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1 COMÉRCIO ELETRÔNICO E MÍDIAS DIGITAIS 1 Sumário INTRODUÇÃO ......................................................................................... 6 HISTÓRICO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO ...................................... 8 O QUE É COMÉRCIO ELETRÔNICO ............................................... 12 BENEFÍCIOS DO COMÉRCIO ELETRÔNICO .................................. 14 DIFICULDADES NO E-COMMERCE ................................................. 17 TIPOS DE COMÉRCIOS ELETRÔNICOS ......................................... 18 COMO FUNCIONA UM E-COMMERCE ............................................ 19 A LOGÍSTICA NO COMÉRCIO ELETRÔNICO ................................. 20 ESTATÍSTICAS DO COMÉRCIO ELETRÔNICO .............................. 22 E-COMMERCE NO BRASIL .............................................................. 23 Conceitos básicos .................................................................................. 25 O poder das Mídias Sociais ................................................................... 26 A formação de opinião nas redes sociais .............................................. 27 Quais são as principais redes? .............................................................. 29 Twitter ................................................................................................ 29 Facebook ........................................................................................... 30 Youtube .............................................................................................. 33 Blogs .................................................................................................. 34 WhatsApp .............................................................................................. 35 Snapchat ............................................................................................ 35 Pinterest ............................................................................................. 36 Instagram ........................................................................................... 37 Os 3 Dogmas das Redes Sociais .......................................................... 38 Dogma 1: A verdade é algo repetido diversas vezes por diversas pessoas ........................................................................................................ 39 Caso Actimel .................................................................................. 39 Dogma 2: Grandes corporações estão erradas até que se prove o contrário ........................................................................................................ 40 Caso Blogs Abril ............................................................................. 41 2 Dogma 3: O usuário só entende quem fala a mesma língua que ele . 42 Reclame Aqui ................................................................................. 42 Para que você deve estar preparado? ............................................... 43 Oportunidades e Riscos ......................................................................... 44 Riscos ................................................................................................ 44 Diretrizes de Linguagem Verbal e Visual ............................................... 44 Linguagem ......................................................................................... 45 Volumes de postagem ........................................................................ 45 Escolha do conteúdo .......................................................................... 45 Imagens, infográficos ou vídeos ......................................................... 46 Diretrizes editoriais ............................................................................. 46 Tipos de discursos indicados .......................................................... 46 Volumes de postagem por rede ...................................................... 47 O relacionamento com o usuário ....................................................... 49 Moderação ...................................................................................... 50 Quando usar cada tipo de conteúdo? ................................................ 51 Vídeos e/ ou infográficos ................................................................ 53 Metasites ........................................................................................ 53 Texto puro ...................................................................................... 53 Imagens e/ ou infográficos .............................................................. 54 Glossário de redes sociais ..................................................................... 54 Alcance das publicações .................................................................... 54 Alcance Orgânico ............................................................................... 54 Alcance Pago ..................................................................................... 54 Alcance total ....................................................................................... 54 Algoritmo ............................................................................................ 55 Anúncio .............................................................................................. 55 API ..................................................................................................... 55 Avaliações .......................................................................................... 55 Campanha .......................................................................................... 55 Capa ................................................................................................... 55 3 Check-in ............................................................................................. 56 Community Manager .......................................................................... 56 Conexões ........................................................................................... 56 Curtir .................................................................................................. 56 Discutidas ........................................................................................... 56 Direcionamento .................................................................................. 56 CTR .................................................................................................... 56 Direct .................................................................................................. 57 Emoji .................................................................................................. 57 Engajamento ...................................................................................... 57 Filtros ................................................................................................. 57 Hashtag (#) ........................................................................................ 57 Meme ................................................................................................. 57 Notificações ........................................................................................ 58 Retweet .............................................................................................. 58 Status ................................................................................................. 58 Seguidores ......................................................................................... 58 Seguindo ............................................................................................ 58 Visualizações ..................................................................................... 58 Metodologias e Ativações ......................................................................governamental envolve um conjunto grande de públicos, incluindo os perfis mais diversos, tanto em aspectos sociais quanto políticos – incluindo as próprias motivações para se acessar e propagar uma determinada informação. Estas características geralmente desembocam em uma cultura mais fria e impessoal, que precisa ser quebrada. E nada mais prático do que promover essa mudança partindo do próprio governo, que deve encarar as redes sociais como uma oportunidade ímpar para se aproximar do cidadão. Alguns cuidados, no entanto, devem ser tomados para garantir o sucesso da empreitada – o que leva às seguintes indicações: ➢ Tonalidade oficial – a credibilidade que o governo carrega traz consigo um teor mais consistente, robusto – e que deve ser mantido. Todos os documentos, fatos e posts, de uma maneira geral, precisam levar este caráter oficial e sólido. Em outras palavras, tudo o que aparecer nos perfis oficiais, sejam quais forem as redes, deve ser considerado 47 como verdade inconteste (a não ser que apontado como conteúdo enviado pelo usuário). ➢ Proximidade – não adianta, por outro lado, trabalhar com um vocábulo excessivamente formal e burocrático. Por natureza, uma rede social deve aproximar pessoas – e não deixá-las com medo de participar. O conteúdo de cada um dos perfis governamentais precisa ser feito para leigos, evitando-se termos inerentes à linguagem jurídica, dura. Não se trata apenas de “guardar o conhecimento que emana do governo” – mas também de dar um bom uso a ele, de colocá-lo à disposição dos seus maiores interessados – os cidadãos. Para tanto, naturalmente, eles precisam entender cada passo e cada pedaço de conteúdo de maneira clara. Volumes de postagem por rede Cada rede social, por natureza, carrega características intrínsecas à motivação do cidadão em utilizá-la. Desta forma, é impossível definir uma regra única para postagem, somando redes diversas como Twitter, Facebook e Youtube. Ainda assim, cabe apontar algumas melhores práticas para as principais redes sociais com base no que mais funciona para elas: 48 Bibliotecas únicas Cada rede social funciona, por definição, como uma biblioteca de conhecimento aberta a todos os usuários. Para que essa função seja desempenhada com excelência, é recomendado também que o próprio ecossistema de redes mantido por cada instituição se retroalimente. 49 Ou seja: se, para um determinado post em um blog, um vídeo for utilizado, esse vídeo deve estar publicado no Youtube e ser “embedado” (ou embutido) na postagem do blog. Cada formato de conteúdo, portanto, deverá ter uma rede responsável por “abarcálo”, o que inclui: ➢ Vídeos publicados no Youtube. ➢ Imagens publicadas no Flickr. ➢ Textos mais longos inseridos em um blog. Socialmente, isso formará um ecossistema próprio, com indicações para conteúdos nas próprias redes utilizadas pela instituição como forma de gerar acessos cruzados e ampliar a audiência em todos os canais. O relacionamento com o usuário O relacionamento com o usuário não deve jamais ser encarado como uma prática apenas para combater eventuais crises. De maneira geral, este item é 50 essencial para manter a imagem de sua instituição o suficiente para que os próprios usuários tomem a iniciativa de agir como “primeira barreira de defesa”. Ou seja: se a instituição tiver uma base alta de seguidores ou fãs, com índices de saudabilidade superiores a 95%, toda e qualquer crise encontrará um cenário amplamente favorável a ela. Em paralelo, um relacionamento positivo também costuma significar bases grandes de seguidores e fãs nos canais oficiais, servindo como uma audiência primária (e desvinculada da necessidade de esforços publicitários) para toda e qualquer ação de combate a crises. Destacam-se aqui cinco das melhores práticas recomendadas: ➢ Modere comentários negativos de usuários apenas quando as críticas contiverem insultos pessoais a funcionários ou clientes – caso contrário, mantenha os comentários visíveis e, na medida do possível, responda-os. ➢ Convide usuários com problemas a conversas privadas, buscando resolver cada uma de suas questões fora de ambientes públicos. ➢ Seja sempre agradecido pela participação, com postura educada e evitando utilizar qualquer tipo de tonalidade jurídica. ➢ Se estiver errado, peça desculpas. ➢ Sempre agradeça críticas, sugestões ou comentários. Moderação Por se tratar de redes sociais – abertas por definição – a moderação deve ser utilizada apenas em casos extremos. De maneira geral, o conteúdo deve ser mantido livre e sob o controle do usuário e da comunidade. Todavia, quando algum caso chamar a atenção no sentido de concentrar qualquer tipo de conteúdo ilegal ou que fira, de maneira aberta, a credos ou raças, o mesmo deve ser nitidamente suspenso do canal digital nas mídias sociais. 