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Antiinflamatórios não hormonais

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Anti-inflamatórios não hormonais
Disciplina de Imunologia Médica
FACIMPA - 2012
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Inflamação
Processo fisiológico, essencial para a manutenção da homeostasia.
Acontece em resposta a uma agressão.
A finalidade do processo inflamatório é neutralizar o agente agressor e possibilitar a regeneração do tecido.
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Inflamação – quando ela é um problema?
O processo inflamatório agudo causa: 
desconforto ao paciente  dor, febre.
limitação da função (mesmo que transitória).
O processo inflamatório crônico causa:
Dor
Perda progressiva da função do órgão inflamado
Gasto metabólico  enfraquecimento do paciente
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Inflamação – quem participa?
Os principais “atores” do processo inflamatório são:
Células do Sistema Imune
Fatores quimiotáticos e moléculas de adesão
Neuropeptídeos
Mediadores inflamatórios
Citocinas
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Tecido
lesado
neuropeptídeos
Mediadores
inflamatórios
dor
Aumento do 
fluxo sanguineo
edema
leucócitos
Agressão
Quimiotáticos
moléculas de
adesão
Infiltrado 
celular
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Mediadores importantes
Histamina: edema, prurido, hiperemia
Serotonina: edema, hiperemia
Bradicinina: dor, edema, hiperemia
Prostaglandinas: hiperemia, quimiotaxia, edema, dor
Leucotrienos: quimiotaxia, edema
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Distúrbio nas membranas celulares
Fosfolipídeos
Ácido araquidônico
Leucotrienos
prostaglandinas
tromboxano
prostaciclinas
cicloxigenase
lipoxigenase
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Porque indicar anti-inflamatórios?
O tratamento de pacientes com inflamação tem 2 objetivos:
Alívio da dor e do desconforto
Retardar a progressão da lesão 
	(quando a inflamação é exagerada ou crônica)
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Anti-inflamatórios não hormonais – AINH ou AINE
Assim chamados para distinguir dos corticóides (anti-inflamatórios hormonais).
Principal mecanismo de ação é a inibição da enzima cicloxigenasa.
Desta forma não há liberação de prostaglandinas.
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Família das cicloxigenasas
Exitem 2 tipos definidos de cicloxigenasas: COX-1 e COX-2, codificadas por 2 gens diferentes.
Mais recente: descobriu-se a COX-3 e 2 formas similares à COX-1 (PCOX-1a e PCOX-1b) 
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Aspirina
Casca do salgueiro em pó  utilizada para baixar a febre desde Hipócrates.
Substância ativa: salicilina.
Em 1853: sintetizado o ácido acetil salicílico a partir da salicilina.
Em 1889: utilizada para tratar artrite.
Aspirina: “acetylspirsäure” (spire: salgueiro e saure: ácido).
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Salgueiro ou
Chorão -
Arvore frequente na beira de rios 
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Álcool
salicilado
Ácido
salicílico
Ácido acetil 
salicílico
Síntese da aspirina
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Aspirina: importância histórica
A aspirina foi o primeiro medicamento comercializado em larga escala pela indústria química: pode-se dizer que foi a mãe da indústria farmacêutica!
A Bayer era uma empresa alemã que produzia e fabricava corantes para a indústria têxtil.
Felix Hoffman, químico da Bayer, decidiu estudar a molécula de ácido salicílico para aliviar seu pai que sofria de artrite.
Como o ácido salicílico é muito corrosivo para as mucosas, Hoffman decidiu “experimentar” o ácido acetil salicílico em seu pai.
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Aspirina: importância histórica
O resultado foi fantástico e a companhia decidiu comercializar o produto.
Em pouco tempo as fontes naturais da salicilina estavam esgotadas (salgueiro e rainha-dos-prados).
Foi necessário desenvolver métodos químicos para produzir a aspirina a partir da molécula de fenol.
Hoje: só nos EUA são consumidos 180 toneladas de aspirina/ano.
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Aspirina
Mecanismo de ação: bloqueia de forma irreversível a enzima ciclooxigenase (prostaglandina sintetase). 
