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BIOESTATÍSTICA DIANA VIEIRA ROCHA Probabilidade Probabilidade Estuda as chances de ocorrência de um evento em um experimento aleatório. Experimento probabilístico ou aleatório: é toda experiência cujos resultados podem não ser os mesmos, ainda que sejam repetidos sob condições idênticas. Características desses experimentos: − cada experimento pode ser repetido indefinidamente sob condições inalteradas; − embora não possamos afirmar que resultado ocorrerá, é sempre possível descrever o conjunto de todos os possíveis resultados. Quando o experimento for realizado repetidamente, os resultados individuais parecem ocorrer de forma acidental; mas se for repetido um grande número de vezes uma configuração definida ou regularidade surgirá. Exemplos: Experimento 1: Jogar um dado e observar a sua face superior. Experimento 2: Lançar uma moeda até que apareça cara e contar o número de lançamentos. Experimento 3: Selecionar uma carta do baralho e anotar o seu valor e naipe. Experimento 4: Acender uma lâmpada e medir o tempo até que ela se apague. Espaço amostral (S) • é o conjunto de todos os possíveis resultados de um experimento aleatório, ou seja, é o conjunto universo relativo aos resultados de um experimento. • A cada experimento aleatório está associado um conjunto de resultados possíveis ou espaço amostral. S1 = {1, 2, 3, 4, 5, 6} → enumerável e finito S2 = {1, 2, 3, 4, ...} → enumerável e infinito S3 = {ás de ouro, ..., rei de ouro, ás de paus, ..., rei de paus, ..., ás de espada, ..., rei de espada, ás de copas, ..., rei de copas} → enumerável e finito S4 = {t; t ≥ 0} → contínuo e infinito Exemplos: Ponto amostral: É qualquer resultado particular de um experimento aleatório. Todo espaço amostral e todo evento são constituídos por pontos amostrais. Evento ou ocorrência: • É todo conjunto particular de resultados de S ou, ainda, todo subconjunto de S. Geralmente é designado por uma letra maiúscula (A, B, C). • A todo evento será possível associar uma probabilidade. Exemplo: Se S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, então: A = {1, 2, 3}, B = Ocorrência de faces pares, C = {5}, são eventos de S. Tipos de eventos Evento impossível: é aquele evento que nunca irá ocorrer, é também conhecido como o conjunto vazio (∅). Evento certo: é aquele evento que ocorre toda vez que se realiza o experimento, portanto, esse evento é o próprio S. Eventos mutuamente exclusivos: dois eventos A e B associados a um mesmo espaço amostral S, são mutuamente exclusivos quando a ocorrência de um impede a ocorrência do outro. Operações com eventos • Como o espaço amostral S e os eventos são conjuntos, as mesmas operações realizadas com conjuntos são válidas para eventos. Exemplo: Se A e B, são eventos de S, então: Ocorre A ∪ B, se ocorrer A ou B (ou ambos). Ocorre A ∩ B, se ocorrer A e B. Ocorre A , se ocorrer S, mas não ocorrer A. Ocorre A − B, se ocorrer A, mas não ocorrer B. Conceitos de probabilidade Seja E um experimento aleatório e S o espaço amostral a ele associado, com n pontos amostrais, todos equiprováveis. Se existe, em S, m pontos favoráveis à realização de um evento A, então a probabilidade de A, indicada por P(A), será: 𝑃 𝐴 = 𝑚 𝑛 = #𝐴 #𝑆 Para que este conceito tenha validade, duas pressuposições básicas devem ser atendidas: 𝑃 𝐴 = 𝑚 𝑛 = #𝐴 #𝑆 1. O espaço amostral S é enumerável e finito. 