51 Toda e qualquer moderação neste sentido deve sempre ser explicada aos usuários, evitando passar a imagem de arbitrariedade no controle editorial e frisando que o papel da instituição é o de zelar para que o conteúdo – seja gerado por ela própria ou por terceiros – tenha como objetivo ampliar a base de conhecimento dos cidadãos. Recomenda-se também deixar visível a política de moderação da instituição, principalmente nos blogs. Quando usar cada tipo de conteúdo? A forma de se trabalhar o conteúdo, no entanto, deve também ser endereçada para conseguir um resultado melhor. Uma determinada situação pode se mostrar impossível de ser expressa em textos simples e demanda um acervo maior de formatos para que seja devidamente comunicada. É nesse ponto que entra o quadrante de definição de conteúdo, avaliando a relevância e a complexidade de cada informação para indicar o formato ideal a ser trabalhado. Quanto mais simples e menos relevante for um determinado conteúdo, menos recursos multimídia devem ser utilizados; por outro lado, quanto mais importante e complexo, mais recursos devem ser empregados. Todo conteúdo, portanto, deve obedecer a um padrão de definição de formato de acordo com a imagem abaixo: 52 Este quadrante de definição instrui a forma de se trabalhar conteúdo de acordo com dois vetores simples: ➢ Vetor de complexidade: quanto mais complexo for um conteúdo, mais difícil, por definição, é fazer o público interpretá-lo. Por exemplo: um conteúdo instrutivo, como “clique aqui para acessar um site”, é interpretado de maneira quase automática pelo usuário, ao passo que a descrição de um programa relacionado a uma Secretaria passa a ter uma complexidade maior. ➢ Vetor de característica: no mesmo exemplo dado acima, o texto instrutivo funciona como apoio, ou seja, ele existe para guiar o usuário pela navegação. Um conteúdo sobre uma Secretaria, por outro lado, tem relevância maior – e demanda, assim, mais recursos para captar a devida atenção do usuário. Dependendo de como cada conteúdo se comportar, deve ser dado um tratamento diferenciado no ecossistema de redes sociais envolvido: 53 Vídeos e/ ou infográficos Voltados para conteúdos complexos e de apoio (como instruções para participar de uma determinada ação colaborativa). O uso de infográficos deve ser o primeiro passo, pois ele tem um custo menor de produção do que vídeos e desperta um impulso maior de engajamento do que textos simples. Em média, um infográfico gera índices de engajamento 349% maiores do que textos simples. Quando o conteúdo for complexo demais para ser descrito em um infográfico, vídeos devem entrar em cena. O uso desse recurso, que consegue passar mais informação de forma mais intensa, é especialmente relevante para os usuários brasileiros: 89% afirmam assistir vídeos via Internet, fazendo com que o Brasil lidere o ranking de países no que tange ao consumo destetipo de mídia. Metasites Por metasite deve-se entender uma estrutura de navegação independente, incluindo páginas hierarquizadas sob um menu próprio, porém necessariamente subordinado à estrutura macro. É algo que pode ser estruturado, por exemplo, em um blog à parte ou uma aplicação no Facebook, permitindo um nível de aprofundamento mais comum a sites do que a redes. Assim, quando o conteúdo for altamente complexo e relevante, deve-se inseri-lo em um metasite próprio, com navegação interna que permita ao usuário se aprofundar nas questões. Vale destacar aqui que cada conteúdo do metasite deve também passar por uma análise de conteúdo. Ou seja: se um determinado metasite de um programa tiver, em um dos seus conteúdos componentes, algo que se encaixe no quadrante “apoio + complexo”, vídeos ou infográficos devem ser utilizados. Texto puro 54 Deve ser um recurso utilizado apenas para conteúdo simples, lineares e que funcionem como apoio à navegação como um todo. Imagens e/ ou infográficos A maior parte do conteúdo das redes enquadra-se nesse ponto, composto por informações relevantes, mas simples de serem entendidas. Isso inclui desde postagens de relacionamento a ilustrações de resultados de programas. Glossário de redes sociais Alcance das publicações É uma métrica do Facebook que representa o número de pessoas para as quais cada uma de suas publicações foi exibida. O Facebook permite que você veja a média do alcance das publicações ou o alcance de cada publicação de forma separada Alcance Orgânico Representa o número de pessoas que foram atingidas pela publicação ou pela página de forma orgânica no Facebook sem o envolvimento de mídia paga. Esse número tende a ser cada vez menor visto que o Facebook vem incentivando cada vez mais a mídia paga Alcance Pago É o número de pessoas que foram atingidas pela publicação ou pela página da empresa no Facebook com o envolvimento de mídia paga. Alcance total Esta métrica do Facebook mostra o número de pessoas que receberam alguma atividade da página, incluindo publicações, publicações de outras pessoas na sua página, anúncios para curtir página, menções e check-ins. 55 Algoritmo Algoritmo é um conjunto de fórmulas utilizadas para filtrar os conteúdos que aparecem no seu Feed de Notícias ou busca do Google com bases em variáveis de perfil e interesse. Anúncio Essa funcionalidade está presente em diversas redes sociais como Facebook, Linkedin, Twitter, Pinterest e permite anunciar produtos e/ou conteúdo para públicos segmentados de forma paga. Uma campanha pode possuir mais de um anúncio para públicos diferentes. API É a abreviação de Application Programming Interface ou Interface de Programação de Aplicações. As empresas de software desenvolvem APIs para que outras empresas possam desenvolver produtos que sejam acionados por este serviço. Com a API do Facebook, por exemplo, é possível criar um programa que capta os dados diretamente da rede social. Avaliações No Facebook, é possível avaliar as páginas. Esse avaliação contém, obrigatoriamente, uma nota que varia de 1 estrela a 5 estrelas. É possível também avaliar a página com um comentário. Essa funcionalidade permite que as pessoas que ainda não conhecem sua empresa vejam o que as pessoas que já conhecem comentam sobre ela. Campanha A maneira mais fácil de explicar o que é uma campanha é através de exemplo. Você pode considerar o lançamento de um material rico como sendo um campanha. Nesta campanha, haverá post nas redes sociais, disparo de e- mail marketing e postagem no blog. A comunicação de um Black Friday também pode ser entendida como uma campanha. Capa É uma forma de personalização das redes sociais. Mais especificamente, é a imagem que fica atrás da foto do perfil. A foto de capa deve possuir elementos que identifiquem a empresa. 56 Check-in Funcionalidade que possibilita que o usuário compartilhe o local em que está no momento. Community Manager As responsabilidades de um Community Manager podem ser resumidas em gestão de comunicação interna e externa. É responsabilidade do Community Manager gerenciar os relacionamentos nas redes sociais. Através de estratégias como a criação de eventos, essa pessoa procura criar e aumentar a presença da empresa nas redes sociais e em outros canais. Conexões É a rede de contatos do Linkedin. Em vez de você ter amigos, no Linkedin você possui conexões. Isso porque a rede social tem um caráter profissional, então nem toda sua rede de contatos é formada por seus amigos. Curtir Indicação de aprovação do usuário por uma postagem e está presente na maioria das redes sociais como Facebook e Twitter, por exemplo. Discutidas É o número de pessoas que para de seguir sua página no Facebook. Direcionamento No Facebook, você tem a opção de direcionar sua publicação para um grupo de pessoas. Seus anúncios podem ser direcionados de acordo com dados como localização geográfica, idade, idiomas, gênero, status de relacionamento, nível educacional e interesses. Essa estratégia ajuda sua empresa a focar no público que realmente interessa e acaba otimizando o CTR. CTR Sigla para Click through Rate, é o número de cliques dividido pelo número de impressões (visualizações) de um anúncio exibido, por exemplo, em serviços como Google Adwords, Facebook Ads e Linkedin Ads. Essa taxa é extremamente importante para avaliar o desempenho dos anúncios, pois um 57 anúncio com CTR baixo tem poucos cliques em relação a visualizações e geralmente custa mais caro, devendo ser otimizado. Direct Funcionalidade do Instagram que permite que o usuário mande mensagens privadas para a página de uma empresa. As mensagens de pessoas que sua empresa não segue ficam separadas das mensagens de pessoas que sua empresa segue Emoji São definidos como ideogramas e smileys presentes em mensagens eletrônicas. Podem aparecer na forma de expressões faciais, objetos, lugares, animais, clima, símbolos, sinalizações, etc. Engajamento Métrica utilizada no Twitter e Linkedin. No Twitter, essa métrica representa o número total de vezes que um usuário interagiu com um Tweets. Essa interação pode ser por meio de um clique na publicação, retweet, resposta a um tweets, seguidores e favoritos. Já no Linkedin, essa métrica representa o número de interações, cliques ou seguidores dividido pelo número de impressões da publicação. Filtros São os efeitos aplicados nas imagens que alteram as cores e intensidades das fotos. É muito utilizado no Instagram. Hashtag (#) É um elemento presente nas redes sociais e internet num geral que facilita o filtro de assuntos. As pessoas utilizam como uma marcação para os conteúdos que compartilham nas redes sociais. É possível agrupar conteúdos por meio de Hashtag, facilitando a pesquisa. Meme É uma imagem ou vídeo gerada a partir de uma situação engraçada na internet. É muito usado nas redes sociais de forma humorística. Um exemplo é 58 o caso recente na qual Leonardo DiCaprio recebeu o Oscar pela primeira vez. Esse fato gerou muitos meme na internet, como o exemplo abaixo. Notificações São os alertas que você recebe quando há o registro de alguma atividade que envolve seu perfil ou página. Quando uma pessoa curte sua publicação, por exemplo, você recebe uma notificação (caso essa função não esteja desabilitada na rede social). Retweet É uma funcionalidade do Twitter que permite ao usuário compartilhar publicações de diferentes usuários no seu perfil. Pode-se dizer que o retweet é equivalente ao encaminhamento de um e-mail. Status É uma forma de participação no Facebook na qual o usuário compartilha uma situação, sentimento, pensamento ou até mesmo conteúdo. Seguidores Representa o número de pessoas que seguem seu perfil. Esse número– que está presente no Twitter, Instagram e Pinterest – é diferente do número de amigos pois para se tornar amigos, ambas as partes precisam aceitar e para se tornar seguidor esse aceite não é necessário. Seguindo O única diferença para o número de seguidores é que esse representa o número de pessoas que você segue. Como comentado acima, esses dois número não são necessariamente iguais porque nem todos que você segue te seguem de volta. Visualizações Esse métrica está bastante presente nos vídeos de Youtube e é um excelente exemplo de Social Proof. Quanto mais visualizações um vídeo tiver, maior é a probalidade desse número aumentar. O Instagram começou a utilizar essa contagem para os vídeos que são publicados em uma página. 59 Metodologias e Ativações Estar nas redes sociais não significa apenas construir perfis e nutri-los de dados com uma periodicidade específica. O primeiro princípio que se deve partir é o de que uma rede é pautada principalmente pela troca de informação – e troca pressupõe um retorno de ambos os lados. Isso deve ser tocado de acordo com o fluxo abaixo, já detalhado neste documento em relação a cada uma das redes envolvidas. Na medida em que a presença de uma determinada instituição vá crescendo, é natural que haja um volume maior de comentários e indagações vindas da comunidade. E, naturalmente, boa parte dos comentários serão apenas manifestações sem a necessidade concreta de uma resposta. Toda instituição deve implementar uma rotina de checagem de conteúdo por dia útil, seguindo as seguintes regras: ➢ Todas as perguntas feitas diretamente pelos usuários devem ser respondidas na mesma rede. 60 ➢ Comentários feitos pelos usuários que não demandem respostas diretas não devem ser endereçadas individualmente, como regra. No entanto, é recomendado que alguns dos comentários recebam réplicas da instituição, deixando claro que ela está presente e efetivamente envolvida em um relacionamento concreto. Gestor de Comunidades A presença de uma instituição pública nas redes depende fortemente da frequência e atividade de conteúdo postado em seu ecossistema. No entanto, esse conteúdo não é caracterizado apenas pelas postagens próprias, mas também pelas respostas dadas aos usuários. Dado o nível de relacionamento envolvido, deve-se delegar a função de zelar pelas redes sociais a um perfil denominado de Gestor de Comunidades – ou seja, uma espécie de editor responsável por toda presença nas redes. Esse perfil deve ter as seguintes incumbências: ➢ Gerar conteúdo semanal nas mídias sociais, incluindo blog, Facebook, Twitter, Youtube, Flickr e outras redes que componham o ecossistema. ➢ Interagir em blogs e fóruns relacionados aos temas da instituição, firmando a sua opinião de maneira pública. ➢ Responder a usuários sobre dúvidas e questões postadas via canais de atendimento se e quando viável e possível. Qual o perfil do Gestor de Comunidades? O Gestor de Comunidades deverá ser uma persona – ou seja, uma personagem fictícia representando a instituição. Desta forma, se conseguirá criar 61 uma personalidade mais tangível para o público sem se correr o risco de vincular a imagem da marca a um servidor real (que pode eventualmente se desligar da instituição, o que levaria à perda do patrimônio de relacionamento criado). Tecnicamente, o profissional desempenhando esse papel deve ter um perfil que mescle jornalismo a publicidade, compreendendo a necessidade de se sintetizar informação como forma de engajar o público. Réguas de Compartilhamento Independentemente da atuação do Gestor de Comunidades, a presença de uma instituição nas redes não está unicamente vinculada ao conteúdo que ela postar nessas mesmas redes. De forma geral, todo conteúdo em seu site oficial deve ser passível de socialização, devendo carregar, para tanto, uma régua de compartilhamento padrão. A figura abaixo ilustra a régua no site de notícias IDGNow: basta que o usuário clique sobre qualquer uma das redes apontadas que o link para a matéria será compartilhada em seu perfil, aumentando a audiência para o conteúdo. 