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1 "A ESTRUTURA E A ORGANIZAÇÃO FAMILIAR" CURSO: "DANÇANDO COM A SISTÊMICA" ALANA TEIXEIRA 2 3 4 Principal Expoente - Salvador Minuchin (1921 -) Psiquiatra Argentino Sempre foi apaixonadamente preocupado com as questões sociais; Serviu como médico no exército de Israel (pertencimento sem ambivalência) e depois foi para os Estados Unidos, onde fez treinamento em psiquiatria infantil; Emigrou para Israel com sua esposa para trabalhar com crianças órfãs. Desenvolvimento da Teoria da Estrutura Familiar e as diretivas para organizar as técnicas terapêuticas - um norte para os terapeutas novatos; Elemento primordial: inclusão da família do PI no tratamento; 5 nenhum "Nenhum ser humano é uma ilha” (John Donne) 6 Terapia Estrutural da Família Terapia Familiar Sistêmica X Psicologia Psicodinâmica A família é mais do que a biopsicodinâmica individual de seus membros e chamada de “matriz de identidade” Terapia de ação, em que o instrumento é o sistema familiar no presente. papel do terapeuta O objeto de intervenção é o sistema familiar no presente, o terapeuta se une ao sistema, utiliza a si mesmo para transformá-lo, muda a posição dos membros da família e, consequentemente, modifica suas experiências subjetivas. Ex: Casal complementar 7 "Portanto, o objeto de intervenção é o sistema familiar no presente, o terapeuta se une ao sistema, utiliza a si mesmo para transformá-lo, muda a posição dos membros da família e, consequentemente, modifica suas experiências subjetivas.” Ex: Casal complementar 8 Componentes Essenciais A Terapia Familiar Estrutural analisa o processo das interações familiares e proporciona uma base consistente para se trabalhar em cada ocasião: Estrutura Subsistemas Fronteiras 9 10 11 12 SIBSISTEMA CONJUGAL 11 12 SIBSISTEMA CONJUGAL Habilidade de acomodação mútua, ou seja, uma adaptação às necessidades e aos estilos de interação preferidos uma da outra. Ambos devem conceder parte de sua individualidade para ganhar em pertencimento. Padrões transitórios X duradouros Fronteira ao redor desta unidade 13 SIBSISTEMA PARENTAL Tarefas de socialização da criança; Fronteira nítida - acesso dos filhos; Estilos diferentes de parentalidade a cada etapa de ciclo vital Ingrediente: uso diferenciado de autoridade "A parentalidade requer a capacidade para nutrir, guiar e controlar, mas os pais não podem desempenhar suas funções executivas sem que tenham o poder para fazê-los, por isso, a parentalidade sempre requer o uso da autoridade." 14 SUBSISTEMA FRATERNAL Primeiro laboratório social; O mundo de irmãos funciona como fio condutor para seus contatos com o mundo de iguais extrafamiliar; Panorama dos filhos únicos; Panorama dos filhos únicos; Papel do terapeuta. 15 FRONTEIRAS Linhas invisíveis que determinam a quantidade de contato entre as pessoas e entre os subsistemas dentro da família; Função: proteger a diferenciação e a autonomia do sistema, lidando com a proximidade e a hierarquia. 16 FRONTEIRA NÍTIDA Fronteiras claras o bastante para permitir a autonomia de seus membros e subsistemas e permeáveis o bastante para garantir apoio mútuo e afeição. 17 FRONTEIRA RÍGIDA Provoca o distanciamento, comunicação escassa e funções protetoras prejudicadas; Família Desligada (pseudo-autonomia); Evitam o conflito, já que evitam o contato; É preciso estar sob extremo estresse antes de mobilizarem apoio mútuo. 