado na análise termodinâmica. •Exemplos: Turbinas, compressores, bombas, trocadores de calor, etc. •Massa, calor e trabalho atravessam a superfície de um VC. •A massa e suas propriedades podem mudar com o tempo. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 21 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Primeira Lei da Termodinâmica Figura 9: Diagrama esquemático de um VC construído em torno de um trecho de uma central de potência a vapor. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 22 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Primeira Lei da Termodinâmica Balanço de massa: Taxa de variação de massa dentro do VC [ kg s ] = Fluxo demassa que entra no VC [kg s ] − Fluxo demassa que deixa o VC [kg s ] (9) dm dt ∣∣∣∣∣ V C = ∑ ṁent − ∑ ṁsai (10) O fluxo de massa líquido no VC pode se dá: dm dt ∣∣∣∣∣ V C = 0 (Regime permanente) > 0 (Acumulo de massa) < 0 (Perda de massa) (11) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 23 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Primeira Lei da Termodinâmica Trocadores de calor Figura 10: Alguns dispositivos podem ter mais de uma entrada e de uma saída. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 24 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Primeira Lei da Termodinâmica Exercício: A feedwater heater operating at steady state has two inlets and one exit. At inlet 1, water vapor enters at p1 = 7bar, T1 = 200℃ with a mass flow rate of 40kg/s. At inlet 2, liquid water at p2 = 7bar, T2 = 40℃ enters through an area As = 25cm2. Saturated liquid at 7 bar exits at 3 with a volumetric flow rate of 0.06m3/s. Determine: a) the mass flow rates at inlet 2 and at the exit, in kg/s, b) the velocity at inlet 2, in m/s. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 25 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Primeira Lei da Termodinâmica Equação de Energia para um volume de controle: Taxa de variação de ener- gia = Taxa líquida detransferência de calor − Taxa lí-quida de trabalho + Taxa líquida deenergia transfe- rida pelo fluido (12) dE dt ∣∣∣∣ V C =Q̇líq. − Ẇtotal+[∑ ṁent ( ue + V 2e 2 + gze ) − ∑ ṁsai ( us + V 2s 2 + gzs )] (13) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 26 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Primeira Lei da Termodinâmica Considerações sobre Trabalho na Superfície do VC: Ẇtotal = Trabalho associado à pressão do fluido devido ao fluxo de massa + Outras formas de trabalho: Trabalho de eixo, efeitos elé- tricos, etc. (14) •Sempre que o fluido atravessa a fronteira do VC, há trabalho de movimento de fronteira. •Massa de fluido que entra: vizinhança exerce trabalho sobre o VC. •Massa de fluido que sai: VC exerce trabalho sobre a vizinhança. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 27 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Primeira Lei da Termodinâmica Trabalho associado à pressão do fluido devido ao fluxo de massa: A entrada e saída de uma massa do fluido no VC decorre da ação de uma força sobre esta. F = pA (15) A taxa de transferência de energia, [Watt], por trabalho no VC fica: Ẇfluxo = p (A · Vi) (16) i: entrada → A e Vi têm sentidos opostos: W < 0. i: saída → A e Vi têm mesmo sentido: W > 0. A taxa líquida de trabalho: Ẇfluxo = (psAs) Vs − (peAe) Ve (17) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 28 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Primeira Lei da Termodinâmica Reescrevendo Eq.(17): Ẇfluxo = ṁs (psvs) − ṁe (peve) (18) Trabalho total líquido (< 0 saindo): Ẇtotal = Ẇfluxo + Ẇoutros (19) Usando Eq.(19) em Eq.(13), temos: dE dt ∣∣∣∣ V C =Q̇liq − [ Ẇfluxo + Ẇoutros ] + ∑ ṁe ( ue + V 2e 2 + gze ) − ∑ ṁs ( us + V 2s 2 + gzs ) (20) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 29 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Primeira Lei da Termodinâmica Entalpia: propriedade termodinâmica h = u + pv (21) Aplicando a definição de entalpia: dE dt ∣∣∣∣ V C =Q̇liq − Ẇoutros + ∑ ṁe [ he + V 2e 2 + gze ] − ∑ ṁs [ hs + V 2s 2 + gzs ] (22) No regime permanente: dE dt ∣∣∣∣∣ V C = 0 Processo adiabático: Q̇liq = 0 Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 30 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Primeira Lei da Termodinâmica Exercício: Steam enters a converging–diverging nozzle operating at steady state with p1 = 40bar, T1 = 400℃, and a velocity of 10m/s. The steam flows through the nozzle with negligible heat transfer and no significant change in potential energy. At the exit, p2 = 15bar, and the velocity is 665m/s. The mass flow rate is 2kg/s. Determine the exit area of the nozzle, in m2. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 31 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Primeira Lei da Termodinâmica Solução: Como já discutido anteriormente, o primeiro passo consiste em levantar hipóteses simplificadoras do problema. Hipóteses: 1 Regime permanente. 2 Não há transferência de calor através da superfície do VC. 3 Não há trabalho de eixo, cisalhamento, elétricos, magnéticos, etc. 4 Variação de energia potencia desprezível. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 32 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Primeira Lei da Termodinâmica Solução: Com estas hipóteses, justificamos os cortes: � � � �� =0(1) dE dt ∣∣∣∣∣ V C = �� �> =0(2) Q̇liq − �� �* =0(3) Ẇout + ṁe [ he + V 2e 2 + � ��* =0(4) gze ] − ṁs [ hs + V 2s 2 + � ��* =0(4) gzs ] Sobre a energia potencial: gṁ���� �:=0(ze − zi) , visto que ṁ = ṁe = ṁs. Temos, então: 0 = 0 − 0 + ṁe [ he + V 2e 2 ] − ṁs [ hs + V 2s 2 ] (23) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 33 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Primeira Lei da Termodinâmica Solução: he + V 2e 2 = hs + V 2s 2 (24) Na seção de saída, hs = he + V 2e 2 − V 2s 2 (25) Das tabelas de propriedades termodinâmicas do vapor, temos: hs = 2992.5kJ/kg e depois: v2 = v(p = 15bar, h = 2992.5kJ/kg) = 0.1627m3/kg Finalmente: A2 = ṁ ρV2 = 4.89 · 10−4m2 Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 34 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Primeira Lei da Termodinâmica 2. Steam at 160bar, 480℃, enters a turbine operating at steady state with a volumetric flow rate of 800m3/min. Eighteen percent of the entering mass flow exits at 5 bar, 240℃, with a velocity of 25m/s. The rest exits at another location with a pressure of 0.06bar, a quality of 94%, and a velocity of 400m/s. Determine the diameters of each exit duct, in m. 3. Air expands through a turbine from 10 bar, 900K to 1 bar, 500K. The inlet velocity is small compared to the exit velocity of 100 m/s. The turbine operates at steady state and develops a power output of 3200 kW. Heat transfer between the turbine and its surroundings and potential energy effects are negligible. Calculate the mass flow rate of air, in kg/s, and the exit area, in m2. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA )Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 35 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Segunda Lei da Termodinâmica Segunda Lei da Termodinâmica: A primeira lei da termodinâmica não permite uma análise completa de um sistema ignorando, por exemplo, a impossibilidade de um corpo “frio” ceder calor para outro “quente”. A segunda lei da termodinâmica surge para dizer se um processo pode ocorrer de forma espontânea ou não. Essa afirmação se faz por meio da definição de um novo conceito: a entropia. S2 − S1 = ∫ 2 1 ( δQ T ) rev. (26) Pode-se afirmar que: “A entropia total de um processo (sistema + vizinhança) é sempre maior ou igual a zero.” Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 36 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Segunda Lei da Termodinâmica Balanço de entropia para um sistema fechado: S2 − S1︸ ︷︷ ︸ variação de entropia = ∫ 2 1 δQ T︸ ︷︷ ︸ Transferência de entropia + Sg.