62 Isso também será uma ferramenta de fundamental importância para o Gestor de Comunidades, pois permitirá que ele consiga enxergar, de maneira mais precisa, os tipos de demanda por informação da massa de usuários. Se houver, por exemplo, um volume grande de compartilhamentos em uma matéria sobre determinado tema, o gestor poderá criar conteúdo sobre este tema no blog e no Facebook, bem como usar o Twitter para chamar mais atenção para ele. Desta forma, as redes sociais passam também a trabalhar de maneira mais próxima do site, fechando a presença digital da instituição. Pautas: Demanda gerando oferta O trabalho do Gestor de Comunidades dependerá muito da coordenação de pautas a serem trabalhadas. Não basta que ele escreva o conteúdo, sendo 63 necessário também que defina qual ou quais os conteúdos que devem compor a temática da instituição naquela semana específica. Recomenda-se a realização de uma reunião semanal de pauta, em que se estude os seguintes elementos abaixo: Prioridades do órgão Um dos primeiros e mais importantes elementos da formação de pauta é justamente a prioridade temática da instituição. Se uma determinada campanha, por exemplo, estiver prestes a entrar no ar em outras mídias, é de fundamental importância que as redes sociais consigam desempenhar o papel de reforçar a sua visibilidade. Assuntos mais compartilhados pelos usuários Sempre que um assunto é muito compartilhado, há a indicação de uma demanda maior por ele. Nesse aspecto, temas postados no site oficial e que receberam comentários Pauta da semana Prioridades da instituição Assuntos mais compartilhados pelos usuários Postagens que mais geraram interação na 64 semana anterior Novos assuntos relacionados à instituição levantados no monitoramento de sua presença diversos, tweets e outros tipos de replicação devem ser vistos como assuntos em potencial para o próximo período. Postagens que mais geraram interação Segue o mesmo raciocínio que os assuntos mais compartilhados, porém focados em redes sociais. Ou seja: se o item anterior aborda compartilhamentos de conteúdos publicados no site, este inclui compartilhamentos de conteúdos postados na própria rede, permitindo que se some uma visão mais completa da demanda. Novos assuntos levantados pelo monitoramento Item que ainda será explorado neste documento, o monitoramento de mídias sociais será uma espécie de base viva e espontânea de pesquisa sobre tudo o que o usuário estiver pensando sobre a instituição pública e seus programas e ações. Essa análise deve também ser considerada como componente da definição da pauta. Monitoramento de Redes Sociais Por monitoramento de mídias sociais, deve-se compreender a varredura sistemática de todos os termos relacionados ao nome da instituição nas redes sociais. Esse tipo de varredura é feita utilizando uma mescla de ferramentas de mercado com serviço humano na categorização de cada uma das menções feitas, seguindo o fluxo abaixo: 65 Configuração de palavras-chave A primeira etapa de um processo de monitoramento é a configuração da marca a ser monitorada. Aqui, deve-se atentar para o fato de que apenas a marca em si deve ser monitorada, e não a totalidade de temas a ela vinculados. Por exemplo: se a marca for “Petrobras”, deve-se configurar a ferramenta de monitoramento de redes sociais para que ela capte a totalidade de menções feitas por usuários, em todas (ou ao menos nas principais) redes sociais, que incluam termos como “Petrobras”, “Posto BR”, “Lubrax” etc. O tema “petróleo” não deve ser medido, pois não é ele que está em foco; mensurá-lo seria o mesmoque criar uma base de centenas de milhares de menções nas redes, aumentando de maneira substancial os custos e gerando benefícios questionáveis. Em um outro exemplo, uma instituição como o MEC deve monitorar temas como “MEC”, “ENEM” etc. – mas nunca “educação” de forma solta, pois isso também geraria um sem número de postagens captadas sem, necessariamente, nenhuma relação (ou utilidade) para o ministério. A configuração de uma marca para monitoramento requer, acima de qualquer coisa, foco: é preciso saber não apenas o que se está monitorando, mas também o motivo. E, nesse ponto, o objetivo é entender como os usuários enxergam a instituição em si – e não o tema no qual ela se insere. Criação de temas e regras para classificação 66 Uma vez feita a configuração da marca, a ferramenta de monitoramento começará a capturar, de forma automatizada, todas as menções feitas a ela. Nesse estágio, no entanto, ter-se-á apenas um conjunto de dados brutos de pouca serventia – e é aqui que entra o processo de classificação. Em tempo real, um time de mapeadores de redes sociais (normalmente terceirizado com empresas especializadas) classifica cada uma das menções feitas à marca de acordo com duas características: ➢ Tema: É fundamental se criar um série de temas sob os quais as menções possam ser “alocadas”, permitindo ao Gestor de Comunidades uma visão mais clara sobre os principais assuntos que estão sendo falados. No caso de Petrobras, exemplificado acima, os temas poderiam incluir “comportamento de ações”, “vazamentos e crises ambientais”, “ações de comunicação” etc. Não deve haver limites para a criação de temas, mas deve-se aplicar o bom senso para evitar que a lista seja tão extensa que o próprio processo de análise acabe comprometido. ➢ Polarização: Todas as menções podem carregar um teor positivo, negativo ou neutro à marca. É necessário que um guia seja estabelecido para que o time de mapeadores saiba como classificar cada uma das menções de acordo com a polarização, criando assim indicadores que reflitam, de maneira mais simples e direta, a saúde da instituição nas redes sociais. Análises em tempo real Configurada a marca e estabelecidas as regras, entra em cena o cotidiano do monitoramento. A partir daqui, um processo transparente para a instituição deve se iniciar, com menções sendo coletadas automaticamente e classificadas manualmente. Novos serviços, programas ou ações lançadas devem sempre ser comunicadas ao time de monitoramento, que ajustará os filtros de configuração de forma a captar cada vez mais menções que reflitam a saúde da instituição. 67 Sobre perfis pessoais Com base nessas informações, algumas boas práticas são recomendadas para servidores públicos visando justamente manter a integridade de todos os envolvidos: instituição, fornecedores, parceiros e, claro, os próprios servidores. Não cabe a nenhuma instituição a prerrogativa de proibir que colaboradores tenham os seus próprios perfis em mídias sociais – isso deve ser livre e mantido como opção para cada indivíduo. As informações escritas na rede são de responsabilidade do servidor – mas atingem a todos, pessoas e empresas, contidos nos conteúdos de suas mensagens. Boas Práticas Os conteúdos postados são sempre de ordem pessoal – mas, a partir do momento em que o usuário definir o seu local de trabalho, eles invariavelmente terão também um teor profissional. Isso significa que há algumas boas práticas simples que devem ser seguidas: Você é uma pessoa pública Sempre que postar algo nas redes sociais, entenda que o conteúdo da sua mensagem será visto por colegas, chefes, clientes, fornecedores, parceiros de negócio, amigos e familiares. Nunca poste nada que possa ser usados contra você na esfera profissional. 68 Seus seguidores/ amigos vão confundir o seu “eu” pessoal com o seu “eu” profissional Você pode não ser o porta voz oficial do seu local de trabalho mas, a partir do momento que deixá-lo público, será visto pelos demais usuários (amigos, seguidores, colegas, fãs) como alguém que fala em nome da instituição. Evite postar qualquer coisa que possa gerar danos à instituição em que atue. Escrever na rede é o mesmo que escrever em pedra Escrever não é o mesmo que falar: suas palavras ficam na web e são indexadas quase que instantaneamente por outras redes. Assim, mesmo que apague um post do qual tenha se arrependido, ele provavelmente já terá sido indexado pelo Google e por outros sites, se perenizando na Internet e ao alcance de todos os usuários. Pense antes de publicar; se for para se arrepender, arrependa-se antes de escrever. Proteja-se Uma crise envolvendo posts em redes sociais feitos por um colaborador e prejudicando a empresa nunca tem a empresa como alvo único; o próprio colaborador acaba marcado na rede, o que dificulta a sua carreira no mercado como um todo. 69 Nunca deixe de ser você Isso não significa que você não possa ter opinião. Como qualquer cidadão, você é livre para pensar e expressar o que desejar, da forma que preferir. Mas, como qualquer pessoa pública, tem que entender que tudo o que expressar provavelmente trará consequências, sejam estas positivas ou negativas. Legislação e Penalidades O fato de as Mídias Sociais permitirem que qualquer pessoa fale o que pensa, leva a entidade a estabelecer uma relação de ordenamentos jurídicos que podem ser aplicados em caso de uso indevido das Mídias Sociais: » Ameaça: crime previsto no Art. 147 do Código Penal; » Calúnia, injúria e difamação por meio que facilite o ilícito: crimes previstos nos Arts. 138, 139, 140, respectivamente, combinados com o Art. 141, Inc. III, todos do Código Penal; » Copiar ou plagiar obras de terceiros: previsto no Art. 184 do Código Penal; » Discriminação ou preconceito na internet: crime previsto no Art. 20, §2º, da Lei 7.716/89; » Falsa identidade: crime previsto no Art. 307 do Código Penal; » Invasão de dispositivo informático alheio, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo, ou então instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita: Lei 12.737/2012 - “Lei Carolina Dieckmann; » Justa causa para rescisão do contrato de trabalho por incontinência de conduta ou mau procedimento, violação de segredo da empresa, ato lesivo da 70 honra ou boa fama contra qualquer pessoa e/ou superiores hierárquicos: Art. 482 da CLT, alíneas “b”, “g”, “j” e “h”. » Responsabilidade civil dos provedores de serviço de internet que não adotam qualquer medida para remover o conteúdo indevido inserido por terceiros, caso sejam previamente cientificados: Art. 186 do Código Civil; » Responsabilidade do empregador sobre seus empregados no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele, por atos ilícitos: Art. 932, Inc. III, do Código Civil; » Revelação de segredos de terceiros na internet: previsto no Art. 153 do Código Penal. Mídias Sociais x Redes Sociais Muitas pessoas ainda confundem os termos Mídias sociais e Rede sociais, eles não são a mesma coisa. Um é uma categoria do outro. Mídias sociais são as ferramentas que as pessoas usam para compartilhar conteúdo, visões, perspectivas, opiniões e perfis, facilitando a interação entre variados grupos de pessoas. Elas permitem a interação e a publicação de conteúdo por qualquer pessoa. Essas ferramentas incluem fórum, blog, podcasts, lifestreams, bookmarks, redes sociais, Wikis entre outros. Já Redes Sociais (sites de relacionamento) são estruturas sociais formadas por pessoas ou organizações, que estão conectadas de várias formas. Existem vários tipos de relação dentro das redes sociais (familiares,amizades, lazer, comerciais, sexuais etc.). É normal reunir pessoas com interesses em comum. Nas redes sociais eles podem expor seu perfil com seus dados e também podem interagir com os demais integrantes. Exemplos de redes sociais: Facebook, Orkut, Linkedin, e Myspace. Segundo Telles (2010) em um artigo no blog Mídias blog: Facebook, Orkut, Myspace, entre outros = Redes Sociais ou como chamava –se em 2005, sites de relacionamento. Twitter (micro- 71 blogging), Youtube (compartilhamento de vídeos) SlideShare (compartilhamento de apresentações), Digg (agregador), Flickr (compartilhamento de fotos), entre outros + Redes Sociais = Mídias Sociais ou como chamava-se em 2005, novas mídias. (TELLES, 2010) Ainda segundo o autor, Redes sociais seriam uma categoria das mídias sociais e que seriam focadas em manter ou criar relacionamentos em base a assuntos em comum, como Orkut, Facebook, Myspace. Já as mídias sociais seriam o que muitos ainda chama de “novas mídias”, como Twitter, Youtube, SlideShare, Digg, Delicious, enfim, serviços que tenham como objetivo o compartilhamento de conteúdo. (TELLES, 2010) O Twitter é uma rede ou uma mídia social? Sobre isso, Altermann(2011) diz que o que dificulta para entender o Twitter como rede ou mídia social são as definições delas que não são bem afirmadas ainda. Mas que se formos usara definição mais aceita entre a maioria, rede social é, então, aquilo que tem como objetivo reunir uma rede de pessoas. Já as mídias sociais caracterizam o uso da mídia de forma descentralizada de grandes meios de comunicação. E que segundo essa lógica, o Twitter seria uma mídia social. Porém existem as pessoas que utilizam o Twitter para se relacionar com algum tipo de pessoas. Com isso, percebe-se que para definir o Twitter é preciso analisar primeiro o foco do estudo. No presente estudo o foco do trabalho é o relacionamento entre as marcas e consumidores, portanto, para este estudo, o Twitter será abordado como uma rede social. Portanto, redes sociais são uma categoria das mídias sociais. Redes sociais são ambientes que focam em reunir pessoas, chamados membros, que depois de inscritos podem compartilhar informações pessoais, fotos, vídeos e textos, através das mídias sociais, além de interagir com os demais membros criando comunidades. Ou seja, dentro do universo das mídias sociais há as redes sociais ou sites de relacionamento. Não há como uma rede social online não ser uma mídia social. Quais os tipos de redes sociais Na verdade, elas costumam ser divididas em diferentes tipos, de acordo com o objetivo dos usuários ao criarem um perfil. E uma mesma rede social pode ser de mais de um tipo. A classificação mais comum é: 72 Rede social de relacionamento Você pode estar pensando: “ué, mas o propósito das redes sociais não é justamente o relacionamento?”