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LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA PROFESSOR FLÁVIO 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINSTRAÇÃO, ATUÁRIAS E CONTABILIDADE CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS UNIDADE 4 – REMUNERAÇÃO 2 elementos; Classificação da remuneração; Abonos; Adicionais; Ajudas de custo; Comissões; Diárias; Gorjeta; Gratificação; 13º salário 4.1 REMUNERAÇÃO - origem 3 Vem de remuneratio, composta de re significa reciprocidade e muneror significa recompensa. Já salário vem de salarium, significa sal, forma de pagamento das legiões romanas como óleo, animais, alimentos,etc. (MARTINS, 2015, p. 247) 4.2 REMUNERAÇÃO 4 De acordo com o art. 457 da CLT: Remuneração = salário + gorjetas (conjunto) (diretamente) (de terceiros) A remuneração tanto é paga pelo empregador, que se constitui salário, como é feita por terceiro, cujo exemplo é a gorjeta, cobrada na nota de serviço ou concedida espontaneamente pelo cliente. (MARTINS, 2015, p. 248) 4.2 REMUNERAÇÃO - conceito 5 È o conjunto de prestações recebidas habitualmente pelo empregado pela prestação de serviços, seja em dinheiro ou em utilidades, provenientes do empregador ou de terceiros, mas decorrentes do contrato de trabalho, de modo a satisfazer suas necessidades básicas e de sua família. (MARTINS, 2015, p. 248) 4.3 salário 6 O salário corresponde ao valor econômico pago diretamente pelo empregador ao empregado em razão da prestação de serviços do último. O salário corresponde ao pagamento feito pelo empregador e não por terceiros, ao contrário da remuneração que engloba tanto o pagamento feito pelo empregador como o recebido de terceiros. (MARTINS, 2015, p. 248) 4.3 salário - conceito 7 È a prestação fornecida diretamente ao trabalhador pelo empregador em decorrência do contrato de trabalho, da disponibilidade do trabalhador, das interrupções contratuais ou demais hipóteses previstas em lei. (MARTINS, 2015, p. 249) 4.4 REMUNERAÇÃO x INDENIZAÇÃO 8 A remuneração não se confunde com a indenização, que, no Direito Civil, decorre da reparação de um dano, de um ato ilícito. A indenização visa recompor o patrimônio ou bem jurídico da pessoa, enquanto salário tem por objetivo o pagamento da prestação de serviços do empregado. (MARTINS, 2015, p. 250) 4.5 CARACTERÍSTICAS DA REMUNERAÇÃO 9 São características da remuneração: (MARTINS, 2015, p. 251) HABITUALIDADE QUANTIFICÁVEL PERIDIOCIDADE RECIPROCIDADE ALIMENTAR 4.5.1 HABITUALIDADE 10 È o elemento preponderante para se saber se o pagamento feito pode ou não ser considerado como salário ou remuneração. Em relação às horas extras, se forem habituais integram a indenização (24,TST). O art. 458 da CLT só considera salário in natura quando há habitualidade no fornecimento das utilidades. (MARTINS, 2015, p. 252) 4.5.2 QUANTIFICÁVEL 11 O empregado deve saber quanto ganha por mês. O salário-base não pode ser pago mediante condição. O risco do empreendimento deve ser do empregador. O operário não pode ficar na depedência de receber salários apenas se o empregador vender as mercadorias ou obter lucro. (MARTINS, 2015, p. 252) 4.5.3 PERIDIOCIDADE 12 O pagamento do salário deverá ser feito após a prestação de serviços. A periodicidade do pagamento irá depender de certos critérios objetivos previstos na lei. (MARTINS, 2015, p. 252) 4.5.4 RECIPROCIDADE 13 Caracteriza-se como o caráter sinalagmático da relação de emprego, dos deveres e obrigações a que o empregado e o empregador estão sujeitos. O empregador tem obrigação de dar, pagar salários em razão dos serviços. O empregado tem obrigação de fazer, de prestar serviços para receber o salário. (MARTINS, 2015, p. 252) 4.5.5 ALIMENTAR 14 O salário tem caráter