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Legislação Trab Aula 10 - Unid 4 - Remuneracao

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LEGISLAÇÃO 
TRABALHISTA E 
PREVIDENCIÁRIA
PROFESSOR FLÁVIO
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINSTRAÇÃO, 
ATUÁRIAS E CONTABILIDADE
CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
UNIDADE 4 – REMUNERAÇÃO
2
elementos;
Classificação da remuneração;
Abonos;
Adicionais;
Ajudas de custo;
Comissões;
Diárias;
Gorjeta;
Gratificação;
 13º salário
4.1 REMUNERAÇÃO - origem
3
Vem de remuneratio, composta de re
significa reciprocidade e muneror
significa recompensa.
Já salário vem de salarium, significa
sal, forma de pagamento das legiões
romanas como óleo, animais,
alimentos,etc.
(MARTINS, 2015, p. 247)
4.2 REMUNERAÇÃO
4
De acordo com o art. 457 da CLT:
Remuneração = salário + gorjetas
(conjunto) (diretamente) (de terceiros)
A remuneração tanto é paga pelo
empregador, que se constitui salário,
como é feita por terceiro, cujo exemplo
é a gorjeta, cobrada na nota de serviço
ou concedida espontaneamente pelo
cliente.
(MARTINS, 2015, p. 248)
4.2 REMUNERAÇÃO - conceito
5
È o conjunto de prestações recebidas
habitualmente pelo empregado pela
prestação de serviços, seja em dinheiro
ou em utilidades, provenientes do
empregador ou de terceiros, mas
decorrentes do contrato de trabalho, de
modo a satisfazer suas necessidades
básicas e de sua família.
(MARTINS, 2015, p. 248)
4.3 salário
6
O salário corresponde ao valor
econômico pago diretamente pelo
empregador ao empregado em razão
da prestação de serviços do último.
O salário corresponde ao pagamento
feito pelo empregador e não por
terceiros, ao contrário da remuneração
que engloba tanto o pagamento feito
pelo empregador como o recebido de
terceiros.
(MARTINS, 2015, p. 248)
4.3 salário - conceito
7
È a prestação fornecida diretamente ao
trabalhador pelo empregador em
decorrência do contrato de trabalho, da
disponibilidade do trabalhador, das
interrupções contratuais ou demais
hipóteses previstas em lei.
(MARTINS, 2015, p. 249)
4.4 REMUNERAÇÃO x INDENIZAÇÃO
8
A remuneração não se confunde com a
indenização, que, no Direito Civil,
decorre da reparação de um dano, de
um ato ilícito.
A indenização visa recompor o
patrimônio ou bem jurídico da pessoa,
enquanto salário tem por objetivo o
pagamento da prestação de serviços do
empregado.
(MARTINS, 2015, p. 250)
4.5 CARACTERÍSTICAS DA REMUNERAÇÃO
9
São características da remuneração:
(MARTINS, 2015, p. 251)
HABITUALIDADE
QUANTIFICÁVEL
PERIDIOCIDADE
RECIPROCIDADE
ALIMENTAR
4.5.1 HABITUALIDADE
10
È o elemento preponderante para se
saber se o pagamento feito pode ou
não ser considerado como salário ou
remuneração.
Em relação às horas extras, se forem
habituais integram a indenização
(24,TST).
O art. 458 da CLT só considera salário
in natura quando há habitualidade no
fornecimento das utilidades.
(MARTINS, 2015, p. 252)
4.5.2 QUANTIFICÁVEL
11
O empregado deve saber quanto ganha
por mês. O salário-base não pode ser
pago mediante condição. O risco do
empreendimento deve ser do
empregador.
O operário não pode ficar na
depedência de receber salários apenas
se o empregador vender as
mercadorias ou obter lucro.
(MARTINS, 2015, p. 252)
4.5.3 PERIDIOCIDADE
12
O pagamento do salário deverá ser feito
após a prestação de serviços.
A periodicidade do pagamento irá
depender de certos critérios objetivos
previstos na lei.
(MARTINS, 2015, p. 252)
4.5.4 RECIPROCIDADE
13
Caracteriza-se como o caráter
sinalagmático da relação de emprego,
dos deveres e obrigações a que o
empregado e o empregador estão
sujeitos.
O empregador tem obrigação de dar,
pagar salários em razão dos serviços.