. De fato esse é o objetivo da maioria delas, mas há algumas que são especialmente focadas nisso. O caso mais conhecido é o Facebook, cujo propósito, pelo menos em sua concepção, era o de conectar pessoas. Mas podemos citar inúmeras outras redes, que inclusive também se encaixam nos outros tipos, como Instagram, LinkedIn, Twitter, Google+ etc. Rede social de entretenimento Redes sociais de entretenimento são aquelas nas quais o objetivo principal não é se relacionar com as pessoas, e sim consumir conteúdo. O exemplo mais icônico é o YouTube, a maior plataforma de distribuição de vídeos do mundo, em que o objetivo é publicar e assistir a vídeos. Outro caso é o Pinterest, no qual as pessoas publicam e consomem imagens. Rede social profissional São aquelas em que os usuários têm como objetivo criar relacionamentos profissionais com outros usuários, divulgar projetos e conquistas profissionais, apresentar seu currículo e habilidades, conseguir indicações, empregos etc. O LinkedIn é a rede social profissional mais conhecida e utilizada, mas há outras que também vêm conquistando espaço, como Bebee, Bayt, Xing e Viadeo. Além disso, outras redes que não são exclusivamente profissionais também têm sido utilizadas para esse fim, como o Facebook, o Instagram, o YouTube, o Twitter e o Pinterest. 73 Rede social de nicho Redes sociais de nicho são aquelas voltadas para um público específico, seja uma categoria profissional ou pessoas que possuem um interesse específico em comum. Um dos casos mais emblemáticos é a TripAdvisor, em que os usuários atribuem notas a atrações relacionadas ao ramo gastronômico e turístico. Outro exemplo é a DeviantArt, comunidade em que artistas visuais promovem seus trabalhos. Há ainda a Goodreads, uma rede social para leitores, que podem fazer resenhas de livros e recomendá-los. Esse são só alguns dos exemplos mais populares de redes sociais de nicho. O campo é bastante amplo. As redes sociais mais usadas no Brasil De acordo com a pesquisa Digital in 2017, realizada pelo We Are Social, há 2,7 bilhões de usuários ativos nas redes sociais no mundo todo. No Brasil, a pesquisa mostra que 58% da população do país acessa as redes sociais ao menos uma vez por mês. Outro dado interessante é que o Brasil foi apontado como o segundo país que mais passa tempo nas redes sociais. A média diária de uso das redes por usuário é de 3h43min, o que deixa o país atrás apenas da Filipinas, que possui a média de 4h17min. 74 CONSIDERAÇÕES FINAIS Agora que as compras online estão mais populares e valiosas do que nunca, muitas empresas estão encontrando novas maneiras de vender online. Vender online pode ser uma experiência muito lucrativa. No entanto, assim como em qualquer campo, é importante ter certeza de que você sabe onde começar antes de entrar e vender seus produtos. Por exemplo, uma decisão importante que as empresas precisam tomar é se vão investir em hospedagem própria ou em sites hospedados. As ferramentas de comércio eletrônico auto hospedadas fornecem o código que você precisa para desenvolver sua loja online. No entanto, você precisa das habilidades necessárias para garantir que tudo funcione como deveria. Isso coloca mais pressão sobre você do ponto de vista de desenvolvimento de negócios, mas também significa que você tem mais liberdade para personalizar sua loja também. A outra opção é usar uma plataforma de comércio eletrônico hospedada, que oferece mais suporte na criação de seus negócios. Isso inclui o uso de um construtor de sites e um espaço de hospedagem no qual você pode colocar sua loja online. Com um site hospedado, você não precisa fazer tanto trabalho do ponto de vista do desenvolvedor. A empresa de sua compra configurará tudo para você. No entanto, há menos controle disponível para você. Daqui a algum tempo o mercado vai crescer o que tem que crescer, as marcas vão se consolidar e, infelizmente, vai ser mais ou menos como dizem por aí: “quem não entrou não entra mais”. 75 REFERÊNCIAS fastcommerce.com.br/o-que-e-comercio-eletrônico https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/comercio-eletronico-e-uma- realidade-e-esta-disponivel-para-todos/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio_eletr%C3%B4nico https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-que-voce-precisa- saber-sobre-comercio- eletronico,1a19d1eb00ad2410VgnVCM100000b272010aRCRD https://adm.online.unip.br/img_ead_dp/21789.PDF https://ecommercenapratica.com/o-que-e-ecommerce-2/ https://ecommerce- platforms.com/pt/glossary/ecommerce#:~:text=Em%20poucas%20palavras%2 C%20o%20com%C3%A9rcio,line%2C%20bem%20como%20transa%C3%A7% C3%B5es%20eletr%C3%B4nicas. AYRES, B. R. C. Informação, voluntariado e redes digitais. Dissertação de Mestrado (Ciência da Informação). Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Rio de Janeiro, 2003. EXAME. Brasil supera 60 milhões de usuários no Facebook. Disponível em: http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/brasil-supera-60-milhoes-de-usuarios-no-facebook. Acesso em novembro de 2020. JORNAL DE HOJE. Facebook supera marca de 1 bilhão de usuários. Disponível em: http://www.opovo.com.br/app/opovo/tendencias/2012/10/05/noticiasjornaltende ncias,2931458/facebook-supera-marca-de-1-bilhaode-usuarios.shtml. Acesso em novembro de 2020 https://ecommerce-platforms.com/pt/glossary/ecommerce#:~:text=Em%20poucas%20palavras%2C%20o%20com%C3%A9rcio,line%2C%20bem%20como%20transa%C3%A7%C3%B5es%20eletr%C3%B4nicas https://ecommerce-platforms.com/pt/glossary/ecommerce#:~:text=Em%20poucas%20palavras%2C%20o%20com%C3%A9rcio,line%2C%20bem%20como%20transa%C3%A7%C3%B5es%20eletr%C3%B4nicas https://ecommerce-platforms.com/pt/glossary/ecommerce#:~:text=Em%20poucas%20palavras%2C%20o%20com%C3%A9rcio,line%2C%20bem%20como%20transa%C3%A7%C3%B5es%20eletr%C3%B4nicas https://ecommerce-platforms.com/pt/glossary/ecommerce#:~:text=Em%20poucas%20palavras%2C%20o%20com%C3%A9rcio,line%2C%20bem%20como%20transa%C3%A7%C3%B5es%20eletr%C3%B4nicas 76 Manual de Conduta em Mídias Sociais Embrapa – 1ª Edição. Brasília, DF, 2012. Manual de Orientação para Atuação em Redes Sociais - 1ª Edição. Brasília, DF, 2012.59 Gestor de Comunidades ........................................................................ 60 Qual o perfil do Gestor de Comunidades? ......................................... 60 Réguas de Compartilhamento ........................................................ 61 Pautas: Demanda gerando oferta .......................................................... 62 Prioridades do órgão .......................................................................... 63 Assuntos mais compartilhados pelos usuários ................................... 63 Postagens que mais geraram interação ............................................. 64 Novos assuntos levantados pelo monitoramento ............................... 64 Monitoramento de Redes Sociais .......................................................... 64 Configuração de palavras-chave ........................................................ 65 Criação de temas e regras para classificação .................................... 65 Análises em tempo real ...................................................................... 66 4 Sobre perfis pessoais ............................................................................ 67 Boas Práticas ..................................................................................... 67 Você é uma pessoa pública ............................................................ 67 Seus seguidores/ amigos vão confundir o seu “eu” pessoal com o seu “eu” profissional ......................................................................................... 68 Escrever na rede é o mesmo que escrever em pedra .................... 68 Proteja-se ....................................................................................... 68 Nunca deixe de ser você ................................................................ 69 Legislação e Penalidades ...................................................................... 69 Mídias Sociais x Redes Sociais ............................................................. 70 Quais os tipos de redes sociais ............................................................. 71 Rede social de relacionamento .......................................................... 72 Rede social de entretenimento ........................................................... 72 Rede social profissional ..................................................................... 72 Rede social de nicho .......................................................................... 73 As redes sociais mais usadas no Brasil ................................................. 73 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................... 74 REFERÊNCIAS ..................................................................................... 75 5 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de em- presários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Gradua- ção e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici- pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua forma- ção contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, ci- entíficos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 6 INTRODUÇÃO Você provavelmente já deve ter ouvido que o mercado de ecommerces - ou comércio eletrônico - é um dos mais competitivos do mundo, movimentando trilhões de dólares anualmente entre todos os negócios disponíveis online. Embora a maioria das pessoas pense em ecommerce como business to consumer (B2C), existem muitos outros tipos de ecommerce. Estes incluem sites de leilões online, serviços bancários pela Internet, emissão de bilhetes e reservas online e de empresa para empresa Transações (B2B). Recentemente, o crescimento do comércio eletrônico se expandiu para vendas usando dispositivos móveis, que é comumente conhecido como 'm-commerce' e é simplesmente um subconjunto do comércio eletrônico. O mercado eletrônico é mais do que uma tendência, tornou-se uma realidade e de crescimento incontrolável. Segundo um levantamento do Ibope Nielsen Online, o Brasil é o quinto maior país do mundo em usuários de internet, com 73,7 milhões de internautas. A projeção de crescimento do faturamento por compras online é de 270% em relação a 2010, segundo a 23ª edição do Relatório Webshoppers. No ano de 2010, foram movimentados quase R$ 900 bilhões no mundo, segundo estudo feito pelo JP Morgan. No Brasil, o comércio eletrônico brasileiro atingiu R$ 14,8 bilhões no ano passado, crescimento de 40% sobre o ano anterior, segundo a consultoria e-Bit. De acordo com as previsões do Goldman Sachs, em 2013, o comércio eletrônico vai movimentar R$ 1,64 trilhão no mundo. O crescimento desse mercado deve ser atribuído, dentre outros fatores, ao aumento do acesso da classe média à internet. No primeiro semestre de 2011, o Brasil registrou 27,4 milhões de e- consumidores. É, sem dúvida, um cenário positivo para quem tem interesse em ingressar nesse mercado. Inclusive, isso é viável mesmo para quem não tem nenhum 7 conhecimento técnico e não pode investir altas quantias de dinheiro no desenvolvimento, e ainda assim deseja montar seu negócio virtual. Muitos empreendedores que optam por iniciar tudo do zero acabam desistindo ao se deparar com a quantidade de variáveis e preocupações que precisam considerar: desenvolvimento do site e do sistema de comércio eletrônico, definição do layout do site, hospedagem e meios de pagamentos que deverão ser aceitos na loja. Além do trabalho que essas questões podem dar, resolver tudo pode sair bem caro e demorado. Por isso, e para quem não deseja perder tempo, existem hoje soluções de loja pronta, que oferecem a um baixo custo a tranquilidade de não precisar se preocupar com todas essas questões e ainda poder começar a operar em menos de 24 horas. As lojas prontas são hoje uma excelente opção para quem quer investir no mercado virtual e procura fazer isso de modo que não precise se preocupar com todos os detalhes técnicos, de hospedagem e funcionalidades desse sistema. A opção, além de ótimo custo-benefício, permite que o empreendedor inicie suas atividades de modo muito rápido, já que a loja poderá estar ativa em um dia. A evolução traz consigo o crescimento de detalhes tecnológicos, mas carrega junto com esse mundo de informações as facilidades e as oportunidades para quem – mesmo sem ter o conhecimento técnico – sabe que o mercado virtual cresce sem freios e é uma excelente opção para quem quer investir e ter sua própria loja virtual. 