alimentar, pois o trabalhador sobrevive com o respectivo valor (1º do art. 100 da CF). (MARTINS, 2015, p. 253) 4.6 CLASSIFICAÇÃO DO SALÁRIO 15 O salário pode ser classificado em: (MARTINS, 2015, p. 253) SALÁRIO POR UNIDADE DE TEMPO SALÁRIO POR UNIDADE DE OBRA SALÁRIO POR TAREFA SALÁRIO EM DINHEIRO SALÁRIO EM UTILIDADES SALÁRIO VARIÁVEL 4.6.1 SALÁRIO POR UNIDADE DE TEMPO 16 È o salário que independe do serviço ou da obra realizada, mas depende do tempo gasto para sua consecução. Ex: salário por hora, por semana, por quinzena ou mês. Não se confunde com os períodos de pagamento. O empregado horista pode ter como época de pagamento, o final do mês. (MARTINS, 2015, p. 253) 4.6.2 SALÁRIO POR UNIDADE DE OBRA 17 Não se leva em consideração o tempo gasto na consecução do serviço, mas sim o próprio serviço realizado, independentemente do tempo. O art. 483, alínea g, da CLT prevê o pagamento por peça. O empregador não poderá reduzir o trabalho do empregado, de forma a afetar sensivelmente a importância do salário. (MARTINS, 2015, p. 254) 4.6.3 SALÁRIO POR TAREFA 18 È um meio termo entre salário por unidade de tempo e por obra. Previsto no 2º do art. 142 da CLT, o empregado deve realizar durante a jornada de trabalho certo serviço. Terminado o serviço, mesmo antes do fim do expediente, pode o empregado se retirar da empresa, pois já cumpriu suas obrigações diárias. (MARTINS, 2015, p. 254) 4.6.4 SALÁRIO EM DINHEIRO 19 O salário deve ser pago em dinheiro (463, CLT). O objetivo é evitar o truck system que é pagamento em vales, cupons. Não pode haver pagamento em ouro ou moeda estrangeira. (MARTINS, 2015, p. 255) 4.6.5 SALÁRIO EM UTILIDADES – p1 20 O art. 458 da CLT permite o pagamento em utilidades, além do pagamento em dinheiro, o empregador poderá fornecer utilidades, como alimentação, habitação, vestuário. Para configuração da utilidade é necessário 2 critérios: habitualidade e gratuidade. Os vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados apenas no local de trabalho para a prestação de serviços não são salários (inciso I do 2º do art. 458, CLT). Se a utilidade for fornecida para a prestação de serviços, estará descaracterizada a natureza salarial. (MARTINS, 2015, p. 257) 4.6.5 SALÁRIO EM UTILIDADES – p2 21 È o caso da moradia fornecida ao zelador ou ao caseiro, servindo para o desempenho do serviço, possibilitando que fiquem à disposição do condomìnio ou do empregador quando for necessário. O vale transporte é considerado como salário utilidade (241, TST). Quando o transporte fornecido pelo empregador visa proporcionar um benefício ou economia ao empregado, será salário utilidade. A cesta básica também o é. (MARTINS, 2015, p. 258) 4.6.6 SALÁRIO VARIÁVEL 22 A lei 8.716 de 1993 dispõe sobre a garantia de salário mínimo para quem recebe remuneração variável. (MARTINS, 2015, p. 262) 4.7 TIPOS DE ADICIONAIS 23 Os tipos de adicionais são: ADICIONAL DE HORAS EXTRAS ADICIONAL NOTURNO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE ADICIONAL DE PERICULOSIDADE ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO ADICIONAL DE ACÚMULO DE FUNÇÃO 4.7.1 ADICIONAL DE HORAS EXTRAS 24 È devido pelo trabalho extraordinário à razão de pelo menos 50% sobre a hora normal (art 7º, XVI, da CF). Se as horas extras são pagas com habitualidade, integram o cálculo do 13º salário (45, TST), FGTS (63,TST), aviso prévio indenizado (5º do art.487,CLT), férias (5º do art.142,CLT) e descanso semanal remunerado (172,TST). Pode ser considerado habitual o que foi pago por mais de seis meses. As horasextras não sofrerão repercussão do adicional de insalubridade, pois o mesmo é calculado sobre o salário mínimo. (MARTINS, 2015, p. 273) 4.7.2 ADICIONAL NOTURNO 25 È devido ao empregado urbano