O empregado tem obrigação de fazer,
de prestar serviços para receber o
salário. (MARTINS, 2015, p. 252)
4.5.5 ALIMENTAR
14
O salário tem caráter alimentar, pois o
trabalhador sobrevive com o respectivo
valor (1º do art. 100 da CF).
(MARTINS, 2015, p. 253)
4.6 CLASSIFICAÇÃO DO SALÁRIO
15
O salário pode ser classificado em:
(MARTINS, 2015, p. 253)
SALÁRIO POR UNIDADE DE TEMPO
SALÁRIO POR UNIDADE DE OBRA
SALÁRIO POR TAREFA
SALÁRIO EM DINHEIRO
SALÁRIO EM UTILIDADES
SALÁRIO VARIÁVEL
4.6.1 SALÁRIO POR UNIDADE DE TEMPO
16
È o salário que independe do serviço ou
da obra realizada, mas depende do
tempo gasto para sua consecução.
Ex: salário por hora, por semana, por
quinzena ou mês.
Não se confunde com os períodos de
pagamento. O empregado horista pode
ter como época de pagamento, o final
do mês.
(MARTINS, 2015, p. 253)
4.6.2 SALÁRIO POR UNIDADE DE OBRA
17
Não se leva em consideração o tempo
gasto na consecução do serviço, mas
sim o próprio serviço realizado,
independentemente do tempo.
O art. 483, alínea g, da CLT prevê o
pagamento por peça.
O empregador não poderá reduzir o
trabalho do empregado, de forma a
afetar sensivelmente a importância do
salário.
(MARTINS, 2015, p. 254)
4.6.3 SALÁRIO POR TAREFA
18
È um meio termo entre salário por
unidade de tempo e por obra.
Previsto no 2º do art. 142 da CLT, o
empregado deve realizar durante a
jornada de trabalho certo serviço.
Terminado o serviço, mesmo antes do
fim do expediente, pode o empregado
se retirar da empresa, pois já cumpriu
suas obrigações diárias.
(MARTINS, 2015, p. 254)
4.6.4 SALÁRIO EM DINHEIRO
19
O salário deve ser pago em dinheiro
(463, CLT). O objetivo é evitar o truck
system que é pagamento em vales,
cupons.
Não pode haver pagamento em ouro ou
moeda estrangeira.
(MARTINS, 2015, p. 255)
4.6.5 SALÁRIO EM UTILIDADES – p1
20
O art. 458 da CLT permite o pagamento em
utilidades, além do pagamento em dinheiro, o
empregador poderá fornecer utilidades, como
alimentação, habitação, vestuário.
Para configuração da utilidade é necessário 2
critérios: habitualidade e gratuidade.
Os vestuários, equipamentos e outros acessórios
fornecidos ao empregado e utilizados apenas no
local de trabalho para a prestação de serviços não
são salários (inciso I do 2º do art. 458, CLT).
Se a utilidade for fornecida para a prestação de
serviços, estará descaracterizada a natureza
salarial. (MARTINS, 2015, p. 257)
4.6.5 SALÁRIO EM UTILIDADES – p2
21
È o caso da moradia fornecida ao zelador ou ao
caseiro, servindo para o desempenho do serviço,
possibilitando que fiquem à disposição do
condomìnio ou do empregador quando for
necessário.
O vale transporte é considerado como salário
utilidade (241, TST).
Quando o transporte fornecido pelo empregador
visa proporcionar um benefício ou economia ao
empregado, será salário utilidade. A cesta básica
também o é.
(MARTINS, 2015, p. 258)
4.6.6 SALÁRIO VARIÁVEL
22
A lei 8.716 de 1993 dispõe
sobre a garantia de salário
mínimo para quem recebe
remuneração variável.
(MARTINS, 2015, p. 262)
4.7 TIPOS DE ADICIONAIS
23
Os tipos de adicionais são:
ADICIONAL DE HORAS EXTRAS
ADICIONAL NOTURNO
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA
ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO
ADICIONAL DE ACÚMULO DE FUNÇÃO
4.7.1 ADICIONAL DE HORAS EXTRAS
24
È devido pelo trabalho extraordinário à razão de
pelo menos 50% sobre a hora normal (art 7º, XVI,
da CF).
Se as horas extras são pagas com habitualidade,
integram o cálculo do 13º salário (45, TST), FGTS
(63,TST), aviso prévio indenizado (5º do
art.487,CLT), férias (5º do art.142,CLT) e descanso
semanal remunerado (172,TST).