︸︷︷︸ Geração de entropia (27) Perceba que em (27) falamos de transferência de entropia, ou seja, um conceito que, assim como a energia, pode ser transferido. Taxa: dS dt = ∑ j Q̇j Tj + Ṡg. (28) Balanço de entropia para um volume de controle: dSV C dt = ∑ j Q̇j Tj + ∑ e ṁese − ∑ s ṁsss + ṠV C (29) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 37 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Segunda Lei da Termodinâmica Problem: Components of a heat pump for supplying heated air to a dwelling are shown in the schematic below. At steady state, Refrigerant 22 enters the compressor at −5℃, 3.5bar and is compressed adiabatically to 75℃, 14 bar. From the compressor, the refrigerant passes through the condenser, where it condenses to liquid at 28℃, 14 bar. The refrigerant then expands through a throttling valve to 3.5 bar. The states of the refrigerant are shown on the accompanying T–s diagram. Return air from the dwelling enters the condenser at 20℃, 1 bar with a volumetric flow rate of 0.42m3/s and exits at 50℃ with a negligible change in pressure. Using the ideal gas model for the air and neglecting kinetic and potential energy effects: Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 38 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Segunda Lei da Termodinâmica (a) determine the rates of entropy production, in kW/K, for control volumes enclosing the condenser, compressor, and expansion valve, respectively. (b) Discuss the sources of irreversibility in the components considered in part (a). Lembrar que para um gás ideal: s2 − s1 = cp ln T2T1 + R ln v2 v1 Figura 11: Esquema do sistema de bomba de calor. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 39 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Exergia (Disponibilidade) Exergia (Disponibilidade): 1 Mais um conceito importante da termodinâmica. 2 Sempre haverá um potencial ou disponibilidade de se realizar trabalho quando dois sistemas em diferentes estados comunicam-se entre si. 3 Este trabalho, ou potencial, se extingue quando ocorre o equilíbrio entre estes sistemas. 4 Exergia é o máximo trabalho teórico (disponível) esperado até o equilíbrio. 5 Exergia não se conserva, pois é destruída pelas irreversibilidades. 6 Exergia se transfere. 7 Exergia é uma medida de afastamento do estado de um sistema e o estado do ambiente (referência). Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 40 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Exergia (Disponibilidade) Figura 12: O ponto de mínimo do gráfico significa o estado termodinâmico do ambiente de referência Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 41 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Exergia (Disponibilidade) Figura 13: O ponto de mínimo do gráfico significa o estado termodinâmico do ambiente de referência Partindo do fato que: ∆Ec = (Qc = 0) − Wc (30) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 42 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Exergia (Disponibilidade) Demonstra-se que: Wc = (E − U0) + p0 (V − V0) − T0 (S − S0) − T0Sger. (31) Como a exergia (E) trata do máximo trabalho teórico possível, temos: E = (E − U0) + p0 (V − V0) − T0 (S − S0) (32) A exergia pode também ser vista como a magnitude do mínimo trabalho teórico fornecido para levar um sistema do ponto morto para um dado estado. Variação de exergia: E2 − E1 = (E2 − E1) + p0 (V2 − V1) − T0 (S2 − S1) (33) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 43 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Exergia (Disponibilidade) Analisando sistemas reais, precisamos identificar quanto da exergia é perdida ou destruída. Partindo da primeira e segunda leis, para um sistema fechado: E2 − E1 = ∫ 2 1 δQ − W (Primeira Lei) (34) S2 − S1 = ∫ 2 1 ( δQ T ) b + Sger. (Segunda Lei) (35) Chega-se a: ∆E = ∫ 2 1 ( 1 − T0 Tb ) δQ︸ ︷︷ ︸ Transf. de exergia por transferência de calor − [W − p0 (V2 − V1)]︸ ︷︷ ︸ Transfer. de exergia por trabalho − T0Sger.︸ ︷︷ ︸ Destruição de exergia (36) b - boundary (fronteira) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 44 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Exergia (Disponibilidade) O lado esquerdo de (36) pode ser calculado através de (33). Calcularmos da destruição de exergia: Edes = T0Sger. (37) Problema: Exploring Exergy Change, Transfer, and Destruction Water initially a saturated liquid at 100℃ is contained in a piston–cylinder assembly. The water undergoes a process to the corresponding saturated vapor state, during which the piston moves freely in the cylinder. For each of the two processes described below, determine on a unit of mass basis the change in exergy, the exergy transfer accompanying work, the exergy transfer accompanying heat, and the exergy destruction, each in kJ/kg. Let T0 = 20℃, p0 = 1.014bar. (a) The change in state is brought about by heating the water as it undergoes an internally reversible process at constant temperature and pressure. (b) The change in state is brought about adiabatically by the stirring action of a paddle wheel. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 45 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Exergia (Disponibilidade) Balanço de Exergia - Volume de Controle: dE dt = ∑ j ( 1 − T0 Tj ) Qj − ( Ẇvc − p0 dVvc dt ) + ∑ i ṁiei − ∑ k ṁkek − Ėd (38) Exergia específica e: e = (h − h0) − T0 (s − s0) + V 2/2 + gz (39) Ėd - taxa de destruição de exergia Regime permanente: dE dt = 0 e dVvc dt = 0 (40) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 46 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Exergia (Disponibilidade) Problema: Exergy Destruction in a Throttling Valve Superheated water vapor enters a valve at 3.0 MPa, 320℃ and exits at a pressure of 0.5 MPa. The expansion is a throttling process. Determine the specific flow exergy at the inlet and exit and the exergy destruction per unit of mass flowing, each in kJ/kg. Let T0 = 25℃, p0 = 1atm. Figura 14: Válvula de estrangulamento. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 47 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Exergia (Disponibilidade) Problema: Exergy Destruction in a Heat Exchanger Compressed air enters a counterflow heat exchanger operating at steady state at 610 K, 10bar and exits at 860K, 9.7bar. Hot combustion gas enters as a separate stream at 1020K, 1.1bar and exits at 1bar. Each stream has a mass flow rate of 90 kg/s. Heat transfer between the outer surface of the heat exchanger and the surroundings can be ignored. Kinetic and potential energy effects arenegligible. Assuming the combustion gas stream has the properties of air, and using the ideal gas model for both streams, determine for the heat exchanger: (a) the exit temperature of the combustion gas, in K. (b) the net change in the flow exergy rate from inlet to exit of each stream, in MW. (c) the rate exergy is destroyed, in MW. Let T0=300K, p0=1 bar. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 48 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Exergia (Disponibilidade) Figura 15: Trocador de calor Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 49 / 165 Fluidos refrigerantes Fluidos refrigerantes Aula - 02 Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 50 / 165 Fluidos refrigerantes Fluidos refrigerantes: Fluido de trabalho da maioria dos sistemas de refrigeração, ar-condicionado e bombas de calor. Figura 16: Em geral, submetidos a um circuito fechado no qual o fluido passa por repetidas mudanças de fase líquido-vapor, vapor-líquido Diversos países impõem restrições de uso aos mais variados tipos existentes no mercado. Riscos ambientais e humanos. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 51 / 165 Fluidos refrigerantes Características Características: Requerimentos gerais de um fluido refrigerante 1 Não-corrosivo, não-tóxico, não-inflamável. 