8 HISTÓRICO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO Por que o comércio eletrônico teve um crescimento explosivo na última década? Como a internet se torna enraizada em nossas vidas diárias, aceitação de comércio eletrônico continua a crescer, e as empresas estão aproveitando isso. No início do 2000, muitas pessoas eram céticas quanto a entregar os detalhes do cartão a um varejista on-line. Enquanto que, ecommerce transações são agora de segunda natureza. certificados SSLA criptografia e sistemas de pagamento externos confiáveis, como Paypal, Worldpay e Skrill, ajudarama melhorar a confiança das pessoas no comércio eletrônico. Com o desenvolvimento da Internet, as empresas passaram a ver o ambiente digital como um terreno fértil com inúmeras oportunidades de exploração. Por ser um ambiente caracterizado pela agilidade, a Internet tem grande potencial de retorno sobre o investimento, devido a maior visibilidade do produto serviço. Porém, essa mesma visibilidade pode trazer maior número de críticas, aumentar o grau de insatisfação de clientes e até elevar os números de evasão. (TURCHI, 2012/REEDE E SCHULHO,2007) Empresas que utilizam o comércio eletrônico como ferramenta precisam estar atentas às necessidades e expectativas dos clientes, com o tipo de comunicação que se faz, com as opiniões dos clientes, satisfeitos ou insatisfeitos, e mais ainda daqueles que nunca compraram da empresa, mas que a acompanham e falam dela. São eles os não-cliente. (KOTLER E KELLER, 2012) O significado de Marketing do Comércio Eletrônico (MCE) vem mudando ao longo dos últimos 30 anos. Originalmente, CE significava a facilitação de transações comerciais eletrônicas, usando tecnologias como Eletronic Data Interchange (EDI) e Eletronic Funds Transfer (EFT). Ambas foram introduzidas no final dos anos 70, a permitindo que empresas mandassem documentos comerciais como ordem de compras e contas eletronicamente. O crescimento e a aceitação de cartões de créditos, caixas eletrônicos, serviços de atendimento ao cliente (SAC) no final dos anos 80 também eram formas de CE. Apesar de 9 a internet ter se popularizado mundialmente em 94, somente após cinco anos os protocolos de segurança e a tecnologia Digital Subscriber Line (DSL) foram introduzidos, permitindo uma conexão contínua com a Internet. A história do E-commerce na sua primeira versão 1.0, foi registrada com o lançamento dos sistemas operacionais da Microsoft, o Windows. Primeiramente utilizado nos Estados unidos, na ocasião do lançamento da loja virtual Amazon, que foi pioneira na prestação deste tipo de serviço, inicialmente vendendo livros e atualmente é uma das maiores lojas virtuais do mundo, junto com Submarino.com e Americanas.com (Ambas pertencentes ao grupo B2W), Livraria Cultura entre outras. O E-commerce atual é chamado de 2.0, sendo o numeral referente a "versão" web.] O conceito 2.0 é a modernização do E-commerce, com páginas personalizadas, tags e RSS, que prendem a atenção o usuário e o mantêm por mais tempo no site. A Amazon possui um moderno sistema que rastreia os produtos de preferência do cliente e os coloca em uma lista personalizada. O portal Buy.com mostra os produtos em destaque de preferência do seu cliente e ainda apresenta uma tabela com os valores dos estabelecimentos concorrentes. Existem 7 momentos que marcaram a história do e-commerce: 1888: Nascimento o comércio eletrônico. Surgiu quase um século antes da própria Internet ganhar forma. A Sears, uma empresa norte-americana de relógios, começou a desenvolver o conceito e era muito diferente daquele que conhecemos hoje. O princípio básico seria vender produtos à distância. As encomendas chegavam através do telégrafo, após os consumidores escolherem os produtos que pretendiam no catálogo da empresa. 1979: Com a criação da Internet, não tardou a surgir a ideia de replicar o conceito de comércio a este novo meio em crescimento. Assim, em 1979, Michael Aldrich começou a desenhar o conceito de venda eletrônica que tanto se podia aplicar a negócios B2B como a negócios B2C. 1981: Neste ano acontece então a primeira transação comercial pela Internet. A agência de viagens Thomson Holidays selecionou 66 agentes de viagens por toda a Inglaterra para que levassem a cabo aquela que foi considerada https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio_eletr%C3%B4nico#cite_note-8 10 a primeira transação B2B do e-commerce. Os agentes extraíam dados online e respondiam instantaneamente aos seus clientes. 1990: O início da última década do século XX marcou o começo de um novo capítulo na história do e-commerce. Foi em 1990 que surgiu o primeiro navegador web, o WorldWideWeb – mais tarde renomeado como Nexus – que funcionava como interface para aceder à Internet através de um formato gráfico. Aqui, são lançadas também todas as condições necessárias para a popularização da Internet. Bastariam 10 anos para que a Internet se tornasse um meio importante em todo o mundo, tanto a nível pessoal, quanto profissional. 1994: Uma pizza de cogumelos e pepperoni com queijo extra: tratou-se do primeiro produto vendido na Internet, pela PizzaHut. O então PizzaNet – o sistema de encomenda de pizzas da maior cadeia mundial de pizzas – registou a sua primeira venda online. 1995: O ano de 1995 foi marcado pelo nascimento de dois dos maiores gigantes do comércio eletrônico. A Amazon e o eBay são lançados pela primeira vez, revolucionando em poucos anos a forma como se vende na Internet. 2004: Mark Zuckerberg, um estudante da Universidade de Harvard, cria um website que, no começo era uma brincadeira informal. A ideia, no entanto, levou- o mais longe e o Facebook reúne hoje milhões de utilizadores de todo o mundo, um número que continua crescente. Assim como a rede social de Zuckerberg, o comércio eletrônico também aproveitou a nova tendência. Milhares de empresas criaram páginas empresariais para alcançar o público e o Facebook é atualmente uma das ferramentas mais poderosas a nível de marketing. A imagem abaixo ilustra uma breve linha do tempo do comércio eletrônico 11 ( Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/1222157/ ) 12 O QUE É COMÉRCIO ELETRÔNICO Comércio eletrônico, também conhecido como Ecommerce em inglês, nada mais é o conceito de fazer vendas através de canais digitais, ou seja, pela internet. Diferente de uma loja física no varejo, clientes podem visualizar e comprar seus produtos online - sejam estes produtos físicos que podem ser enviados diretamente para o endereço do cliente ou retirados na loja física ou mesmo produtos digitais, onde o cliente pode acessar diretamente online ou baixar no computador sem a necessidade de uma cópia física. Trabalhar no mercado digital e vender na internet apresenta desafios diferentes do ambiente físico, especialmente no que diz respeito ao atendimento ao cliente, tendo em vista que não existe o contato frente à frente com o consumidor. Com isso em mente, ecommerces de sucesso reconhecem a importância de investir não apenas nos canais de vendas, mas também em pontos de contato eletrônico projetados para quebrar barreiras de comunicação, como é o caso do chat online. Existem diversas modalidades e formas de se vender na internet, nós iremos apresentá-lo a cada uma delas para que conheça suas diferenças e características principais. Mas, antes disso, confira alguns números sobre o estado do ecommerce. O comércio eletrônico é um tipo de transação comercial (com ou sem fins lucrativos) feita especialmente através de um equipamento eletrônico, como, por exemplo, computadores, tablets e smartphones. Com a crescente informatização das mais diversas atividades transforma a tecnologia da informação (TI) em uma área cada vez mais relevante economicamente. A expansão levou à especialização e, atualmente, é possível encontrar várias subáreas de TI dedicadas a tarefas específicas – e que demandam profissionais com conhecimentos igualmente aprofundados. 13 Seus fundamentos estão baseados em segurança, criptografia, moedas e pagamentos eletrônicos. Ele ainda envolve pesquisa, desenvolvimento, marketing, propaganda, negociação, vendas e suporte. É o segmento que cuida de todas as informações eletrônicas armazenadas por uma empresa. No caso de instituições financeiras, por exemplo, esses dados incluem nomes de clientes e até valores de transações monetárias efetuadas por grandes corporações.O Comércio eletrônico compreende qualquer tipo de negócio/transação comercial que implica a transferência de informação através da internet. Existem diferentes tipos de negócio que se estabelecem por e-commerce, B2B (Business to Business) ou B2C (Business to Consumer) que se dirige diretamente ao consumidor, este último está em franco crescimento nas diversas áreas de negócio bens e serviços, com a proliferação também da oferta de criação de lojas on-line. A criação de uma loja on-line está a ser encarada pelas empresas não apenas como uma atualização, acompanhamento das novas tendências, mas também como uma área de negócio alternativa explorando as suas vantagens face aos métodos tradicionais. Se você já entrou na internet em algum site de busca (Google), entrou em uma loja virtual, gostou de um produto, clicou em comprar e efetuou um pagamento para receber o produto adquirido, você já faz parte do comércio eletrônico. Para vender pela internet é necessário uma estrutura virtual com servidores, plataformas, segurança e divulgação. Com o crescimento do mercado de e-commerce é possível vender roupas, artesanato, cursos e muitas outras coisas através das lojas virtuais e também através do facebook e celular. Esse mecanismo de venda pela internet busca integrar toda a cadeia logística, desde a indústria, passando pelos atacadistas e distribuidores, e chegando ao https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio_on-line#Pagamento 14 consumidor final. Pela automatização das transações de compra e venda, as empresas podem reduzir seus procedimentos manuais e baseados em papel e acelerar pedidos, entrega e pagamento de produtos e serviços. BENEFÍCIOS DO COMÉRCIO ELETRÔNICO Começar um negócio de comércio eletrônico nunca foi tão fácil. Soluções como Shopify e nos WooCommerce permitir que até mesmo pessoas menos experientes em tecnologia criem uma loja. Longe vão os dias em que contratar um designer e um Web Developer para obter sua empresa de comércio eletrônico do chão são necessárias. Atualmente, os modelos de design e os sistemas WYSIWYG permitem que as pessoas iniciem uma loja de comércio eletrônico em questão de minutos. Como resultado, as pessoas estão colhendo todos os benefícios que as lojas de comércio eletrônico têm a oferecer. Abaixo estão sete razões pelas quais o comércio eletrônico é uma opção tão atraente para os empresários: Localizações - Com uma loja física de tijolo e argamassa, você fica limitado geograficamente a mercados próximos, ou seja, se você tem uma loja em Nova York e deseja vender também em Nova Jersey, precisará abrir outro local físico. O comércio eletrônico não tem essa limitação. Em vez disso, você pode vender para qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, através do seu negócio de comércio eletrônico digital. Sempre aberto - Os negócios físicos geralmente têm horário limitado, mas uma loja de comércio eletrônico on-line permanece “aberta” 24 horas por dia, sete 15 dias por semana, 365 dias por ano. Isso é extremamente conveniente para o cliente e uma excelente oportunidade para os comerciantes. Economia de Custos - As empresas de comércio eletrônico têm custos operacionais significativamente menores em comparação com lojas físicas. Não há aluguel, nem pessoal para contratar e pagar, e muito pouco em termos de custos operacionais fixos. Isso torna as lojas de comércio eletrônico extremamente competitivas em preço, o que geralmente aumenta drasticamente a participação no mercado. Gerenciamento automatizado de estoques - É muito mais fácil automatizar gestão de inventário através do uso de ferramentas eletrônicas on- line e de terceiros. Isso economizou bilhões de dólares em negócios de comércio eletrônico em inventário e custos operacionais. O gerenciamento de estoque também se tornou cada vez mais sofisticado. Agora você pode gerenciar seu estoque em vários canais com grande facilidade. Assim, você pode vender e monitorar seu estoque em sua própria loja e em mercados como o eBay, Amazon, Etsy ou uma loja física. Marketing Direcionado por Laser - Os comerciantes on-line podem coletar uma quantidade incrível de dados do consumidor para garantir que eles segmentem as pessoas certas para seus produtos. Isso reduz o custo de aquisição de clientes e permite que as empresas on-line de comércio eletrônico permaneçam extremamente ágeis. Imagine ser capaz de atingir apenas homens entre 18 e 24 anos, vivendo em áreas urbanas. Isso é marketing focado em laser para você, não há como conseguir isso com apenas uma loja física. Domínio do nicho de mercado - Por causa dos custos operacionais mais baixos, a capacidade de direcionar seu cliente ideal. Além de atingir um público global que um site de comércio eletrônico traz, isso garante a lucratividade de suas empresas. 