2. Os elementos do espaço amostral S são todos equiprováveis. Exemplo: Consideremos o seguinte experimento: lançamento de uma moeda honesta duas vezes e observação do lado superior. O espaço amostral deste experimento é S = {cc, ck, kc, kk} e todos os seus pontos amostrais são equiprováveis: P(cc) = P(kc) = P(ck) = P(kk) = 1 4 • A forma mais aceita de se definir probabilidade é a partir da adoção de um conjunto de axiomas. • De uma maneira simplificada, a definição axiomática de probabilidade afirma que a probabilidade de um evento é um número, P[E], associado ao evento, que segue um conjunto básico de axiomas ou postulados. Axioma 1. 0 ≤ P(A) ≤ 1. Axioma 2. P(S) = 1. Axioma 3. Se A e B são eventos de S mutuamente exclusivos, então P(A ∪ B) = P(A) + P(B). Notemos que A e B são mutuamente exclusivos se e somente se A ∩ B = ∅ Probabilidade da união de eventos Vamos considerar o lançamento de um dado não viciado e os seguintes eventos: - evento A: valor par - {2, 4, 6} - evento B: número primo - {2, 3, 5} - evento C: valor = 1 - {1} - evento D: valor > 4 - {5, 6} 𝑆 = 1,2,3,4,5,6 As probabilidades associadas aos eventos A, B, C e D podem ser calculadas como? Os eventos C e D não possuem nenhum elemento em comum, logo eles são mutuamente exclusivos, e a probabilidade da união dos eventos C e D, {1, 5, 6}, é dada pela soma das probabilidades dos eventos C e D. P(C∪D) = P(C)+P(D) P(C∪D) = 1 6 + 2 6 = 1 2 Para somar frações se os denominadores são iguais, basta repetir o denominador e somar os numeradores. Os eventos A e B não são mutuamente exclusivos. A interseção de A e B, representada pela notação A∩B, é o conjunto formado pelos elementos comuns a A e B. Nesse exemplo: A∩B ={2} Para dois eventos que não são mutuamente exclusivos, a probabilidade da união pode ser calculada pela seguinte expressão: P(A∪B)=P(A)+P(B)−P(A∩B) P(A∪B)=P(A)+P(B)−P(A∩B)= 3 6 + 3 6 − 1 6 = 5 6 Probabilidade condicional e independência • Sejam A e B dois eventos associados a um mesmo espaço amostral S. • Se A e B não são eventos mutuamente exclusivos, ou seja, se A ∩ B ≠ ∅, então A e B poderão ser eventos independentes ou condicionados. Uma caixa contém cinco bolas equiprováveis, sendo três azuis e duas brancas. Duas bolas são retiradas uma a uma e sua cor é observada. Definimos, então, dois eventos: A1: a primeira bola retirada é azul. A2: a segunda bola retirada é branca • As probabilidades dos eventos A1 e A2 serão calculadas em duas situações. Situação 1. Consideremos que a primeira bola retirada não é reposta (retirada sem reposição). Sendo o espaço amostral enumerável, finito e equiprovável, podemos calcular probabilidade dos eventos através do conceito clássico. Deste modo: . 𝑃(𝐴1)= 3 5 • Entretanto, a probabilidade do A2 vai depender da ocorrência ou não do A1 Se ocorreu A1, então P(A2/A1) = 2 4 Se não ocorreu A1, então P(A2/A1) = 1 4 Eventos condicionados: • Dois eventos quaisquer, A e B, são condicionados quando a ocorrência de um altera a probabilidade de ocorrência do outro. • A probabilidade condicional de A é denotada por P(A/B) (lê-se probabilidade de A dado que ocorreu B). Situação 2. Consideremos que a primeira bola retirada é reposta antes de tirar a segunda (retirada com reposição). 