18 FRONTEIRA DIFUSA Família emaranhada, aglutinada ou fusionada (sentimento incrementado de pertencimento); Demanda uma máxima renúncia de autonomia, pois a falta de diferenciação desencoraja a exploração autônoma e o domínio dos problemas; Este formato de fusão responde com excessiva rapidez e com intensidade Este formato de fusão responde com excessiva rapidez e com intensidade 19 20 PROCESSO DE MUDANÇA As mudanças na estrutura produzem mudanças no funcionamento do sistema Transações “disfuncionais” Mudança de Segunda ordem X Primeira ordem 21 “Qual o subsistema que concorre mais fortemente para a manutenção do problema?” O objetivo é mudar o funcionamento dos subsistemas, alterando as fronteiras e as hierarquias. Então, a mudança ocorre de 2 maneiras: 1. Altera a composição dos subsistemas, REFAZENDO a fronteira 2. Altera a hierarquia nos subsistemas, mudando a posição dos membros 22 PROCESSO DE UNIÃO Minuchin identificou algumas habilidades técnicas necessárias ao terapeuta no processo de “juntar-se à família”: Uso da linguagem da família (Rastreamento) Respeitar as regras da família e aceitar a comunicação deles (Acomodação) Fazer parte como um membro, adotar a forma de falar, a expressão corporal, etc. (Mimesis) 23 MAPA FAMILIAR Se a mudança ocorre através do processo de união do terapeuta à família, de forma cuidadosa, com o objetivo Fazer parte como um membro, adotar a forma de falar, a expressão corporal, etc. (Mimesis) 23 MAPA FAMILIAR Se a mudança ocorre através do processo de união do terapeuta à família, de forma cuidadosa, com o objetivo de modificar os padrões transacionais disfuncionais, ele vai precisar de um esquema que o auxilie nesta tarefa de localizar as áreas de possível flexibilidade e mudança. Recurso de simplificação poderoso, que permite ao terapeuta formular hipóteses e determinar os objetivos terapêuticos. 24 O terapeuta faz alguns questionamentos a si mesmo: 25 Aspecto sine qua non da terapia familiar estrutural: o uso de representações A atenção do terapeuta não é voltada para o problema descrito, é voltada para a atuação deles e a sequência comportamental durante a sessão. Ex. Família composta por mãe, pai e duas filhas. A filha mais velha é a paciente identificada: tem 15 anos, diabética que se recusa a seguir o tratamento com dieta adequada e aplicações de injeção de insulina. O pai começa a descrever a doença da filha e como isso os afetou, depois “autoriza" a esposa a falar, que também descreve a situação da doença e de como isso afeta a todos e, enquanto fala, mantém contato visual com todos os membros. Quando a menina de 15 anos fala, ela faz longas pausas, todas preenchidas por sua mãe. 26 Noção de Poder: “Direção executiva” dos pais/ Hierarquia: "Diferente níveis de autoridade” Expressão - “Hierarquia de Poder” 26 Noção de Poder: “Direção executiva” dos pais/ Hierarquia: "Diferente níveis de autoridade” Expressão - “Hierarquia de Poder” Investigação da estrutura dos papéis e das regras dentro da família 27 ALIANÇA Dois membros se unem para alcançar um objetivo comum. 28 COALIZÃO Acontece quando dois membros se unem contra um terceiro. 29 INTERVENÇÕES SISTÊMICAS NO MODELO DA ESCOLA ESTRUTURAL CURSO: DANCANDO COM A SISTÊMICA POR ALANA TEIXEIRA 30 o estilo 50 anos depois… Passou de um estilo desafiador ativo (confrontando, direcionando, controlando) para um estilo mais suave, que utiliza o humor, a aceitação, a sedução na busca dos mesmo objetivos que almejava anteriormente. Evoluiu do ponto de ser mais colaborativo, sem abandonar o papel de especialista e, ainda mantendo o objetivo de facilitar as mudanças no tempo presente, passou a explorar a influência do passado. 31 MODELO DE 4 ETAPAS PARA ACESSAR A FAMÍLIA 32 Foca as áreas de competência do PI Explora o contexto no qual os sintomas se manifestam Investiga dificuldades diversas em outros membros da família, sejam similares ou diferentes da do PI Foca as áreas de competência do PI Explora o contexto no qual os sintomas se manifestam Investiga dificuldades diversas em outros membros da família, sejam similares ou diferentes da do PI Oferece um espaço respeitoso para o PI descrever seu sintoma e o significado que atribui a ele, descrever outros aspectos de si mesmo e da família. 