que trabalhar no período entre 22 e 5 horas. O adicional será de 20% sobre a hora diurna para o empregado urbano (73, CLT). Se o adicional noturno for pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos (60,TST). O regime de revezamento não exclui o direito do empregado ao adicional (73,CLT). Tem repercussão sobre férias, 13º salário, aviso prévio e FGTS. (MARTINS, 2015, p. 274) 4.7.3 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – p1 26 Para caracterização da insalubridade é preciso: (a) exposição a agentes nocivos à saúde do trabalhador; (b) que essa exposição seja acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição, pois se a exposição estiver nos limites de tolerância, não há direito ao adicional. (MARTINS, 2015, p. 275) 4.7.3 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – p2 27 A avaliação é feita de forma: a. Qualitativa: ruído, pressões hiperbáricas, vibrações, poeiras; b. Quantitativa: frio, umidade,agentes biológicos. O adicional é devido ao empregado que presta serviços em atividades insalubres, calculado à razão de 10% (grau mínimo), 20% (grau médio) e 40% (grau máximo) sobre o salário mínimo (192,CLT). (MARTINS, 2015, p. 275) 4.7.3 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – p3 28 A norma coletiva pode fixar outro critério de base de cálculo do adicional de insalubridade, desde que seja mais favorável ao empregado. Não existe previsão legal que o adicional de insalubridade possa incidir sobre o piso salarial da categoria ou sobre o salário mínimo proporcional. A exceção diz respeito aos técnicos de radiologia, em que o art. 16 da Lei 7.304/85 estabelece que o adicional é de 40% sobre 2 (dois) salários mínimos profissionais. Pago em caráter habitual refletirá sobre as férias, 13º salário, aviso prévio, FGTS. Não integrará os DSRs. (MARTINS, 2015, p. 277) 4.7.4 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE – p1 29 È devido ao trabalhador que presta serviços em condições perigosas. Perigosas são aquelas que impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I – Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II – roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial (193, CLT) e trabalho com motocicleta (193, 4º, CLT). (MARTINS, 2015, p. 279) 4.7.4 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE – p2 30 È perigosa a condição de trabalho do vigilante, por poder ser atingido por disparos de arma de fogo. Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade (39, TST). O vigilante é regulado pela Lei 7.102/83 e pelo 3º do art.193,CLT. O adicional será de 30% sobre o salário do empregado, sem os acréscimos resultantes de gratificações,prêmios ou participações nos lucros. (MARTINS, 2015, p. 281) 4.7.4 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE – p3 31 Incide o adicional de periculosidade apenas sobre o salário básico do empregado, e não sobre o salário acrescido de outros adicionais (191, TST). O bombeiro civil tem direito a adicional de 30% sobre o salário mensal (art 6º,III, da Lei 11.901/09). Na possibilidade de receber o adicional de insalubridade e periculosidade, o empregado deve escolher o maior (art 7º, XXIII, CF). O cálculo do adicional será feito sobre o salário base, nele excluídos os adicionais, como horas extras e noturno. Já nos eletricitários, deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial (191, TST). (MARTINS, 2015, p. 283) 4.7.5 ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA 32 È devido ao empregado quando for transferido provisoriamente para outro local, desde que importe mudança de sua residência (469, 3º da CLT). Não é devido nas transferências definitivas. O percentual é de 25% sobre o salário. Não se incorpora ao salário. (MARTINS, 