Pode ser considerado habitual o que foi pago por
mais de seis meses.
As horasextras não sofrerão repercussão do
adicional de insalubridade, pois o mesmo é
calculado sobre o salário mínimo. (MARTINS, 2015, p. 273)
4.7.2 ADICIONAL NOTURNO
25
È devido ao empregado urbano que
trabalhar no período entre 22 e 5 horas.
O adicional será de 20% sobre a hora diurna
para o empregado urbano (73, CLT).
Se o adicional noturno for pago com
habitualidade, integra o salário do
empregado para todos os efeitos (60,TST).
O regime de revezamento não exclui o
direito do empregado ao adicional (73,CLT).
Tem repercussão sobre férias, 13º salário,
aviso prévio e FGTS.
(MARTINS, 2015, p. 274)
4.7.3 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – p1
26
Para caracterização da insalubridade é
preciso: (a) exposição a agentes
nocivos à saúde do trabalhador; (b) que
essa exposição seja acima dos limites
de tolerância fixados em razão da
natureza e da intensidade do agente e
do tempo de exposição, pois se a
exposição estiver nos limites de
tolerância, não há direito ao adicional.
(MARTINS, 2015, p. 275)
4.7.3 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – p2
27
A avaliação é feita de forma:
a. Qualitativa: ruído, pressões hiperbáricas,
vibrações, poeiras;
b. Quantitativa: frio, umidade,agentes
biológicos.
O adicional é devido ao empregado que
presta serviços em atividades insalubres,
calculado à razão de 10% (grau mínimo),
20% (grau médio) e 40% (grau máximo)
sobre o salário mínimo (192,CLT).
(MARTINS, 2015, p. 275)
4.7.3 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – p3
28
A norma coletiva pode fixar outro critério de base
de cálculo do adicional de insalubridade, desde
que seja mais favorável ao empregado.
Não existe previsão legal que o adicional de
insalubridade possa incidir sobre o piso salarial da
categoria ou sobre o salário mínimo proporcional.
A exceção diz respeito aos técnicos de radiologia,
em que o art. 16 da Lei 7.304/85 estabelece que o
adicional é de 40% sobre 2 (dois) salários mínimos
profissionais.
Pago em caráter habitual refletirá sobre as férias,
13º salário, aviso prévio, FGTS. Não integrará os
DSRs. (MARTINS, 2015, p. 277)
4.7.4 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE – p1
29
È devido ao trabalhador que presta serviços
em condições perigosas.
Perigosas são aquelas que impliquem risco
acentuado em virtude de exposição
permanente do trabalhador a:
I – Inflamáveis, explosivos ou energia
elétrica;
II – roubos ou outras espécies de violência
física nas atividades profissionais de
segurança pessoal ou patrimonial (193, CLT)
e trabalho com motocicleta (193, 4º, CLT).
(MARTINS, 2015, p. 279)
4.7.4 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE – p2
30
È perigosa a condição de trabalho do vigilante,
por poder ser atingido por disparos de arma de
fogo.
Os empregados que operam em bomba de
gasolina têm direito ao adicional de
periculosidade (39, TST).
O vigilante é regulado pela Lei 7.102/83 e pelo
3º do art.193,CLT.
O adicional será de 30% sobre o salário do
empregado, sem os acréscimos resultantes de
gratificações,prêmios ou participações nos
lucros.
(MARTINS, 2015, p. 281)
4.7.4 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE – p3
31
Incide o adicional de periculosidade apenas sobre
o salário básico do empregado, e não sobre o
salário acrescido de outros adicionais (191, TST).
O bombeiro civil tem direito a adicional de 30%
sobre o salário mensal (art 6º,III, da Lei 11.901/09).
Na possibilidade de receber o adicional de
insalubridade e periculosidade, o empregado deve
escolher o maior (art 7º, XXIII, CF).
O cálculo do adicional será feito sobre o salário
base, nele excluídos os adicionais, como horas
extras e noturno. Já nos eletricitários, deverá ser
efetuado sobre a totalidade das parcelas de
natureza salarial (191, TST). (MARTINS, 2015, p. 283)
4.7.5 ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA
32
È devido ao empregado quando for
transferido provisoriamente para outro
local, desde que importe mudança de
sua residência (469, 3º da CLT).
Não é devido nas transferências
definitivas.
O percentual é de 25% sobre o salário.
Não se incorpora ao salário.
