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APG amigdalite

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Resumo APG – Amigdalite 
Fisiopatologia da amigdalite; 
As amigdalas são um conjunto de tecido linfóide 
faríngeo constituído por células linfóides 
especificamente linfócitos B e por tecido 
conjuntivo. 
Ela faz parte do anel de Waldeyer que é o local 
onde está o conjunto de tecido linfóide na 
cavidade oral, que tem como função defender 
os tubos digestivo e respiratório de patógenos. 
Faz parte do anel de Waldeyer: amígdalas 
faríngeas (adenóides), amígdalas tubárias, 
amígdalas palatinas e amígdalas linguais. 
 
- A amigdalite afeta as amigdalas palatinas. Ela 
também é conhecida como faringoamigdalites ou 
até mesmo anginas que tem algumas subdivisões. 
- As amigdalites podem ser divididas em viral ou 
bacteriana. 
- São mais comum na infância pois é o período 
no qual as amigdalas estão em maior atividade 
imunológica. 
- É transmitida por gotículas, portanto é comum 
haver surtos em escolas ou até mesmo em casa. 
OBS; as amígdalas se diferem de pessoa para 
pessoa, em algumas pessoas as amígdalas são 
lisas com cavidades rasas e em outras são 
ásperas e com cavidades profundas essas 
cavidades são chamadas de cripta. É muito 
ocorrer o acumulo de alimentos nessas 
cavidades com isso acaba que provoca a 
formação da pedra da amígdala, que causa dor 
de garganta, halitose e uma massa esbranquiçada 
de mal cheiro nas amígdalas. Ela também pode 
fazer o acumulo de antígenos que acaba que 
pode ficar cronicamente na amígdala, nisso a 
pessoa vai apresentar um quadro de infecção 
constante. 
Amigdalite viral; 
É a causa mais comum das amigdalites, 
representa cerca de 40 a 50% dos casos. 
É uma faringoamigdalite aguda e corresponde 
cerca de 75% das agudas. 
É causada por vírus, sendo que os agentes mais 
comuns são: Adenovírus, Enterovírus 
(Coxsackie A e B), Rinovírus, Influenza e 
Parainfluenza, Epstein-Barr, Herpes simplex 1 e 2. 
É mais comum em crianças abaixo dos 3 anos 
de idade. 
Os sintomas são de leve intensidade; 
- Doe de garganta e disfasia (dificuldade ao 
engolir). 
- Febre baixa e dor no corpo. 
- Coriza e espirros. 
- Vermelhidão da mucosa faríngea. 
- Tonsilas aumentadas sem esxudato (pus 
produzido pelos vasos linfáticos que é favorável 
para o sistema imune atuar). 
Tratamento; 
- Medicações analgésicas e anti-inflamatórios. 
Amigdalite bacteriana; 
O agente etiológico mais comum é o 
Streptococcus pyogenes que causa a 
faringoamigdalite estreptocócica que é cerca de 
20 a 30% das amigdalites agudas. 
Ela é o tipo mais comum da amigdalite bacteriana. 
Ela pode trazer sequelas como; febre reumática 
e glomerulonefrite difusa aguda pós-
estreptocócica. 
Usualmente ocorre após os três anos de idade, 
mas pode ocorrer em crianças abaixo dos 3 anos 
de idade, porém não é comum. 
Os sintomas são mais bruscos; 
- Febre alta. 
- Dor de garganta intensa. 
- Adenopatia (aumento do volume dos gânglios 
linfáticos devido a proliferação de linfócitos). 
- Exsudato purulento. 
Diagnostico; 
É feito a parti de exames, porém acabam 
demorando, então se utiliza mais de testes 
rápidos como ELISA que consiste na reação de 
um antígeno estreptocóccico com anticorpos 
específicos. É realizado no consultório e o 
resultado sai em 15 min. 
Tratamento; 
- Antibióticos como; penicilina ou derivados, 
amoxicilina, ou azitromicina em casos de alergia 
a penicilina. 
A classificação clínica das faringotonsilites; 
Essa classificação depende da velocidade de 
instalação da doença no organismo e dos seus 
sintomas. 
- Amigdalite aguda; 
Febre, dor de garganta, disfagia (dificuldade de 
engolir), esxudatos (pus), hiperemia (vermelhidão 
nas amígdalas). 
- Amigdalite aguda recorrente; 
É quando ocorre 7 episódios em um ano, 5 
episódios por ano em 2 anos consecutivos ou 3 
episódios por ano em 3 anos consecutivos. 
- Amigdalite crônica; 
Dor de garganta crônica, halitose, cálculos 
amigdalianos excessivos e edemas 
periamigdaliano. 
- Hiperplasia amigdaliana; 
É quando a pessoa apresenta roncos, apneia 
obstrutiva do sono, disfagia e voz hiper nasal. 
Classificação clínica das anginas; 
As amigdalites também são chamadas de anginas 
e se subdividem e essa aparência clínica ajuda no 
diagnostico e no tratamento correto. 
- Angina eritematosas; (presente nos casos de 
amigdalite aguda). 
Acomete 90% dos casos. Se caracteriza por 
hiperemia difusa (aumento do fluxo sanguíneo), 
aspecto congesto de toda a mucosa e amígdalas 
demasiadas apresentando as vezes pontos de 
exsudatos. 
 - Anginas eritemato – pultáceas; (presente nos 
casos de amigdalite aguda). 
Apresentam hiperemia, congestão inflamatória 
das estruturas da orofaringe e também placas de 
exsudatos esbranquiçado sobre as amígdalas. 
 Figura 1. Angina eritematosa em um paciente 
 