2015, p. 285) 4.7.6 ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO 33 Representa salário, que muitas vezes é chamado de anuênio ou quinquênio. A súmula 203 do TST estabelece que o adicional por tempo de serviço integra o salário para todos os efeitos legais. A súmula 226 do TST diz que este adicional integra o cálculo das horas extras e a súmula 240 do TST diz que o adicional por tempo de serviço integra a gratificação dos bancários. (MARTINS, 2015, p. 285) 4.7.7 ADICIONAL DE ACÚMULO DE FUNÇÃO 34 Recebe o radialista este adicional. Art. 13, lei 6.615/78. Na hipótese de exercício de funções acumuladas dentro de um mesmo setor, será assegurado ao radialista um adicional mínimo de: I – 40%, nas emissoras de potência >= 10 kwatts; II – 20%, nas emissoras de potência <= 10 kwatts e > 1 kwatt; I – 40%, nas emissoras de potência <= 1 kwatt. A norma coletiva de empregados em condomínios de São Paulo prevê o adicional de acúmulo de função de porteiro, zelador e faxineiro. (MARTINS, 2015, p. 286) 4.7.8 BASE DE CÁLCULO DOS ADICIONAIS 35 Insalubridade -> 10%, 20%,40% sobre o salário mínimo (192, CLT). Periculosidade -> 30% sobre o salário sem os acréscimos das gratificações, prêmios ou participações dos lucros (193,1º,CLT) Transferência -> 25% sobre o salário percebido (469,3º, CLT); Horas extras -> 50% a mais sobre o salário da hora normal (61, CLT); Noturno -> 20% sobre o salário da hora diurna (73, CLT). (MARTINS, 2015, p. 288) 4.8 AJUDA DE CUSTO 36 È a importância paga pelo empregador ao empregado com o objetivo de proporcionar condições para a execução do serviço. Deve incluir as despesas de alimentação e de locomoção do empregado, como em relação aos empregados que prestam serviços externos (vendedores, motoristas, cobradores, propagandistas).(MARTINS, 2015, p. 290) 4.9 ABONOS 37 Consiste num adiantamento em dinheiro, numa antecipação salarial ou num valor a mais que é concedido ao empregado. O art. 143 da CLT determina que será facultado ao empregado converter um terço de suas férias em abono pecuniário. (MARTINS, 2015, p. 273) 4.10 COMISSÕES 38 Integra o salário (457,1º, CLT). È uma modalidade de salário normalmente estipulada para empregados do comércio, vendedores e representantes comerciais, além de bancários pela venda de papéis no banco. As comissões são um valor determinado, como R$ 10,00 por unidade vendida. (MARTINS, 2015, p. 291) 4.11 DIÁRIAS PARA VIAGEM 39 È o pagamento feito ao empregado para ressarcir despesas com deslocamento, hospedagem e alimentação e sua manutenção quando precisa viajar para executar as determinações do empregador (457, 1º e 2º, CLT). As diárias só integram o salário enquanto forem pagas e desde que superiores a 50%. (MARTINS, 2015, p. 294) 4.12 GORJETA 40 È não só a importância dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, sendo destinada a distribuição aos empregados (457, 3º, CLT). Gorjeta própria = oferecida diretamente pelo cliente ao empregado, caixinha. Gorjeta imprópria = cobrada pelo empregador na nota. (MARTINS, 2015, p. 298) 4.13 GRATIFICAÇÕES 41 A gratificação tem o sentido de pagamento feito por liberalidade. Exemplos: gratificação de produtividade; gratificação de tempo de serviço e gratificação de função. A gratificação de função é devida em relação à maior responsabilidade que é atribuída ao empregado no desempenho de sua função. O art.224, 2º da CLTestabelece que o bancário que desempenha função de direção, gerência, fiscalização, chefia tem direito a pelo menos 1/3 a mais de seu salário a título de gratificação. (MARTINS, 2015, p. 304) 4.14 13º SALÁRIO – p1 42(MARTINS, 2015, p. 305) A primeira Constituição que veio a tratar do tema foi a de 1988, no inciso VIII do art 7º : “décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria”. O 13º salário é devido não só ao empregado urbano, mas também ao rural, com base na remuneração integral do mês de dezembro. O art 7º da CF assegura o direito ao 13º salário ao empregado doméstico e ao avulso. O art. 12 da lei 6.019/74 dá direito ao 13º salário ao trabalhador temporário. O 3º do art. 39 da CF também assegura o 13º salário aos servidores públicos. 