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Serviço Público Federal Ministério da educação Universidade Federal de Sergipe Campus Universitário “Professor Antônio Garcia Filho” Graduação em Medicina Sanni Silvino Parente Revisão: amigdalites Amigdalite é a inflamação das tonsilas palatinas. Podem ser divididas em agudas e crônicas. As amigdalites agudas são classificadas de acordo com sua apresentação clínica: eritematosas, eritemo-pultáceas, pseudomembranosas e ulcerosas. As crônicas podem ter etiologia viral ou bacteriana e se manifestam por dor de garganta, disfagia, febre, otalgia reflexa, fraqueza e outros sintomas com comprometimento do estado geral. ETIOLOGIA Virais: representam cerca de 40% das amigdalites agudas. influenza A e B, parainfluenzae 1, 2 e, echovírus, paramyxovírus, adenovírus, Epten- Barr, herpes e coxsakie. Bacteriana: Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes, Heamphilos influenzae, Staphylococcus aureus. APRESENTAÇÃO CLINICA Virais: congestão nasal, coriza e lacrimejamento. Bacteriana: mais toxemiados e com febre por um período mais duradouro. FORMAS CLÍNICAS AGUDAS Dor de garganta, febre, disfagia e adenomegalia. Hiperemia de amigdalas com ou sem exsudatos. Eritematosas: hiperemia difusa e aspecto congesto de toda a mucosa, podendo ou não estar presente exsudato esbranquiçado (em geral, etiologia viral – não é possível diferenciar do bacteriano). Varia de 3 a 7 dias e quase sempre evolui sem complicações. o Sarampo: fino pontilhado branco-amarelado (manchas de Koplik); o Escarlatina: língua com aspecto em “framboesa”; Eritêmato-pultáceas: exsudato esbranquiçado ou purulento, localizado nas criptas e na superfície das tonsilas palatinas. Agentes etiológicos mais comuns: S. pyogenes, H. influenzae, S. aureus e M. catarrhalis. o Amigdalite estreptocócica: infecção bacteriana mais comum na criança de 3 a 12 anos. o Mononucleose: vírus EB, pode manifestar-se como eritematosa ou eritêmato-pultácea. Obs: anginas eritematosas ou eritemopultaceas : Viral: 75%; predisponentes nos primeiros anos de vida e menos frequente na adolescência. o Ag etiológicos: rinovírus, coronavírus, adenovírus, etc o Quadro clínico: dor de garganta, disfagia, mialgia, febre baixa, tosse, coriza hialina e espirros. Leucopenia e linfocitose. o Exame físico: hiperemia e edema de mucosa fríngea e das amigdalas com presença de exsudatos (rara). Ausência de adenopatia. o TTO: medidas de suporte, analgésicos e antiinflamatórios. Bacteriana: 20 a 40%. Crianças a a partir de 3 anos (pico entre 5 e 10). o Ag etiológicos: estreptococo B- hemolitico do grupo A. o Quadro clínico: dor de garganta intensa, otalgia reflexa, febre de intensidade variável e queda do estado geral. o Ex físico: hiperemia, aumento da tonsila e exsudato purulento, adenomegalia. o DDO: cultura de orofaringe; imunoensaios; cultura de antiestreptolisina (ASLO = enzima produzida pela b-hemolitica); o TTO: analgésicos, antiinflamatorios, corticoides, o Antibioticoterapia: Penicilina Gbenzoativa / 600000 UI ou 1200000 IM Amoxicilina / 40-50 mg/kg/dia 7-10 dias Amoxicilina + Clavulanico Ou Macrolídeo. Pseudomembranosas: formação de placas mais o menos aderentes as amígdalas, que frequentemente invadem o palato mole e úvula. o Diagnóstico diferencias: difteria (insidiosa, mal- estar geral, inapetência, astenia e febre com formação de pseudomembranas brancas brilhantes que recobrem as tonsilas) e infecção por germe gram+ (streptococus); Ulcerosas: o Superficial = erupção vesiculosa: angina herpética e herpangina são semelhantes, podendo surgir de forma semelhante a eritematosa – inicio abrupto e aspecto congesto por toda a mucosa – acometendo mais crianças entre 1 a 5 anos. Primo-infecção herpética: virosa mais comum que atinge a boca – formação de vesículas dolorosas que se rompem dando lugar a ulcerações superficiais semelhantes a aftas. De duração até 7 dias. o Profundas: há necrose do tecido. Anginas de Plaut-Vicent, quadros associados a hematopatias, tuberculose e sífilis. FORMAS CRÔNICAS Dor de garganta crônica, halitose, eliminação de caseum, edema periamgdaliano e adenopatia cervical persistente. Amigdalites de repetição: podem ser causadas por bactérias, vírus ou fungos. 5 a 7 infecções em um ano ou quatro infecções em dois anos consecutivos. Patogênese Presença de microorganismos produtores de B-lactamase, impedindo a ação das penicilinas; Combinação de aeróbicos e anaeróbicos que apresentam aumento da virulência; Imunodepressão local das amígdalas, secundária à estimulação antigênica bacteriana constante; Edema do córion amigdaliano > aumentar a suscetibilidade às infecções; Queratinzação da mucosa. A avaliação laboratorial é útil para descartar deficiências imunológicas, carenciais e leucoses – hemograma completo, ferro, zinco, IgG, IgM, IgA. Hipertrófica: quadro obstrutivo, respiração oral, roncos, disfagia, má oclusão dentária, podendo desenvolver períodos de apneia. A respiração oral leva a deformidades do desenvolvimento crânio-facial (protusão malar, palato ogival, hipotonia de lábio inferiores e mordida aberta ou cruzada) Críptica: as amígdalas apresentam criptas ou sulcos profundos que favorecem a deposição de caseo. o Caseosa: material de descamação epitelial, que desprende como grãos de arroz; o Calculosa: calcificação do caseo; o Purulenta: saída de secreção leitosa À expressão da amigdala. Em alguns casos pode ocorrer encapsulamento do material caseoso, formando cistos repletos de líquido leitoso. Irritação da garganta ou halitose e saída de material branco de odor fétido das criptas. /
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