2 Compatibilidade com materiais de componentes e óleos lubrificantes. 3 Pressões de trabalho razoáveis (não muito alta ou nem abaixo da pressão atmosférica). 4 Baixo custo. 5 Fácil detecção de vazamento. 6 Não agrida o meio ambiente. Obs.: Nenhum fluido possui todas as características mencionadas. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 52 / 165 Fluidos refrigerantes Características Tabela 1: Relação custo por kg para alguns refrigerantes no mercado varejista atual Refrigerante Custo/kg R717 (Amônia) R$ 45,15 R290 R$ 90,30 R1270 R$ 90,30 R600A R$ 103,20 R134a R$ 137,60 R404a R$ 374,10 R507 R$ 374,10 R407C R$ 387,00 R410A R$ 387,00 R417A R$ 638,55 R1234yf R$ 767,55 Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 53 / 165 Fluidos refrigerantes Características Compressor hermético (a) (b) Figura 17: Refrigerante em contato com o motor exige propriedade dielétrica de alto valor. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 54 / 165 Fluidos refrigerantes Características Requerimentos termodinâmicos dos fluidos refrigerantes: 1 Temperatura crítica e ponto tríplo fora da faixa de trabalho. 2 Pressão de sucção acima da pressão atmosférica. 3 Pressão de descarga baixa: permite a construção de equipamentos mais leves. 4 Razão de pressão: a menor possível ⇒ alta eficiência volumétrica e baixo consumo de energia. 5 Alto calor latente de evaporação. 6 Baixa viscosidade: baixa perda de carga (queda de pressão). 7 Quimicamente estáveis. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 55 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Figura 18: Diagrama de fases para a água. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 56 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Classificação: Figura 19: Classificação de refrigerantes. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 57 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação 1. Compostos halogenados e saturados: Halogenados: formadores de sais (Fluor, Cloro, Bromo, Iodo, Astato) Saturados: Ligação covalente simples. Derivados dos alcanos: CnH2n+2 Designação: R XYZ X+1: número de átoms de carbono Y-1: número de átomos de hidrogênio Z: número de átomos de flúor Um balanço indica o número de átomos de cloro. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 58 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Ex: R22 ⇒ R022 X = 0 ⇒ No. Carbono = 0+1 = 1 átomo ⇒ derivado do metano Y = 2 ⇒ No. Hidrogênio = 2-1 = 1 átomo Z = 2 ⇒ No. Flúor = 2 Balanço = 4 – no. de (H+F) átomos = 4-(1+2) = 1 ⇒ No. of átomos de cloro = 1 Fórmula química do R22: CHClF2 (clorodifluormetano) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 59 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Ex: R12 ⇒ R012 X = 0 ⇒ No. Carbono = 0+1 = 1 átomo ⇒ derivado do metano Y = 1 ⇒ No. Hidrogênio = 1-1 = 0 átomo Z = 2 ⇒ No. Flúor = 2 Balanço = 4 – no. de (H+F) átomos = 4-(0+2) = 2 ⇒ No. of átomos de cloro = 2 Fórmula química do R12: CHCl2F2 (diclorodifluormetano) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 60 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Ex: R134a X = 1 ⇒ No. Carbono = 1+1 = 2 átomos ⇒ derivado do etano Y = 3 ⇒ No. Hidrogênio = 3-1 = 2 átomos Z = 4 ⇒ No. Flúor = 4 Balanço = 4 – no. de (H+F) átomos = 4-(2+4) = -2 ⇒ No. of átomos de cloro = 0 Fórmula química do R134a: C2H2F4 (Tetrafluoretano) A letra “a” indica um isômero, ou seja, uma molécula composta dos mesmos elementos químicos (R134) porém com arranjo molecular diferente. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 61 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação 2. Refrigerantes inorgânicos: Designados pelo número 700 seguido do peso molecular arredondado. 1 Amônia (NH3): PM=17 ⇒ R717 2 Dióxido de carbono (CO2): PM=44 ⇒ R744 3 Água (H2O): P=18 ⇒ R718 Amônia: •Não agride o meio ambiente •Altamente tóxico ao ser humano •Inflamável •Não regem bem a tubos de cobre ou ligas de cobre •Aço ou alumínio devem ser empregados. •Menos denso que o ar. Em um vazamento, o mesmo se dispersa para longe. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 62 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação 3. Misturas: 1 Misturas azeotrópicas: Designadas pela séria 500 1. Comportam-se como substâncias puras (pressão e temperatura constantes na mudança de fases). 2. A fase vapor possui a mesma proporção de constituintes da fase líquida. 3. De difícil separação. a. R 500: Mistura de R 12 (73.8%) e R 152a (26.2%) b. R 502: Mistura de R 22 (48.8%) e R 115 (51.2%) c. R 503: Mistura de R 23 (40.1%) e R 13 (59.9%) d. R 507A: Mistura de R 125 (50%) e R 143a (50%) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 63 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação 2 Misturas zeotrópicas (ou não-azeotrópicas): Designadas pela séria 400 a. Se comportam como uma mistura binária. b. Quando há a presença de duas fases (líquida-vapor), as concentrações de cada componente nestas fases diferem. Componentes podem ser separados facilmente. a. R404A : Mistura of R125 (44%), R 143a (52%) and R 134a (4%) b. R407A : Mistura of R32 (20%), R 125 (40%) and R 134a (40%) c. R407B 1 : Mistura of R32 (10%), R 125 (70%) and R 134a (20%) d. R410A : Mistura of R32 (50%) and R 125 (50%) 1Mistura que possuem os mesmo componentes puros mas composições diferentes são identificados por letras maiúsculas após o número. Ex.: R407A e R407B. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 64 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Figura 20: Diagrama de fases para uma mistura (NH3/H2O) não-azeotrópica a p=15bar. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 65 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Comparação qualitativa para um processo isotérmico envolvendo uma substância pura (ou uma mistura azeotrópica) e uma mistura não-azeotrópica. Figura 21: Mistura azeotrópica (esquerda) e zeotrópica (direita). Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.166 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Diagrama pressão entalpia: R134a (azeotrópica) Figura 22: Temperatura permanece constante durante a mudança de fase à pressão constante. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 67 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Diagrama pressão entalpia: R407C (não-azeotrópica) Figura 23: Temperatura glide acentuado: pressão e temperatura não são constantes. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 68 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Diagrama pressão entalpia: R410A (não-azeotrópica) Figura 24: Temperatura glide muito pequeno 1℃ Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 69 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Hidrocarbonetos: Características: 1 Baixo GWP 2 ODP nulo 3 Alta eficiência energética 4 Altamente inflamáveis Tabela 2: Alguns tipos de refrigerantes Refrigerante Referência Propano (C3H8) R290 n-butano (C4H10) R600 iso-butano (C4H10) R600a Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 70 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Classificação de segurança: Tabela 3: Classificação ASHRAE 2 por grupo de segurança. INFLAMÁVEL TÓXICO Alta A3 B3 Leve A2 B2 Muito Leve A2L B2L Não A1 B1 Baixa Alto Refrigerantes do ponto de vista de segurança. Grupo A1: os mais seguros. Grupo B3: os mais perigosos. 2American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 71 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Exemplos de refrigerantes baseados na tabela (3). A1: R11, R12, R13, R22, R134a, R744 A2: R142b, R152a A3: R170 (etano), R290 (propano) B1: R123, R764 (dióxido de enxofre) B2: R40 (cloro metano), B3: ??? Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 72 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Potencial de Aquecimento Global - GWP Potencial de Redução da Camada de Ozônio - ODP R134a : GWP = 1300 ⇒ 1kg de R134a equivale a 1300kg de CO2 Tabela 4: Impacto ambiental de alguns refrigerantes Refrigerante ODP (R11 = 1.0) GWP (CO2 = 1.0) R22 HCFC 0.05 1700 R134a HFC 0 1300 R404a HFC 0 3750 R407c HFC 0 1610 R411b HCFC 0.045 1602 R717 ammonia 0 0 R290 propane 0 3 R600a isobutane 0 3 Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 73 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Figura 25: Série de hidrocarbonetos halogenados derivados do metanos e etano. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 74 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação (a) (b) Figura 26: a) Gases de efeito estufa refletem ou absorvem parte da radiação infravermelha emitida pela Terra. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 75 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Figura 27: Curvas de pressões de saturação para diversos refrigerantes. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 76 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Interação com óleo lubrificante O óleo de lubrificação do compressor entra em contato com o refrigerante. A seleção do óleo mais adequado deve ser cuidadosamente considerada. As funções do óleo em um compressor: lubrificação das partes móveis e resfriamento. Tipos básicos: 1. Óleos minerais (OM): 1 Mais barato 2 Originados de petróleos crus 3 Qualidades dependem da proveniência e da viscosidade do petróleo cru. 4 Refino por solvente 5 Não é possível retirar todas as impurezas do óleo 6 Quantidade de enxofre presente pode, a médio e longo prazo, trazer prejuízos ao compressor: ataque ácido. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 77 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação 2. Óleo sintéticos: Método de obtenção: sínteses químicas (hidrocraqueamento severo dentre outros) 1 Alquilbenzenos (AB) 2 PAG: glicóis polialcalinos 3 POE: ésteres poliólicos Vantagens: Maior intervalo de troca Menor formação de borra Maior resistência ao envelhecimento (oxidação) Maior estabilidade em altas temperaturas Maior rendimento para motores de alta performance Mais caros, porém apresentam uma boa relação custo/benefício. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 78 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Figura 28: Lubrificante de éster poliol sintético (POE) ISO 32 formulado para fornecer desempenho em compressores de refrigeração alternativos e scroll, sistemas herméticos ou semi-herméticos. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 79 / 165 Fluidos refrigerantes Classificação Figura 29: Relação refrigerante, os lubrificante compatíveis e os compressores. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 80 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Sistemas por Compressão a Vapor Múltiplos Estágios Aula - 03 Tópicos: 1. Motivação 2. Gás flash 3. Resfriamento intermediário (Intercooling) 4. Pressão intermediária. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 81 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Motivação para o uso de sistemas de múltiplos estágios Motivação para o uso de sistemas de múltiplos estágios Sistemas de refrigeração por compressão a vapor de um único estágio: a. Um lado de baixa pressão: evaporador b. Um lado de alta pressão: condensador. Adequado para diferenças de temperaturas pequenas. Para grandes diferenças de temperatura: a. Queda do desempenho do sistema b. Comprometimento (integridade física) de componentes c. Elevação de custos Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 82 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Motivação para o uso de sistemas de múltiplos estágios Situações em que surgem elevadas diferenças de temperatura i. Indústria de alimentos congelados: temperatura de evaporação −40℃. ii. Processos de secagem/aquecimento: altas temperaturas na condensação. Considere a seguinte situação: Para uma temperatura fixa de condensação, à medida que se reduz a temperatura no evaporador, aumentam-se: i. A entropia na expansão (perda de carga) ii. A entropia na região de vapor superaquecido (perda de carga) iii. A temperatura de descarga do compressor iv. O título na entrada do evaporador v. O volume específico na entrada do compressor Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 83 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Motivação para o uso de sistemas de múltiplos estágios Figura 30: Menor a temperatura, maior o volume específico do vapor saturado. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 84 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Motivação para o uso de sistemas de múltiplos estágios (a) (b) Figura 31: a) Queda na capacidade de refrigeração (aumento do título). b) Aumento de entropia na região de superaquecimento. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 85 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Motivação para o uso de sistemas de múltiplos estágios Desempenho de um sistema de refrigeração - COP COP = Q̇evap. Ẇcomp (41) Balanço de energia evaporador: Q̇evap. = ṁ (h1 − h4) [W ] (42) h1 =hv(Tevap.) h4 =hl + xhlv((Tevap.)) Como de 3 para 4 admitimos o processo como isentálpico (h=const), temos: h4 =h3 h3 =hl(Tcond) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) EngenhariaMecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 86 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Motivação para o uso de sistemas de múltiplos estágios Pelo diagrama da figura (31a), quanto menor a temperatura no evaporador, menor h1 Consequentemente, menor Q̇evap. e menor o COP. Comportamento inverso se obser no trabalho do compressor que passa a ser cada vez maior. Ẇcomp = ṁ (h2 − h1) (43) Resumindo: O COP do sistema de um único estágio diminui não apenas pela redução de Q̇evap. como também pelo aumento de Ẇcomp. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 87 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Motivação para o uso de sistemas de múltiplos estágios Como calcular h2: Outra hipótese adotada é a de que o compressor é reversível e adiabático, ou seja, s1 = s2. h2 = h (pcond, s2) (44) Onde: pcond = psat (Tcond. = T3) (45) Note que: Tcond. = T3 ̸= T2 (46) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 88 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Motivação para o uso de sistemas de múltiplos estágios Em geral, para sistemas de refrigeração baseado em HFC e amônia, podemos ter: 1. Sistema de único estágio: Tevap ≥ −30℃ 2. Sistema de dois estágios: Tevap ≥ −60℃ 3. Sistema de três estágios: Tevap ≤ −60℃ Sistema de múltiplos estágios: dois ou mais lados de baixa pressão. Classificação: a) Multi-compression systems b) Multi-evaporator systems c) Cascade systems, etc. Processos geralmente adotados em instalações de duplo estágio de compressão: i) Remoção do gás de flash ii) intercooling. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 89 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Remoção de gás de flash 1. Remoção de gás de flash: Gás de flash: presença de vapor saturado na entrada do evaporador resultante do processo de expansão. Este gás: 1. Não contribui com o efeito de refrigeração (mudança líquido para vapor) 2. Aumenta a perda de carga no evaporador. O que fazer com o gás de flash? Removê-lo através de um tanque de flash em um ponto de pressão intermediária. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 90 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Remoção de gás de flash (a) (b) Figura 32: a) Tanque separador de gás flash, b) Ponto 6: saída do condensador. Ponto 7: Ponto de separação (pressão intermediária) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 91 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Remoção de gás de flash Balanço de massa e de energia para o tanque de gás de flash Para um volume de controle em torno do tanque e admitindo o processo em regime permanente. ṁ6︸︷︷︸ Fluxo de massa entra = ṁ3 + ṁ8︸ ︷︷ ︸ Fluxo de massa sai (47) ṁ6h6︸ ︷︷ ︸ Potência entra = ṁ3h3 + ṁ8h8︸ ︷︷ ︸ Potência sai (48) Saber identificar corretamente cada ponto do sistema (estado termodinâmico) é imprescindível à correta análise do problema. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 92 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Intercooling em múltiplos estágios 2. Intercooling em múltiplos estágios: Vimos que o gás de flash reduz o COP do sistrema. Veremos agora, como reduzir o trabalho de compressão. Trabalho específico de compressão de vapor de refrigerante (reversível e politrópico) w = − ∫ 2 1 v.dP = ( n n − 1 ) p1v1 1 − (p2 p1 )n−1 n (49) A Eq.(49) mostra que: 1. Trabalho do compressor depende de v1. 2. Quanto menor a temperatura, menor o volume específico. 3. Menor v1, mais se reduz w. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 93 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Intercooling em múltiplos estágios Figura 33: Redução de potência de compressão para um sistema um múltiplo estágios comparado com simples estágio. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 94 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Intercooling em múltiplos estágios Dois compressores em sistemas de múltiplos estágios consomem menos potência juntos comparado a um único compressor para sistemas de único estágio. (h4 − h3) <(h2′ − h2) (h4 − h3) + (h1 − h1) <(h2′ − h2) (h4 − h3)︸ ︷︷ ︸ * + (h2 − h1)︸ ︷︷ ︸ ** <(h2′ − h1)︸ ︷︷ ︸ *** trabalho específico compressor: * - alta pressão ** - baixa pressão *** - único estágio Resfriamento intermediário: 1. Tanque de flash 2. Resfriamento intermediário (Intercooling). Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 95 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Intercooling em múltiplos estágios 3. Resfriamento intermediário através de tanque de flash Figura 34: Refrigerante vindo do compressor de baixa pressão sofre resfriamento passando por tanque separador de gás de flash antes de partir para o segundo estágio de compressão. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 96 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Intercooling em múltiplos estágios 4. Resfriamento intermediário por trocador de calor - Intercooler Figura 35: Refrigerante vindo do compressor de baixa pressão sofre resfriamento passando por trocador de calor antes de partir para o segundo estágio de compressão. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 97 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Intercooling em múltiplos estágios Alguns observações: 1. Resfriamento intermediário por água depende da disponibilidade da mesma. 2. Água geralmente é empregada em compressores de ar. 3. Reduz o trabalho de compressão. 4. Reduz temperatura na descarga do compressor favorecendo a sua lubrificação. Pressão intermediária ótima: Mínimo consumo de compressão Ar (gás perfeito) pi,oti = √ pspd (50) Refrigerantes pi,oti = √ pepc Tc Te (51) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 98 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Resfriamento intermediário combinado 5. Resfriamento intermediário combinado (a) (b) Figura 36: a) Resfriamento intermediário pelo uso de tanque de flash e trocador de calor a água. b) Ponto 3: vapor superaquecido (resfriado a água) enviado para tanque de flash. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 99 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Resfriamento intermediário combinado Balanço de massa e de energia para todos os componentes do sistema da figura (36a) Tanque flash: ṁ6 + ṁ3 = ṁ8 + ṁ4 (52) ṁ6h6 + ṁ3h3 = ṁ8h8 + ṁ4h4 (53) Evaporador: ṁ9 = ṁ1 (54) ṁ9h9 + Q̇evap = ṁ1h1 (55) Condensador: ṁ6 = ṁ5 (56) ṁ6h6 + Q̇cond = ṁ5h5 (57) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 100 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Resfriamento intermediário combinado Balanço de massa e de energia para todos os componentes do sistema da figura (36a) Compressor 1 (baixa pressão): ṁ1 = ṁ2 (58) ṁ1h1 + ẆI = ṁ2h2 (59) Compressor 2 (alta pressão): ṁ4 = ṁ5 (60) ṁ4h4 + ẆII = ṁ5h5 (61) Intercooler: ṁ2 = ṁ3 (62) ṁ2h2 = Q̇resf. + ṁ3h3 (63) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 101 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Resfriamento intermediário combinado CoolProp: Figura 37: Uma ferramenta computacional para cálculo de propriedades termodinâmicas. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionadoe Refrigeração: 2022.1 102 / 165 http://coolprop.sourceforge.net/ Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Resfriamento intermediário combinado Instalação: 1. Instalar Spyder (IDE Python) 2. Atualizar pip: executar WinPython Command Prompt Figura 38: Execução por linha de comando. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 103 / 165 https://sourceforge.net/projects/winpython/files/latest/download Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Resfriamento intermediário combinado 2. Atualizar pip: executar WinPython Command Prompt 3. Instalar CoolProp: Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 104 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Resfriamento intermediário combinado Simples exemplo: 1 # Import the t h i n g s you need 2 from CoolProp . CoolProp impor t PropsS I 3 4 # Dens i t y o f carbon d i o x i d e at 100 bar (10MPa) and 25C(298 .15K) 5 rho = PropsS I ( ’D ’ , ’T ’ , 298 .15 , ’P ’ , 10e6 , ’CO2 ’ ) 6 p r i n t ( " rho = { : . 2 e } [ kg/m^3] " . fo rmat ( rho ) ) ; 7 8 # Satu ra t ed vapor en t ha l p y [ J/kg ] o f R134a at 25C(298 .15K) 9 h = PropsS I ( ’H ’ , ’T ’ , 298 .15 , ’Q ’ , 1 , ’ R134a ’ ) 10 p r i n t ( "h = { : . 2 e } [ J/kg ] " . fo rmat ( h ) ) ; 11 Após executa o código acima: rho = 8.18e+02[kg/m^3]\\ h = 4.12e+05[J/kg] Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 105 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Resfriamento intermediário combinado Problema: The required refrigeration capacity of a vapour compression refrigeration system (with R-22 as refrigerant) is 100kW at −30℃ evaporator temperature. Initially the system was single-stage with a single compressor compressing the refrigerant vapour from evaporator to a condenser operating at 1500kPa pressure. Later the system was modified to a two- stage system operating on the cycle shown below. At the intermediate pressure of 600kPa there is intercooling but no removal of flash gas. Find: a) Power requirement of the original single-stage system; b) Total power requirement of the two compressors in the revised two-stage system. Assume that the state of refrigerant at the exit of evaporator, condenser and intercooler is saturated, and the compression processes are isentropic. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 106 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Resfriamento intermediário combinado Figura 39: Ciclo para problema do slide anterior. Considere −30℃ e não −18℃. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 107 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios em cascata Sistemas por Compressão a Vapor Múltiplos Estágios - Sistemas em cascata Aula - 04 Tópicos: 1. Motivação 2. Combinação de fluidos refrigerantes Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 108 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios em cascata Motivação Motivação: Sistemas de múltiplos estágios possuem algumas vantagens em relação àqueles de um único estágio. Entretanto, podem apresentar inconvenientes quando se deseja atingir temperaturas muito baixas. Eis alguns problemas enfrentados: 1 Volume específico elevado na estrada do compressor exige equipamento de maior capacidade volumétrica (mais trabalho). 