4.14 13º SALÁRIO – p2 43(MARTINS, 2015, p. 306) O 13º salário é calculado com base na remuneração, que compreende o salário mais as gorjetas (457, CLT). A remuneração a ser observada é do mês de dezembro do ano correspondente. O cálculo é de 1/12 por mês de serviço. Considera-se como mês a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho. Assim, se o empregado trabalhou de agosto a dezembro de certo ano, terá direito a 5/12 de 13º salário. A lei 4.749 de 1965 dividiu o pagamento do 13º salário em duas parcelas. 4.14 13º SALÁRIO – p3 44(MARTINS, 2015, p. 306) A primeira parcela deverá ser paga entre os meses de fevereiro a novembro (até 30/11) de cada ano, o que vem a ser um adiantamento, correspondente à metade do salário recebido pelo empregado no mês anterior. Se o empregador irá pagar o 13º salário no mês de novembro, deverá fazê-lo com base em metade do salário do empregado no mês de outubro. A segunda metade deverá ser saldada até o dia 20 de dezembro, compensando-se a importância paga a título de adiantamento, ou seja, a primeira parcela, sem nenhuma correção monetária (art 1º da Lei 4.749/65). 4.15 13º SALÁRIO com FIXO + COMISSÕES – p1 45(MARTINS, 2015, p. 307) Janeiro 150,00 Fevereiro 250,00 Março 300,00 Abril 200,00 Maio 300,00 Junho 350,00 Julho 400,00 Agosto 350,00 Setembro 200,00 Outubro 400,00 Total 2.900/10 = 290,00 O empregado tinha um salário fixo de R$ 100,00 em outubro mais comissões. 4.15 13º SALÁRIO com FIXO + COMISSÕES – p2 46(MARTINS, 2015, p. 307) A primeira parcela deverá ser em 30 de novembro, tomando-se por base o salário do mês anterior, que é outubro (R$ 100,00): 11/12 x 100,00 = 91,66. Pega-se a média da parte variável de 290,00 até outubro e multiplica-se por 11/12 (calculando com base até o mês de novembro) =R$ 265,83. Somam-se R$ 91,66 (parte fixa) com R$ 265,83 (parte variável), totalizando R$ 357,49. O empregado tem direito de receber metade desse valor, isto é, R$ 178,74, a título de primeira parcela do 13º salário. 4.15 13º SALÁRIO com FIXO + COMISSÕES – p3 47(MARTINS, 2015, p. 307) A segunda parcela será paga até 20 de dezembro. Supondo-se que o salário fixo em dezembro seja de R$ 200,00, sendo que as comissões em novembro foram de R$ 300,00. Soma-se R$ 2.900 + 300 = R$ 3.200,00. Dividi-se esse valor por 11 para obter a média de R$ 290,90. Soma-se o salário fixo de R$ 200,00 com a média das comissões de R$ 290,90, totalizando R$ 490,90. Desse total desconta-se o que foi recebido na primeira parcela, R$ 178,74, tendo o empregado direito a receber R$ 312,16. 4.15 13º SALÁRIO com FIXO + COMISSÕES – p4 48(MARTINS, 2015, p. 307) Deverá ser feito ainda em 10 de janeiro um ajuste. Tendo o empregado recebido comissões de R$ 500,00 em dezembro, totaliza R$ 3.700,00 durante o ano. Dividi-se esse valor por 12, para se obter a média = R$ 308,33. Soma-se R$ 308,33 ao salário fixo de R$ 200,00 = R$ 508,33. Como o empregado já recebeu R$ 490,90, deve a empresa pagar a diferença: 508,33 – 490,90 = R$ 17,43. 4.15 13º SALÁRIO reflexos na rescisão 49(MARTINS, 2015, p. 308) Havendo rescisão do contrato de trabalho sem justa causa (art 3º da Lei 4.090) ou o empregado pedindo demissão (157, TST) este fará jus ao 13º salário, de maneira proporcional ou integral, calculado sobre a remuneração devida no mês da rescisão. Sendo o empregado demitido por justa causa, não fará jus ao 13º salário (art 3º da Lei 4.090/62). Reconhecida culpa recíproca, o empregado têm direito a 50% do 13º salário (14, TST). 