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Um dia na vida de João - Gestão de Pessoas I

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Um dia na vida de João 
Um dia na vida de João...  
João, jovem especializado em manutenção de máquinas industriais, com um certo conhecimento prático e teórico, está conquistando seu primeiro emprego. Depois de ter sido selecionado por meio de uma empresa especializada, vivenciou seu ritual de acolhimento na nova empresa.
 Kurt Lewin (psicólogo alemão) apresentou o indivíduo como um elemento dentro de um campo de forças, com o qual interage, influenciando e sofrendo efeitos.
 O indivíduo afeta a Organização e recebe sua influência
 Natureza das interações, os objetivos do profissional e dos clientes internos e externos.
 O desempenho de papéis relaciona-se com a trajetória do indivíduo na Organização, com início no ritual de acolhimento, de grande importância, sob o ponto de vista psicológico.
Vídeo
O que você achou do relato de João sobre o comportamento da recepcionista na acolhida dele na empresa? Poderia ser diferente? Como?
Os comentários realizados entre os funcionários dentro de uma empresa significam o quê? Como você vê essa questão?
Frases pouco elogiosas nos banheiros de uma empresa podem significar o quê?
A respeito do processo de acolhimento no ambiente de trabalho dessa empresa, que impressões (mensagens) teriam ficado na mente de João? 
QUESTIONAMENTOS
Análise de Acolhimento – Enfoque Psicológico
A primeira impressão
Que tal olhar através dos olhos de João, logo quando ele chega à organização? Colegas apressados, fila no relógio de ponto.
As mensagens
João ouve mensagens das pessoas ao seu redor. Estas agregam informações para compor a imagem da organização.
O Departamento Pessoal
Como se espera que João receba, no futuro, mensagens de estímulo e de acolhimento por parte da Organização, eventualmente, na forma de simples comunicados em quadros de avisos? Elas não correm o risco de serem vistas com apatia, suspeita ou descrédito?
As orientações básicas
João compreende que o ritual de seu acolhimento na organização limita-se as precárias instruções recebidas no Departamento de Pessoal. Seu pensamento, porém, passa a receber interpretações, a partir das experiências e dados já registrados.
O estilo de manutenção
No curso técnico especializado, João aprendeu sobre economicidade da manutenção preventiva. Agora, compreenderá que ao aspecto econômico se junta o emocional. 
João descobre que os colegas esperam que ele desempenhe o papel de consertar e não de evitar a paralisação do equipamento, isso afetará a maneira de como colocar em prática seus conhecimentos.
Nessa organização jamais ocorreria a ideia de utilizar o período de manutenção preventiva para estudo e planejamento de melhorias contínuas.
A qualidade do trabalho
Ele já desenvolve percepção para entender que não encontrará tempo para estudar manuais. Para sua felicidade, a parte prática e a filosofia do ensino de aprendizagem do curso técnico, permitiram-lhe desenvolver independência e autoconfiança.
Ao abrir os manuais ele percebe que se aprende enquanto se trabalha.
Perspectiva de melhoria
No futuro pedido de demissão de Pedro, profissional com maior experiência e salário, sinalizará para João alguma mensagem sobre o que aguarda nessa Organização. Afetará suas expectativas futuras.
Banheiro
Portas de banheiros são porta-vozes das emoções de seus ocupantes, por mais exóticos que sejam os temas abordados. Nelas, ao lado de conteúdos psíquicos particulares, registram-se sinais do ambiente psicológico coletivo da Organização.
A integração com o grupo
Não houve qualquer espécie de apresentação formal para os colegas com os quais trabalhará diretamente nos próximos meses. Essa deficiência priva os profissionais de conhecer aspectos dos trabalhos dos colegas, impossibilitando melhor compreensão das consequências das ações de cada pessoa sobre as tarefas dos demais e os motivos de exigências que lhes são feitas.
Torna-se difícil encontrar espaço fértil para a frágil semente da cooperação, essencial no trabalho em equipe. Ao longo do tempo, outros fatores correção para alterar a Organização, uma vez estabelecida, ela afetara as percepções de João, favorecerá a atenção para determinados temas e contribuirá para que outros passem despercebidos. Tudo que se fizer para influenciar o comportamento de João terá por base esse alicerce, concretizado pelas emoções dos primeiros momentos.
Como deveria ser o acolhimento do João
“Reacolhendo João”
 A recepcionista deveria ter sido mais solícita com novo funcionário que havia chegado, e no Departamento Pessoal, João deveria ter sido exposto a explicações sobre o trabalho, funcionamento da organização e suas devidas funções.
 Seus primeiros meses de trabalho deveriam ser acompanhados por um profissional experiente na área.
 Como dizia o anúncio de emprego, João deveria ter percebido um bom ambiente de trabalho, e onde os funcionários são valorizados.
 João deveria passar por instruções antes de assumir qualquer função.
 João deveria ter encontrado um ambiente limpo, com mensagens de segurança espalhadas pela empresa para que todos sejam alertados; e não mensagens de insatisfação de funcionários.
Frederick Irving Herzberg 
"Teoria dos dois fatores" 
Fatores higiênicos
São fatores que referem-se às condições que rodeiam o funcionário enquanto trabalha, englobando as condições físicas e ambientais de trabalho, como:
 Salário e os benefícios
 Política da empresa
 Tipo de supervisão recebido
 Clima de relações entre a direção e os funcionários
 Regulamentos internos
 Oportunidades existentes
 Estabilidade no cargo e etc.
Quando esses fatores são ótimos, 
evitam a insatisfação.
E, quando são precários, 
provocam insatisfação.
Fatores motivacionais
São os fatores que se referem ao trabalhador e não à empresa.
São considerados fatores motivacionais para Herzberg às tarefas e aos deveres relacionados ao cargo em si, como: 
 Crescimento profissional 
 Desenvolvimento e aprimoramento de habilidades
 Responsabilidade do cargo ocupado
 Auto realização em cumprir as tarefas designadas
 Reconhecimento de seu trabalho.
São os fatores motivacionais 
que produzem algum efeito 
duradouro de satisfação e 
de aumento de produtividade
em níveis de excelência. 
Fonte: FIORELLI, José Osmir. Psicologia para administradores: integrando teoria e prática. 
São Paulo: Atlas, 2001
Pesquisa Adaptação: Professor Luis Eduardo C. de Mendonça
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO
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