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TOXICOLOGIA 
DE 
MEDICAMENTOS
TOXICOLOGIA DE MEDICAMENTOS 
Área em que se estudam os efeitos nocivos produzidos pela interação de medicamentos com o organismo, decorrentes do uso inadequado ou da susceptibilidade individual
 (OGA & DE SIQUEIRA, 2008).
https://globoplay.globo.com/v/6335745/programa/
INTOXICAÇÕES CAUSADAS POR MEDICAMENTOS
Intencionais – tentativas de Suicídio
Acidentes 
Uso terapêutico 
Automedicação 
 Erro de medicação
Uso abusivo 
Dose inadequada/ ajuste de dose
REGISTROS DE INTOXICAÇÃO 2009
REGISTROS DE ÓBITOS 2009 
Atendimento inicial das intoxicações agudas
Avaliação inicial
Sinais vitais;
Nível e estado de consciência;
Pupilas (diâmetro e reatividade à luz);
Temperatura e umidade da pele;
Oximetria de pulso;
Medida de glicose capilar (dextro);
Obter acesso venoso calibroso (coleta de amostras para exames toxicológicos)
Amostra de Urina
CLASSES DE MEDICAMENTOS
OCORRÊNCIAS NAS DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS 
MEDICAMENTOS ENVOLVIDOS NAS INTOXICAÇÕES
ESTUDOS DE CASO
https://padlet.com/isabelarosier/toxicologia-aguda-de-medicamentos-kdddfoi5q81j5p20
1.BARBITÚRICOS
 Comercializados no Brasil: * Fenobarbital * Tiopental
BARBITÚRICOS 
 Depressores não seletivos do SNC
Hipnóticos, sedativos, anestésicos, anticonvulsivantes 
Estreita margem de segurança
Elevado potencial de abuso e no passado representatividade importante em n° de óbitos. 
Atravessam barreira hematoencefálica
 Indutores enzimáticos (CYP2C e CYP3A) – tolerância metabólica
BARBITÚRICOS 
 Classificação segundo duração do efeito 
Os barbitúricos de ação mais curta são mais tóxicos 
Fenobarbital- ação longa- um dos medicamentos mais utilizados nas epilepsias
Fenobarbital 3% das intoxicações (CCI/SP 1998 – 2003)
BARBITÚRICOS – Diagnóstico da intoxicação
Clínico Baseado na história de exposição ao agente
 e no exame físico
Laboratorial específico: Nível sérico de fenobarbital - 
Guia aproximado da gravidade da intoxicação
10 – 20ug/mL: nível terapêutico como anticonvulsivante
 > 30 ug/mL: nível tóxico – nistagmo (oscilações repetidas e involuntárias rítmicas de um ou ambos os olhos em algumas ou todas as posições), ataxia e sonolência 
 60 - 80 ug/mL: intoxicação moderada 
 > 80 ug/mL: intoxicação grave
BARBITÚRICOS – Diagnóstico da intoxicação
Laboratorial geral 
Monitorar ritmo cardíaco (ECGs) 
 saturação de O2 (gasometria) 
eletrólitos, 
função renal e hepática, 
glicose
BARBITÚRICOS
Causas de intoxicação: tentativas de suicídio, automedicação e acidental 
Causa de óbito: depressão cardiorrespiratória
 Nas intoxicações: terapia de suporte, alcalinização da urina, lavagem gástrica e carvão ativado 
Antídoto: Não há.
vasoplegia: não contração dos vasos com a mudança de decúbito.
2. BENZODIAZEPÍNICOS 
 
Diazepam, flurazepam- ação longa
Maiores representantes dos registros de intoxicações – 11,3 % (CCI/SP 1998 – 2003) 
 
2. BENZODIAZEPÍNICOS
Os BZDs podem ser utilizados como pré-anestésico ou anestésico injetável).
Indicações:
 hipnótico, sedativo, anticonvulsivante, ansiolítico, coadjuvante anestésico, relaxante muscular 
Em baixas doses tem efeito ansiolítico.
Em altas doses a seletividade é perdida e eles atuam como hipnóticos (indutores do sono).
Efeito
Aumento da dose da droga
Normal
Alívio da ansiedade
Sedação
Hipnose (Sono)
Anestesia Geral
Coma
Morte
BZD- EFEITO ANSIOLÍTICO X HIPNÓTICO X SEDATIVO
2. BENZODIAZEPÍNICOS
A principal diferença entre os BZDs está no metabolismo. 
Os de ação curta são metabolizados diretamente para uma forma inativa e tem t½ =3 a 15 horas (ex: temazepam- 11 a 20hs).
Ação longa tem um ou mais intermediários e por isso, podem ter t½ longas, maiores que 100 horas (ex. diazepam 1 a 3 dias).
Assim como os barbitúricos são classificados segundo o tempo de efeito:
2. BENZODIAZEPÍNICOS
 Atravessam barreira hematoencefálica 
Desenvolvimento de tolerância funcional 
São relativamente seguros 
 Causas de intoxicação: tentativas de suicídio, automedicação e acidental
 Óbitos: são raros – geralmente associados a outros depressores do SNC
Disartria é uma perturbação neurológica caracterizada pela dificuldade em articular as palavras de maneira correta
TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO POR BZD-
TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO POR BZD-Flumazenil- antagonista do GABA
3. ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS 
Ação farmacológica: atuam nos receptores de dopamina, inibindo a recaptação de noradrenalina e serotonina 
3. ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS 
Baixo índice terapêutico
importantes causas de morte por overdose em emergências
No Brasil, situa-se entre os três primeiros grupos de medicamentos relacionados à tentativa de suicídio
  