(MARTINS, 2015, p. 285)
4.7.6 ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO
33
Representa salário, que muitas vezes é
chamado de anuênio ou quinquênio.
A súmula 203 do TST estabelece que o
adicional por tempo de serviço integra o
salário para todos os efeitos legais.
A súmula 226 do TST diz que este
adicional integra o cálculo das horas
extras e a súmula 240 do TST diz que o
adicional por tempo de serviço integra a
gratificação dos bancários.
(MARTINS, 2015, p. 285)
4.7.7 ADICIONAL DE ACÚMULO DE FUNÇÃO
34
Recebe o radialista este adicional.
Art. 13, lei 6.615/78. Na hipótese de exercício de
funções acumuladas dentro de um mesmo setor,
será assegurado ao radialista um adicional mínimo
de:
I – 40%, nas emissoras de potência >= 10 kwatts;
II – 20%, nas emissoras de potência <= 10 kwatts e
> 1 kwatt;
I – 40%, nas emissoras de potência <= 1 kwatt.
A norma coletiva de empregados em condomínios
de São Paulo prevê o adicional de acúmulo de
função de porteiro, zelador e faxineiro.
(MARTINS, 2015, p. 286)
4.7.8 BASE DE CÁLCULO DOS ADICIONAIS
35
Insalubridade -> 10%, 20%,40% sobre o
salário mínimo (192, CLT).
Periculosidade -> 30% sobre o salário sem
os acréscimos das gratificações, prêmios ou
participações dos lucros (193,1º,CLT)
Transferência -> 25% sobre o salário
percebido (469,3º, CLT);
Horas extras -> 50% a mais sobre o salário
da hora normal (61, CLT);
Noturno -> 20% sobre o salário da hora
diurna (73, CLT).
(MARTINS, 2015, p. 288)
4.8 AJUDA DE CUSTO
36
È a importância paga pelo empregador
ao empregado com o objetivo de
proporcionar condições para a
execução do serviço.
Deve incluir as despesas de
alimentação e de locomoção do
empregado, como em relação aos
empregados que prestam serviços
externos (vendedores, motoristas,
cobradores, propagandistas).(MARTINS, 2015, p. 290)
4.9 ABONOS
37
Consiste num adiantamento em
dinheiro, numa antecipação salarial ou
num valor a mais que é concedido ao
empregado.
O art. 143 da CLT determina que será
facultado ao empregado converter um
terço de suas férias em abono
pecuniário.
(MARTINS, 2015, p. 273)
4.10 COMISSÕES
38
Integra o salário (457,1º, CLT). È uma
modalidade de salário normalmente
estipulada para empregados do
comércio, vendedores e representantes
comerciais, além de bancários pela
venda de papéis no banco.
As comissões são um valor
determinado, como R$ 10,00 por
unidade vendida.
(MARTINS, 2015, p. 291)
4.11 DIÁRIAS PARA VIAGEM
39
È o pagamento feito ao empregado
para ressarcir despesas com
deslocamento, hospedagem e
alimentação e sua manutenção quando
precisa viajar para executar as
determinações do empregador (457, 1º
e 2º, CLT).
As diárias só integram o salário
enquanto forem pagas e desde que
superiores a 50%.
(MARTINS, 2015, p. 294)
4.12 GORJETA
40
È não só a importância dada pelo
cliente ao empregado, como também
aquela que for cobrada pela empresa
ao cliente, como adicional nas contas,
sendo destinada a distribuição aos
empregados (457, 3º, CLT).
Gorjeta própria = oferecida diretamente
pelo cliente ao empregado, caixinha.
Gorjeta imprópria = cobrada pelo
empregador na nota.
(MARTINS, 2015, p. 298)
4.13 GRATIFICAÇÕES
41
A gratificação tem o sentido de pagamento feito por
liberalidade.
Exemplos: gratificação de produtividade;
gratificação de tempo de serviço e gratificação de
função.
A gratificação de função é devida em relação à
maior responsabilidade que é atribuída ao
empregado no desempenho de sua função.
O art.224, 2º da CLTestabelece que o bancário
que desempenha função de direção, gerência,
fiscalização, chefia tem direito a pelo menos 1/3 a
mais de seu salário a título de gratificação.
(MARTINS, 2015, p. 304)
4.14 13º SALÁRIO – p1
42(MARTINS, 2015, p. 305)
A primeira Constituição que veio a tratar do tema
foi a de 1988, no inciso VIII do art 7º : “décimo
terceiro salário com base na remuneração integral
ou no valor da aposentadoria”.