16 Independência de localização - A ecommerce O proprietário da empresa não está vinculado a nenhum local ao administrar seus negócios. Contanto que você tenha um laptop e uma conexão com a Internet, poderá administrar sua empresa de comércio eletrônico. Em marketing, o não-cliente, inativo como comprador, mas ativo como opinante, deve ser considerado pelas empresas que buscam atingir bons resultados, além da consolidação da imagem institucional. Ao desconsiderá-los, perde-se de vista que eles podem ter opiniões desfavoráveis sobre os produtos ou marca da empresa e podem disseminar estas opiniões nas redes sociais, ofertando diretamente a imagem da empresa perante os consumidores. (LIMEIRA,2007 / TORRES,2009) Quem inicia uma loja on-line deverá ter em consideração aspectos básicos, mas determinantes para o sucesso do negócio, nomeadamente: • a definição clara do produto e/ou serviço e a sua disponibilidade imediata ou num prazo definido on-line, normalmente dirigido a um nicho bem definido; • atenção os aspectos logísticos do negócio, muito importantes em determinado tipo de bens; • as formas de pagamento disponíveis e os eventuais problemas de segurança que se colocam; • uma estratégia de webmarketing clara que permita conduzir tráfego qualificado para a loja. 17 DIFICULDADES NO E-COMMERCE • Falta de padrões universalmente aceitos de qualidade, segurança e confiabilidade. • Dificuldade de integração entre Internet e softwares de comércio eletrônico com algumas aplicações e banco de dados existentes. • Resistência do consumidor de mudar de uma loja real para uma virtual. • Percepção do comércio eletrônico como dispendioso e desprotegido. 18 TIPOS DE COMÉRCIOS ELETRÔNICOS No geral, existem dois tipos de comerciantes de comércio eletrónico: Aqueles Vendendo produtos físicos: Isso é bastante auto-explicativo. É apenas a compra e venda de produtos físicos através de algum tipo de meio eletrônico. Por exemplo, você pode estar vendendo mercadorias de qualquer um dos seguintes nichos: moda, acessórios, artigos para casa, brinquedos etc. Lojas que vendem produtos digitais (produtos para download): Se você já comprou um curso on-line, isso se enquadra na categoria de 'produtos digitais'. Como regra geral, se você precisar acessar o produto através de uma área de membros on-line ou se precisar fazer o download, provavelmente é um 'produto digital'. Quase qualquer produto pode ser vendido em uma operação de Ecommerce. Nesse caso, a única complicação fica por conta da logística de alguns produtos que podem ser grandes demais, pesados, volumosos, tóxicos etc. Fora isso, não existe muita limitação. Moda, quadros de decoração, eletrodomésticos, autopeças, livros. Tudo isso pode ser comercializado pela internet. TURBAN, RAINER & POTTER (2003) definem as principais áreas de atuação de comércio eletrônico conforme descrito abaixo: Comércio colaborativo (c-commerce): Neste tipo de comércio eletrônico,os parceiros de negócios colaboram eletronicamente. Essa colaboração ocorre freqüentemente entre parceiros de negócios da mesma cadeia de suprimentos (entende-se por cadeia de suprimentos o fluxo de materiais, informações, pagamentos e serviços, desde fornecedores de matérias-primas até fábricas, depósitos e consumidor final). Business-to-business (B2B): Duas ou mais empresas fazem transações ou colaboram eletronicamente. Atualmente é o principal tipo de comércio eletrônico. 19 • Business-to-consumers (B2C): Os vendedores são organizações e os compradores são pessoas físicas. Consumers-to-business (C2B): Os clientes apresentam uma necessidade particular por produto ou serviço, e as organizações concorrem para fornecer o produto ou serviço aos clientes. Consumer-to-consumer (C2C): Um indivíduo vende produtos ou serviços a outros indivíduos. Comércio intra-empresas (intraorganizacional): Uma organização utiliza o comércio eletrônico para aprimorar suas operações. Governo-para-cidadãos (G2C) e para outros: O Governo presta serviços a seus cidadãos por intermédio de tecnologias e comércio eletrônico. Os governos podem negociar com outros governos (G2G) e com empresas (G2B). Comércio Móvel (m-commerce): Quando o comércio eletrônico ocorre em um ambiente de comunicação sem fio, como utilizando telefones celulares para acesso à Internet. COMO FUNCIONA UM E-COMMERCE A lógica de um Ecommerce é relativamente simples. Depois de escolher o seu mercado, o empreendedor passa a vender os seus produtos pela internet… Sempre com a ajuda de redes sociais, uma conta no Mercado Livre e até mesmo um site próprio, que é a famosa Loja Virtual. Entregas Ao realizar uma venda, o empreendedor separa o pedido e o leva até os Correios — no Brasil, os Correios são os parceiros oficiais de 9 em cada 10 Ecommerces. Esse, por sua vez, fica responsável por entregá-lo ao consumidor no prazo pré- estabelecido. 20 Pagamentos Quanto ao pagamento, ele pode ser feito por cada cliente via intermediadores como Paypal e Pagseguro. O empreendedor paga pequenas comissões para essas empresas e elas vão gerir as transações, oferecendo diferentes formas de pagamento aos consumidores. Depois de finalizada uma transação, os valores ficam à sua disposição, podendo ser sacados a qualquer momento. A LOGÍSTICA NO COMÉRCIO ELETRÔNICO O que se observa nessa nova estrutura logística é que os processos internos das organizações tendem a ser enxutos, simplificados e padronizados, buscando a redução das incertezas na demanda e na entrega. Bowersox e Closs (2001, p. 19) dizem que, “O objetivo da logística é tornar disponível produtos e serviços no local onde são necessários, no momento em que são desejados, pelo menor custo total possível.” No entanto, em virtude da nova era econômica, onde cada acesso pode representar um novo pedido de compras e, conseqüentemente uma operação de transporte e distribuição, o conceito de logística toma nuances mais amplas, onde a agilidade e precisão na entrega passam a ser um fator fundamental de diferenciação competitiva. 21 ( Fonte: https://adm.online.unip.br/img_ead_dp/21789.PDF ) 22 ESTATÍSTICAS DO COMÉRCIO ELETRÔNICO Avalie alguns dos principais números apresentados no relatório para 2018 de comércio eletrônico da Nuvemshop - uma das maiores e melhores plataformas para criar sua loja virtual no Brasil. A receita global de vendas entre todos os países que possuem comércios eletrônicos foi de US$ 3 trilhões em 2018, com perspectiva de US$ 4 trilhões até 2020. Apenas na América Latina, este valor foi de US$ 54 bilhões, com um aumento de mais de 38% previsto para 2020. No Brasil, mais de 73 milhões de consumidores realizaram compras digitais através do comércio eletrônico; 66% dos acessos ao comércio eletrônico acontecem pelo mobile, ou seja, smartphones e tablets e 53,8% das vendas são concretizadas nesses dispositivos; Lojistas da Nuvemshop realizaram 1.130.149 vendas, acumulando um total de R$ 275.853.470. Levando estes dados em consideração, é possível identificar não apenas a amplitude do mercado digital como também a crescente tendência do uso de dispositivos móveis para navegar e comprar online. Agora que você já tem uma ideia mais clara sobre o que é comércio eletrônico, provavelmente deduziu que grandes empresas como Netshoes e Dafiti são, justamente, ecommerces: ou seja, vendem seus produtos pela internet. Ao contrário do que muita gente pensa, a existência dessas grandes marcas não reduz as oportunidades que o setor oferece aos pequenos empreendedores… Na verdade, com um mercado que vem crescendo e promete dobrar de tamanho nos próximos 10 anos, o ecommerce no Brasil ainda apresenta diversas “brechas” a serem exploradas. 23 Com consumidores cada vez mais ativos na internet, o natural é que o ecommerce continue crescendo e ganhando credibilidade. Atualmente ele já fatura dezenas de bilhões de reais todos os anos só no Brasil (mesmo na crise). Confira abaixo um gráfico divulgado pela consultoria Ebit. Ele mostra exatamente como o faturamento do comércio eletrônico tem aumentado nos últimos anos: Além disso, outro dado bastante animador é o fato de que, atualmente, em nosso país, somente 5% das vendas totais do varejo são feitas pela internet… Enquanto isso, em mercados mais maduros como o dos EUA ou Europa, esse número chega a 14% — essa média é uma tendência que logo logo deve chegar por aqui. E-COMMERCE NO BRASIL Os produtos mais vendidos pelas empresas brasileiras no e-commerce são: • Eletrodomésticos em primeiro (13%), • Saúde, beleza e medicamentos em segundo (13%), • Moda e Acessórios (11%), • Livros, assinaturas de revistas e jornais (10%) e 24 • Informática (9%). O destaque vai para a categoria de “Moda e Acessórios”, que vem ganhando espaço rapidamente nos últimos dois anos. Isso se deve ao maior conforto em se comprar artigos de vestuários na internet, além das próprias empresas do segmento que estão investindo em tecnologias e melhorias na padronização dos produtos. Diversas micro e pequenas empresas brasileiras também já estão exportando por meio de sites de e-commerce. Os produtos exportados no Brasil são: • Eco-jóias, confeccionadas com sementes da Amazônia; • Guitarras exóticas produzidas em Erechim (RS) com madeiras nobres brasileiras; • Roupas para cães produzidas em Iguape, localidade do litoral paulista; • Biquínis provenientes da cidade fluminense de Nova Friburgo; • Peças de artesanato de várias localidades do Brasil. 25 Conceitos básicos Para entendermos melhor e facilitar o trabalho é importante diferenciar os conceitos de Mídias Digitais e Redes Sociais. Apesar de serem tratados como sinônimos, os termos apresentam diferenças conceituais. As Redes Sociais referem-se ao próprio ciclo social, os grupos de interesses semelhantes, ou até mesmo o próprio contato com outro indivíduo dentro de um mesmo ambiente social. As Redes Sociais são estruturas compostas por pessoas ou organizações. Essas por sua vez, estão conectadas por um ou vários tipos de relações. Pessoas que fazem parte da mesma rede social compartilham valores e interesses em comum. O conceito de mídias Digitais precede a Internet e as ferramentas tecnológicas – ainda que o termo não fosse popular no passado. Trata-se da produção de conteúdo de forma descentralizada e sem o controle editorial de grandes grupos. Ou seja: significa a produção de muitos para muitos. As Redes Sociais podem operar em diferentes níveis, como por exemplo, redes de relacionamentos (Facebook, Orkut, Myspace, Twitter), redes profissionais (Linkedin), redes comunitárias (redes sociais em bairros ou cidades), redes políticas, entre outras, e permitem analisar a forma como as organizaçõesdesenvolvem a sua atividade, como os indivíduos alcançam os seus objetivos ou mensuram o valor que os indivíduos obtêm da Rede Social. Um ponto em comum entre as diversas modalidades é o compartilhamento de informações, o interesse e esforço em busca dos mesmos objetivos. As Mídias Digitais representam um espaço onde ocorre o compartilhamento de conteúdo, opiniões, experiências etc. Dentro das Mídias Digitais cada usuário se torna um produtor de conteúdo, onde ele atua como um meio de informação para todas as pessoas presentes na rede. Trata-se de um fenômeno mediado pelas novas tecnologias, especialmente por computadores e dispositivos móveis, que tem como características a colaboração, a construção coletiva e o rápido intercâmbio de mensagens em diferentes mídias através da internet. Inúmeras iniciativas e tecnologias de Mídia Social têm caráter de rede, 26 com o estabelecimento de conexões entre os atores sociais, que podem ser pessoas, instituições, canais, veículos ou grupos. Em resumo, podemos concluir que as Redes Sociais estão dentro das Mídias Sociais, que são um grupo muito mais amplo. Como exemplo, podemos citar uma comunidade de pessoas que gostam das mesmas coisas, isso é uma Rede Social. Esse grupo pode estar reunido no Orkut, ou no Facebook, ou em outra ferramenta, isso é Mídia Social. O poder das Mídias Sociais Nos dias atuais, não é mais suficiente fazer uma boa divulgação. Uma atuação corporativa nessas Mídias Sociais exige uma avaliação cuidadosa. A estratégia deve considerar o público-alvo, o objetivo da comunicação e a disponibilidade de recursos da instituição. Isso vai definir em que ambientes, com quais conteúdos e de que forma atuar. As "ferramentas de mídias sociais" são sistemas online projetados para permitir a interação social a partir do compartilhamento e da criação colaborativa de informação nos mais diversos formatos. Eles possibilitaram a publicação de conteúdos por qualquer pessoa, baixando a praticamente zero o custo de produção e distribuição ao longtail – antes esta atividade se restringia aos grandes grupos econômicos. Elas abrangem diversas atividades que integram tecnologia, interação social e a construção de palavras, fotos, vídeos e áudios. Esta interação e a maneira na qual a informação é apresentada dependem das várias perspectivas da pessoa que compartilhou o conteúdo, visto que este é parte de sua história e entendimento de mundo. As mídias sociais ou redes sociais (uma categoria de mídia social) têm várias características que as diferem fundamentalmente das mídias tradicionais, como jornais, televisão, livros ou rádio. Antes de tudo, as mídias sociais dependem da interação entre pessoas, porque a discussão e a integração entre elas constroem conteúdo compartilhado, usando a tecnologia como condutor. 