 
 
 
 
 
 
- Anginas pseudomembranosas; 
Se caracteriza pela formação de placas 
aderentes recobrindo as amígdalas, associada a 
edema da mucosa, em casos de mononucleose 
infecciosa a úvula está preservada. 
 
 
 
 
 
 
- Angina úlcero – neucróticas; 
Formação de úlceras profundas associadas a 
necrose tecidual, muito comum em angina de 
Plaut-Vincent e cancro sifilítico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Anginas Vesiculosa; 
São ulcerações pouco profundas recobertas por 
exsudato esbranquiçado, disseminados ou 
confluentes. 
 
 
 
 
 
 
Outros agentes que podem causar 
faringoamigdalite aguda; 
- Mononucleose infecciosa; 
É causada pelo vírus Epstein-Barr. 
O período de encubação pode varia de 30 a 45 
dias e o período de transmissibilidade pode durar 
meses ou anos, existem outras patologias que 
podem está associadas como; HIV, sífilis 
secundaria, rubéola entre outras. 
A transmissão ocorre por saliva por isso é 
conhecida como doença do beijo. 
Os sintomas e sinais são; febre alta, mal estar e 
coriza seguida de angina e linfadenomegalia. 
As tonsilas se apresentam hipertrofiadas, 
eritematosas, podendo apresentar exsudato 
branco amarelado na superfície e nas criptas. 
 
 
Figura 2. Paciente com faringoamigdalites 
eritêmato-pultáceas 
Figura 3. Paciente com angina pseudomembranosa 
Figura 4. Paciente com angina 
ulcero-necrótica 
Figura 5. Paciente com angina vesiculosa 
- Doença da mão – pé – boca. 
Úlceras na língua e mucosa oral. Erupção papulo-
vesicular nas palmas, plantas, áreas interdigitais e 
glúteos. 
É causada principalmente pelo vírus Coxsackie 
A16 e enterovírus 71. O período de incubação é 
de 3 a 10 dias. 
 
 
Mecanismos de defesa presente nas tonsilas; 
As tonsilas são formadas por tecidos linfoides que 
possuem centro germinativo. Porém são 
revertidos por tecido epitelial escamoso que se 
localiza as criptas que são invaginações desse 
tecido que acabam chegando aos tecidos 
linfoides. 
- Quando um antígeno do meio externo adentra 
a cavidade oral ele acaba se alocando nessas 
criptas, que acabam assim entrando em contato 
com as “células apresentadoras de antígenos” 
(macrófagos ou células dendríticas, elas capturam 
os antígenos para apresentá-lo ao linfócito T 
auxiliar). 
- Quando o antígeno é apresentado ao linfócito 
T o mesmo começa a liberar interleucina 1 (atua 
como agente inflamatório). Com a persistência do 
antígeno e do seu material genético a pessoa 
passa a produzir clones de linfócitos T auxiliares. 
- Quando existe uma grande concentração de 
antígeno é estimulado a diferenciação de linfócito 
B em plasmócito e sua expansão clonal. Os 
plasmócitos tem a capacidade de produzir 
anticorpos que nesse caso são imunoglobulinas, 
inicialmente do anticorpo IgM (é o primeiro a ser 
produzido pois é ele que atua como primeira 
resposta). E através do mecanismo de 
diferenciação celular iniciam a produção de IgA 
e IgG (IgA tem função de proteção contra vírus 
e bactérias, já o IgG possui alta afinidade de 
ligação com antígenos específicos e acaba 
neutralizando esses antígenos. 
-Inicia ali um processo de inflamação que facilita 
a produção de exsudato (pus que facilita as 
imunoglobulinas atuarem). Ocorrendo assim a 
amigdalite. 
Referência; 
 MYAKE, MAM et al. Mecanismos imunológicos 
da mucosa das vias aéreas superiores e 
fisiopatologia do anel linfático de Waldeyer: 
conceitos atuais. Arquivos Internacionais de 
Otorrinolaringologia, v. 7, p. 232, 2003. 
 SIH, Tania. Faringotonsilites Agudas. Manual de 
otorrinolaringologia pediatrica da IAPO, p. 55-65, 
2015. 
 CARVALHO, Cristiana M. Nascimento; 
MARQUES, Heloísa H. Sousa. Recomendação do 
Departamento de Infectologia da Sociedade 
Brasileira de Pediatria para conduta de crianças e 
adolescentes com faringoamigdalites 
agudas. Jornal de Pediatria, v. 82, n. 1, p. 79-82, 
2006.