4.16 GUELTAS 50(MARTINS, 2015, p. 312) São os pagamentos feitos por terceiro ao empregado de uma empresa, visando incentivar a venda de seus produtos. Ex: gerente de banco receber referido pagamento em decorrência de indicar certo cartão de crédito para cliente. Funcionário de hotel que indica restaurantes e passeios. Não se trata de salário. 4.17 PRÊMIOS 51(MARTINS, 2015, p. 313) Decorrem da produtividade do trabalhador, dizendo respeito a fatores de ordem pessoal deste, como a produção, a assiduidade e a qualidade. O prêmio depende do próprio esforço do empregado. O prêmio de produção diz respeito à quantidade de peças que foram produzidas pelo empregado. O prêmio de qualidade é em virtude da excelência da peça produzida. O de assiduidade é dado ao empregado que não tiver faltado no mês ou chegado atrasado. 4.18 QUEBRA DE CAIXA 52 O pagamento feito a título de quebra de caixa tem natureza de compensar os descontos feitos no salário do obreiro em virtude de erro de caixa, por ter recebido numerário inferior ao que deveria receber. Possui natureza compensatória ou indenizatória e não salarial, não se integra no salário para nenhum efeito. (MARTINS, 2015, p. 314) 4.19 SALÁRIO FAMÍLIA 53 È uma prestação previdenciária devida ao empregado. È devido ao segurado de baixa renda que tiver filho menor de 14 anos ou inválido. Quem paga o salário família é o empregador, ficando a Previdência Social responsável pelo reembolso das prestações pagas a tal título, mediante abatimento na guia de recolhimento das contribuições previdenciárias. (MARTINS, 2015, p. 315) 4.20 SALÁRIO MATERNIDADE 54 A CF de 1988 determinou que a gestante terá 120 dias de repouso sem prejuízo do emprego e do salário (7º, XVIII). A segurada tem direito à licença de 28 dias antes e 92 dias depois do parto, totalizando 120 dias. È uma renda mensal igual à remuneração integral da segurada. È pago pelo empregador que desconta o valor adiantado a trabalhadora em relação à contribuição previdenciária devida. (MARTINS, 2015, p. 315) 4.21 PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS 55 È o pagamento feito pelo empregador ao empregado, em decorrência do contrato de trabalho, referente à distribuição do resultado positivo obtido pela empresa, o qual o obreiro ajudou a conseguir. (MARTINS, 2015, p. 318) 4.22 PIS-PASEP 56 O PIS (Programa de Integração Social) e o PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) são fundos de participação gerido pelo governo federal. Contribuintes do PIS são as pessoas jurídicas de direito privado e é calculada sobre o faturamento. Participantes do PIS são todos os empregados definidos na legislação trabalhista, assim como os avulsos. Participantes do PASEP são os funcionários públicos. (MARTINS, 2015, p. 329) 4.22 PIS-PASEP - abono 57 É um benefício constitucional de um salário mínimo, assegurado ao trabalhador cadastrado no PIS/PASEP, que preencher as condições: Estar cadastrado no PIS/PASEP há pelo menos cinco anos; Ter recebido, de empregadores contribuintes do PIS/PASEP, remuneração mensal de até dois salários mínimos médios durante o ano-base; Ter exercidoatividade remunerada, durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base; Ter seus dados informados corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do ano-base considerado. (MARTINS, 2015, p. 329) 4.22 VERBA DE REPRESENTAÇÃO 58 Tem por objetivo indenizar ou reembolsar as despesas na promoção de negócios ou para captação de clientes para o empregador. (MARTINS, 2015, p. 330)
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