33 ETAPA 2: Destacar o problema/Interações mantenedoras “Como os membros da famíliaatuam de modo a perpetuar o problema?” Há aqui uma premissa de que os membros poderão mudar seus padrões de relação se conseguirem se ver como capazes de ajudar o PI. O sintoma é afastado do centro do palco e outros dramas da família entram em cena 34 ETAPA 3: investigar o passado com foco na estrutura A forma como cada adulto atua dentro do sistema familiar condiz com um repertório de vida recheados de experiências e de histórias, nem sempre acessíveis aos demais membros. Ainda que os outros conheçam este recheio, renarrá-lo pode trazer elementos novos, como um orgulho, ideia de competência, etc. Ex: “Vejo você como um time de futebol completo. Você é o goleiro, o lateral e o atacante. Onde você aprendeu a ser dessa forma?” OU “Você parece se sentir como se não tivesse nenhum direito. Como essa ideia foi desenvolvida no decorrer de sua história?” 35 etapa 4: descobrir/cocriar formas alternativas das relações Esta etapa retrata a terapia como um empreendimento colaborativo; Operação realizada COM a família. 36 Operação realizada COM a família. 36 As técnicas são como ferramentas preciosas para realizar uma tarefa, mas o terapeuta pode ter em mãos uma caixa repleta de ferramentas adequadas e, mesmo assim, não conseguir utilizá-las de forma produtiva por não possuir uma visão conceitual ampla. 37 PEQUENOS CONTOS… "Maria é uma esposa dedicada e, por esta razão, considera-se no direito de vigiar as ações do marido sob a desculpa de cuidar do mesmo, mas na verdade quer controlá-lo. João, por sua vez, quando se irrita com o comportamento da esposa acaba se distanciando dela, o que a faz ficar mais ciumenta e se volta para a filha, fazendo queixas da mulher. A menina, que nada tem com a situação, acaba ressentida com a mãe e próxima ao pai." 38 PEQUENOS CONTOS… "Mario trabalha em um hospital e assume a gerência com muita cautela, respeitando a opinião da equipe, mas com os colegas ele é muito vaidoso e não aceita a menor crítica quando lhe é feita qualquer pontuação. Em casa ele é muito calado e isolado da esposa e das filhas, o único com quem conversa e estabelece um diálogo saudável é com o filho, emitindo opiniões paternas, mas respeitando as decisões do filho.” "Sandra e Beto estão com problemas na autoridade com os filhos. São muito frouxos nas ações e ordens que nunca são respeitadas. Entre eles não há problemas, o casal desenvolveu uma acomodação mútua em que um apoia o funcionamento do outro e, portanto, funcionam muito bem no grupo de dois. Entretanto, apresentam dificuldades em reger o grupo maior que inclui os filhos, tendendo ao não ajuste do subsistema parental. 39 caso clínico "Mariana tem 30 anos, casada com Paulo, de 34 anos. Os dois são administradores, ele trabalha na direção das duas lojas da família e ela não trabalha desde o nascimento do segundo filho, Marcos, de quatro anos. Eles têm um filho mais velho de 10 anos, Guto…" "Mariana tem 30 anos, casada com Paulo, de 34 anos. Os dois são administradores, ele trabalha na direção das duas lojas da família e ela não trabalha desde o nascimento do segundo filho, Marcos, de quatro anos. Eles têm um filho mais velho de 10 anos, Guto…" 40 referência Lee, W.Y.; Minuchin, S.; Nichols, M. Famílias e casais: do sintoma ao sistema. Porto Alegre: Artmed, 2009. Minuchin, S. Famílias: Funcionamento e Tratamento. Porto Alegre: Artes Médicas, 1982. Minuchin, S.; Nichols, M. A cura da Família: Histórias de esperança e renovação contadas pela terapia familiar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1995. Nichols, M.; Schwartz, R. Terapia Familiar: Conceitos e Métodos. 7 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. Piszezman, Maria Luiza. Terapia Familiar breve: uma nova abordagem terapêutica em instituições. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999.
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