O 13º salário é devido não só ao empregado
urbano, mas também ao rural, com base na
remuneração integral do mês de dezembro.
O art 7º da CF assegura o direito ao 13º salário ao
empregado doméstico e ao avulso.
O art. 12 da lei 6.019/74 dá direito ao 13º salário ao
trabalhador temporário.
O 3º do art. 39 da CF também assegura o 13º
salário aos servidores públicos.
4.14 13º SALÁRIO – p2
43(MARTINS, 2015, p. 306)
O 13º salário é calculado com base na
remuneração, que compreende o salário mais as
gorjetas (457, CLT).
A remuneração a ser observada é do mês de
dezembro do ano correspondente. O cálculo é de
1/12 por mês de serviço. Considera-se como mês a
fração igual ou superior a 15 dias de trabalho.
Assim, se o empregado trabalhou de agosto a
dezembro de certo ano, terá direito a 5/12 de 13º
salário.
A lei 4.749 de 1965 dividiu o pagamento do 13º
salário em duas parcelas.
4.14 13º SALÁRIO – p3
44(MARTINS, 2015, p. 306)
A primeira parcela deverá ser paga entre os meses
de fevereiro a novembro (até 30/11) de cada ano, o
que vem a ser um adiantamento, correspondente à
metade do salário recebido pelo empregado no
mês anterior.
Se o empregador irá pagar o 13º salário no mês de
novembro, deverá fazê-lo com base em metade do
salário do empregado no mês de outubro.
A segunda metade deverá ser saldada até o dia 20
de dezembro, compensando-se a importância paga
a título de adiantamento, ou seja, a primeira
parcela, sem nenhuma correção monetária (art 1º
da Lei 4.749/65).
4.15 13º SALÁRIO com FIXO + COMISSÕES – p1
45(MARTINS, 2015, p. 307)
Janeiro 150,00
Fevereiro 250,00
Março 300,00
Abril 200,00
Maio 300,00
Junho 350,00
Julho 400,00
Agosto 350,00
Setembro 200,00
Outubro 400,00
Total 2.900/10 = 
290,00
O empregado tinha um salário fixo de R$ 100,00
em outubro mais comissões.
4.15 13º SALÁRIO com FIXO + COMISSÕES – p2
46(MARTINS, 2015, p. 307)
A primeira parcela deverá ser em 30 de novembro,
tomando-se por base o salário do mês anterior, que
é outubro (R$ 100,00): 11/12 x 100,00 = 91,66.
Pega-se a média da parte variável de 290,00 até
outubro e multiplica-se por 11/12 (calculando com
base até o mês de novembro) =R$ 265,83.
Somam-se R$ 91,66 (parte fixa) com R$ 265,83
(parte variável), totalizando R$ 357,49. O
empregado tem direito de receber metade desse
valor, isto é, R$ 178,74, a título de primeira
parcela do 13º salário.
4.15 13º SALÁRIO com FIXO + COMISSÕES – p3
47(MARTINS, 2015, p. 307)
A segunda parcela será paga até 20 de dezembro.
Supondo-se que o salário fixo em dezembro seja
de R$ 200,00, sendo que as comissões em
novembro foram de R$ 300,00. Soma-se R$ 2.900
+ 300 = R$ 3.200,00. Dividi-se esse valor por 11
para obter a média de R$ 290,90. Soma-se o
salário fixo de R$ 200,00 com a média das
comissões de R$ 290,90, totalizando R$ 490,90.
Desse total desconta-se o que foi recebido na
primeira parcela, R$ 178,74, tendo o empregado
direito a receber R$ 312,16.
4.15 13º SALÁRIO com FIXO + COMISSÕES – p4
48(MARTINS, 2015, p. 307)
Deverá ser feito ainda em 10 de janeiro um ajuste.
Tendo o empregado recebido comissões de R$
500,00 em dezembro, totaliza R$ 3.700,00 durante
o ano. Dividi-se esse valor por 12, para se obter a
média = R$ 308,33.
Soma-se R$ 308,33 ao salário fixo de R$ 200,00 =
R$ 508,33.
Como o empregado já recebeu R$ 490,90, deve a
empresa pagar a diferença: 508,33 – 490,90 = R$
17,43.
