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Ligações Químicas AULA 03 Lewis, Teoria do Octeto, QUÍMICA GERAL E INORGÂNICA PROFESSOR NELSON ALENCAR Um Pouco de História!!! O conceito de configuração eletrônica e o desenvolvimento da Tabela Periódica permitiu aos químicos uma base lógica para explicar a formação de moléculas e outros compostos. O fato que de todos os elementos da tabela periódica, somente os gases nobres encontram-se no estado isolado, ou seja, não se ligam a outros átomos, levou a Kossel e Lewis em 1916, criarem uma REGRA para essas ligações químicas e nomearam de TEORIA DO OCTETO. VISOES DE LEWIS O Gases Nobres existem na natureza, na forma de átomos isolados, devido a uma ESTABILIDADE. essa Estabilidade deve ser pelo fato de terem 8 elétrons na ultima camada, exceto o Hélio que apresenta somente 2. Os átomos dos outros elementos químicos só existem ligados na natureza, isto somente ligados que apresentam ESTABILIDADE. Gilbert Newton LEWIS 1875 – 1946 A Teoria DESORDEM, ENTROPIA E ESTABILIDADE QUIMICA Exemplos LIGAÇÃO IÔNICA LIGAÇÃO COVALENTE Na Cl Cl Cl Exceções à Teoria do Octeto Moléculas com número ímpar de elétrons NO, que tem um total de onze elétrons de valência. Não é possível emparelhar completamente os elétrons, e não se pode completar o octeto de pelo menos um dos átomos. Átomos com menos do que o octeto Este caso ocorre especialmente na formação de compostos com boro (B) e berílio (Be). O exemplo típico é a molécula de BF3. O B pertence ao grupo 3A, e o F, ao 7A. Dessa forma, a molécula de BF3 tem 24 elétrons de valência Átomos com mais do que o octeto Este é, de longe, o caso mais importante e mais freqüente de violação da regra do octeto. Ocorre quando o átomo central pertence aos períodos mais altos da Tabela Periódica (do terceiro em diante). A possibilidade de elétrons estarem em (ou ocuparem) orbitais d ou f permite que a última camada do átomo central possa ser completada com mais de oito elétrons. Classificação das Ligações Químicas Tipos de ligações INTERATÔMICAS INTERMOLECULARES Iônica Metálica Covalente Ligações de H Forças de VDW Ligações Iônicas Como o próprio nome já diz a ligação iônica ocorre com a formação de íons. A atração entre os átomos que formam o composto é de origem eletrostática. Sempre um dos átomos perde elétrons, enquanto o outro recebe. O átomo mais eletronegativo arranca os elétrons do de menor eletronegatividade. Ocorre entre metais e não metais e entre metais e hidrogênio OBS: Compostos iônicos não existem como moléculas! Um cristal de cloreto de sódio é composto de muitos íons Na+ e Cl . Sob condições normais não podemos isolar uma única unidade de NaCl, portanto uma “molécula” de NaCl não existe! Explicando melhor ... e- e- Fórmula Eletrônica e Molecular Ligações Covalentes É o tipo de ligação que ocorre quando os dois átomos precisam adicionar elétrons em suas últimas camadas. Somente o compartilhamento é que pode assegurar que estes átomos atinjam a quantidade de elétrons necessária em suas últimas camadas. Cada um dos átomos envolvidos entra com um elétron para a formação de um par compartilhado, que a partir da formação passará a pertencer a ambos os átomos. Ocorre entre não metais e não metais, não metais e hidrogênio e entre hidrogênio e hidrogênio. Tipos de Ligaçoes Covalentes Ligações simples, Duplas e triplas Se o par de elétrons é constituído por um eletron de cada átomo envolvido, a ligação é dita covalente Normal Se o par de elétrons é cedido por apenas um dos átomos a ligação é dita covalente dativa ou coordenada. Exemplos As possíveis ligações dos elementos dos grupos 14, 15, 16 e 17 Ligações Simples, Duplas e Triplas Ocorrência de Ligação Dativa Ligações covalentes Polares e Apolares Nas ligações covalentes os electrões poderão ser partilhados de forma igual ou de forma diferente, dependendo da capacidade de atrair os electrões de cada átomo LIGAÇÃO COVALENTE APOLAR – os átomos atraem os electrões da mesma forma e a nuvem electrónica é simétrica (ex: H2, O2, F2) (NÃO SOBRA ELÉTRONS NO ÁTOMO CENTRAL) momento dipolo = 0 LIGAÇÃO COVALENTE POLAR – um dos átomos da ligação atrai os electrões mais intensamente do que o outro átomo o que provoca uma nuvem electrónica assimétrica , com um pólo positivo (+) e um pólo negativo (-). (ex: HF, CO, H2O) (SOBRA ELÉTRONS NO ÁTOMO CENTRAL) momento dipolo ≠ 0 Compostos Iônicos vs. Covalentes Ligações Sigma () É uma ligação entre dois orbitais s ou um orbital s e um p ou ainda entre dois orbitais p que se interpenetram frontalmente. A primeira ligação a ser formada é um sigma, porque os dos orbitais que estiverem mais próximos um do outro se interpenetram frontalmente. Ligação Pi () são ligações químicas covalentes, nas quais dois lóbulos de um orbital eletrônico interseccionam dois lóbulos de outros orbitais eletrônicos. Apenas um dos planos nodais daquele orbital passa pelos núcleos envolvidos na ligação. É a ligação característica de compostos com duplas ou triplas ligações Ligações Metálicas É a ligação química que ocorre nos METAIS e nas LIGAS METÁLICAS. Devido os metais apresentarem baixa energia de ionização e alta eletropositividade, possuem grande facilidade em perder elétrons da sua camada de valência, formando cátions. Temos então uma estrutura formada por cátions fixos cercados por um "MAR DE ELÉTRONS" provenientes da camada de valência. Os metais são bons condutores de eletricidade por causa da facilidade com que os elétrons se movimentam, pois se encontram livres. E isso ocorre porque os metais têm baixa energia de ionização, ou seja, a atração sobre os elétrons é baixa. Exemplos Aço é uma liga metálica formada essencialmente por ferro e carbono, com percentagens deste último variáveis entre 0,008 e 2,11%. Bronze é uma liga metálica que tem como base o cobre e o estanho e proporções variáveis de outros elementos como Zn, Al, Sb, Ni, P e Pb, entre outros. Latão é uma liga metálica de Cu e Zn com percentagens deste último entre 3% e 45%. Pequenas quantidades de outros elementos (Al, Sn, Pb ou As) para potenciar algumas das características da liga. Forças Intermoleculares Propriedades físicas como ponto de fusão, ponto de ebulição, pressão de vapor, evaporação, viscosidade, tensão superficial, e solubilidade estão relacionadas com a intensidade das forças atrativas entre as moléculas. Estas forças atrativas são denominadas de Forças Intermoleculares. Forças Intermoleculares A ligação covalente que mantem a molécula unida é uma força intramolecular. A atração entre moléculas é uma força intermolecular. Forças intermoleculares são muito mais fracas que forças intramoleculares. Quando uma substancia entra em ebulição, são quebradas as forças intermoleculares e não as intramoleculares Exemplo: HCl força Intermolecular = 16 KJ/mol força intramolecular = 431 KJ/mol Ligações de Hidrogênio As interações de Hidrogenio ocorrem sempre que o hidrogênio estiver se ligando a elemento muito eletronegativo, com par de elétrons livre. Exemplos: Forças de van der Waals Nome dado em homenagem ao cientista holandês Johannes Diderik van der Waals, é a soma de todas forças atrativas ou repulsivas, que não sejam forças devidas a ligações covalentes entre moléculas (ou entre partes da mesma molécula) ou forças devido à interação eletroestática de íons. Johannes diderik VAN DER WAALS 1837 – 1923 A lagartixa adere à superfície por meio de forças de Van der Waals produzidas pelos milhões de pequenos filamentos de seus dedos. Tipos de Forças de van der Waals Íon-dipolo permanente Atraçãoentre um íon e uma molécula polar (dipolo). Íon-Dipolo induzido + Um íon se aproxima de uma molécula apolar. Neste momento, não há separação de cargas na molécula. Quando a aproximação for efetiva, a molécula apolar, por indução, gerará um dipolo. Tipos de Forças de van der Waals Dipolo permanente-Dipolo permanente Dipolo permanente-Dipolo induzido Dipolo induzido-Dipolo induzido Comparativo entre as forças de ligação
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