2 Pressão de evaporação abaixo da atmosférica (risco de contaminação do sistema por ar e umidade). Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 109 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios em cascata Motivação Ainda podemos citar: 1 Refrigerantes que possuem pressão no evaporador acima da atmosférica a baixas temperaturas, em geral, possuem temperatura crítica abaixo da do ambiente e pressões críticas elevadas. 2 Resumindo: um único refrigerante não consegue dar conta de todas as exigências requeridas para um sistema que trabalha a baixas temperaturas Solução: Sistemas de refrigeração que trabalham com dois ou mais ciclos em cascata. Cada ciclo opera com um fluido refrigerante próprio que melhor se adéqua as faixas de pressão/temperatura. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 110 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios em cascata Motivação Sistema de refrigeração em cascata: Figura 40: A comunicação se dá por meio de um trocador de calor que serve de evaporador e condensador para o ciclo de baixa e alta temperatura, respectivamente. Eficiência: COP = Q̇L Ẇtotal = Q̇evap. Ẇbp + Ẇap (64) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 111 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios em cascata Combinação de fluidos refrigerantes Combinação de fluidos refrigerantes: Combinação de diferentes fluidos refrigerantes devem priorizar: 1 Compatibilidade dos materiais utilizados nos equipamentos. 2 Desempenho térmico favorável em termos de troca de calor e perda de carga 3 Ambientalmente amigáveis: baixo ou nulo ODP e GWP. As combinações desses fluidos são diversas e dependem da aplicação de cada sistema. Exemplos de combinação de fluidos em ciclos em cascata: 1 Amônia e CO2 (R717/R744) 2 Amônia e propano (R717/R209) 3 Propano e CO2 (R209/R744) 4 HFO (Hidrofluorolefinas) e CO2 (Ex.: R1234yf3/R744) 3Tetrafluorpropano Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 112 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios em cascata Combinação de fluidos refrigerantes Fluidos escolhidos tipicamente para o circuito de alta temperatura: R717, R507, R404A, R134a, HCs, misturas HFC/HFOs. Algumas combinações aplicadas atualmente no mercado: 1 R404A/Propileno Glicol (estágio de alta pressão/estágio de baixa pressão) 2 R134a/Propileno Glicol (estágio de alta pressão/estágio de baixa pressão) 3 R134a/Propileno Glicol/R744 (CO2) (estágio de alta pressão/estágio intermediário/estágio de baixa pressão) 4 R717/R744 (CO2) (estágio de alta pressão/estágio de baixa pressão). Geralmente em sistemas de médio e grande porte como supermercados, centros de distribuição e frigoríficos. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 113 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios em cascata Análise via CoolProp Análise via CoolProp: Considere um sistema que utiliza R134a e que se deseja uma temperatura de evaporação de −30℃. Temos: 1 from CoolProp . CoolProp impor t PropsS I 2 3 p_evap = PropsS I ( ’P ’ , ’T ’ , −30 + 273 .15 , ’Q ’ , 1 , ’ R134a ’ ) 4 rho = PropsS I ( ’D ’ , ’T ’ , −30 + 273 .15 , ’Q ’ , 1 , r e f r i g e r a n t ) 5 6 p r i n t ( " p_sat = { : . 2 f } [ kPa ] " . fo rmat ( p_evap /1000) ) ; 7 p r i n t ( " v_vap = { : . 4 f } [m3/kg ] " . fo rmat (1/ rho ) ) ; 8 Resp.: psat = 84.38[kPa], vvap = 0.2259[m3/kg], pc = 4, 059MPa, Tc = 122℃. Perceba que a pressão de saturação fica abaixo da atmosférica! Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 114 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios em cascata Análise via CoolProp Agora, admita um sistema com R744 (gás carbônico) e que se deseja mesma temperatura. Temos: 1 p_evap = PropsS I ( ’P ’ , ’T ’ , −30 + 273 .15 , ’Q ’ , 1 , ’ R744 ’ ) 2 rho = PropsS I ( ’D ’ , ’T ’ , −30 + 273 .15 , ’Q ’ , 1 , r e f r i g e r a n t ) 3 4 p r i n t ( " p_sat = { : . 2 f } [ kPa ] " . fo rmat ( p_evap /1000) ) ; 5 p r i n t ( "v_{vap} = { : . 4 f } [m3/kg ] " . fo rmat (1/ rho ) ) ; 6 Resp.: psat = 1427.76[kPa], vvap = 0.0270[m3/kg], pc = 7, 38MPa, Tc = 30, 98℃. Temos agora: 1 Pressão na evaporação é muito maior quea atmosférica. 2 vvap do R744 é 8,38 vezes menor comparado ao do R134a. 3 Temperatura crítica Tc = 30, 98℃ muito próxima da de condensação de muitos sistemas. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 115 / 165 Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios em cascata Análise via CoolProp Admita: R134a - Tlow = 0℃,Thigh = 34℃, R744 - Tlow = −30℃,Thigh = 5℃. (a) (b) Figura 41: R134a e R744 representam a) ciclo de alta temperatura e b) alta pressão, respectivamente. Código para produção dos gráficos acima: Aqui Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 116 / 165 https://1drv.ms/u/s!AhcIHB0UaWloiNI0zHd4gtQnbVg1rQ?e=TRUKQH Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios em cascata Análise via CoolProp Combinando etapas como tanque de flash em sistemas em cascata Figura 42: Sistema de refrigeração de duplo estágio em cascata (CO2/NH3). Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 117 / 165 Sistemas de Refrigeração por Absorção - SRA Sistemas de Refrigeração por Absorção - SRA Aula - 05 Tópicos: Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 118 / 165 Sistemas de Refrigeração por Absorção - SRA Características Princípio de funcionamento: 1 Fonte de calor serve como “força” motriz ao processo de refrigeração. 2 Não há compressão de vapor. 3 Circulação do fluido refrigerante se dá por uma bomba hidráulica. 4 Envolve uma reação exotérmica entre duas substâncias. 5 Substâncias de fácil separação por resfriamento. Solução aquosa: 1 NH3 (Refrigerante) + H2O (Absorvente) ou 2 H2O (Refrigerante) + LiBr (Absorvente) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 119 / 165 Sistemas de Refrigeração por Absorção - SRA Características Sistema de refrigeração por absorção de amônia: Figura 43: Diferença de SRA para um SCV: bomba hidráulica, absorvedor e gerador. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 120 / 165 Sistemas de Refrigeração por Absorção - SRA Características Etapas: 1 Evaporador: NH3 puro líquido->vapor 2 Absorvedor: Ocorre a mistura água-amônia (reação exotérmica) 3 Mistura rica em NH3 bombeada para o gerador. 4 Gerador: fonte de calor (gases de exaustão de turbinas, vapor d’água ou água quente) externa separa componentes água (líquida) e amônia (vapor) 5 Condensador: vapor de amônia condensada. 6 Expansão: reduz temperatura da amônia. 7 Solution HX: 1 Solução pobre resfriada e retorna ao absorvedor. 2 Solução rica aquecida vai para o gerador. 8 Resfriamento no absorvedor: reduz volume específico da mistura (menos trabalho para a bomba). Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 121 / 165 Sistemas de Refrigeração por Absorção - SRA Características Comparativo entre um sistema por compressão de vapor e um por absorção. Figura 44: No sistema por absorção, absorvedor, bomba, trocador de calor, válvula e gerador são responsáveis por levar o fluido refrigerante da região de baixa para a de alta pressão. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 122 / 165 Sistemas de Refrigeração por Absorção - SRA Características Tal sistema se baseia no fato de que os vapores de alguns fluidos são absorvidos a frio (Ex.: amônia) por certos líquidos (Ex.: água). Se esta solução binária concentrada for aquecida, verifica-se uma destilação fracionada na qual o vapor formado será rico no fluido mais volátil (amônia, no caso). Este vapor pode ser separado, retificado, condensado e aproveitado para a produção de frio, como nas máquinas de compressão mecânica. Figura 45: Custo de operação do ciclo de absorção é mais alto, o que leva a um menor COP. