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diversidade e antropos-1

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DIVERSIDADE SOCIOCULTURAL
UMA ABORDAGEM ANTROPOLÓGICA
Prof. Eduardo Fonseca
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DIVERSIDADE CULTURAL
 Diversidade cultural – capacidade humana de inventar variados modos de organizar a vida social. Invenção, renovação e intercâmbio de elementos culturais;
 Os seres humanos possuem a capacidade de criar culturas – potencial criador e criativo;
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DIVERSIDADE SOCIOCULTURAL NO BRASIL
 
 Imagem social de um país sincrético, plural e democrático. Experiências sociais de sincretismo cultural e convivência tolerante entre os diferentes grupos sociais;
 Experiências de extermínio, discriminação e preconceitos entre os diferentes grupos sociais;
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DIVERSIDADE SOCIOCULTURAL BRASILEIRA:
 Étnica-racial: negros, índios, judeus;
 Sexual: heterossexual, bissexual, homossexual;
 Gênero: masculino, feminino;
 Econômica: pobres, ricos, de classe média;
 Religiosa: católico, evangélico, espírita, afro-brasileiros;
 Regional: nordestinos, sulistas, etc;
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DIVERSIDADE CULTURAL E ETNOCENTRISMO
 Percepção e categorização das diferenças culturais formam a base do etnocentrismo;
 Etnocentrismo é uma postura negativa diante das diferenças culturais. Na etimologia da palavra: ETNO (etnia, povo, nação) + CENTRISMO (centro). A nossa sociedade ou o nosso grupo é melhor, natural, superior etc;
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 O etnocentrismo reúne sentimentos e pensamentos negativos acerca das sociedades e grupos sociais:
 Afetivos: medo, estranheza, repulsa, (sentimentos);
 Intelectuais: perplexidade, dúvidas, incompreensão (pensamentos)
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 Segundo ROCHA: “Etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência” (1988, p. 7);
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POSTURAS ETNOCÊNTRICAS
 Negar o direito e dignidade do outro que é diferente (olhar, gestos, risos, atitudes); e/ou hierarquizar as diferenças culturais (irracionais, inferiores);
 Hostilizar o outro, atentando contra a sua integridade física e psicológica. Atitudes truculentas e intolerantes (gays, judeus, ciganos);
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ETNOCENTRISMO (continuação)
 Assimilar a cultura do outro, dando lugar a sua destruição. Contato + Assimilação = Destruição da cultura do outro;
 Proteger as minorias étnicas e culturais, transformando-as em inferiores (índios, quilombolas);
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 Para LARAIA (1998): “Comportamentos etnocêntricos resultam também em apreciações negativas dos padrões culturais diferentes. Práticas culturais de outros sistemas culturais são catalogadas como absurdas, deprimentes e imorais” (p. 86);
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CLASSIFICAÇÕES ETNOCÊNTRICAS
 Bárbaros: populações consideradas ferozes, cruéis e incivis. Isto é, todos que não participavam do mundo greco-romano;
 Pagãos: serviu inicialmente para designar os camponeses europeus tidos como rústicos e incivis. Depois os que não eram batizados;
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 Selvagens: São os habitantes das selvas que não participam da vida civilizada. Povos da selva, destituídos de cultura;
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RELATIVISMO CULTURAL 
 
 É uma postura inversa ao etnocentrismo que procura compreender as práticas e valores culturais das sociedades e grupos sociais a partir de sua lógica cultural;
 O relativismo cultural procura compreender a racionalidade e o sentido das práticas culturais das diversas sociedades e/ou grupos sociais 
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 Para a antropologia não existem povos e/ou grupos sociais inferiores nem superiores. Critica a postura etnocêntrica e propõe em seu lugar o relativismo cultural;
 A postura relativista procura compreender e respeitar os padrões culturais dos grupos e/ou sociedades diferentes:
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 Somente quando relativizamos a nossa experiência cultural somos capazes de compreender a racionalidade e riqueza do patrimônio cultural de outras sociedades; 
 Para Rocha: “relativizar é não transformar a diferença em hierarquia, em superiores e inferiores ou em bem e mal, mas vê-la na sua dimensão de riqueza por ser diferença” (1994: p. 21);
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DIVERSIDADE CULTURAL NO CONTEXTO ATUAL
 A visibilidade da diversidade cultural tem engendrado duas respostas: 
 Visibilidade e reconhecimento político das minorias étnicas e culturais;
 Etnocentrismo: injustiça, hierarquias, dominação e conflitos;
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PROPOSTA ANTROPOLÓGICA
 Reconhecer a dignidade do outro e manter uma abertura criativa para o diferente (convivencialidade);
 Combater a discriminação e promover a justiça cultural: redistribuição econômica, redução das desigualdades sociais; 
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 Desafio contemporâneo: incapacidade de reconhecer a dignidade do outro e manter uma abertura criativa para o diferente; 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 ARIZPE, Lourdes et al. “Diversidade Cultural, Conflitos e Pluralismo”. In: Informe Mundial Sobre Cultura: Diversidade Cultural, Conflito e Pluralismo/UNESCO. São Paulo: Moderna; Paris: UNESCO, 2004.
 ROCHA, Everardo. “Pensando em Partir”. In: O Que é Etnocentrismo. São Paulo, Editora Brasiliense, 1988.
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BIODIVERSIDADE E DIVERSIDADE CULTURAL
 As sociedades tradicionais desenvolveram culturas mais adaptadas aos ecossistemas (saber e racionalidade ambiental);
 Racionalidade econômica e tecnológica (sociedades modernas) vs. Racionalidade ambiental (Sociedades tradicionais);
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DESTRUIÇÃO DA BIODIVERSIDADE
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 DESTRUIÇÃO DAS CULTURAS TRADICIONAIS
 “Povos aborígines que vivem em desertos, selvas tropicais, mangues ou zonas costeiras ou árticas vêem-se diretamente afetados pela deterioração do meio ambiente e/ou pela invasão de outras populações cujas principais atividades são extrativistas: mineiros, madeireiros, empresas de pesca em grande escala etc”
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 Para ARIZPE et al: “A xenofobia e o racismo, as guerras étnicas, os preconceitos, os estigmas e segregações, a discriminação – baseada sobretudo em diferenças de cor ou gênero – estão gerando violência e sofrimento em quase todos os lugares” (2004: p.20);

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