27 Mídias sociais não são finitas: não existe um número determinado de páginas ou horas. A audiência pode participar de uma mídia social comentando ou até editando as histórias. O conteúdo de uma mídia social, em textos, gráficos, fotos, áudio ou vídeos podem ser misturados. Outros usuários podem criar mashups e serem avisados de atualizações através de agregadores de feed. Mídia social significa um amplo aspecto de tópicos, com diversas conotações. No contexto de marketing de internet, mídias sociais se referem a grupos com diversas propriedades, sempre formados e alimentados pelos usuários, como fóruns, blogs, sites de compartilhamento de vídeos e sites de relacionamentos. Otimização das Mídias Sociais (SMO) é o processo de distribuir melhor, entre várias redes e mídias sociais, o conteúdo criado pelo público. As mídias sociais têm dois aspectos importantes. O primeiro, SMO, refere- se às características que podem ser melhoradas em uma página, táticas que um webmaster pode aplicar para otimizar um site para a era da mídia social. Essas otimizações incluem adicionar ligações para serviços como Digg, Reddit e Del.icio.us, para que as páginas possam ser facilmente salvas e compartilhadas. O segundo aspecto, marketing de mídias sociais, por outro lado, engloba criação de conteúdo memorável, único e com potencial para virar notícia. Este conteúdo pode, então, ser espalhado por meio de sua popularização, ou até pela criação e veiculação de vídeos "virais" no Youtube, por exemplo, quando conquistam o gosto dos usuários. Mídia social é sobre ser social, e isso quer dizer “relacionar-se e se envolver com outros blogs, fóruns e comunidades de nicho”. A formação de opinião nas redes sociais Quando se inicia qualquer tipo de planejamento em larga escala de mídias sociais, é comum se questionar a amplitude de alcance das redes em um país com uma parcela grande do que se costuma chamar de “excluídos digitais”. 28 Todavia, confundir a fronteira que separa cidadãos digitalizados de excluídos digitais com o próprio processo de formação de opinião é um erro grave, pois ele parte do princípio (falho) de que as duas camadas da população não interagem em nenhum momento. O processo de formação de opinião, sob qualquer que seja a ótica, é por natureza multidimensional e inclui pontos de contato dentro e fora da rede, nas diversas situações sociais que englobam a participação ativa de cidadãos de distintas classes sociais e faixas etárias. Assim, mesmo considerando um cidadão que nunca teve qualquer tipo de contato com a Internet ou mesmo com computadores, é crível (e mesmo natural) partir do princípio de que parte de suas opiniões serão formadas por outros cidadãos; e que estes, por sua vez, tiveram alguma espécie de contato com outros grupos sociais, seja de forma física ou virtual. A “virtualidade”, nesse ponto, encaixa-se na fórmula de maneira decisiva justamente por permitir um crescimento em larga escala dos contatos sociais, que no passado eram restritos a rodas informais de conversas, que acabavam se perdendo em uma quantidade essencialmente tácita (e não explícita) de conhecimento. Ainda sob uma outra ótica, pode-se partir do princípio óbvio de que um fluxo de formação de opinião inicia-se, naturalmente, onde mais informação estiver concentrada. Em um passado não muito distante, essa concentração ocorria nos grandes veículos de mídia, notadamente TV e jornal, iniciando assim o fluxo de formação de opinião de maneira mais estruturada e por todo o País – incluindo regiões mais isoladas e com contatos indiretos com as “fontes” de informação. Perceba que, hoje, o próprio cidadão é quem propaga um determinado fato primeiro. Dada a amplitude das redes, a soma das vozes de todos acabou “engolindo” a força da imprensa tradicional e gerando assim um fluxo anárquico de informação e de opiniões. De fato, a grande alteração não é apenas na transmissão em si de uma determinada informação, mas sim na quantidade de “transmissores” envolvidos. A partir do ponto em que centenas, milhares ou mesmo milhões de usuários 29 assumem o papel de propagadores primários, começa a se formar uma espécie de névoa sobre a própria veracidade do que estão comentando. Na ansiedade de serem os primeiros a divulgar um determinado fato, é comum que os usuários acabem deixando a confirmação desse fato em segundo plano, privilegiando a velocidade da transmissão em si. E, nesse ponto, deve-se entender como usuários não apenas pessoas comuns, mas também a própria imprensa tradicional que, com seus perfis em redes sociais, “competem” com a sua própria audiência na busca pelo papel de fonte primária. Quais são as principais redes? Dentre o conjunto de redes sociais existentes, algumas se destacam pelo volume de usuários que alcançaram e pela importância enquanto meios de comunicação que viabilizam a formação de opinião de diversos públicos, veja a seguir. Twitter Ferramenta de microblog, permite que usuários postem mensagenscurtas (com até 140 caracteres) expressando as suas opiniões sobre os temas que preferirem. Dentro da rede, cada usuário pode escolher “seguir” outros usuários – ou seja, acompanhar as suas postagens no Twitter. Sempre que um determinado usuário fizer uma postagem, toda a base de pessoas que escolheram segui-lo têm acesso a essa mensagem, gerando uma rede cruzada de formação de opinião que, hoje, atinge centenas de milhões de usuários por todo o mundo. O Twitter foi fundado em março de 2006 por Jack Dorsey, Evan Williams e Biz Stone como um projeto paralelo da Odeo (uma empresa de podcasting que não trouxe resultados em sua área de atuação). A ideia surgiu de Dorsey durante uma reunião em que ele falava sobre um serviço de troca de status, como um SMS. 30 O Twitter é um micro-blogging, com mensagens, ou tweets, limitados a 140 caracteres, que cria uma lista de seguidores (pessoas que o seguem), ou uma rede para interação em tempo real com as pessoas que se encontram na rede e fora dela (que se encontrem online). É também, uma ferramenta de marketing para as empresas, marcas, serviços ou produtos. Em 2012, sua base de usuários ativos cresceu 40%. Hoje, são 288 milhões de usuários ativos no mundo, cerca de 20% dos usuários da internet mundial usam o Twitter pelo menos uma vez por mês. É a quarta Rede Social do ranking. Facebook Maior e mais importante rede social atualmente, o Facebook inclui funcionalidades de diversos outros sites. Por meio dele, é possível montar a sua base de seguidores (a exemplo do Twitter) e fazer postagens sem limitações de caracteres. Soma-se a isso ainda a possibilidade de inserir fotos, vídeos e de se utilizar aplicações diversas (de jogos a sistemas bancários). 31 Além de comentar postagens feitas por terceiros, o Facebook permite que usuários possam clicar em botões chamados “curtir”, indicando que um usuário se identificou com aquele conteúdo/aquela marca. Todos os seus cliques, comentários e postagens ficam registrados em sua própria página, alimentando- a com conteúdo referente a tudo o que o usuário fez, gostou ou desgostou desde que passou a utilizar a rede. O Facebook é a mais popular Rede Social da história. O sistema nasceu das mãos de estudantes de computação da Universidade de Harvard, Mark Zuckerberg, Eduardo Saverin, Dustin Moskovitz e Chris Hughes. Com o nome original de Facemash, o software foi escrito por Zuckerberg, no segundo ano dos estudos. O objetivo inicial do programa era classificar quem era quente ou não, no sentido de ser sexualmente atraente. Uma brincadeira que deu certo. Hoje, o Brasil já é o segundo país no mundo em número de assinantes do Facebook. Somente em dezembro de 2012, 2,4 milhões de brasileiros se tornaram clientes de Mark Zuckerberg, uma taxa de crescimento de 3,89%, de acordo com dados da Consultoria Quintly. Isso fez com que o ano de 2012 fechasse com 64,6 milhões de usuários ativos, atrás apenas dos EUA. Depois de destronar o Orkut, primeira grande Rede Social a cair no gosto do internauta brasileiro, o Face tem hoje 23,38% de penetração na população brasileira total, sendo 61,90% na população online do país. Em termos mundiais, a influência do Facebook se mostra cada vez maior. Embora tenha perdido 120,4 mil pessoas com perfil no site, os Estados Unidos têm mais da metade da população conectada à Rede Social (53,9%), com 168,8 milhões de pessoas. O Brasil vem em segundo, seguido por Índia e Indonésia, que têm 62,6 mi e 51,4 mi, respectivamente. Na sexta posição, o Reino Unido também teve mais desistências do que acréscimos, com uma taxa de queda de 2,15%, perdendo 728,5 mil usuários. Frente a esse enorme alcance de público, é compreensível a importância de designar a administração das Redes Sociais a pessoas preparadas. Você sabe, por exemplo, qual são as diferenças entre Perfil e Fanpage do Facebook? Muitas empresas não sabem e começam de forma errada, criando um Perfil ao invés de uma Fanpage. 32 O Perfil é a interface para usuários comuns, deve ser usada por pessoas e não organizações. Com o Perfil construímos amizades, compartilhamos informações pessoais, gostos, notícias, vídeos, links. Isso significa que empresas que possuem perfil estão infringindo os termos de serviço do Facebook, podendo este perfil ser penalizado e removido pelo próprio Facebook. A Fanpage foi criada pelo Facebook especialmente para empresas e projetos comerciais. Todas as informações básicas de uma página já vêm padronizadas para um negócio (endereço, telefone, horário de atendimento…), diferente de um perfil onde se tem a opção de dizer, por exemplo, onde estudou, onde trabalha, com quem namora, entre outros. A Fanpage oferece a customização de acordo com cada negócio; traz relatórios para medir as mudanças da sua página e até mesmo conhecer o público que vem aderindo ao projeto; mostrar o número de pessoas que são alcançadas e veem a publicação. Além disso, tendo uma Fanpage, você pode fazer publicidade com um baixo custo através de anúncios do Facebook Ads, promovendo sua Fanpage e alcançando milhões de novos fãs de forma totalmente segmentada e personalizada. 33 Youtube O YouTube é um site dedicado a vídeos, onde usuários comuns e empresas podem divulgar e/ou compartilhar vídeos em formato digital. Sua fundação se deu em fevereiro de 2005, por três pioneiros (Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim) do famoso site de gerenciamento de transferências online, o PayPal. Em 9 de outubro de 2006, o YouTube foi comprado pela Google. O YouTube tem como seu formato de vídeo o padrão Adobe Flash, e no seu seguimento é o site mais popular pela grande variedade e facilidade em publicar vídeos. No site é possível encontrar, desde conteúdo amador, até produções antigas e atuais, documentários e produções direcionadas a web. Os vídeos enviados ao YouTube estão limitados a 15 minutos e arquivos de no máximo 2 Gb, aceitando o envio de vídeos na maioria dos formatos, incluindo .wmv, .avi, .mov, mpeg, .mp4, DivX e FLV, inclusive permitindo que vídeos sejam enviados diretamente do celular através do suporte ao formato 3GP. Contas habilitadas não têm limite de tempo ou arquivos. Hoje, o YouTube hospeda mais de 6 milhões de vídeos, crescendo em uma média mensal de 20%. Tem aproximadamente 280 milhões de usuários ativos no mundo e é a terceira Rede Social do ranking. Rede exclusivamente focada em vídeos, permitindo que usuários possam fazer uploads (publicação), visualizar e fazer downloads de vídeos de forma gratuita. Atualmente, o Youtube é a maior videoteca existente no mundo, com extratos de filmes e trailers e um sem-número de filmagens pessoais sobre absolutamente todos os temas. 34 Blogs Blogs não são, por si só, uma rede social estruturada e pertencente a uma companhia. Mais do que isso, são um conceito que permite que todo e qualquer usuário consiga montar o seu próprio veículo de informação a custo zero (ou ao preço que ele paga por conexão na web), publicando o que desejar e deixando as suas postagens disponíveis pela rede afora. Dependendo da relevância do blog e do “blogueiro”, a audiência conseguida pode ser semelhante à de grandes e tradicionais veículos de informação. 35 WhatsApp O WhatsApp é a rede social de mensagens instantâneas mais popular entre os brasileiros. Ganhou até o “carinhoso” apelido de zap zap por parte da população. Praticamente toda a população que tem um smartphone tem também o WhatsApp instalado. Em 2017, também entrou na moda dos Stories e implementou a funcionalidade, que foi batizada de “WhatsApp Status”. Snapchat O Snapchat é um aplicativo de compartilhamento de fotos, vídeos e texto para mobile. Foi considerado o símbolo da pós-modernidade pela sua proposta 36 deconteúdos efêmeros conhecidos como snaps, que se autodestroem algumas horas após a publicação e só poderiam ser visualizados pelos usuários pelo tempo determinado pelo autor. A rede lançou o conceito de “stories” — despertando o interesse de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, que diversas vezes tentou adquirir a empresa mas não obteve sucesso. Assim, o CEO lançou a funcionalidade nas redes que já haviam sido absorvidas, criando os concorrentes Whatsapp Status, Facebook Stories e Instagram Stories. Apesar de não ser uma rede social de nicho, tem um público bem específico formado por adolescentes hiperconectados. Ano de fundação: 2011 Usuários no mundo: 160 milhões (não encontramos dados confiáveis de usuários do no Brasil). Pinterest O Pinterest é uma rede social de fotos que traz o conceito de “mural de referências”. Lá você cria pastas para guardar suas inspirações e também pode fazer upload de imagens assim como colocar links para URLs externas. Os temas mais populares são moda, maquiagem, casamento, gastronomia, arquitetura, faça você mesmo, gadgets, viagem e design. Seu público é majoritariamente feminino em todo o mundo. Ano de fundação: 2010. 