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 123 / 165 Sistemas de Refrigeração por Absorção - SRA Características Coeficiente de Performance para um ciclo ideal: COP = Ql Q̇abs. (65) Figura 46: Ciclo de refrigeração operado por uma fonte de calor como uma combinação de um ciclo de potência e um de refrigeração. Temperaturas: Ts da fonte (source), Tr: de refrigeração, Ta: ambiente, Tc: rejeitado. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 124 / 165 Sistemas de Refrigeração por Absorção - SRA Características Carnot: ciclo ideal operando entre duas temperaturas. Podemos extrair as duas próximas equações. qg W = Ts Ts − Ta (66) qe W = Tr Ta − Tr (67) Consequentemente: COP = qe qg = WTt Ta − Tr Ts − Ta WTs = Tr (Ts − Ta) Ts (Ta − Tr) (68) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 125 / 165 Sistemas de Refrigeração por Absorção - SRA Características Problema: What is the COP of an ideal heat-operated refrigeration system that has a source tempe- rature of heat of 100℃, a refrigerating temperature of 5℃, and an ambient temperature of 30℃? Solução: COP = (5 + 273.15) (100 − 30)(100 + 273.15) (30 − 5) (69) 1. Quando Ts aumenta, COP aumenta. 2. Quando Tr aumenta, COP aumenta. 3. Quando Ta aumenta, COP diminui. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 126 / 165 Sistemas de Refrigeração por Absorção - SRA Definições Definições: Mistura não-azeotrópica: não se comporta como uma substância pura. Fração mássica: mi = ρi ρ (70) Densidade total: ρ = ∑ ρi (71) Fração molar: χi = Mini (72) Massa molar da amônia e da água: MNH3 = 17, 031g/mol, MH2O = 18, 015g/mol. ni: número de mols do componente i. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 127 / 165 Sistemas de Refrigeração por Absorção - SRA Definições Diagrama de fases T − m NH3 para uma solução NH3 + H2O: Figura 47: Linhas de líquido (tracejadas) e vapor (cheias) saturado da mistura em função da concentração de amônia Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 128 / 165 Sistemas de Refrigeração por Absorção - SRA Definições Diagrama de fases h − m NH3 para uma solução NH3 + H2O: Figura 48: Entalpia para líquido (abaixa) e vapor (acima) saturado.. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 129 / 165 Sistemas de Refrigeração por Absorção - SRA Definições Solução brometo de lítio: LiBr+Água Figura 49: A água é o fluido refrigerante. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 130 / 165 Sistemas de Refrigeração por Absorção - SRA Definições Ciclo brometo de lítio + água Figura 50: A água é o fluido refrigerante. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 131 / 165 Sistemas de Refrigeração por Absorção - SRA Definições Problema: The refrigeratin cycle from Fig.50 operates with a heat exchanger such that the tempera- ture at point 2 is 52℃. The mass rate of flow delivered by the solution pump is 0.6kg/s. What are the rates of energy transfer at each of the components and the COP abs of this cycle? Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 132 / 165 Psicrometria PSICROMETRIA Aula - 06 Tópicos: 1 Definições Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 133 / 165 Psicrometria Definições Motivação: Parte da termodinâmica que estuda as propriedades da mistura ar-vapor. Relaciona: temperatura, pressões parciais das fases e entalpia. Processos de evaporação e condensação da água surgem em diversas áreas. 1 Indústria de papel, alimentícia, farmacêutica, cosméticos. 2 Meteorologia (Ex.: chuva, nevoeiro) 3 Armazenamentode produtos agrícolas (grãos e laticínios) 4 Ar condicionado (Conforto térmico) 5 Refrigeração (Controle de umidade) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 134 / 165 Psicrometria Definições Indústria de papel: O papel é um material higroscópico: absorve a umidade do ar. Climatização correta impede que ele fique enrugado e pareça envelhecido. Evita a proliferação de microrganismos: afetam a linha de produção e danificam equipamentos. Figura 51: Desumidificador industrial Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 135 / 165 Psicrometria Definições Mistura vapor d’água + ar: 4 Figura 52: Ar atmosférico apresenta-se como uma mistura de fases: ar seco + vapor d’água. 4Literatura recomendada: Termodinâmica, Çengel. Capítulo 14 Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 136 / 165 Psicrometria Definições Considerações: 1 Grande maioria dos fenômenos psicrométricos de interesse para os engenheiros acontece com ar atmosférico. 2 As temperaturas usuais vão de poucos graus abaixo de 0℃ até 40℃ ou 50℃. 3 A pressão total é comumente de uma atmosfera padrão (p=101,3 KPa). 4 Tanto o ar como o vapor d’água comportam-se como gases perfeitos. 5 Calores específicos constantes. 6 Entalpias dependem unicamente da temperatura. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 137 / 165 Psicrometria Definições Pressão parcial: Para uma mistura gasosa com n componentes ocupando um volume V a uma temperatura T : pi = mi RT V , i : i-ésimo componente (73) Pressão total da mistura: p = n∑ i=1 pi (74) Para o ar atmosférico: Ar seco e vapor d’água p = pa + pv (75) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 138 / 165 Psicrometria Definições Umidade absoluta: ω = kg de vapor dáguakg de ar seco = mv ma (76) Usando a relação de gás perfeito: ω = 0, 62198 pv p − pv (77) Note que ω é uma função de p e T . Isto significa que ω assume um único valor para um estado termodinâmico. Grau de saturação: µ = ω(p, T ) ωsat(p, T ) (78) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 139 / 165 Psicrometria Definições Umidade Relativa: Razão entre a frações molares ϕ = xv xvs = pv(T ) psat(T ) (79) onde: x = n nmistura , n = m M , M : massa molecular [g/mol] (80) Umidade e relativa combinadas ϕ = ωp(0.622 + ω) psat (81) ω = 0.622 ϕ p/psat − ϕ (82) p: pressão atmosférica Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 140 / 165 Psicrometria Definições Propriedades do ar seco: gás perfeito Sabendo que: ma = paV RaT e Ra = R Ma (83) Chega-se ao volume específico: v = V m = 0, 287 T p − pv = 0, 287T p (1 + 1, 6078ω) [ m3 kg de ar seco ] Note que quanto maior ω maior v, ou seja, mais úmido o ar, mais leve. ρ = 1/v (84) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 141 / 165 Psicrometria Definições Ar atmosférico: Entalpia total: H = Ha + Hv = maha + mvhv (85) Entalpia específica: h = H ma = ha + ( mv ma ) hv = ha + ωhv [ kJ kg de ar seco ] hv: entalpia do vapor d’água calculado na pressão parcial de vapor pv. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 142 / 165 Psicrometria Definições Propriedades do ar atmosférico: Figura 53: Propriedades termodinâmicas do ar úmido (p0 = 101.325kPa padrão.) ha = entalpia específica do ar seco, kJ/kg de ar seco. hs = entalpia do ar úmido saturado, kJ/kg de ar seco. has = hs − ha. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 143 / 165 Psicrometria Definições Exemplo: Dados de entrada - T = 19℃, ϕ = 50%, p = 101, 35kPa 1 from CoolProp . HumidAirProp impor t HAPropsSI 2 from CoolProp . CoolProp impor t PropsS I 3 4 T = 19 5 p = 101325 6 ph i = 0 .5 7 8 p_sat = PropsS I ( ’P ’ , ’T ’ ,T+273.15 , ’Q ’ ,1 , ’ IF97 : : Water ’ ) 9 w = (0 .62198∗ p h i ) /( p/ p_sat − ph i ) 10 p_v = ph i ∗ p_sat 11 12 hv = PropsS I ( ’H ’ , ’T ’ ,T+273.15 , ’P ’ , p_v , ’ IF97 : : Water ’ ) 13 ha = HAPropsSI ( ’H ’ , ’T ’ ,T+273.15 , ’P ’ , p , ’R ’ , 0 ) 14 W = HAPropsSI ( ’W’ , ’T ’ ,T+273.15 , ’P ’ , p , ’R ’ , p h i ) 15 h1 = ha + w∗hv 16 h2 = HAPropsSI ( ’H ’ , ’T ’ ,T+273.15 , ’P ’ , p , ’W’ ,w) 17 psat(19℃) = 2, 198kPa, De (79), pv = ϕpsat = 1, 099kPa, hv = h(T, pv)água = 2536.26kJ/kg Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 144 / 165 Psicrometria Definições Temperatura de ponto de orvalho (dew-point): Torv (a) (b) Figura 54: a) orvalho após uma noite fria, b) temperatura do copo está abaixo de Torv. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 145 / 165 Psicrometria Definições Torv. (pv) = Tsat (pv) (86) Figura 55: Diagrama T-s para a água. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 146 / 165 Psicrometria Definições Problema: Considere o ar atmosférico sujeito a seguinte situação: ϕ = 75%, 20℃, p = 101, 3, kPa. Qual a temperatura de ponto de orvalho? Solução: pv = ϕpsat(20℃) ⇒ pv = 0, 75(2, 3392kPa) = 1, 754kPa Temos que: Torv.(pv = 1, 754kPa) = 15, 4℃ Ou seja, a medida que a temperatura da massa de ar cai, sua capacidade de reter água diminui e a umidade relativa aumenta. Quando T = 15, 4℃, temos ϕ = 100% e, então, ocorre a condensação do vapor dágua. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 147 / 165 Psicrometria Definições Temperatura de bulbo seco (TBS): Própria temperatura do ar ambiente. Temperatura de bulbo úmido (TBU): Tbu < Ta, ϕ < 100% Tbu = Ta, ϕ = 100% Figura 56: Menor temperatura que um corpo molhado irá possuir quando exposto a uma corrente de ar. Sensação térmica. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 148 / 165 Psicrometria Temperaura de saturação adiabática Temperaura de saturação adiabática: Modo de se obter ω e ϕ. Figura 57: Processo de saturação adiabática. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 149 / 165 Psicrometria Temperaura de saturação adiabática Balanço de massa: Ar seco ṁa1 = ṁa2 = ṁa (87) Ar úmido ṁw1 + ṁf = ṁw2 (88) Equação (88) também pode ser escrita como: ṁaω1 + ṁf = ṁaω1 (89) De (89), temos: ṁf = ṁa (ω1 − ω2) (90) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 150 / 165 Psicrometria Temperaura de saturação adiabática Balanço de energia: ṁaha1 + ṁv1hv1︸ ︷︷ ︸ H do ar úmido em 1 + ṁlhl︸ ︷︷ ︸ H da água de reposição = ṁa2ha2 + ṁv2hv2︸ ︷︷ ︸ H do ar úmido em 2 (91) ha1 + ω1hv1︸ ︷︷ ︸ h do ar úmido 1 + (ω1 − ω2) hl = ha2 + ω2hv2︸ ︷︷ ︸ h do ar úmido 2 (92) h1 + (ω1 − ω2) hl = h2 (93) Onde: ṁl = ṁv2 − ṁv1 = ṁa (ω2 − ω1) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 151 / 165 Psicrometria Temperaura de saturação adiabática Aproximando a entalpia do ar úmido por: h = cpT + ωhv (94) Temos: ω1 = cp (T2 − T1) + ω2hlv2 hv1 − hl (95) Temperatura de saturação adiabática: T2 hl = h(T2) hlv = hv2(T2) − hl(T2) Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 152 / 165 Psicrometria Temperaura de saturação adiabática Medidor de Temperatura de bulbo úmido: Figura 58: Psicrômetro giratório (Whirling Hygrometer). Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 153 / 165 Psicrometria Temperaura de saturação adiabática Problema:The Specific and Relative Humidity of Air The dry- and the wet-bulbtemperatures of atmospheric air at 1 atm (101.325 kPa) pressure are measured with a sling psychrometer and determined to be 25℃ and 15℃, respectively. Determine: (a) the specific humidity, (b) the relative humidity, (c) the enthalpy of the air, (d) the dew-point temperature, (e) volume Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 154 / 165 Psicrometria Carta Psicrométrica Carta psicrométrica: Figura 59: Esta carta foi construída para uma pressão atmosférica padrão: p0 = 101, 32kPa. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 155 / 165 Psicrometria Carta Psicrométrica Carta psicrométrica: descrição Figura 60: As linhas de TBU são ligeiramente inclinadas para a esquerda. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 156 / 165 Psicrometria Carta Psicrométrica Carta psicrométrica: zonas de conforto térmico Figura 61: Pode-se definir regiões de conforto térmico sobre a carta psicrométrica. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 157 / 165 Psicrometria Carta Psicrométrica Carta psicrométrica: descrição Figura 62: As linhas de TBU são ligeiramente inclinadas para a esquerda. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 158 / 165 Psicrometria Carta Psicrométrica Carta psicrométrica: entalpia Figura 63: Encontrando a entalpia específica do ar úmido por kg de ar seco. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 159 / 165 Psicrometria Carta Psicrométrica Carta psicrométrica: entalpia Figura 64: Encontrando a entalpia específica do ar úmido por kg de ar seco. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 160 / 165 Psicrometria Problemas Problema: Em um torre de resfriamento circula uma vazão volumétrica de 13m3/s de ar úmido a TBS = 35℃, TBU = 24℃ e p = 92, 6kPa, deixando o equipamento na condição de saturação a 30℃. A temperatura da água de reposição é de 25℃. Pede-se: a) O fluxo necessário de água de reposição para repor as perdas de evaporação. A potência do ventilador vale 3kW. b) A temperatura da água de saída da torre (retorno). Vazão mássica de 20kg/s respin- gada a 40℃. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 161 / 165 Psicrometria Problemas Problema: Heating Moist Air Moist air, saturated at 2℃, enters a heating coil at a rate of 10m3/s. Air leaves the coil at 40℃. Find the required rate of heat addition. Figura 65: Desenho esquemático de aquecimento de ar atmosférico. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 162 / 165 Psicrometria Problemas Problema: Cooling Moist Air Moist air at 30℃ dry-bulb temperature and ϕ = 50% enters a cooling coil at 5m3/s and is processed to a final saturation condition at 10℃. Find the kW of refrigeration required. Figura 66: Desenho esquemático de resfriamento de ar atmosférico. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 163 / 165 Psicrometria Problemas Problema: Adiabatic Mixing of Two Moist Airstreams A stream of 2m3/s of outdoor air at 4℃ dry-bulb temperature and 2℃ thermodynamic wet-bulb temperature is adiabatically mixed with 6.25m3/s of recirculated air at 25℃ dry-bulb temperature and ϕ = 50%. Find the dry-bulb temperature and thermodynamic wet-bulb temperature of the resulting mixture. Figura 67: Desenho esquemático de duto de ar com mistura. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 164 / 165 Psicrometria Problemas Problema: Adiabatic Mixing of Water Injected into Moist Air Moist air at 20℃ dry-bulb and 8℃ thermodynamic wet-bulb temperature is to be pro- cessed to a final dew-point temperature of 13℃ by adiabatic injection of saturated steam at 110℃. The rate of dry airflow is 2kg/s. Find the final dry-bulb temperature of the moist air and the rate of steam flow. Figura 68: Desenho esquemático de injeção de água em corrente de ar. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 165 / 165 Psicrometria Problemas Problema: Space Heat Absorption and Moist Air Moisture Gains Moist air is withdrawn from a room at 25℃ dry-bulb temperature and 19℃ thermodyna- mic wet-bulb temperature Fig. 67. The sensible rate of heat gain for the space is 9kW . A rate of moisture gain of 0.0015kg/s occurs from the space occupants. This moisture is assumed as saturated water vapor at 30°C. Moist air is introduced into the room at a dry-bulb temperature of 15°C. Find the required thermodynamic wet-bulb temperature and volume flow rate of the supply air. Prof. Rogério Soares ( UFRPE-UACSA ) Engenharia Mecânica Ar Condicionado e Refrigeração: 2022.1 166 / 165 Termodinâmica aplicada à refrigeração Conceito de sistema e volume de controle Propriedades e estado termodinâmico Primeira Lei da Termodinâmica Segunda Lei da Termodinâmica Exergia (Disponibilidade) Fluidos refrigerantes Características Classificação Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios Motivação para o uso de sistemas de múltiplos estágios Remoção de gás de flash Intercooling em múltiplos estágios Resfriamento intermediário combinado Sistemas por Compressão a Vapor de múltiplos estágios em cascata Motivação Combinação de fluidos refrigerantes Análise via CoolProp Sistemas de Refrigeração por Absorção - SRA Características Definições Psicrometria Definições Temperaura de saturação adiabática Carta Psicrométrica Problemas
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