3.ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
3. Diagnóstico da intoxicação e monitoramento terapêutico 
 Clínico: Baseado na história de exposição ao agente e no exame físico.
 
Laboratorial específico: A detecção qualitativa pode ser realizada nos casos em que exista dúvida quanto à exposição.
 Laboratorial geral : Monitorar ritmo cardíaco (ECG seriado),
 eletrólitos, CPK, função renal, gasometria e glicemia.
Antídoto ????? Discutível ... Não usar mais... arritmias
Fisostigmina: antídoto específico para intoxicações por anticolinérgicos, age tanto nos sintomas centrais quanto nos periféricos.
4. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINES) 
 Representantes: diclofenaco, piroxicam, nimesulida, cetoprofeno, etc 
 	Ação: inibição da COX 1 e COX2
Gastrotoxicidade (sangramento TGI)
Diminui síntese TXA2 (que é importante para agregação plaquetária) 
Descontaminação:
Sintomática
Em intoxicações leves protetores de mucosa são suficientes;
Tratar convulsões utilizando diazepam e hipotensão com hidratação e uso de drogas vasoativas;
5. PARACETAMOL 
Antitérmico, analgésico e antiinflamatório fraco – inibição da produção de prostaglandinas (inibe COX)
 
 Doses tóxicas: 6 – 7,5g adultos, 150mg/Kg em crianças
Hepatotoxicidade e nefrotoxicidade 
Apresentações - Isolado: Tylenol ®, Dôrico ®, Tylaflex ® 
 Associação: Tandrilax ®, Tylex ®, Buscopan Plus ® 
 Inicialmente quadro de “mal estar” 
 Dor no hipocôndrio direito e alteração dos parâmetros de função renal e hepática 
 Febre, náuseas e vômito, alterações cardíacas, encefalopatia 
 Morte ou resolução da intoxicação
5. METABOLISMO E EFEITO TÓXICO DO 
PARACETAMOL
N-acetil-p- benzoquinonimina (NABQI) 
Ativada por álcool, overdose, jejum
Na overdose, as vias de glucuronização e sulfatação tornam-se saturadas e o metabolismo via citocromo P450 (principalmente pela enzima CYP2E1) aumenta. 
Desta forma aumenta a produção do NAPQI que rapidamente esgota a glutationa celular. 
Quando cerca de 70% da glutationa está esgotada, o NAPQI liga-se covalentemente com as macromoléculas de proteínas nos hepatócitos, causando alteração de membrana, morte celular e degeneração do fígado
INTOXICAÇÃO POR PARACETAMOL
 Estimula a síntese de glutationa 
Evita os efeitos tóxicos da N acetil-p- benzoquinonimina (NABQI) 
 - Eficaz até no máximo 8 horas após ingestão 
 - Carvão ativo eficaz na primeira hora - - Lavagem gástrica até 4 horas 
Diminui entre 21% e 28 % mortalidade em caso de insuficiência hepática; 
Melhor resposta: até 8-10 horas após a ingesta; 
Descontaminação
Lavagem gástrica e a administração de carvão ativado após uma ingestão potencialmente tóxica. 
É mais eficaz quando realizados no prazo de 1 hora após a ingestão.
Antídoto
N- acetilcisteina (NAC)
Deve ser administrado a qualquer paciente com risco de lesão hepática:
Iniciar NAC dentro das 8 primeiras horas após ingestão em pacientes com qualquer possível risco de hepatotoxicidade;
Os pacientes com mais de 24 horas após a ingestão que têm níveis mensuráveis de paracetamol ou evidências bioquímicas de hepatotoxicidade devem receber terapêutica com NAC até melhora da função hepática, mantendo a última fase do protocolo por dias, se necessário.
6. SALICILATOS 
 Analgésico e antitérmico 
 Grande número de associações medicamentosasDose letal 10 – 30g 
 
 Ácido acetil salicílico (AAS) 1,9% das intoxicações (CCI/SP 1998 – 2003) 
6. SALICILATOS
	Dicas e conselhos
A forma mais concentrada e tóxica de salicilato é o óleo de gaulltéria (metilsalicilato, um componente de alguns linimentos e soluções utilizadas em vaporizadores quentes); a ingestão de

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