37 Usuários no mundo: 100 milhões (não encontramos dados confiáveis de usuários do Pinterest no Brasil) Instagram O Instagram foi uma das primeiras redes sociais exclusivas para acesso mobile. É verdade que hoje é possível acompanhar as atualizações em desktop, mas o produto é todo voltado para ser usado no celular. É uma rede social de compartilhamento de fotos e vídeos entre usuários, com a possibilidade de aplicação de filtros. Originalmente, uma peculiaridade do Instagram era a limitação de fotos para uma formato quadrado, imitando as fotografias vintage, como as de câmeras Polaroid. Em 2012, o aplicativo foi adquirido pelo Facebook por nada menos que 1 bilhão de dólares. Desde a aquisição, a rede social mudou bastante e hoje é possível postar fotos em diferentes proporções, vídeos, Stories, boomerangs e outros formatos de publicação 38 Os 3 Dogmas das Redes Sociais Dado esse panorama, é de fundamental importância compreender as três principais regras dessa nova e anárquica era de informação. Análises de comportamento de usuários em mídias sociais deixam claro que há alguns padrões de conduta que, embora questionáveis sob o aspecto racional ou mesmo legal, são realmente comuns em situações que envolvem instituições e marcas de grande porte. Estes padrões são traduzidos em dogmas, modelos de crenças claros e raramente questionáveis pela ampla maioria dos usuários e que, se entendidos da mesma forma por empresas/ instituições, podem fazer com que elas fiquem mais preparadas para reagir a uma situação adversa de maneira mais ágil e efetiva, com menos “surpresas”. 39 Dogma 1: A verdade é algo repetido diversas vezes por diversas pessoas Ao se trabalhar com usuários em redes sociais, é importante compreender que se tratam de pessoas com pouco tempo disponível e cujas opiniões são rapidamente formadas pelos conteúdos que enxergam em suas redes de relacionamento ou nas mídias sociais como um todo. Ou seja: não é mais necessária a confirmação de uma determinada ocorrência por algum veículo crível de mídia para que esta ocorrência seja encarada como verdade pela maioria das pessoas. Se um usuário lê nas redes sociais que uma determinada empresa está, por exemplo, testando os seus produtos em animais, a sua primeira reação é acreditar. Essa “crença cega” independe da fonte da informação, mas vai se fortalecendo na medida em que mais e mais usuários vão comentando a mesma afirmação. Em muitos casos, empresas são pegas de surpresa com boatos que acabam sendo considerados como “verdades absolutas” pela sua base de consumidores, tão somente por terem nascido nas redes sociais e se nutrido do boca-a-boca inerente a elas. Infelizmente, não há como se blindar contra o surgimento de crises geradas por este dogma – mas a agilidade na reação passa a ser fundamental. E, para ter agilidade, é também fundamental monitorar a presença da marca e o boca-a-boca referente a ela, detectando sinais de boatos antes que eles se fortaleçam. Caso Actimel Em março de 2007, um usuário identificado como Luis Daniel de Urquiza passou a enviar e-mails na Argentina afirmando que o consumo prolongado da bebida Actimel, da Danone, causava danos à saúde. Na mensagem, ele afirmava pertencer ao “Colégio de Farmacéuticos de Entre Ríos” e trabalhar no “Hospital de La Paz, e que os dados eram parte de um relatório elaborado pelo CEMIC (Centro de Educación Médica y Investigaciones Clínicas). 40 O e-mail se expandiu de forma viral e, em menos de 30 dias, a Danone começou a sentir o abalo do boato diretamente nas vendas do produto. No mês seguinte, todas as instituições citadas pelo usuário divulgaram comunicados oficiais dizendo desconhecê-lo por completo e jamais ter elaborado qualquer tipo de estudo do gênero. Ainda assim, foi necessária uma campanha na Internet, televisão e veículos impressos para reestabelecer a credibilidade da marca, em um inesperado investimento publicitário para combater um boato que nasceu de um único usuário cujas intenções reais nunca se chegou a saber. Dogma 2: Grandes corporações estão erradas até que se prove o contrário Esse dogma é aplicável especialmente a países latinos, cuja relação com empresas é baseada em históricos de lutas de classe, mais do que em países europeus ou norteamericanos. Aqui, parte-se de princípios mais maniqueístas, que pregam que empresas de grande porte existem e crescem unicamente por explorar os seus funcionários e enganar os seus clientes. Por mais que se busque combater esse conceito, o fato é que empresas isoladas dificilmente conseguem reverter essa imagem embasada na própria base cultural latinoamericana. Do ponto de vista prático, isso significa que comunicados oficiais de empresas encontram uma barreira de difícil transposição: a crença, por muitas vezes cega, de que qualquer tentativa de se explicar é também uma tentativa de “continuar enganando os consumidores”. Isso também significa que combates a crises – principalmente as que nascem de boatos – precisam ser feitos de forma extremamente ponderada, pois respostas dadas na tonalidade errada podem simplesmente aumentar a crise. 41 Caso Blogs Abril Em 2007, a Editora Abril lançou uma ferramenta própria, permitindo que todos os usuários pudessem, de forma gratuita, abrir blogs próprios – aos moldes do que já era feito com ferramentas internacionais como Wordpress ou Blogger. Em sua estratégia de marketing, alguns blogueiros influentes foram selecionados e convidados a participar da plataforma, tendo em troca alguns benefícios, como encontros com a redação da editora em suas áreas de interesse, cursos gratuitos e assim por diante. Cerca de uma semana depois, um dos usuários decidiu explorar a situação para aumentar a sua própria audiência e fez um post em seu blog, com o título “Proposta indecente da Abril”. No texto, ele acusava a Editora Abril de montar uma estratégia para “usurpar” o conteúdo gerado pelos blogueiros, mantendo assim uma base de conteúdo sem a necessidade de contratar jornalistas. O usuário chegou a postar trechos adulterados dos termos de uso da ferramenta buscando comprovar a sua acusação. Quase instantaneamente, a comunidade passou a acreditar no post do blogueiro, sem ao menos acessar os termos de uso reais: a Editora Abril foi condenada na opinião pública sem direito a defesa. No período, a empresa não emitiu comunicados oficiais ou se manifestou de forma pública, mas apenas acompanhou o movimento. Em algumas semanas, a crise acabou perdendo espaço – mas a audiência que ela gerou foi tamanha que, curiosamente, milhares de blogsacabaram sendo abertos na ferramenta durante todo o processo. Nesse caso, um ataque à marca acabou inegavelmente gerando danos institucionais a ela – mas trouxe também uma visibilidade que, no médio prazo, acabou beneficiando o seu produto. 42 Dogma 3: O usuário só entende quem fala a mesma língua que ele É comum ver empresas tentando responder a críticas de usuários de duas maneiras: utilizando linguajar jurídico ou simplesmente moderando os comentários. Ao utilizar qualquer uma dessas estratégias, é importante entender que eventuais crises jamais serão resolvidas, mas sim potencializadas. Ou seja: dependendo da força do usuário, a atitude de moderar comentários públicos que ele fez, apenas por serem negativos, pode gerar mais comentários e acusações, inflamando a comunidade como um todo. Às vezes, é melhor deixar o comentário presente e simplesmente responder a ele. O teor da resposta, no entanto, é ainda mais importante. Enquanto estão em redes sociais, os usuários buscam um tipo de relacionamento mais pessoal e próximo com empresas. Assim sendo, respostas em tonalidade jurídica acabam gerando a imediata insatisfação - não apenas destes usuários, mas de todos os que estiverem lendo a conversa que, por natureza, é aberta ao público. Neste ponto, é importante ter claro que quase nunca se está falando com apenas um usuário, mas que se está dialogando com ele em frente a uma plateia composta potencialmente de milhares de outros. Reclame Aqui De todas as redes, o ReclameAqui (www.reclameaqui.com.br) é a que mais apresenta problemas gerados pela falta de comunicação adequada com o público. Em quase todos os casos, o usuário posta uma crítica e recebe respostas escritas em forma de “defesa jurídica”. Os resultados são quase sempre os mesmos: usuários permanecem descontentes, em algumas situações levando o problema até o Procon, e uma imagem de marca publicamente negativa. 43 Para que você deve estar preparado? Tendo como claros esses Três Dogmas, toda instituição de grande porte – o que inclui, naturalmente, o governo como um todo – deve estar preparada para situações que incluem todo tipo de ataque e distorção informacional partindo da base anárquica e anônima de cidadãos plugados na rede. Neste caso, no entanto, estar preparado não significa ter um plano pré- estabelecido de atuação, mas sim um fluxo de definição de atitude, a ser explorado mais adiante, visando combater cada caso de forma pontual, direta. Ainda assim, é importante ter claro em mente três situações comuns: ➢ Os próprios servidores públicos vão falar mais do que devem nas redes. Seja criticando programas, ações ou a própria hierarquia governamental, é natural, em algum momento, que algum dos colaboradores acabe expondo a instituição nas redes sociais e danificando o seu ecossistema político. ➢ Alguém vai descobrir um ponto fraco seu e explorá-lo. Normalmente, isso significa alguma entidade política lançando uma ação focada justamente em aumentar a exposição de uma fraqueza sua, de algum “flanco” deixado mais aberto e exposto nas redes. ➢ Alguém vai “inventar” ou “aumentar” algum problema – e você será possivelmente encarado como culpado. Este ponto refere-se justamente a boatos nascidos nas redes e que costumam carregar grande potencial de crise. Em geral, há três formas de se estar preparado para enfrentar situações como essas: ➢ Monitorar cada uma dos órgãos e principais temas/campanhas nas redes sociais, detectando todo e qualquer tipo de crise em potencial; ➢ Ter um relacionamento sólido com o seu público, quando possível e viável em termos de volume, transformando-o em uma camada de blindagem institucional natural, orgânica, fruto justamente de um modelo de confiança mútua; 44 ➢ Estar preparado com um fluxo de interpretação e reação a crises em redes sociais. Oportunidades e Riscos Estar presente nas Mídias Sociais pode trazer benefícios, mas também prejuízos aos usuários, por isso a importância do presente documento para ajudar os administradores de perfis oficiais da entidade, bem como os colaboradores, a adotar a prática de maneira proveitosa e responsável: » Obter opiniões para criar ou melhorar seus serviços; » Reforçar sua imagem como entidade moderna e próxima do seu público; » Reagir de maneira rápida às ameaças à imagem da entidade. Riscos As Mídias Sociais também podem trazer riscos para as empresas. Quando essas mídias são utilizadas em um contexto corporativo, não é só uma questão de colecionar amigos, avaliações positivas ou sinais de curtir. Quando mal elaborada e gerenciada, a estratégia social pode virar-se contra a empresa. Por isso, é importante que o administrador das Mídias Sociais esteja consciente e preparado para os riscos de estar nessa rede de relacionamentos. » Dar resposta às pressas com equívocos; » Divulgar informações sigilosas, ou antes, da hora adequada; » Favorecer a apropriação indevida de trabalhos da entidade; Diretrizes de Linguagem Verbal e Visual Quando se publica qualquer tipo de conteúdo para mídias sociais, deve- se ter em mente que ele é destinado a um público amplo, com pouco tempo em suas mãos e normalmente sem nenhum tipo de problema em passar adiante uma “meia informação”. 45 Ou seja: se uma determinada postagem for feita de forma extensa demais (ou com linguagem complicada demais), é provável que o usuário leia apenas o começo, interprete o conteúdo com base no que ele leu e replique a informação, já com a sua opinião atrelada a ela, pelas redes sociais. Sob esse aspecto, qualquer instituição que insistir em postagens longas e complexas estará invariavelmente se colocando como alvo de crises em potencial, geradas pela propagação de uma informação errada creditada a ela. Na Internet, a melhor forma de garantir que o ciclo de informação seja completo não é publicando textos absolutamente explicativos, mas sim conteúdos simples, fáceis, diretos e com a menor extensão possível. Em outras palavras, publicar em mídias sociais deve privilegiar a simplicidade, e não a complexidade. Linguagem Deve ser simples e objetiva, mas não deve transmitir informações pela metade ou utilizar um tipo de linguagem excessivamente íntima com o usuário. É preciso evitar a linguagem específica (jurídica e técnica), excessivamente formal e burocrática. Volumes de postagem Cada Mídia Social, por natureza, carrega características à motivação do cidadão em utilizá-la. Desta forma, é impossível definir uma regra única para postagem, somando redes diversas como Twitter, Facebook e Youtube. Veja os critérios de utilização das Mídias Sociais a seguir. Escolha do conteúdo É necessário avaliar a relevância e a complexidade de cada informação para indicar o formato ideal a ser trabalhado. Quanto mais simples e menos relevante for um determinado conteúdo, menos recursos multimídia devem ser utilizados. Por outro lado, quanto mais importante e complexo, mais recursos devem ser empregados para chamar a atenção do usuário. Conteúdos polêmicos não devem ser publicados, evitando assim problemas e discussões desnecessárias. 46 Imagens, infográficos ou vídeos Evite amarras que dificultem a publicação, o compartilhamento e a visualização das imagens ou recursos gráficos. É obrigatório creditar toda a imagem ou gráfico postado nas Mídias Sociais. Diretrizes editoriais “Ser simples”, no entanto, não pode ser confundido com transmitir informações pela metade ou utilizando um tipo de linguagem excessivamente íntimo com o usuário. Independentemente de se estar em uma rede social, deve-se compreender que o emissor oficial da informação é o Governo Federal – e que a própria forma com que o conteúdo é postado interfere em sua credibilidade. Tipos de discursos indicados Por natureza, a comunicação