4.15 13º SALÁRIO reflexos na rescisão
49(MARTINS, 2015, p. 308)
Havendo rescisão do contrato de trabalho
sem justa causa (art 3º da Lei 4.090) ou o
empregado pedindo demissão (157, TST)
este fará jus ao 13º salário, de maneira
proporcional ou integral, calculado sobre a
remuneração devida no mês da rescisão.
Sendo o empregado demitido por justa
causa, não fará jus ao 13º salário (art 3º da
Lei 4.090/62).
Reconhecida culpa recíproca, o empregado
têm direito a 50% do 13º salário (14, TST).
4.16 GUELTAS
50(MARTINS, 2015, p. 312)
São os pagamentos feitos por terceiro
ao empregado de uma empresa,
visando incentivar a venda de seus
produtos.
Ex: gerente de banco receber referido
pagamento em decorrência de indicar
certo cartão de crédito para cliente.
Funcionário de hotel que indica
restaurantes e passeios.
Não se trata de salário.
4.17 PRÊMIOS
51(MARTINS, 2015, p. 313)
Decorrem da produtividade do trabalhador,
dizendo respeito a fatores de ordem pessoal
deste, como a produção, a assiduidade e a
qualidade.
O prêmio depende do próprio esforço do
empregado.
O prêmio de produção diz respeito à quantidade
de peças que foram produzidas pelo
empregado. O prêmio de qualidade é em
virtude da excelência da peça produzida. O de
assiduidade é dado ao empregado que não tiver
faltado no mês ou chegado atrasado.
4.18 QUEBRA DE CAIXA
52
O pagamento feito a título de quebra de
caixa tem natureza de compensar os
descontos feitos no salário do obreiro
em virtude de erro de caixa, por ter
recebido numerário inferior ao que
deveria receber.
Possui natureza compensatória ou
indenizatória e não salarial, não se
integra no salário para nenhum efeito.
(MARTINS, 2015, p. 314)
4.19 SALÁRIO FAMÍLIA
53
È uma prestação previdenciária devida ao
empregado.
È devido ao segurado de baixa renda que
tiver filho menor de 14 anos ou inválido.
Quem paga o salário família é o empregador,
ficando a Previdência Social responsável
pelo reembolso das prestações pagas a tal
título, mediante abatimento na guia de
recolhimento das contribuições
previdenciárias.
(MARTINS, 2015, p. 315)
4.20 SALÁRIO MATERNIDADE
54
A CF de 1988 determinou que a gestante
terá 120 dias de repouso sem prejuízo do
emprego e do salário (7º, XVIII).
A segurada tem direito à licença de 28 dias
antes e 92 dias depois do parto, totalizando
120 dias.
È uma renda mensal igual à remuneração
integral da segurada.
È pago pelo empregador que desconta o
valor adiantado a trabalhadora em relação à
contribuição previdenciária devida.
(MARTINS, 2015, p. 315)
4.21 PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS
55
È o pagamento feito pelo empregador
ao empregado, em decorrência do
contrato de trabalho, referente à
distribuição do resultado positivo obtido
pela empresa, o qual o obreiro ajudou a
conseguir.
(MARTINS, 2015, p. 318)
4.22 PIS-PASEP
56
O PIS (Programa de Integração Social) e o
PASEP (Programa de Formação do Patrimônio
do Servidor Público) são fundos de participação
gerido pelo governo federal.
Contribuintes do PIS são as pessoas jurídicas
de direito privado e é calculada sobre o
faturamento.
Participantes do PIS são todos os empregados
definidos na legislação trabalhista, assim como
os avulsos.
Participantes do PASEP são os funcionários
públicos. (MARTINS, 2015, p. 329)
4.22 PIS-PASEP - abono
57
É um benefício constitucional de um salário
mínimo, assegurado ao trabalhador cadastrado
no PIS/PASEP, que preencher as condições:
Estar cadastrado no PIS/PASEP há pelo menos
cinco anos;
Ter recebido, de empregadores contribuintes do
PIS/PASEP, remuneração mensal de até dois
salários mínimos médios durante o ano-base;
Ter exercidoatividade remunerada, durante pelo
menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base;
Ter seus dados informados corretamente na
Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do
ano-base considerado. (MARTINS, 2015, p. 329)
4.22 VERBA DE REPRESENTAÇÃO
58
Tem por objetivo indenizar ou
reembolsar as despesas na promoção
de negócios ou para captação de
clientes para o empregador.
(MARTINS, 2015, p. 330)

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