𝑃(𝐴1)= 3 5 Como a primeira bola é reposta, independente de ter ocorrido ou não A1, a probabilidade de ocorrência de A2 será a mesma. Se ocorreu A1, então P(A2/A1) = 2 5 Se não ocorreu A1, então P(A2/A1) = 2 5 Eventos independentes: • Dois eventos quaisquer, A e B, são independentes quando a ocorrência de um não altera a probabilidade de ocorrência do outro, ou seja, P(A) = P(A/B) e P(B) = P(B/A) Quando o fato de ter ocorrido o evento B não alterar a probabilidade de ocorrer o evento A, ou seja, quando A e B forem eventos independentes, a fórmula se reduz a: P(A∩B)=p(A)*p(B) Uma moeda e um dado são lançados simultaneamente. Qual a probabilidade de ocorrer coroa e número primo? S = {(C, 1); (C; 2); (C, 3); (C, 4); (C, 5); (C, 6); (K; 1), (K, 2); (K, 3); (K, 4); (K, 5); (K, 6)} Vamos descrever os eventos A e B. A: ocorrer coroa B: ocorrer número primo p(A) = ½ p(B) = 3/6 = ½ P(A∩B)= 1 2 ∗ 1 2 = 1 4 numerador multiplica numerador e denominador multiplica denominador. 1- Num sorteio com número de 1 a 25, a probabilidade de ser sorteado um número múltiplo de 3 é: a) 0,24 b) 0,40 c) 0,32 d) 0,25 e) 0,80 C) 0,32 2- Uma urna contém 6 bolas brancas e 24 pretas. A probabilidade de sortearmos uma bola branca é de: a) 40% b) 25% c) 80% d) 75% e) 20% e) 0,20 3- Joga-se um dado “honesto” de seis faces e lê-se o número da face voltada para cima. Calcular a probabilidade de se obter: a) o número 4 b) um número ímpar c) um número maior que 2 d) um número menor que 7 e) um número maior que 6 a) P(A) = 1 6 = 0,167 b) P(A) = 3 6 = 0,5 c) P(A) = 4 6 = 0,67 d) P(A) = 6 6 = 1 EVENTO CERTO e) P(A) = 0 6 = 0 EVENTO IMPOSSÍVEL 4- Em um único sorteio envolvendo os números naturais de 1 a 200, a probabilidade de neste sorteio sair um número que seja múltiplo de sete é: a) 14% b) 15% c) 18% d) 19% e) 20% P(A) = 28 200 = 0,14 c) 14 % 5- Qual a probabilidade em porcentagem de tirar um 3 ao retirar ao acaso uma carta de um baralho com 52 cartas, que possui quatro naipes (copas, paus, ouros e espadas) sendo um 3 em cada naipe? 7,7% 6-Sabemos que um baralho é composto de 52 cartas, onde temos a representação de quatro naipes: copas, ouro, paus e espadas. Dessa forma, cada naipe é representado por 13 cartas. Determine a probabilidade de escolhermos ao acaso e sucessivamente, três cartas de um mesmo naipe sem reposição. 1,29 % 7-Uma pesquisa realizada com 800 pessoas sobre a preferência pelos telejornais de uma cidade, evidenciou que 200 entrevistados assistem o apenas o telejornal A, 250 apenas o telejornal B e 50 assistem A e B. Das pessoas entrevistadas, qual a probabilidade de sortear ao acaso uma pessoa que assiste o telejornal A ou o telejornal B? P(A∪B)=P(A)+P(B)−P(A∩B) 62,5 % 8- Qual é a probabilidade de extrair uma carta de um baralho comum de 52 cartas e obter um Ás, sabendo que ela é uma carta de copas? Eventos : A = Obter um Ás B = Obter uma carta de copas P(A|B) = 1 13 9-Qual a probabilidade de sair um rei quando retiramos uma carta de um baralho de 52 cartas? P(A) = 4 52 10- De um baralho de 52 cartas retiram-se, ao acaso, duas cartas sem reposição. Qual a probabilidade de a primeira carta ser o ás de paus e a segunda ser o rei de paus? p1 = 1/52 p2 = 1/51 11- Qual a probabilidade de você extrair uma carroça de um jogo de dominó ao retirar uma peça ? a) 25% b) 20% c) 10% d) 30% e) 15% letra: A OBRIGADA!!