O mecanismo de ação da aspirina só foi descoberto em 1971.
A aspirina bloqueia tanto a COX1 como a COX2.
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Aspirina - Efeitos
Analgésico: para dores leves a moderadas.
Antitérmico: diminui as PGs no SNC.
Anti-inflamatório (atua principalmente sobre os granulócitos): impede a aderência, estabiliza lizossomos, inibe a migração de granulócitos.
Anticoagulante: inibe a agregação plaquetária (efeito prolongado).
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SNC
Prostaglandinas
Febre
Bactérias
vírus
Substâncias
pirogênicas
macrófagos
IL-1
AINH
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Aspirina: indicações
Dor leve a moderada, de várias causas, seja muscular, dentária, vascular, traumática, da artrite e da bursite. 
	* não é eficaz para dor tipo visceral aguda como IAM, cólica renal, peritonite, etc
Processos inflamatórios: principalmente articulares, seja agudos ou crônicos.
Como antitérmico.
Como antiagregante plaquetário: em processos de ateriosclerose,  ataques de isquemia,  trombose, 
	 probabilidade do IAM.
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Aspirina: efeitos colaterais
intolerância gástrica: gastrite, úlceras, sangramentos.
zumbido, vertigens.
 níveis de ácido úrico (até 2 gr/dia).
 taxa de filtração glomerular.
broncoespasmo em até 20% dos pacientes.
 risco de sangramento.
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Outros AINH
Para tentar diminuir os efeitos colaterais da aspirina, foram pesquisados outros produtos com efeito de AINH.
De uma forma geral, todos os fármacos deste grupo inibem a cicloxigenase, tanto a COX1 como COX2, de forma reversível ou irreversível.
A farmacocinética e incidência de efeitos colaterais varia de acordo com o produto.
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AINH – Principais produtos
Diclofenaco: Voltaren®, Cataflam®, Biofenac®
Diflunisal:
Ibuprofeno: Dalsy®, Alivium®, Spidufen®
Cetorolaco: Deocil®, Toragesic®
Indometacina: Indocid®
Naproxeno: Naprosyn®, Flanax®
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AINH – Principais produtos
Piroxicam: Piroxicam®, Inflamene®, Feldene®
Ácido mefenâmico: Postan®
Nimesulida: Nisulid®, Nimesilan®
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Inibidores da COX2
Nos anos 90 surgiram os AINH inibidores preferenciais de COX2. 
Não apresentam efeitos colaterais gástricos.
Porém, recentemente, foi observado um aumento da incidência de ataques cardíacos (IAM) em pacientes que faziam uso do rofecoxib, o que diminuiu o entusiasmo inicial com estes medicamentos.
Exemplos:
Celecoxib: Celebra ®
Rofecoxib: Vioox ® (retirado do mercado)
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Inibidores da COX2
Rofecoxib, celecoxib: inibem apenas a COX2.
Nimesulida, meloxicam: inibem a COX2 e COX1, porém menos a COX1.
Aspirina, ibuprofeno, piroxicam, etc: inibem tanto a COX1 quanto a COX2.
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Indicações dos AINH
Basicamente as mesmas indicações da aspirina, variando apenas em alguns detalhes.
Exemplo: o ácido mefenâmico é melhor analgésico que anti-inflamatório, sendo prescrito com frequência para dores agudas tipo a cólica menstrual.
A indometacina é potente anti-inflamatório, indicada para tratar crise de gota e inflamações extra articulares como pleurite e pericardite.
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AINH – efeitos colaterais
Também os mesmos da aspirina, acrescentado algumas particularidades para cada produto.
Podem causar urticária e angioedema.
Podem causar insuficiência renal.
Pode causar problemas hepáticos.
Pode causar erupção cutânea 
	(+ frequentes com o piroxicam).
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Resumo
Os AINH são medicamentos de grande utilidade.
São potentes anti-inflamatórios, indicados principalmente para inflamações agudas, baixar a febre e dores osteo-articulares (neste caso dores agudas e crônicas).
São bons analgésicos e antitérmicos.
Atenção para os possíveis efeitos colaterais.

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